Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Continuaram a seguir o médico, que os levava para um corredor totalmente vazio com uma única porta grande e branca no fundo. Quando o homem abriu a sala, Alfonso e Christopher se arrepiaram, não porque tinham medo dos corpos, e sim porque a temperatura da sala estava baixo da ambiente.

Médico: Por aqui! – ele dá mais alguns passos que foram acompanhados pelos dois rapazes. Pararam em frente a uma mesa comprida de metal, onde um corpo estava coberta por um pano branco e grosso.

Alfonso e Christopher entreolharam-se, com um nó apertando a garganta, engoliram as lágrimas e respiraram fundo. Achando que esse era um aviso de que estavam prontos o médico puxou o pano. Alfonso cerrou os punhos e Christopher colocou uma das mãos na boca, realmente era Christian, já estava bem pálido, com o semblante sereno e um hematoma na fronte.

Médico: Traumatismo craniano! - informa a causa. Alfonso se aproximou e sem medo segurou uma das mãos do amigo que estava fria.

Poncho: Vá em paz Pollito, nós te amamos! – faz sinal da cruz no peito do amigo, novas lágrimas já escorriam por seu rosto.

Médico: Acho que já o bastante!

Poncho: Não, deixe-nos ficar mais um pouco com ele.

Médico: Isso não é permitido.

Ucker: Deixa cara! – ele chorava.

O médico apenas assente e se afasta deles.

Ucker: O Christian onde quer que esteja vai ajudar a todos nós como sempre ajudou! – Poncho o encara, ambos estavam emocionados, como bons amigos se abraçam, consolando-se. – Vamos!

Mais uma vez olham para o rosto do amigo e saem da sala com o médico.

Quando voltaram para sala onde estava Mariana, a garotinha brincava com o celular de Dulce, ainda em seu colo. Quando viu Ucker que foi o primeiro a se aproximar, ela correu até ele.

Mariana: Tio! Você viu o papai? Ele tá bravo comigo?

Ucker: Não Mari, fique sossegada. – força um sorriso.

Mariana: Posso ver o papai?! – ela sorria, Poncho olhou para Dulce.

Dulce: Mari, vem cá que a madrinha vai te explicar um negócio!

Mariana: Eba! Historinha?

Dulce: Ahn, sim! - Mariana se aproximou e sentou-se entre Dulce e Any.

Mariana: Começa logo!

Dulce: Ok. – ela respirou fundo, evitando mais lágrimas, todos se calaram e deixaram Dulce falar. - Seu papai, ele... – ela respira fundo mais uma vez. - Ele virou um anjinho agora!

Mariana: Como assim? – a encara confusa. - O papai disse que os passarinhos nascem com asas, não as pessoas.

Dulce: É, ele tem razão, mas você sabe o que são anjinhos?

Mariana: Sei! Aqueles que cuidam da gente quando estamos dormindo! Eu rezo! A mamãe me ensinou assim..."Anjinho da guarda, minha doce companhia, não me desampare nem de noite nem de dia, porque se me desampara eu me perderia..." – ela faz o sinal da cruz, Poncho saiu da sala, não conseguia presenciar aquilo. - Assim!

Dulce: Eu também rezo assim! – sorri com tristeza.

Mariana: O papai disse que tenho que agradecer, pelas coisas boas e pedir perdão pelas bagunças. – ela sorri. - Mas, como faz pra virar um anjinho?

Dulce: É, bom! Papai do Céu escolhe alguém muito bom pra dormir e quando a pessoa acorda, ela vira um anjinho.

Mariana: É, o papai estava dormindo.

Dulce: Agora ele vai cuidar de você, junto com Papai do Céu.

Mariana: E ele não vai mais voltar? Não vai mais cantar? Ele disse que gosta de cantar.

Dulce: Não Mari, ele não vai mais voltar! – não consegue mais evitar, e começa a chorar.

Mariana: Mas vai me visitar às vezes?

Dulce: Todos os dias, você vai sentir seu papai aqui! – coloca uma das mãos no peito dela. - E aqui! –coloca a outra mão da cabeça da garotinha.

Mariana: E ele vai me levar pra escola? Eu bati no menino e a professora disse que ele tem que ir!

Dulce: Seu padrinho vai no lugar dele!

Mariana: Mas eu quero o papai! – encara Dulce, seria.

