Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Jack: Vamos brindar ao grande sucesso que foi a novela! Essa produção ficará para sempre na minha memória e acredito que na de vocês também! Claro! Queria agradecer a você Pedro, pela chance, e a todos vocês pelo carinho e amizade que compartilhamos durante todo esse tempo! Saúde!

Todos: Saúde!

Era duas horas da manhã quando a "festinha" terminou, teriam a manhã de folga, a tarde uma coletiva, e a noite a gravação de um programa de auditório. Guido e Mai foram os primeiros a sair, Christian foi logo em seguida.

Ucker: Bom pessoal, estou indo.

Dulce: Eu também já vou.

Any: Vou pra casa dos meus pais, tchau gente, até amanhã! – sorri se despedindo rapidamente dos amigos.

Dulce: Ucker, pode me dar uma carona? Estou sem carro.

Ucker: Claro Dul, só vou trocar uma palavrinha com o Pedro e já volto.

Poncho: Posso te levar se quiser! – se aproxima dela.

Ucker: Vai desviar muito do seu caminho, eu levo ela Poncho!

Poncho: Ok, então até mais. – sorri de lado, dando um abraço nela de despedida.

Dulce: Tchau Poncho, se cuida. – sorri.

Alfonso caminhou até o estacionamento da emissora e teve dificuldades para achar seu carro no escuro. Estava distraído, alguma coisa, que ele ainda não sabia o que era, o incomodava, era um misto de alivio, vazio e ansiedade. Balançou a cabeça e pegou as chaves no bolso, entrou e ficou durante alguns minutos com os olhos fechados e a cabeça encostada no banco do automóvel.

Poncho: Droga! Pare com isso Alfonso! – bate uma vez no volante e liga o carro, partindo. Chegando em seu apartamento, jogou a blusa de moletom no chão e chutou os tênis para baixo do sofá, caminhou até a cozinha, abrindo a geladeira procurando o que comer, não estava com fome, mas queria comer alguma coisa. Abriu a gaveta, tirou uma maça verde do saco, lavou e voltou para sala. Sentou-se no sofá com as pernas abertas e ligou a TV. – Lixo, lixo! – dizia enquanto passava os canais.-  Madrugada na TV é uma porcaria! – estava entediado, estava sem um pingo de sono. Tirava um pedacinho de casca de maça dos dentes, quando bateu os olhos no telefone, parou, encarando o aparelho. - Que se dane! – se estica apanhando-o e disca um número.

xxx: Alô?

Poncho: Oi Dul, é o Poncho!

Dulce: Oi Poncho, aconteceu alguma coisa?

Poncho: Não, eu só... - Não sabia porque tinha ligado, a vontade de ouvir a voz dela bateu em sua cabeça, não fazia sentido, ele e Dulce eram somente amigos agora. Com o fim de clase 406 se afastaram e só conseguiram se reaproximar graças à Rebelde, onde inclusive ficaram juntos durante um tempo mas acabaram brigando e se separando mais uma vez, que causou mais um afastamento de um ano entre eles. Agora tinham medo de por tudo a perder e concordaram em manter-se na amizade, que era a relação mais importante entre eles, conversavam bastante, na maioria das vezes sobre a banda, ou sobre a novela, alguns ensaios que marcavam juntos. Da RBD , Dulce era a pessoa com quem ele mais se sentia bem.

Dulce: Só o que?

Poncho: Queria saber se chegou bem em casa! – sorri.

Dulce: Cheguei sim, obrigada. – ela sorri.

Poncho: De nada!

Dulce gostava de Alfonso, achava ele uma pessoa legal, de confiança, divertido, mas não tinham quase nada em comum, quer dizer, gostos em comum, quase nunca concordavam. Suas opiniões sobre os mais variados assuntos eram totalmente contrárias, e ela o achava meio, metido as vezes, mas ele sempre estava lá quando ela precisava de alguém para conversar. Nunca contou a ninguém que no fundo, sentia que ainda o amava, sempre negava quando perguntavam mas, quando lançou o primeiro livro, Dulce Amargo, a maioria dos poemas foram feitos pensando em Poncho e na época em que começaram a namorar.

Dulce: Só isso?

Poncho: É, só!

Dulce: Então boa noite? – sorri.

Poncho: Boa noite Dul! – desliga.

Dulce: Eu hein! – sorri, olhando para o aparelho. Estava na porta de seu apartamento quando Poncho ligou.

