Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

No apartamento de Any e Ucker...

Any: Caramba Ucker! Ele não para de chorar! É o bebê mais chorão que já vi!
Ucker: Veja se está com a fralda suja! - estava com o olhar fixo em um programa de auditório, onde duas mulheres lutavam dentro da lama.
Any: Vamos ver! – diz já cheirando o bebê. - Argh! Que nojo! Nojento! Isso é uma bomba atômica! Eu não vou colocar a mão em caquinha! Isso fede!
Ucker: Que frescura! – ele ri. - Você não disse que adorava bebês, que cuidou da sua sobrinha e tinha experiência?!
Any: Sim, cuidava. Sabia pentear os cabelos dela, levar ao parque, dar banho de sol.
Ucker: Está me dizendo que nunca cuidou de um bebê?
Any: Tecnicamente, não. – olhava para João Miguel.
Ucker: Tire a fralda, limpe o bumbum, passe pomada, talco, coloque uma fralda limpa e pronto. – ainda estava prestando atenção na TV. – VAI JANICE!

Any: Quem é Janice?
Ucker: Essa gos... – olha de relance para Anahí. - Essa monstra da lama!
Any: Christopher! Desligue essa porcaria e venha me ajudar!
Ucker: Eu não troco fraldas, não sei trocar!
Any: Mas você acabou de descrever como.
Ucker: Teoria é uma coisa, prática é outra. E eu tenho outras coisas pra fazer.
Any: Tipo?! – o encara com olhar furioso, o telefone começa a tocar.
Ucker: Atender o telefone! – ele ri.
Any: Vou para o quarto e se você não aparecer aqui em dez minutos, faço você comer a caquinha! – sai com João Miguel em passos firmes, deixando um Ucker aos risos para trás.

Poucos minutos depois...

Ucker: Era o Poncho! Disse que já falaram com o Pedro.
Any: E o que ele queria? – colocava João Miguel na cama, e se ajoelhando no chão.
Ucker: Não sei, Poncho não disse! – se ajoelha ao lado dela, ajudando-a a despir o bebê.
Any: O que será que era? Estranho isso, o Pedro só chamou os dois. Acha que aconteceu alguma coisa?
Ucker: Provavelmente! – sorri brincando com o pé de Miguel. – Ah, Dul e Poncho vão passar no mercado, disseram que não vão demorar e... NOSSA! – arregala os olhos.
Any: O que?! – se assusta. - Machuquei ele com a unha?!
Ucker: Não, estou falando do “documento” do João! – começa a rir.
Any: Ah! – ela ri. - Sendo filho do Poncho, nada mais do que óbvio.
Ucker: Está dizendo que já viu o documento do Poncho?!
Any: Só para refrescar sua memória, Poncho e eu ficamos diversas vezes. – ela revira os olhos.

Ucker: Mas prefiro pensar que nunca chegaram a esses limites!
Any: Ucker! – ela ri. - Amo você! – se inclina beijando o rosto dele.
Ucker: Agora vem querendo agradar! – sorri de lado.
Dulce e Alfonso entraram no carro, calados, e em pouco tempo estacionavam em frente a um supermercado pouco movimentado onde sempre iam quando precisavam de algo e não queriam ser incomodados pela imprensa.
Dulce: Amor, não me deixe esquecer de comprar outra pomada pro Miguel, resolvi trocar, acho que ele é alérgico a que está usando. – caminhavam pelos corredores do mercado.
Poncho: Acabo de me lembrar, meu pai ligou ontem a noite e nos convidou para jantarmos na casa dele, minha mãe viajou para casa de uma tia e acho que ele está se sentindo só.
Dulce: Amanhã cedo Miguel e eu temos consulta.
Poncho: Que horas?
Dulce: Às onze.
Poncho: E o ensaio? O Pedro disse que temos que estar aqui amanhã cedinho.
Dulce: Não dá para desmarcar a consulta amor.
Poncho: Vamos dar um jeito, afinal sua saúde e do nosso filho é muito mais importante do que qualquer ensaio.- ele joga algumas coisas no carrinho.
Dulce: Poncho, não podemos faltar no ensaio! O Pedro ficaria uma fera!
Poncho: Eu sei Dul! Mas vamos dar um jeito, ok?
Dulce: Ok. – ela revira os olhos.

Enquanto isso no apartamento de Any e Ucker...

