Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Alfonso voltou para o quarto vestindo suas roupas com pressa, olhou para Valéria e sentiu nojo, não pensou duas vezes e saiu do quarto deixando dinheiro em cima do criado mudo. Entrou no carro e foi direto para casa, estranhou quando não ouviu Duke latir, o cachorro sempre latia quando ouvia barulho de chaves, Poncho suspirou e deu alguns passos a frente, parou sério quando viu Dulce dormindo no sofá, ela estava com uma camisola azul de cetim, os cabelos desgrenhados e o telefone em uma das mãos que estava caída para fora do sofá. Sentou-se no chão, ao lado do assento e ficou olhando para a esposa. Quinze minutos depois Dulce acordou, abrindo os olhos devagar.

Poncho: Bom dia! – ele acariciava a cabeça dela.

Dulce: Bom, dia! – o encara séria.

Poncho: O que faz aqui embaixo?

Dulce: Eu te liguei mas, você não atendeu! Fiquei preocupada!

Poncho: Desculpe! – ele baixa o olhar.

Dulce: Onde você estava? Dormiu na casa, da sua mãe?

Poncho: Ah, não, não dormi na casa da minha mãe! – ele coça o rosto.

Dulce: Onde então? Por que não atendeu? Ainda precisamos ter aquela conversa.

Poncho: Dulce eu... – ele respira fundo. – Acho que fiz uma coisa horrível. – ele fala baixo.

Dulce: O que você fez? – ela se senta, procurando uma presilha ao lado do sofá e amarrando os cabelos.

Poncho: Promete que vai ouvir até o fim?

Dulce: Prometo! – o encarava. - Está me assustando! – ela cruza as pernas tipo índio no sofá, de frente para ele, que estava sentado no chão.

Poncho: Dulce, eu..- ele a encara. – Acho que te trai.

Dulce: O que? – ela responde após segundos, confusa.

Poncho: Dormi com outra mulher. - Dulce não disse nada, ficou séria, olhando fixamente pra ele. – Ontem, quando eu sai estava nervoso e furioso com você e, eu  não sei o que me deu mas, eu fui numa boate e comecei a beber. Tinha uma dançarina que, ficou se insinuando, acho que não resisti e, eu não lembro de nada depois que sai da boate mas hoje quando acordei eu estava num motel e... – ele faz uma pausa. - Dulce eu...- Alfonso encarava a esposa com lágrimas nos olhos.

Dulce ficou estática, alguns minutos se passaram e ainda não tinha reagido, não estava chorando, seus olhos nem ao menos estavam cheios de lágrimas, Alfonso estava estranhando. Dulce ainda o mirava quando se levantou, Poncho fez o mesmo, ela deu um passo a frente e balançou a cabeça negativamente, dando as costas ao marido em seguida.

Poncho: Dul espere! - ele a detém, segurando-lhe um dos braços. - Diga alguma coisa! Me xinga, grita!

Dulce: Não me toque! – ela se solta dele. - Suma da minha frente.

Poncho: Dulce, por favor, eu não fiz por querer! Estou passando por um momento difícil e...

Dulce: Só você? – ela o encara.

Poncho: Você também meu amor, mas...

Dulce: Eu não sou seu amor! Nunca mais me chame de meu amor!

Poncho: Dul, não faz assim.

Dulce: O QUE QUER QUE EU FAÇA?! QUER QUE EU CHORE POR VOCÊ E DEPOIS CAIA EM SEUS BRAÇOS?! – ela grita. - ACHA QUE SOU O QUE?! IDIOTA?! É EU DEVO SER MESMO! CASEI COM UM MOLEQUE NÃO UM HOMEM!

Poncho: Dulce, não precisa ofender!

Dulce: AH NÃO?! VOCÊ NÃO TEM MORAL PARA ME PEDIR NADA, ALFONSO! VOCÊ ME OFENDEU PRIMEIRO! NÃO COM PALAVRAS, SIM COM AÇÕES! EU TENHO O DIREITO DE FALAR O QUE EU QUISER! TE OFENDER O QUANTO EU QUISER! SEU TRAIDOR ASQUEROSO! DESGRAÇADO!

Poncho: Você tem toda razão em ficar chateada, não vou me defender mas...

