Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Horas se passaram, no condomínio, Alfonso estava deitado, de pijama, vendo TV, sem sono, enquanto Miguel, dormia ao seu lado no sofá. Assistia ao jornal da madrugada quando uma notícia o fez despertar de seu tédio...
 “... os corpos ainda não foram identificados, mas sabe-se que o avião partiu da Cidade do México, com destino a Ásia...”
O coração de Alfonso disparou, começou a passar os canais em busca de mais notícias, era um plantão, todas as emissoras falavam do mesmo assunto.

“... as equipes de resgate que já estão no local, disseram que não há sobreviventes...”.

Alfonso correu até o telefone tremendo e ligou para o celular de Dulce!
Poncho: Vamos Dul, atenda, atenda! –ele andava de um lado para o outro. - Por favor atenda! ATENDA! –ele soca o telefone no gancho. - Droga! Não pode ser, não! - andava de um lado para outro. Pegou o telefone novamente e ligou para Pedro, Any, Oso, Christian, todos, e nada, ninguém atendia. - É uma conspiração! Só pode ser! Estão de brincadeira comigo! É! Deve ser isso! Saí da banda e agora me deixam de lado! Tem que ser isso! Aposto tudo como todos estão rindo da sua cara! - Duke, que estava na sala de estar, olhava para o dono atento. - O que é?! – estava estressado até com o cachorro, que se assusta e corre para baixo do sofá. Alfonso volta para sala de TV, com o telefone nas mãos. João Miguel estava acordado, chorava, impaciente porque suas mãozinhas estavam presas na manta branca que o cobria, Poncho sentou-se ao lado dele, olhando para TV, pensativo. - O hotel! – Miguel chorava mais alto, tentando conseguir a atenção do pai, Poncho levantou-se e foi até a cozinha, arrancando da geladeira, um pedaço de papel, onde Dulce deixou anotado o telefone e o endereço do hotel que o RBD ficaria, imediatamente disca o número.
Recepção: Regency Deli de Hyatt.
Poncho: Que? Ah, boa noite! Gostaria de saber se Pedro Damián encontra-se hospedado em suas acomodações.
Recepção: Pedro Dartagnan?
Poncho: Não, Damián. DAMIÁN!
Recepção: Sim, Damián, mas senhor, não podemos passar informações sobre nossos hospedes.
Poncho: Não, espere! ?Eu sou Alfonso Herrera, integrante da RBD! Pedro é um grande amigo!
Recepção: Aguarde um minuto! - uma música chata começou a tocar e Poncho xingou o recepcionista de todos os palavrões que conhecia.
Gerente: Pois não?
Poncho: Oi, aqui é Alfonso Herrera, gostaria de saber de Pedro Damián está hospedado ai!
Gerente: Dartagnan?
Poncho: NÃO! É D-A-M-I-A-N!
Gerente: Calma senhor.
Poncho: Não estou calmo! O senhor pode por favor verificar se Pedro Damián encontra-se presente no hotel?
Gerente: Ok, aguarde um momento! - sem alternativa, Alfonso esperou impaciente. – Ah, Pedro Damián o produtor do RBD?
Poncho: Exatamente! Por favor! Diga que eles estão aí!
Gerente: Não! Há uma reserva, mas os hóspedes ainda não chegaram.
Poncho: Ninguém da produção chegou?!
Gerente: Não senhor! Consta que chegariam ás 13:00!
Poncho: Ok, o-obrigado! – ele desliga, suspirando derrotado. - Será que se ligar no aeroporto, a mamadeira! A MAMADEIRA DO MIGUEL! Caramba! – ele corre até a sala de TV, João Miguel estava vermelho de tanto chorar, Poncho o pegou no colo e soltou as mãos do filho da manta. - Desculpe meu amor, não chore, o papai é um bobão! Vem, vamos papar! – ele volta à cozinha.
O telefone tocou, Poncho voo em cima do aparelho.
Poncho: ALÔ!
xxx: Alfonso?
Poncho: Sim! Quem é?
Cláudia: Cláudia!
Poncho: Ah! Oi Cláudia, desculpe, estou...
Cláudia: Desculpe você por ligar essa hora, é que meu marido estava vendo TV e disse que viu uma noticia sobre um avião que...

Poncho: Também vi. Não consigo me comunicar com eles.
Cláudia: Fiquei preocupada! Dulce me ligou ontem a noite, disse que viajaria e...
Poncho: Não sei o que fazer Cláudia! Já liguei pro hotel e me disseram que não deram entrada!
Claudia: Não consigo mais dormir, os plantões só falam nisso e alguns até já afirmaram que o RBD estava no avião, então eu liguei, queria saber se a Dulce já te ligou.
Poncho: Não! Ainda não. – ele suspira. – Cláudia, seria pedir muito para vir pra cá?
Cláudia: Não, claro que não! Vou chamar o Rodrigo e já estou indo!
Poncho: Obrigado! Vou deixar a porta da sala aberta, é só entrar. – ele desliga.