Dulce até pouco tempo morava na casa dos pais, agora estava num apartamento amplo num famoso nobre condomínio da cidade. Era estranho morar sozinha, sentia medo às vezes, gostava da companhia de alguém para conversar à noite, jogar conversa fora. Achou estranho Alfonso ter ligado, apesar de estarem bem próximos, ultimamente Poncho tinha estado ausente. Dulce trancou a porta e foi direto para o banheiro, nada como um banho quente depois de um dia cheio, Deixava a água cair sobre sue corpo enquanto lia a embalagem do shampoo, estava com sono, queria acordar bem no dia seguinte, afinal, uma nova etapa estava começando, e um novo desafio, se dependesse dela, faria de tudo para que a banda desse certo depois da novela. Vinte minutos depois saiu do banho, colocou uma camisola de algodão branco com estampa de estrelas nas mangas e se deitou, adormeceu rapidamente.

No dia seguinte acordou com o telefone tocando, era Any.

Dulce: Vou te matar! – ela responde ao atender.

Any: Por que?

Dulce: Por me acordar a essa horas! São oito da manhã Any! O que deu em você pra acordar tão cedo?

Any: A Mai convidou todo mundo pra almoçar no apê que ela e o Guido compraram. – ela sorria.

Dulce: E?

Any: Você vai, né?

Dulce: Claro, depois, não as oito da manhã, se escutei direitinho você disse almoço e não café da manhã.

Any: Ui! Mal humorada!

Dulce: Desculpa, fico assim quando interrompem meus sonhos.

Any: Hum gatita! Estava sonhando o que? Melhor, com quem?

Dulce: Ninguém Any! Que mania.

Any: Ok, não vou mais encher você, nos vemos mais tarde?

Dulce: Certo!

Any: Ok!

Dulce. Beijo! - desliga. Dulce se joga novamente na cama, e mal se cobriu quando o telefone novamente tocou.

Dulce: Saco! – estava nervosa, deu um soco no aparelho, arrancando-o do gancho. – Alô? – responde grosseiramente.

Poncho: Oi Dul!

Dulce: Ah é você!

Poncho: Sim!

Dulce: O que você quer?

Poncho: Nada, eu só...

Dulce: Ai Poncho! Fale logo! Você é o segundo que interrompe meu sono! – estava mal humorada.

Poncho: Desculpe, nos falamos depois. – ele desliga.

Alguns dias se passaram, na primeira coletiva após o termino da novela, Pedro teve certeza que o RBD estava no começo de sua estrada rumo ao topo. Depois de uma longa reunião com integrantes, músicos, produtores e gravadora, todos, empolgados, decidiram continuar. Era manhã de quinta-feira, todos estavam numa sessão de fotos para novos produtos da banda, que seriam lançados em breve para divulgação e promoção. Faziam um intervalo de dez minutos, conversavam animados sobre as novas turnês, estavam ansiosos para voltar ao Brasil, Ucker estava sentado num sofá afastado dos outros, Dulce estava no colo dele, riam e brincavam de fazer cócegas.

Dulce: Não Ucker! Aí não! Você sabe que eu morro de cócegas! – ela ria, tentando dar tapas nele.

Ucker: Vingança pelo soco na cabeça! – ele ria.

Do outro lado da sala Poncho observava a brincadeira dos amigos.

Any: Esses dois, não sei não. – sorri, se aproximando dele.

Christian: Não sei porque a Dulce e o Ucker não estão juntos.

Any: Pois é! Se amam e não sabem! – sorri. - Vai entender,  tá na cara que aquilo não é brincadeira de amigos.

Mai: Acho que não tem nada haver!

Christian: Ah? Mas outro dia você disse que...

Mai: Eu disse, mas mudei de ideia! Se depender da Dul acho que não rola. - Alfonso olhou pra Mai sorrindo, ela era a única que sabia, quer dizer, era tão observadora que não pode deixar de perceber que Poncho estava estranho, depois de muita insistência conseguiu arrancar do amigo seu mais novo segredo, algo que ele voltou a sentir há alguns meses e que foi ficando mais forte com o término da novela.

Um desejo diferente, uma paixonite, talvez amor, ele ainda não sabia, sua única certeza era de que não conseguia parar de olhar para Dulce María, não conseguia deixar de relembrar do passado, quando ainda namoravam e aquilo já estava o incomodando.

Any: A Mai corta essa.

Mai: Estou falando gente, você também não acha Poncho?

Poncho: E-eu?

Mai: É!

Poncho: Eu não sei, bom, se eles se gostam, que fiquem juntos. – dá de ombros.

Mai: Poncho!

Poncho: O que?

Mai: Ah! – revira os olhos. -Vamos trabalhar! – se levanta, Any vai atrás.

Any: Eu conheço esses papinhos! – cochicha com Mai. - Depois você vai me contar tudinho o que sabe! – sorri.

