Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dulce saiu correndo da UTI, ofegante, as lágrimas queimavam seu rosto, estava tão nervosa que acabou trombando com Dr. Saldaña que a segurou evitando um tombo.

Dr. Saldaña: Opa! É proibido correr aqui! – ele sorri, endireitando-a. Dulce estava com as mãos no peito, chorava sem parar. - Algum problema? – o sorriso dele se desfez. - Está se sentindo bem?

Dulce: Estou, me desculpe. – ela passa a mão no rosto, limpando as lágrimas.

Dr. Saldaña: Não parece. – ele continuava com as mãos apoiadas nos ombros dela.

Dulce: Com licença! – ela tenta se livrar mas ele ainda a segura.

Dr. Saldaña: Você me parece nervosa, venha vou te dar um calmante.

Dulce: Eu não quero, me solte! – ela volta a chorar.

Dr. Saldaña: Senhora eu acho... - Dulce desmoronou, agarrou o jaleco do médico, abraçando-o e começou a chorar feito um bebê. O doutor ficou confuso e retribuiu o abraço com gentileza. Alguns minutos se passaram e Dulce ficou mais calma.

Dulce: Desculpe! – ela enxuga o rosto com as mãos novamente. - Molhei todo seu jaleco.

Dr. Saldaña: Está tudo bem! – ele sorri ternamente. - Quer me contar o que houve? Alguma coisa com a menina Mariana?

Dulce: Não, está tudo bem com ela.

Dr. Saldaña: Então?

Dulce: Eu, vou embora, desculpe! – Dulce sai rapidamente, sem dizer mais nada.

Dulce entrou na sala de espera, com o rosto inchado e vermelho, Ucker que brincava com Mariana no sofá, levantou-se.

Ucker: Dul, o que aconteceu? Por que está assim? –se aproxima dela.

Dulce: Nada é, só bateu uma tristeza. – tentava limpar o rosto.

Ucker: Dulce! Esqueceu que você é minha irmãzinha?  - sorri de lado, apoiando uma mão nas costas dela e acariciando gentilmente. - Sei que está mentindo, sabe que sempre pode confiar em mim!

Dulce: Desculpa, é que... – ela respira fundo. – Ucker, eu contei tudo sobre o Christian pra Mai.

Ucker: Contou?! – ele a olha surpreso. - Por que?! Para que?!

Dulce: Eu não queria mas, mas a...- olhava para Mariana que estava brincando com o celular de Ucker.

Ucker: Entendi! Como ela reagiu?

Dulce: Pior do que esperávamos. Não quis acreditar, me expulsou do quarto, foi horrível!

Ucker: Ah Dul! – ele a abraça. - Não fique assim, afinal, ela precisava saber.

Dulce: Eu sei, mas foi difícil Ucker. Quando ela me chamou de mentirosa fiquei confusa, tudo passou pela minha cabeça, acho que minha ficha em relação a morte do Christian não tinha caído mas, e se ela piorar por minha culpa?

Ucker: Isso não vai acontecer. Fique tranquila Dul! Por que não vai pra casa? Eu fico aqui com a Mai e qualquer coisa eu te aviso.

Dulce: Ok! – ela suspira. - Preciso conversar com o Poncho, pra variar, nós brigamos. – ela revira os olhos.

Ucker: Então vá! – ele sorri. - A Any disse que se quiser deixar a Mariana com ela não tem problemas.

Dulce: Não, está tudo bem! Ela vai comigo,  Mai me fez prometer cuidar da menina. – ela respira fundo. - Promete que liga se acontecer alguma coisa? Qualquer coisa? Boa ou Ruim?

Ucker: Prometo!

Dulce: Obrigada Ucker! – ela beija o rosto dele. – Vamos Mari? – se aproxima da menina.

Ucker: Se cuidem!

Dulce abriu a porta de casa e Duke entrou na sala como uma flecha pulando em Mariana.

Mariana: Posso brincar com ele madrinha? – sorri, se agachando e abraçando o cachorro.

Dulce: Claro que pode. – sorri de lado, fechando a porta.

Mariana: Madrinha, eu posso morar com você?

Dulce: Morar comigo?

Mariana: A mamãe não vai voltar e nem o papai. Eu não quero morar sozinha. – ela acariciava Duke.

Dulce: Você vai morar comigo até sua mamãe ficar boa.

Mariana: Então eu tenho que te chamar de mamãe também?

Dulce: Não! – ela sorri. - Eu sou sua madrinha, você já tem uma mamãe que logo estará novamente com você. – ela acaricia os cabelos da menina. - Agora vá brincar!

Mariana: Então, meu cachorro também vai morar aqui?

Dulce: Seu cachorro? – ela encara Mariana, confusa. - O cachorro! Céus o cachorro!

Mariana: A Célia cuida dele, eu não sei dar comida. O papai que mandou ela cuidar dele! Ele pode ser amigo do Duke.

Dulce: Depois buscamos seu cachorrinho ok?

Mariana: Ok! Vem Duke! – ela se levanta e corre até o quintal com Duke atrás.

Dulce ouviu uma musica irritante que ela odiava e foi direto para o escritório. Abriu a porta devagar, Alfonso jogava x-box, estava concentrado e não viu quando a esposa entrou.

Dulce: Poncho? – ela cutuca ele no ombro, assustando-o e fazendo morrer no jogo.

Poncho: Droga! – ele quase derruba o controle. - Que susto!

Dulce: Desculpa, não queria atrapalhar.

Poncho: Esquece! – ele reinicia o jogo.

Dulce: Você almoçou? – o encarava, enquanto ele jogava.

Poncho: Almocei!

Dulce: O que fez a tarde toda?

Poncho: Joguei. – mantem sua atenção na TV.

Dulce: Eu fui ver a Mai.

Poncho: E como ela está? – continua concentrado no jogo.

Dulce: Um pouco melhor, mas depois a Mari contou sobre o Christian, e ela me fez abrir o jogo.

Poncho: E reagiu como?

Dulce: Foi péssimo, até me expulsou do quarto, não acreditou.

Poncho: Melhor assim!

Dulce: Como?

Poncho: Melhor assim! – ele fala um pouco mais alto, apertando com violência o controle. - Deixe ela não acreditar, é melhor fingirmos que nada aconteceu até que ela esteja completamente curada.

Dulce: E o Miguel? – ela tenta ignorar o que ele acabara de dizer.

Poncho: Acordou com a fralda suja, tive que dar um banho nele, mas já está dormindo de novo.

Dulce: Poncho! – ela respira fundo. – Precisamos conversar!

Poncho: Estou jogando, agora não dá. – ainda concentrado no jogo.

Dulce: Mas você disse que está jogando a tarde toda! – ela pousa as mãos nos ombros dele, por trás do sofá.

Poncho: Para com isso Dulce! Está me atrapalhando. – foge do toque dela.

Dulce: Ok! – o observa jogar e sai silenciosamente. 

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