Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dulce: Eu te ajudo! – Dulce se aproxima devagar, dobrando as roupas que ele colocava de qualquer jeito.

Poncho: Obrigado! – ele a observava.

Dulce: Pronto! – ela fecha a mala. - Tem para onde ir?

Poncho: Acho que sim.

Dulce: Ok! – ela se senta na beira da cama observando o marido caminhar até a porta.

Alfonso para com a mão apoiada no batente, deixa a mala no chão e se aproxima da esposa, puxando-a para um abraço, Dulce se levanta e o abraça, enterrando o rosto coberto de lágrimas no peitoral de Alfonso.

Poncho: Dul me, prometa uma coisa?

Dulce: O que? – ela se afasta, limpando o rosto.

Poncho: Não desista de nós! – ela o encara por longos minutos e confirma com a cabeça. – Obrigado! – ele se inclina e dá um beijo demorado no rosto dela. – Eu te amo. – ele comenta com voz baixa e acaricia o rosto dela uma última vez antes de sair.

Dulce: Tchau! – ela diz após ele já ter saído, voltando a chorar.

Alfonso saiu de casa contra vontade, mas sabia que Dulce tinha toda razão de se magoar, por isso não discutiu o pedido dela. Não queria ir para casa dos pais, lembrando que ainda tinha o apartamento no condomínio em que Any e Ucker moravam, seguiu direto para lá. Estava no elevador quando encontrou Any de óculos escuros e boné, comendo batatas fritas. A amiga logo o viu.

Any: Oi Poncho, o que faz aqui tão cedo? E com essas malas?

Poncho: Estou de mudança.

Any: Brigou com a Dulce?

Poncho: Sim!

Any: Quer conversar?

Poncho: Não sei se é uma boa ideia.

Any: Sempre é uma boa ideia desabafar! Está servido? – ela oferece as batatas.
Poncho: Não obrigado. – ele encara o pacote. - O que deu em você que esta comendo isso? – sorri de lado.

Any: É nervosismo, tristeza, tudo junto. – ela sorri. -Vamos lá pra casa.

Poncho: O Ucker está?

Any: Não, ele dormiu no hospital. Tivemos uma pequena briguinha ontem e ele achou melhor ir no hospital para não nos matarmos.

Poncho: Vocês são o casal mais maduro que eu conheço.

Any: Maduros? Nós?

Poncho: Sim! Quase nunca brigam! – eles caminham para fora do elevador.

Any: Você esta péssimo Poncho! – ela o encarava. – O que aprontou? – abre a porta e os dois caminham para o apartamento.

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Any: Vai, me conte! – ela se senta no sofá, Poncho faz o mesmo.

Poncho: Nós brigamos, com direito a quebrar cosias e tudo!

Any: Isso eu já sei, as brigas de vocês sempre são assim! – ela sorri revirando os olhos.

Poncho: Mas dessa vez foi feio mesmo, eu quis... bater nela! – ele para pensando. 

Any: Você fez isso?!

Poncho: Não, claro que não! Mas a vontade estava ali. E depois acabamos transando e...

Any: Transaram no meio da briga?! – ela o interrompe. - Mas vocês não perdem tempo, hein?!

Poncho: Foi o impulso! Não deveria ter acontecido e ela parou logo que começou praticamente.

Any: E ainda estão brigados depois disso?!

Poncho: Fiz uma coisa horrível.

Any: Lá vem.

Poncho: Eu trai a Dulce.

Any: Traiu como? Quebrou algo que ela gostava muito? Foi em algum lugar que ela queria muito ir?

Poncho: Não Any! Trai com uma mulher! Uma dançarina de boate! – ele a encarava, Any arregalou os enormes olhos azuis.

Any: Não! Você fez isso?! Fez? – o encara, indignada.

Poncho: Eu acho que fiz! Não lembro de nada! Nem dá cara da infeliz! Estou morrendo de vergonha!

Any: É bom mesmo seu cachorro! – ela dá um soco no braço dele. - Seu safado! Tarado! Como foi capaz?! – dá um tapa na cabeça dele. - Que sujeira!

Poncho: Pode me xingar, bater, eu mereço mesmo. – ele dá de ombros.

Any: Merece mais! Merece que seu pipi seja cortado e entregue numa bandeja pra Dulce! – ela o encarava furiosa. - Alfonso! Isso é a coisa mais baixa que você poderia fazer! Juro que se fosse comigo você nem estaria aqui para contar a história! A Dulce é a pessoa mais tolerante que eu conheço!

Poncho: Não precisa me condenar mais do que já fui condenado. Tenho consciência que errei.

Any: Menos mal! Mas como ela ficou sabendo?

Poncho: Eu contei tudo.

Any: O que?! Você trai sua mulher e ainda tem a cara de pau de contar pra ela?!
Poncho: Melhor do que mentir e ser mais cachorro!

Any: É...- ela faz uma pausa pensando. - Você tem razão! E agora, o que pretende fazer?

Poncho: Por enquanto, não vou voltar pra casa.

Any: Mas Poncho! Com tudo o que esta acontecendo temos que nos unir! Por mais que a Dulce se faça de forte, as mulheres sentem uma necessidade natural de um braço másculo para protegê-las!

Poncho: Ela vai estar mais protegida longe de mim.

Any: E pretende ficar ai parado? Traição é coisa séria mais não é imperdoável! Óbvio que se fosse comigo você teria que sofrer muito para conseguir meu perdão mas diferente de mim, a Dulce tem o coração mais aberto.

Poncho: O que eu faço? Ela disse que não confia mais em mim.

Any: Conquiste novamente a confiança dela seu bundão! Ai Poncho, parece que nem é homem! Ah e tem mais! Nem comente nada com o Ucker! Ele quebraria sua cara!

Poncho: É. – ele suspira. – Bom, eu vou para o apartamento. Obrigado Any.
Any: Se cuida seu cretino! – sorri de lado, dando um abraço nele.

 
Poncho abre a porta para sair quando dá de cara com Ucker que entra sorridente.

Ucker: Oi cara! – ele sorri. - E ai?!
Any: Oi bebê!- Any se aproxima impedindo que Ucker fizesse um interrogatório a Poncho, dando um selinho no marido. - Senti sua falta! – o abraça. -Está mais calminho? – ela sorri.

Ucker: Tenho uma ótima noticia! – sorri, segurando as mãos dela.

Any: Qual?

Poncho: Eu vou indo!

Ucker: Não Poncho! É ótima para todos nós! Chega mais.

Poncho: Fale! – ele encosta na porta.

Ucker: A Mai saiu da UTI!

Any: Ah! Sério?! – ela sorri, o abraçando.

Ucker: Sério! Os médicos acabaram de me contar! Ela vai para o quarto hoje!

Poncho: Graças a Deus! – ele sorri. - Eu vou avisar a D...

Any: Ligue logo! – ela pega o celular e joga para ele. - Vamos agora mesmo pra lá! Quero vê-la!

Ucker: Não podemos.

Any: Mas você disse que...

Ucker: Sim mas, a Mai não quer nos ver.

Any: Não?! Por que?!

Poncho: Com licença! – ele passa pelos amigos indo até a cozinha para ligar para Dulce.

Ucker: Ela disse que não quer ver ninguém, por isso estou aqui! Acho melhor respeitarmos. – ele suspira.

Any: Bom, o importante é que ela está melhor! – sorri de lado e abraça Ucker novamente.

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