As fotos lhes tomaram toda manhã, durante a tarde gravaram um programa e deram algumas entrevistas. Teriam a noite livre.

Às dezenove horas todos saiam da Televisa, juntos.

Dulce: Alguma coisa programada pra hoje?

Any: Vou jantar com meus pais.

Christian: Dormir.

Mai: Sair com o Guido.

Ucker: Nada.

Dulce: Poncho? – sorri, cutucando ele, Alfonso estava no mundo da lua.

Poncho: Que?

Dulce: E você?

Poncho: Eu?

Dulce: O que vai fazer essa noite?

Poncho: Eu? Vou visitar meu pai, faz muito tempo que não o vejo! - inventa qualquer coisa. Não queria dizer que passaria a noite sozinho, Poncho sempre fora baladeiro, paquerador, mas saiu da ativa desde que seus sentimentos começaram a ficar confusos.

Dulce: Puxa, sendo assim! – dá de ombros.

Any: Sendo assim o que? Estava querendo marcar alguma coisa?

Dulce: Pensei que fossemos dançar, beber, essas coisas.

Any: Desculpa Dulcita, hoje não vai dar.

Dulce: Tudo bem Any! – sorri. - Ucker?

Ucker: Fala Dul.

Dulce: Já que você não vai fazer nada, vamos dançar, por favor?!

Ucker: Dançar? Ah Dul, e amanhã? Trabalharemos como? – ele ri.

Dulce: Trabalhando! – sorri dando de ombros. – Vamos, por favor.

Poncho: Ok! – sorri. Christopher inúmeras vezes que afirmou ser agora só um amigo de Dulce, mas sentia um carinho especial por ela.

Dulce: Eba!

Ucker: Passo pra pegar você que horas?

Dulce: Nove?

Ucker: Nove! Não enrole para se arrumar.

Dulce: Ok! – sorria, abraçando Ucker.

Christian: Eu não disse?  - passa por todos, rindo.

Mai: É né.

Any: Muito bem! – ela espera todos se afastarem. - Ótimo! Agora você Mai, vai me contar tudinho sobre essas sua repentina mudança de opinião!

Poncho: Mudança?

Any: Não se faça de bobo, Poncho! Sei muito bem que a "coisa" tem haver com você, aliás não pensem que não reparei, sei que estão de segredinhos faz tempo. Venham, vamos tomar um café! – arrasta os amigos pelas mãos. - Muito bem! – sentam-se em uma mesa afastada numa cafeteria próxima da Televisa. - Comecem.

Mai: O que?

Poncho: A Any pirou Mai! – sorri. – Louca varrida, eu sempre soube. Não pode ver nada de diferente que já fica toda grilada.

Any: Ponchito bebê, eu te conheço muito bem, sei que está bem estranho ultimamente. Não conversa, está distraído, chega faz o que tem que fazer e vai embora sem conversar, sei não.

Poncho: Não viaje, Any!

Any: Ok, você não quer dizer nada, eu pergunto para Mai! – se vira para a amiga. - Mai?

Mai: É, bem! – não sabia o que dizer.

Poncho: A Mai também é minha amiga e sei que não vai ficar espalhando segredos por aí.

Any: Ahá! Então é um segredo?!

Poncho: É sim, e não vamos te contar.

Any: Não confia em mim?

Poncho: Confio mas...

Any: Então?

Poncho: Ok Any! Você venceu! Droga!

Any: Um a zero, desembucha! – sorri.

Poncho: Conte você Mai...

Mai: Ah, bem! É que o Poncho de uns tempos pra cá... – encarava Poncho.

Any: Ah!! Não me deixem nessa curiosidade!

Poncho: Eu, bom, estou sentindo...

Any: Ui! Sentindo, o que? Está apaixonado pela Mai que é comprometida?! – sorri, encarando-os.

Mai: Não!

Poncho: É que...

Any: PONCHO!

Poncho: Estou sentindo saudades, saudades da Dulce! - Any tomou um susto, olhou para Mai, que deu de ombros.

Any: Da Dulce? Como assim?!

Poncho: É, saudades, lembranças nossas que não saem da minha cabeça e tem me deixado louco.

Mai: É isso, ele acha que está gostando da Dulce.

Any: Sério?! Da Dulce?! Mas você me disse que a Dulce não te interessava desse jeito, que agora eram irmãos!

Poncho: É mas, não sei, tenho saudades dela. E o pior é que agora não sei como agir perto dela e acabei afastando-a de mim.

Any: PONCHO! – estava pasma.