Meia hora depois, Alfonso ouviu um barulho na sala, era Cláudia, com o marido Rodrigo, que carregava a filha adormecida, no colo.
Poncho: Oi Cláudia, Rodrigo! – ele os cumprimenta, com João Miguel no colo, o bebê ainda tomava o leite, parava a cada dez minutos, fazendo manha, provavelmente estranhando o “seio” da mãe.
Cláudia: Oi Poncho!
Rodrigo: Alguma noticia?
Poncho: Nem um telefonema, nada! – ele suspira. - Coloque a pequena pra dormir lá no quarto.
Rodrigo: Não queremos incomodar.
Poncho: Que isso cara! A casa é de vocês!
Rodrigo: Vou coloca-la lá então, está cada vez mais pesada. – ele sorri de lado e sobe as escadas.
Cláudia: O que disseram no hotel?
Poncho: Que a reserva foi feita, mas eles ainda não chegaram.

Cláudia: Puxa vida, eu fico irada quando a Dulce não dá noticias! Papai vivia colocando-a de castigo quando éramos crianças, porque a Dulce não o esperava na porta do colégio e sumia sem ligar, dar sinal de vida.
Poncho: A Dulce fala pouco sobre a infância dela.
Cláudia: Minha irmã é louca, percebi desde quando ela nasceu! – ela sorri.

O dia raiou e Alfonso, cansado, adormeceu ao lado do telefone, a espera de notícias sobre Dulce e a RBD.
Alfonso estava sentado no chão de um quarto vazio, completamente branco e iluminado, vestindo uma roupa igualmente clara. Seus olhos estavam vidrados em um vulto negro, misterioso, que passeava de um lado para outro, e cuja imagem ficava mais nítida, a cada minuto que um relógio vermelho, desenhado no alto da parede à sua frente, marcava. Alfonso levantou-se, ansioso para saber quem era aquela sombra que o acompanhava a dias na casa onde morava, os ponteiros do relógio começaram a girar mais rápido, os olhos do rapaz ficavam arregalados, seu coração batia rápido até que a imagem sumiu em um piscar de olhos”
Alfonso acordou, assustado, com o barulho do telefone, que não parava de tocar. Cláudia que estava na cozinha com Dora, correu até a sala ansiosa por noticias da irmã.
Poncho: Alô?! – ele atende desesperadamente.
xxxx: Oi Amor!

Poncho: DULCE?!
Dulce: Você tem outra? – ela ri.
Poncho: MEU DEUS, DUL! – ele suspira aliviado.
Dulce: Aconteceu alguma coisa?
Poncho: Sim! O acidente de avião.
Dulce: Que acidente?! – ela parecia confusa.
Poncho: Esquece, esquece! Graças a Deus! Está tudo bem? Por que não me ligou?

Dulce: Desculpa Amor! Tivemos que fazer uma escala em Roma, o tempo estava ruim.
Poncho: Ai ardilla! Você não tem ideia de como está sendo maravilhoso para mim, ouvir sua voz.
Dulce: Seu bobo! – ela sorri. – Viajei há apenas umas horas.
Poncho: Sério Dul! Já estão noticiando a morte de todos vocês.
Dulce: Credo! Por que?
Poncho: Caiu um avião da mesma empresa, com destino a Ásia também. Acho melhor o Pedro ligar pra alguém da empresa e avisar que está tudo bem.
Dulce: Eu vou falar com ele. Que horror, aviões nunca caem. – ela faz uma breve pausa. - Mas então amor, e nosso príncipe? Está tudo bem? Ele tomou a mamadeira sem problemas? Você passou a pomada e o talco que eu te mostrei?
Poncho: Está tudo ótimo! – ele sorri. - Ele está dormindo agora, obra da sua irmã, Cláudia! Ela é ótima com crianças...
Dulce: O que a Cacau está fazendo ai?
Poncho: Veio para cá para aguardar notícias também.
Dulce: Poxa, que confusão criaram hein!- ela sorri.
Poncho: Já estou com saudades! Miguel também. – ele sorri.
Dulce: Eu também, muita. – ela sorri.
Poncho: O que você está fazendo?
Dulce: Nada! Acabei de acordar, está chovendo muito aqui. – ela suspira. - Queria que estivesse comigo, para ficarmos agarradinhos debaixo da coberta.
Poncho: Queria poder estar ai também. – ele suspira. – Na próxima turnê eu irei, nem que fique escondido no hotel, cm o Miguel. – ele sorri.
Dulce: Vai ser ótimo. – ela sorri. – Amor, vou ter que desligar. Oso acabou de bater chamar, e você sabe que quando o Oso chama...
Poncho: Ninguém reclama! – ele sorri.
Dulce: Isso! – ela ri.
Poncho: Certo! Se cuide meu amor.
Dulce: Beijos amor. Cuide bem do nosso filho e qualquer coisa, qualquer coisinha mínima que aconteça com ele, não esqueça de me ligar!
Poncho: Pode deixar.  – ele revira os olhos.- Eu te amo.
Dulce: Também te amo! – ela sorri. – Demais!

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