Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Antes de entrar na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), Dulce lavou as mãos com clorexidina degermante, vestiu uma roupa azul, junto com touca, máscara na boca e nariz e proteção para os sapatos, o médico pediu a uma enfermeira que a acompanha-se. Dulce entrou no quarto, estava um pouco escuro, olhou para os lados, uma porção de aparelhos que ela desconhecia apitavam pausadamente. Em uma cama alta estava Maite, que vestia uma camisola azul, em seu rosto branco era visto um curativo enorme, estava cheia de fios e tubos nos pulsos e nariz, os cabelos pretos estavam esparramados na fronha verde claro. Dulce se aproximou devagar, ficando ao lado da cama, levou uma das mãos na máscara que cobria sua boca, chorando em silêncio ao ver o estado da amiga. Era difícil ver Mai daquela jeito, principalmente ela que fora sempre tão saudável, viva. Dulce atreveu-se mais um pouco e tocou em uma das mãos dela.

Dulce: Mai! – ela chorava. – Perdão! - Dulce sentiu os dedos da amiga se mexerem.

Mai: D-Dul? - estava com a voz fraca, abriu os olhos, estavam vermelhos e cansados. Reconheceu Dulce pelo olhar e pela inconfundível voz. – Dul!- falava baixo.

Dulce: Isso Mai, sou eu, Dulce! – sorri por trás da máscara. – Oi!

Mai: Oi, Dul. – tinha a voz cansada.

Dulce: Estou tão aliviada de vê-la acordada.

Mai: Dul, desculpa, d-desculpa! – dizia quase como um sussurro.

Dulce: Desculpar o que? Não tem que me pedir desculpas Mai!

Mai: Tenho sim, desculpa, por favor! Eu, não quero ir sem suas desculpas.

Dulce: Não Mai! Você não vai a lugar nenhum! Vai ficar tudo bem.

Mai: Eu, eu vou morrer Dul! – diz com uma voz baixa.

Dulce: Não! – ela chorava mais. - Mai escuta! Você não vai morrer! Não vou deixar, não vou deixar você morrer.

Mai: Prometa uma coisa, pra mim.

Dulce: O que?

Mai: Quando eu não estiver, m-mais aqui... – fazia força para falar.

Dulce: Mai, chega, não precisa dizer nada.

Mai: Prometa que, que não vai, deixar, que não vai d-deixar...- consegue segurar uma das mãos de Dulce. – Não vai deixar minha f-filha, sozinha! - as lágrimas de Dulce caiam cada vez mais grossas.

Dulce: Para Maite! Não vou prometer nada! Você vai sair dessa! Vai sair dessa porque sua filha está lá fora te esperando!

Mai: Está, doente! – ela também chorava. – Cuide, dela, prometa que vai, cuidar Dul, por favor, como se fosse sua filha!

Dulce: Mai, por favor.

Mai: Eu te escolhi como madrinha!- sua voz ia ficando fraca. – Sempre soube que era pra ser você.

Dulce: Mai, não fale assim! – estava angustiada e assustada.

Mai: Prometa Dul, por favor, por favor Dul, eu preciso ouvir!

Dulce: Sim, eu prometo! Prometo que vou cuidar como se fosse minha filha. Já é como se fosse! Mas tenho certeza que quem fará tudo isso é você Mai! Você e o Christian escolheram a Mariana, Deus não seria capaz de estragar um gesto tão bonito e solidário, e um amor tão verdadeiro entre mãe e filha.

Mai: Obrigada.

Dulce: Você vai ficar boa, eu vou falar com o Poncho e o médico, vamos transferir você para capital, para o melhor hospital, vai ficar tudo bem! – segurava firme as mãos da amiga.

Mai: Eu quero ver minha filha, está tudo bem com ela, não está?

Dulce: Ela está ótima, o Ucker a levou para comer alguma coisa.

Mai: E o Christian? Ele conversou com o Poncho? Ele ficou chateado mas, foi besteira. O Chris ama o Poncho como se fosse seu irmão! Ele deve ter se a-arrependido! Por que ele, não veio me ver?

Dulce: Descanse agora Mai, você precisa descansar!- tentava fugir do assunto. Não achava apropriado falar sobre Christian com a amiga daquele jeito. – A Mari precisa de você, da mãe ok? - beija o rosto dela por cima da máscara. - Mais tarde virei vê-la, e vou trazer a Mari!

Mai: Ok. – ela respira fundo.

Dulce: Descanse!

Mai: Dul?

Dulce: Oi?

Mai: Eu te amo amiga, obrigada! – Dulce sorriu.

Dulce: Também te amo, obrigada por ser minha amiga! – acaricia a mão da amiga. - Até mais tarde!- se afasta da cama. – Descanse.

Mai: Obrigada! - já sozinha, fecha os olhos devagar, suspirando e adormece.

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