Poncho: Sinto falta, estou confuso, não paro de pensar nisso. Cada vez que um repórter pergunta se estamos revivendo a chama da paixão tenho vontade de morrer. – ele estava deprimido.

Any: PONCHO!

Poncho: QUE?!

Any: Você está se apaixonando pela Dul outra vez! – começa a rir.

Poncho: Não estou me apaixonando, só, gostando? A Dulce é legal, é doce, dedicada!

Any: É sim!

Poncho: Não, não é!

Any: Certo, vamos fazer o " Quiz da Any" para testar o nível da coisa, ok?

Mai: De onde tirou isso Any?

Any: É uma brincadeira que sempre fiz com os amigos.

Poncho: Que brincadeira?

Any: Quer jogar ou não?!

Poncho: O que eu ganho?

Any: Nada seu folgado! É só um teste, pra saber se está mesmo confuso ou ainda não se tocou.

Poncho: Ok. – revira os olhos.

Any: Ok, começando! A quanto tempo está assim?

Poncho: Não muito tempo, pouco mais de um mês.

Any: Qual o perfume que a Dulce usa?

Poncho: Chanel?!

Any: Não me responda com perguntas! Quantas vezes ao dia você pensa nela?

Poncho: Não sei Any, o tempo todo!

Any: Que roupa a Dulce estava vestindo hoje?

Poncho: Uma calça jeans escura, uma blusa branca com a barra e as mangas pretas, um cinto transparente, um tênis branco, um colar de bolinhas prateadas, estava de óculos escuros quando saímos todos pra almoçar, e o cabelo estava preso com aquelas presilhas tipo mãozinha que abre e fecha, não sei o nome.

Any: A coisa é séria. Já teve sonhos eróticos com ela?

Poncho: Que?! Any, que pergunta indiscreta.

Any: Sou sua amiga! Pode se abrir!

Poncho: Já. – ele responde após um tempo, encarando-as.

Any: Como foi?! – ela sorri.

Mai: Agora fiquei curiosa! Isso você não tinha contado!

Poncho: Antes precisam prometer que isso não sai daqui direto para os ouvidos da Dulce! Não quero que ela nem imagine que estou assim, não sei, vai saber, vocês viram o Christian.

Any: Prometo!

Mai: Eu também!

Poncho: Ok! – ele respira fundo. - Bom o sonho foi o seguinte!  Estávamos sozinhos aqui na Televisa, conversávamos como sempre, conversa de amigos, ai, pula essa parte! – ele sorri.

Any: Não pula nada! – o belisca. - Quem provoca quem?

Poncho: Eu, agarrei, já tirei a roupa e vocês sabem o resto.

Any: Onde?!

Poncho: Na mesa onde é a maioria das reuniões! – ele ri.

Mai: Ah!

Poncho: Pois é!

Any: Foi bom?

Poncho: Foi só um sonho!

Any: Foi bom?

Poncho: Foi!

Any: E o que fez quando acordou?

Poncho: Bom, acordei ué.  – ele ri. – Levantei e me arrumei pra trabalhar.
Any: Bom, assim de cara você e a Dulce, são tão fofos! - sorri. - Quando vai contar pra ela?

Poncho: Não vou contar nada.

Any: Como não?! Por que?

Poncho: Quero deixar as coisas como estão, por enquanto.

Any: O que pretende fazer?

Poncho: Saber se ela ainda gosta de mim.

Any: Poncho seu burro! O cara tem que chegar! Não vai rolar se você não se declarar.
Poncho: Nem sei se ela gosta de mim desse jeito, aliás tenho quase certeza que não, não dá forma como estou gostando, ela sempre me trata bem, mas ultimamente está toda amores com o Ucker.

Mai: Com ciúmes. - sorri.

Poncho: Confesso que sou um imbecil, a anta aqui não poderia ter aceitado o convite para leva-la a danceteria? Mas não, inventou uma desculpa idiota e o Ucker passou na frente.

Any: Isso que dá ser mole.

Poncho: Não sou mole! Só fico sem graça na frente dela é estranho gostar de alguém que era só uma amiga, quase uma irmã.

Any: Meu conselho é, chega chegando e pega logo!

Mai: O meu é, espere para ver qual é a dela com o Ucker, se está mesmo solteira acho que se você atacar assim de uma vez, pode quebrar a cara.

Poncho: Você tem razão Mai, é melhor esperar.

Any: Não vai ouvir meu conselho né? Depois não fique chupando o dedo bebê! – ela ri. - Agora vou indo, amanhã cedo conto tudo pra Dul.

Poncho: E logo em seguida morre.

Any: Brincadeira!– sorri se levantando e dando um abraço demorado nele. – Fique bem Ponchito, até amanhã. 

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