Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Na cozinha Alfonso andava de um lado para outro pensando se ligava ou não para Dulce, não queria que a esposa pensasse que já estava louco para voltar para casa.

Poncho: Não tem nada demais, afinal, são noticias da Mai! – ele disca o número da esposa, o telefone chamou várias vezes, estava quase desistindo quando ouviu a voz de Dulce, baixa e fraca, provavelmente estava chorando.

Dulce: Any?

Poncho: Dulce?

Dulce: Alfonso? Por que está ligando? Aconteceu alguma coisa? Por que está com o celular da Any?

Poncho: Aconteceu mas calma, é uma coisa boa, sobre a Mai.

Dulce: O que houve com ela?!

Poncho: Saiu da UTI.

Dulce: Saiu?! Graças a Deus! – ela sorri. - Eu vou pra lá agora mesmo, obrigada por avisar. – ela desliga.

Any: Falou com a Dulce? – ela aparece na porta da cozinha.

Poncho: Sim, ela está indo pra lá! – ele entrega o celular à Any. - Vamos?!

Ucker: Não cara, a Mai disse que não quer ver ninguém.

Poncho: Mas agora a Dul já foi! Vou ligar e dizer pra ela não ir! – ele procura o celular nos bolsos da calça.

Any: Não seu panaca! Não ligue, vá até lá o hospital e diga que não sabia! – ela revira os olhos. - É um bom pretexto para vê-la.

Poncho: Mas ela quer ficar sozinha, e com razão.

Any: Não seja idiota , Poncho! Vá logo!

Ucker: Do que estão falando? – observava os amigos, de braços cruzados.

Any: Eles brigaram.

Ucker: De novo?! O que foi dessa vez?

Any: Besteiras! – Any se pronuncia. - Não vamos nos meter, tchau Poncho! – ela empurra o amigo da cozinha.

Alfonso deixou a mala no apartamento e foi direto para o hospital, chegando lá encontrou Dulce com João Miguel em um dos braços e segurando a mão de Mariana com o outro. Dulce discutia com o médico que já estava impaciente de explicar porque ela não podia entrar para ver Mai, Poncho sentiu-se egoísta quando a viu, ele viveria sozinho no apartamento, enquanto ela estava em casa com um bebê de colo e uma criança pequena e acabava de perder o pai.

Poncho: Dulce! – ele se aproxima.

Dulce: Alfonso, quer explicar para esse senhor que eu preciso ver a Mai!

Médico: Eu já disse que...

Poncho: A Mai não quer ver ninguém.

Dulce: Como assim não quer ver ninguém?! Mas eu preciso vê-la! Preciso explicar que...

Poncho: Vem Dulce! – ele apoia as mãos nos ombros dela e a direciona para a sala de esperas. - É melhor respeitarmos a decisão dela por enquanto! Desculpe doutor! – eles se afastam. - Quer que eu pegue água pra você?

Dulce: Não! – ela o encara. - O que faz aqui?!

Poncho: Só vim te avisar sobre a Mai.

Dulce: Poderia avisar por telefone.

Poncho: Mas eu queria te ver! Eu sei que é cedo para dizer que sinto sua falta.

Dulce: Alfonso! – Mariana e João Miguel os observavam, em silencio. – Saia de perto de mim! Eu vou embora. – Miguel tentava alcançar o rosto do pai.

Poncho: Espere! – ele se planta na frente dela - Posso ficar um pouco com o nosso filho?

Dulce: Não Poncho, ele não está bem, está meio manhoso.

Poncho: O que ele tem?

Dulce: Não sei.

Poncho: É saudades do papai! – estica uma das mãos segurando a mãozinha do filho, que sorri para ele.

Dulce: Tchau Alfonso! Vem Mari! – ela sai na frente.

Mariana: Não vou ver a mamãe?

Dulce: Não! – ela se afasta com as crianças.

Poncho: Droga! – ele respira fundo e caminha na direção da saída do hospital.

No táxi...

Mariana: Por que o padrinho não veio?

Dulce: Ele está viajando! – diz distraída.

Mariana: Não, acabei de ver ele.

Dulce: Ele vai viajar!

Mariana: Você está triste?

Dulce: Não.

Mariana: A mamãe disse que mentir é feio..

Quando Dulce chegou em casa, Dora a esperava na porta, parecia nervosa.

Dora: Ah senhora! Ainda bem que chegou! – ela corre até Dulce.

Dulce: Oi Dora.

Dora: Senhora eu não queria deixar aquela mulher entrar! Mas ela insistiu! – falava rapidamente.

Dulce: Calma Dora! Respire, o que aconteceu?