Any: Argh! Que fedor! João seu danado! Assim você mata a madrinha! Sua mãe está colocando ovo no peito?! Aqui Ucker, segura. – ela entrega a fralda suja pra ele. Ucker estava com as duas mãos no nariz e balançou a cabeça negativamente. - Pegue Ucker! – joga a fralda o peito dele.
Ucker: O trabalho sujo sempre sobra pra mim! Sempre! – fala alto, Miguel começa a chorar.
Any: Não bebê, esse palhaço te assustou? Não ligue, ele sempre é meio cavalo. Você pode chamá-lo de cavalo se quiser! – ela ri. – Hum, que meleca Miguel! A tia não consegue nem limpar, vai ter que tomar banho. Ucker!
Ucker: O que?!
Any: Vamos dar um banho nele, coloca o ralo na pia e liga a água quente.
Ucker. Vai dar o banho da pia do banheiro?!
Any: É o menor lugar pra ele. Na banheira ele morre afogado, não vejo problema nenhum na pia.
Ucker: Pra pia então. – ele ri dando de ombros e caminhando até o banheiro.
Ucker encheu a pia e Any começou a dar banho em João Miguel, que estava quietinho, com as mãozinhas fechadas, e um bico nos lábios.
Uma hora e meia depois, Dulce e Alfonso seguiam para o caixa, ela lia a embalagem da pomada e ele ajeitava as coisas no carrinho.
Poncho: Ardilla, você pegou aquele shampoo que eu gosto?
Dulce: Peguei. - estava atenta à leitura, jogando um saco de bala no carrinho.
Poncho: Não estou vendo aqui. – ele fuçava entre as compras.
Dulce: Estão debaixo das fraldas do Miguel.
Poncho: Eu já olhei e não está, tem certeza que pegou?
Dulce: Uhum! – ela não estava prestando muita atenção, caminhava atrás de Poncho, de repente parou abaixando-se para pegar a pomada que havia caído no chão, quando um rapaz alto, moreno de olhos claros e bom porte, que vinha logo atrás, bateu com seu carrinho na perna de Dulce, que caiu estatelada no chão.
Dulce: Ai! – ela coloca as mãos no local dolorido.
Rapaz: Desculpe-me! – ele se aproxima agachando ao lado dela. - A senhorita está bem?
Dulce: Senhora! – ela o fuzila com o olhar. - E não, você acertou minha canela em cheio.
Poncho: Não olha por onde anda, não?! Babaca! – ele se aproxima ajoelhando ao lado de Dulce.
Rapaz: Foi sem querer.
Dulce: Não precisa ser grosseiro, Alfonso!
Rapaz: Mil desculpas Dulce María, eu só ia perguntar sobre a pomada, desculpe. – ele tenta ajuda-la a levantar, mas Poncho a puxa para si.
Poncho: Amor, machucou? Está doendo? Quer ir ao médico?
Dulce: Não Poncho, não foi nada, só a dor do momento, estou bem! – ela se levanta sozinha.
Poncho: Certeza?
Dulce: Sim. – ela sorri de lado. - O que quer saber sobre a pomada? – se vira para o rapaz apreensivo.
Rapaz: Se você usa em seu bebê. – ele sorri. - É que meu filho usava outra , mas deu alergia e estou procurando uma melhor.

Dulce: É exatamente por isso que vou testar essa! – ela sorri. – Desculpe, como se chama?
Rapaz: Santiago. – ele sorri apertando a mão de Dulce. - Como vai o menino de vocês? É eu vi uma reportagem sobre o filho de vocês na TV, João é o nome dele?
Poncho: João Miguel, e vai muito bem obrigado! – responde rispidamente.
Dulce: Chorando muito à noite. – ela sorri.
Santiago: Isso faz parte. – ele sorri. - Minhas sobrinhas são loucas pelo RBD...

Vendo que Dulce estava entretida com a conversa, Alfonso deu as costas e seguiu para o caixa sozinho.
Dulce: Quantos anos tem seu filho?
Santiago: Um mês.
Dulce: O Miguel está com quase três semanas. Eles ainda choram muito depois de um mês? Ou essa fase acabou pra você e sua esposa?
Santiago: Ah, não sou casado.
Dulce. Ah, poxa! – ela sorri sem graça.
Santiago: Sou viúvo, minha esposa teve algumas complicações durante o parto e os médicos não puderam salva-la. - Dulce ficou séria, não sabia onde enfiava a cara, desejava ser um avestruz naquele momento. - Tudo bem. – ele sorri. - Você não é a primeira que pergunta.
Dulce: Desculpe, eu realmente...
Santiago: Meu filho me ajudou a superar.
Dulce: Parabéns por seguir em frente, deve ser difícil criar sozinho uma criança.
Santiago: É um pouco estressante, mas... – ele dá de ombros.
Dulce: E onde ele está?
Santiago: Coma avó. Odeio ter que me separar dele, mas é preciso as vezes.
Dulce: Eu também! Estou aqui, mas não paro de pensar no meu filhote!
Santiago: Dizem que estou ficando super protetor, odeio quando dizem isso. Só quero cuidar direito do meu filho que nem vai conhecer a mãe!
Dulce: Sei como é. – ela sorri revirando os olhos. - Poncho diz que eu me preocupo demais, não é amor? – ela vira para o lado. - Poncho? – ela olha ao redor. - Apressado que só ele! – sorri. – Bom, eu tenho que ir. Prazer em conhece-lo Santiago. – ela estende a mão.
Santiago: Que isso! O prazer foi todo meu! – ele sorri. - Ah! Dulce María! - diz quando Dulce já estava de costas.
Dulce: Só Dulce! – ela se vira.
Santiago: Dulce, pode me dar um autografo?
Dulce: Claro, tem caneta?
Santiago: Aqui, use minha lista de compras. – ele sorri.
Dulce: Aqui está! – ela assina o papel.
Santiago: As ordens, tchau e obrigado. – ele sorri voltando para seu carrinho.
Dulce: Tchau! – ela se vira e caminha até o marido.
Alfonso estava no caixa, de cara fechada, jogando as compras de qualquer jeito no balcão, Dulce se aproximou, pegando um vidro de azeitonas das mãos dele.
Dulce: Isso quebra, tome cuidado. – Poncho bufou e nem olhou pra ela, continuou o que estava fazendo. - Que cara é essa? - ele não responde, começou a guardar tudo nas sacolas, rápido. - Estou falando com você! Dá pra parar de criancice? - ele novamente a ignorou e Dulce decidiu fazer o mesmo, pelo menos por enquanto, não queria discutir na frente de pessoas estranhas. 

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