Dulce: MALDITA HORA EM QUE ME CASEI COM VOCÊ! QUERO ME MATAR QUANDO LEMBRO QUE VOCÊ É O PAI DO MEU FILHO! QUE EXEMPLOS PENSAVA EM DAR A ELE?! A PARTIR DE AGORA, VOCÊ PODE ESQUECER EU E O MIGUEL EXISTIMOS!

Poncho: Não Dul, vamos conversar! O Miguel não tem nada haver com isso, ele vai continuar sendo meu filho, quer você queira quer não!

Dulce: Não, não vai! VOCÊ NUNCA MAIS VAI CHEGAR PERTO DELE! NUNCA MAIS!

Poncho: Ficou louca?! Eu amo esse garoto! É sangue do meu sangue!

Dulce: Não é o que parece! O PAI DELE É UM HOMEM TÃO DIGNO QUE SAI DORME COM QUALQUER VADIA! ADEUS ALGONSO! – ela apanha as chaves do carro mas Poncho pega a chave de casa e tranca a porta.

Poncho: VOCÊ NÃO VAI SAIR DAQUI!

Dulce: NÃO SOU OBRIGADA A FICAR NO MESMO LUGAR QUE UM MENTIROSO!

Poncho: NÃO SOU MENTIROSO! EU CONTEI TUDO PRA VOCÊ! EU NÃO MENTI! PODERIA, MAS NÃO MENTI!

Dulce: MENTIU PRA MIM QUANDO DISSE QUE ME AMAVA E QUE EU ERA A MULHER DA SUA VIDA! – ela joga uma almofada nele.

Poncho: MAS VOCÊ É!

Dulce: NÃO SOU! – ela pega um vasinho de cristal, com rosas vermelhas e joga nele, que desvia dessa vez fazendo o vazo bater na parede, molhando todo o chão com a água que sustentava as flores. - NÃO SOU!

Poncho: DULCE, PARA! VAI ACABAR MACHUCANDO ALGUEM! – ele tenta desviar das outras coisas que a esposa joga.

Dulce: QUE SE DANE! VOCÊ ME MACHUCOU! ESTÁ SMEPRE MACHUCANDO! EU AGUENTEI ATÉ AGORA ALFONSO! MAS JÁ NÃO AGUENTO MAIS! – ela procura mais coisas para tacar em Alfonso, que se protegia com uma almofada.

Poncho: DULCE MARIA! PARE DE DESTRUIR A CASA! – ele a encarava. – Não estamos sozinhos aqui, a Mari está dormindo! – ele tenta acalmar a voz. 

Dulce: SEU CACHORRO! – ela se aproxima dele, agarrando-o pela camisa e o enchendo de tapas. - COMO FOI CAPAZ?! É ASSIM QUE ESTÁ SOFRENDO COM A MORTE DO CHRISTIAN?! NO MESMO DIA QUE DIZ PALAVRAS BONITAS DIANTE DO CAIXAO DO NOSOS AMIGO VOCÊ CAI NA GANDAIA E TRANSA COM UMA PROSTITUTA?!

Poncho: Dulce por favor! – ele tentava segurá-la. – Eu, não sei o que deu em mim. Estou me sentindo perdido e...

Dulce: NOSSA! QUE COMOVENTE! – ela tenta se soltar dele. - NÃO QUERO SABER DE MAIS NADA! DEVERÍAMOS ESTAR UNIDOS, NÃO BRIGANDO!

Poncho: Eu sei, não quero brigar com você Dul! – ele segura o rosto dela, acariciando-o.

Dulce: ME ALRGA! – ela o empurra mas Alfonso a pega no colo, mesmo tendo as costas socadas pelas mãos de Dulce, conseguiu chegar ao escritório e trancou a porta.

Poncho: VAI, GRITA! QUEBRA TUDO SUA ESTUPIDA! – ainda a segurava, com pouca força. Dulce conseguiu se soltar e empurrou com violência o notebook de Alfonso para o chão. – OLHA O QUE VOCÊ FEZ?  - olhava indignado para o aparelho quebrado no chão. - MALUCA! LOUCA!