Dora: Apareceu uma mulher muito esquisita aqui quando a senhora saiu. Procura pelo senhor Herrera! Eu disse que ele não estava mais ela insistiu e disse que precisava falar com ele.

Dulce: Mulher?

Dora: É! Muito vulgar se me permite dizer. – comenta em voz baixa.

Dulce: Sabe o que ela quer?

Dora: Não senhora, mas ela não quis ir embora, queria entrar de qualquer jeito!

Dulce: E você deixou?!

Dora: Não pude fazer nada senhora! Ela é mais alta do que eu e, tem uns seios enormes!

Dulce: Onde ela está?

Dora: Na sala senhora! – Dulce entrou.

 
No sofá estava sentada uma mulher com longos cabelos loiros, suas pernas grossas estavam expostas por causa da micro-saia que ela usava, folheava algumas revistas que estavam em cima da mesa de centro.

Dulce: Mari, vá ver TV no quarto da madrinha, Dora?

Dora: Senhora?

Dulce: Leve o Miguel para o quarto, por favor?

Dora: Sim senhora! – ela pega o bebê nos braços e some casa adentro.

Valéria: Não acha estranho que sendo tão nova te chamem de senhora pra cá, e pra lá? – ela sorri, Dulce não respondeu. - Ah desculpe, meu nome é Valéria! – estende a mão. Dulce a cumprimenta. - Sou muito sua fã! Pode me dar um autografo?!

Dulce: O que faz aqui?

Valéria: Ah! Eu vim porque fiquei muito ofendida com o Alfonso!

Dulce: Ofendida? Do que está falando? – a encarava, já imaginando.

Valéria: Nos conhecemos ontem e estou ofendida sim! Quero que devolva isso a ele! – estende um bolo de dinheiro para Dulce.

Dulce: O que é isso?

Valéria: O dinheiro com o qual seu marido pagou pelos meus serviços!

Dulce: Serviços?

Valéria: É, desculpe se ele não te contou, mas o encontrei ontem numa boate, bebemos um pouco e, bom você sabe. – ela sorri. - Mas pode dizer a ele que não sou uma prostituta, sou uma striper! Por isso ele não precisa pagar por nada do que fizemos a sós! Alias, se tivéssemos feito algo mais concreto, mas ele estava tão bêbado que acabou...

Dulce: Acabou o que?! – Dulce estava nervosa e indignada por aquela mulher ter a coragem de entrar em sua casa.

Valéria: Seu marido dormiu! É mole?! Dormiu comigo nua ao lado dele! Vê se pode! Desmaiou na cama! Ai teve a petulância de acordar hoje, sair sem dizer nada e ainda me deixar esse dinheiro! Ah e ele esqueceu isso! – ela mostra uma jaqueta que estava ao seu lado. - Diga a ele que isso não se faz com mulher nenhuma! E que nunca mais me procure! É um babaca mesmo! Alias não deveria ter me procurado, tem mulher em casa.

Dulce: Fique com esse dinheiro! Ou devolva você mesmo a ele!

Valéria: Mas...

Dulce: Ele não mora mais nesta casa! Já acabou?

Valéria: Já!

Dulce: Então faça o favor de se retirar! – ela caminha até a porta e a abre.

 
Depois que Valéria saiu, Dulce correu para o quarto e lá ficou o dia todo com Miguel e Mariana, enquanto a pequena via TV e fazia inúmeras perguntas, do tipo “O que é Bolsa de Valores?”, “Por que o Coiote nunca pega o Piu-piu?”, “Compra pra mim?” e “Esse bicho morde?”, Dulce pensava no que ouviu de Valéria, sentia mais raiva ao lembrar que a striper era loira, ele sempre preferiu as loiras. Eram sete na noite quando Miguel começou com a sessão choradeira, Dulce já tinha tentado de tudo e não sabia mais o que fazer.

Mariana: Madrinha, o Miguel machucou? – estava sentada na cama, vendo Dulce passear com o filho pelo quarto.

Dulce: Não querida.

Mariana: Por que ele está chorando?

Dulce: Eu não sei.

Mariana: Para de chorar, Miguel! Seu bobo! – ela tapa os ouvidos. - Todos os garotos são uns chatos!

Dulce: Não quer mamar, a fralda está limpa! Ah meu Deus, já vi que hoje a mamãe não dorme. É dor na barriguinha? – ela se senta ao lado de Mariana. - Mamãe vai fazer uma massagem e vai ficar tudo bem! – ela deita o bebe na cama e massageia a barriga dele.

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AVISO

Gente, me mudei e ainda não vieram instalar a internet em casa kkkk quando vierem volto a postar mais todos os dias, não me abandonem ♥

Comentários:

tatielle : Seja bem vinda ♥

Rebeca_Herrera : Continuando ♥