Dulce: Mas...- ela suspira. - Ele não pode, não se esqueça que agora ele é anjo, e vai te proteger, te amar e cuidar de você sempre, e sempre que precisar dele é só chamá-lo que ele a ajudará.

Mariana: A mamãe também virou anjinho?

Dulce: Não, a mamãe não! – olha para os amigos, ainda não sabiam ao certo como Maite estava.

Ucker: Mariana?

Maria: O que, tio?

Ucker: Quer comer um lanche?

Mariana: Quero! – sorri, segurando na mão de Ucker. - Um hambúrguer?

Ucker: O que você quiser! –sorri de lado, saindo com a menina, deixando os outros a sós.

Dulce: Ah Deus! Que barra! – se encosta no sofá, ainda chorando. Poncho se aproximou ao lado dela, lhe acariciando a cabeça.

Poncho: Você se saiu muito bem! – se inclina, beijando a cabeça dela.

Dulce: Será? Poncho, agora a cabecinha dela está confusa, mas quando se der conta que o Christian. não vai mais, voltar, o que será?

Poncho: Não sei amor, não sei!

Any: Poncho aonde o médico levou vocês?

Poncho: Ao necrotério!

Dulce: E vocês viram...

Poncho: Foi horrível! – senta-se ao lado de Dulce, que deita a cabeça no peito do marido.

Any: Ainda não consigo, não consigo acreditar que ontem estávamos todos nos divertindo, comendo pizza, programando os passeios. e agora, agora isso! É muito injusto!

Dulce: Estou tentando pensar que... - estiva os braços pedindo o filho para Any, que se aproxima entregando-o, o pequeno Miguel quase dormia. - Que isso tudo, não passa de um pesadelo que logo vai acabar.

Poncho: A culpa é toda minha! – olhava vagamente, Dulce e Any o encaram. – É verdade! Se não tivéssemos brigado, e eu não, eu não acredito. por mais que... – volta a chorar, apoiando a cabeça nas mãos. - Por que isso tinha que acontecer?! Agora jamais poderei. pedir desculpas e saber que o Christian faleceu com raiva de mim.

Dulce: Amor, não fale assim! Você não teve culpa de nada, de nada entendeu? Aconteceu. – ela o encara.

Poncho: Mas não teria acontecido de ele não saísse nervoso! Maldita hora que tivemos essa ideia de praia! – se levanta.

Dulce: Não Poncho! Vem cá meu amor! – Alfonso se senta novamente. - Não fique se culpando, por favor! - enxuga as lágrimas de Poncho com as pontas dos dedos e o beija levemente. - Por favor!

Poncho: É que...

Dulce: Não vamos mais falar sobre isso, ok?

Poncho: Ok, mas...

Dulce: Sem “mas" Poncho! – ela suspira. - Eu quero ver a Mai, estamos aqui já faz um bom tempinho e não temos notícias. – ela ajeita o filho no colo.

Any: Tem razão Dul!

Poncho: Olhem, ai vem um médico!- ele vê pelo corredor um médico mais velho se aproximar.

Dulce: Doutor! Maite, como ela está? – o encara.

Médico: Já fizemos tudo o que podíamos por ela, chegou com ferimentos graves, só nos resta agora esperar.

Dulce: Podemos vê-la?!

Médico: Impossível senhorita, acabou de ir para UTI e ainda não pode receber visitas.

Dulce: Doutor o senhor não está entendendo!

Poncho: Calma Dul. – ele olha para a esposa.

Dulce: Um dos nosso melhores amigos acabou de falecer! E já nos disseram que a Mai está muito mal! Acha mesmo que dá pra ficar assim?! Esperando?! Angustiada?! Sem saber o que está acontecendo?! Esperar?! Eu não quero esperar!- ela encarava o médico, ainda sentada e com o filho no colo.

Médico: Muito bem!- ele respira fundo. – Acalme-se primeiro.

Dulce: Não estou nervosa!

Médico: Acompanhe-me por favor.

Any: Podemos ir todos nós?

Médico: Nem pensar, não poderia ir ninguém, mas, uma pessoa!

Any: Vá você Dul!

Dulce: Tem certeza?

Any: Sim. – ela estica os braços pegando Miguel.

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Comentários:

Rebeca_Herrera > morreu :( 

mimprincess > infelizmente... se foi :(