Dulce: É EU ESTOU MALUCA MESMO! - jogava tudo o que tinha nas prateleiras no chão. Vários CDs e DVDs de Alfonso ficaram com as capas quebradas. - ESTOU LOUCA! INSANA! – ela segura o X-Box de Alfonso.

Poncho: Dulce, coloque isso no lugar!

Dulce: Como disse? – ela o levanta mais um pouco.

Poncho: DULCE, POR FAVOR!

Dulce: Ops!- ela lança o aparelho contra parede, os olhos de Poncho se arregalaram. - Foi sem querer! – dá de ombros.

Poncho: Pare de quebras as coisas Dulce! – ele olhava para ela com raiva.

Dulce: EU TE ODEIO ALFONSO! NUNCA ODIEI TANTO UMA PESSOA QUANTO ODEIO VOCÊ! – ela começa a chorar. - Ai... – ela massageia a cabeça com uma das mãos. - VOCÊ ME OBRIGA A FAZER ESSAS COISAS!

Poncho: POR QUE VOCÊ É ASSIM?! –s e aproxima dela. - POR QUE?! – ele começa a chorar. - SEMPRE TÃO PERFEITA! POR QUE SÓ VOCÊ ME FAZ SENTIR ASSIM?! – ele a segura pelo rosto, com força, descendo as mãos até o pescoço dela, enquanto ela tentava se soltar dele. – Eu te amo tanto! Não posso te perder! – ele encosta a testa na dela e a beija.

Era um beijo quente e molhado, de desespero, ainda a segurando pelo pescoço, sem força. Dulce estapeou o peito dele tentando impedir mas não conseguiu, Alfonso a levantou pelas pernas, sentando a esposa na mesa do escritório, abrindo o cinto depressa, puxando o zíper da calça um pouco para baixo, parando entre as pernas de Dulce a penetrou com força, arrancando-lhe um grito, ela acabou se rendendo a ele, que se movimentava com rapidez e brutalidade. Poncho deitou o corpo dela na mesa sem parar os movimentos, cada vez mais fortes, ambos estavam vestidos, ela gemia com os punhos cerrados, e os braços em volta do corpo dele trazendo-o para perto, estavam prestes a gozar, quando ela o empurrou.

Dulce: Não! – ela o afasta.

Alfonso se aproximou novamente, enchendo o pescoço dela com beijos mais suaves.

Dulce: Não Poncho! Chega! – o empurra com mais força.

Poncho: Mas Dul, nós acabamos de...

Dulce: CHEGA! EU NÃO QUERO! Não posso! – ela se levanta arrumando-se. - Você me traiu Alfonso!

Poncho: Eu não tenho plena certeza disso Dulce!

Dulce: Você acordou ao lado de uma mulher Alfonso! – ela limpava o rosto.

Poncho: Dulce, por favor! – ele segura as mãos dela, beijando-as.

Dulce: Quero que você vá embora! Que saia dessa casa hoje mesmo! – ela se solta dele e caminha até uma poltrona, sentando-se. - Por favor.

Poncho: Não Dul. Sabe que não consigo ficar longe de você!

Dulce: Você conseguiu ontem à noite quando se deitou com uma qualquer! – ela o encara.

Poncho: Eu... eu não queria! – se aproxima dela.
Dulce: Cansei de te perdoar e, dar inúmeros votos de confiança. – o encarava. – Eu não confio mais em você Poncho, não consigo. Só o amor não basta para manter um relacionamento.

Poncho: Claro que basta! Nosso amor é grande, Dul! É forte! – ele enxuga uma lágrima do rosto dela.

Dulce: Acabou Alfonso, vá embora. – ela afasta a mão dele. - Não me faça sofrer mais do que já estou sofrendo! – ela segura o choro.

Poncho: Tudo bem! – ele diz após instantes, caminhando até a porta de cabeça baixa. - Vou pegar minhas coisas, mas me responda uma coisa antes!

Dulce: O que?  - limpa o rosto.

Poncho: Você ainda me ama?

Dulce: Te amar não vai mudar nada Alfonso! – ela desvia o olhar.

Poncho: Não vou desistir de você Dulce, nós nascemos pra ficar juntos. – ele fecha a porta devagar ao sair. 

Alfonso sobe para o quarto e joga poucas roupas em uma pequena mala, em silêncio pois Mari ainda dormia no quarto do casal.

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