Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Alguns minutos se passaram e ele se deu conta que estava parando em frente à casa de Christian e Maite, na necessidade de desabafar com seu melhor amigo. Parou o carro e desceu, deu dois passos para frente e parou, sério, Christian já não morava mais ali, aliás, jamais voltaria a morar, havia partido para um lugar que somente depois de percorrer sua estrada da vida, Alfonso poderia conhecer. Uma lágrima rolou por seu rosto, fazendo um caminho até sua boca, ele a eliminou rapidamente, suspirando, não tinha com quem desabafar, sua dor era tão recente que ele não tinha percebido que estava indo ao encontro do amigo que já falecera. Ele olhou mais uma vez para casa, que estava com as luzes apagadas, as janelas fechadas, e um ar sombrio, o rapaz estava atordoado, não queria voltar pra casa e chorar no colo da esposa, era demais para o seu orgulho, então entrou novamente em seu automóvel e seguiu para uma boate não muito longe, onde os homens bebiam e se divertiam a noite toda.

Enquanto Dulce adormecia em casa, Alfonso estacionava o carro em frente a uma enorme boate, com um letreiro de néon, onde se lia... “Hell’s Night Club”, dois seguranças vestidos de terno e gravata e óculos escuros se aproximaram, Poncho olhou para os lados, não havia ninguém, o lugar era discreto, ele deu as chaves do carro ao manobrista do lugar e entrou. Logo sentiu um cheiro forte de cigarro e perfume feminino, o clube estava lotado, homens de todos os tipos bebiam em mesinhas redondas e fumavam, outros gritavam em frente a um palco não muito alto, onde dançarinas de todos os tipos, rebolavam e se insinuavam enquanto algumas notas de dinheiro eram colocadas em suas calcinhas por mãos rápidas e ávidas. Alfonso caminhou até o bar e se sentou.

Barman: Vai beber o que, senhor?

Poncho: Whisky, duplo, por favor! - o barman se apressou a preparar a bebida e entrega-la a Alfonso, que bebeu em um só gole e pediu outro. - Entregue naquela mesa. – se levanta e caminha até as mesinhas que ficavam em frente ao show de strip-tease.

Uma mulher alta, cabelos loiros e longos, olhos azuis brilhantes, pernas grossas e torneadas, começou a dançar e a sorrir para Poncho e retribuiu o sorriso e colocou uma boa quantia na calcinha dela.

Eram dez da noite quando Dulce acordou com um cutucão na cintura, Mariana estava parada ao lado da cama, segurando um bichinho de pelúcia.

Dulce: Oi Mari! – sorri de lado, com a voz rouca de sono. - O que faz fora da cama?

Mariana: Tive um sonho mal.

Dulce: Com o que sonhou?

Mariana: Tinha o carro do papai, e um monstro feio de sangue e ele me pegava! – ela abraça o ursinho com força. - Posso dormir com você, madrinha?

Dulce: Pode, deite-se aqui pequena! – ela ajuda a menina subir na cama. Mariana se deita ao lado de Dulce que a abraça e a cobre.

Mariana: Madrinha, me conta uma historinha?

Dulce: Qual historia você quer ouvir? – sorri.

Mariana: Inventa uma.

Dulce: Ok! – ela se ajeita na cama. - Era uma vez uma menina que morava com seu papai em uma casa na floresta, o pai dela era lenhador... - Dulce continuou a contar a historinha e logo ela e Mariana adormeceram.

Enquanto isso na boate...

Poncho: Como se chama?

Loira: Valéria! – sorri, já sentada no colo dele, lhe dando um beijo no pescoço.

Poncho: V-você, é bonita Valéria! – falava sorrindo, devido a bebida.

Valéria: Obrigada!  O que acha de irmos para um lugar mais calmo? – sussurra no ouvido dele.

Poncho: Você, dirige? – sorri, mostrando as chaves do carro para ela, que a apanha de uma vez e o puxa pela camisa.

Dulce não conseguia dormir mais de uma hora seguida, levantou-se novamente e foi até a cozinha beber um copo de leite, esta inquieta, ansiosa, sentou-se no sofá da sala, com uma xícara nas mãos e pegou o telefone. Discou um número que sabia mais do que de cor, mas ninguém atendeu.

Dulce: Idiota! E você ainda se preocupa com esse traste?! Deixe de ser burra Dulce María!

Em meia hora Valéria e Alfonso paravam em frente a um motel discreto e luxuoso em uma rua pouco movimentada, a loira que conhecia Poncho, pediu o melhor quarto do lugar. Ele saiu do carro cambaleando, quase levou um tombo ao abrir a porta do quarto, Valéria o segurou beijando-o, ele retribuiu fogoso, segurando o rosto dela com forçam a mulher arrancou a camisa dele e lhe arranhou o peito, Poncho sorriu abaixando as alças do top cor de rosa que ela usava.

Valeria: Você é bem apressadinho sabia! – sorri, acariciando o peitoral dele.

Poncho: É! – ele ri, cambaleando com ela até a cama.

Alfonso estava excitado, parecia um animal, segurava Valéria com força enquanto distribuía beijos fervorosos pelo corpo dela, que já estava praticamente nua enquanto Poncho ainda estava de calças, as caricias eram ousadas e violentas, os beijos eram ardentes e demorados, o perfume daquela mulher deixava Alfonso tonto, enfeitiçado. Valeria estava adorando, além de famoso e rico, Poncho era viril e bom amante.

O dia seguinte amanheceu nublado, com uma garoa chata que fazia as pessoas ficarem na duvida se saiam com um guarda-chuva ou não, as calçadas estavam úmidas, assim como as folhas da árvores e os vidros dos automóveis. Alfonso acordou espreguiçando-se demoradamente, estava confuso, não reconhecia o lugar, coçou os olhos e levantou-se para ir ao banheiro, estava nu, parou e olhou para o quarto, peças de roupas estavam espalhadas pelo chão, ele sorriu.

Poncho: Dul? – volta para o quarto e se deita na cama e abraçando a mulher ao seu lado, de olhos fechados, sentiu algo estranho, aqueles braços, aquelas mãos não eram de Dulce. - Dul? – ele puxa o lençol, a mulher loira de pele bronzeada também estava nua, ao seu lado. Alfonso se assustou, afastou-se rápido correndo para o banheiro, sua cabeça estava quase explodindo, ele abriu a torneira do lavatório e molhou o rosto com água morna, olhando-se no espelho em seguida.

Poncho: Que merda! – ele apoia as mãos na cabeça. - O que eu fiz?! A Dulce vai me matar! 

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