Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Alfonso conversava com José, estavam super animados e pareciam se dar bem. Dulce entrou na sala discretamente, colocando as mãos no ombro do marido.

Poncho: Oi amor! – sorri segurando a mão dela e puxando até seu rosto para dar um beijo. - Seu tio estava me contado que quando você era bebê, chupava o dedão do pé. – ele ri, Dulce sorri de lado.

Dulce: Precisamos conversar!

José: Precisamos conversar? Ih!

Fernando: As mulheres adoram dizer isso.

Rodrigo: Quando a Cláudia, fala assim é porque vem bomba pela frente.

Dulce: Poncho?

Poncho: Já estou indo! Já estou indo. – se levanta.

Dulce: Papai? Pode ficar com o Miguel?

Fernando: Claro querida! – sorri esticando os braços para pegar o neto do colo de Poncho. - Vou ensiná-lo a jogar truco. – sorri.

Dulce caminhou em direção a cozinha, que estava vazia, com Poncho a seguindo.

Dulce: Feche a porta! –ela se encosta na mesa, cruzando os braços.

Poncho: O que eu fiz ? – sorri de lado, fechando a porta. - Está brava porque seu tio me contou do dedão?

Dulce: Não, não é isso! É coisa séria!

Poncho: Ok, coisa séria! – ele cruza os braços e tenta fazer uma expressão séria.

Dulce: Não brinque! – sorri de lado.

Poncho: Me conte o que houve!

Dulce: A Bianca está namorando!

Poncho: Certo. – ele finge pensar. - Todo esse mistério para dizer isso? Seu pai comentou, Dul. – sorri.

Dulce: Ah e ele comentou com quem?

Poncho: Não! Você sabe?

Dulce: Sei.

Poncho: Com quem? E por que tanto mistério?

Dulce: É um problemão! O namorado é o Mariano!

Poncho: Mariano? Ah que legal o Mariano...- ele faz uma pausa. - O MARIANO?! – se espanta.

Dulce: É!

Poncho: Mas você disse que ele era...

Dulce: E é! Aleluia! Entendeu agora a gravidade da coisa?

Poncho: O que faremos?

Dulce: Não sei!

Poncho: Acho que devemos contar tudo. Olha, eu sei que ele ajudou muito aquele dia que encontrei você mas, quem garante que ele não estava mentindo que era gay? Eu não coloco minha mão no fogo. Não coloco minha mão em nada pra ser mais sincero.

Dulce: Ai Poncho, mas ela está tão feliz!

Poncho: E daí? Ela supera Dulce.

Dulce: Está dizendo isso porque não é sua irmã.

Poncho: Não, só acho que ela deve ser informada desse “pequeno” detalhe!

Dulce: Amor, ela estava tão chateada com o divórcio, e agora está tão contente.

Poncho: Dul esse cara está mentindo pra ela! Vai ser pior se ela descobrir a verdade, e saber que esse tempo todo você não disse nada pra ela.

Dulce: É difícil Poncho! Eu não posso chegar e simplesmente dizer, Seu namorado é gay!

Poncho: Verdade! – ele respira fundo. – Bom, não vamos pensar nisso agora. Se ela te ver assim tão aflita vai desconfiar.

Dulce: Sim, ela achou estranha a minha reação quando me mostrou a foto.

Poncho: Mas esse cara é um sacana, hein?! Ele foi tão legal quando aconteceu tudo aquilo, e agora essa?!

Dulce: Pois é!

Poncho: Ei Dul, ele conheceu a Bianca assim por acaso?

Dulce: Diz ela que estavam hospedados no mesmo hotel dessa última viagem.

Poncho: Vai me dizer que ele nem desconfiou que ela fosse sua irmã?

Dulce: Pior que ele sabe, até comentou que nos conhecíamos! Ela viu ele uma vez, naquele episodio.

Poncho: Então ele é mais safado ainda! Sabe se ele está vivendo na Capital?

Dulce: Bom, acho que sim. Ela quer até marcar um passeio de casais conosco.

Poncho: Deixe! – ele se aproxima dela lhe acariciando os braços. - Deixe que marque, quero ver esse cara ter a coragem de olhar na nossa cara. Na sua principalmente, porque até então ele não sabe que eu sei de tudo. Ainda acho que mentiu pra você com essa história de homossexual. Você é ingênua!

Dulce: Eu ingênua?!

Poncho: Um pouco, você sempre acredita na boa fé das pessoas. Até fez aquela música. – ele sorri.

Dulce: E você sempre suspeita de tudo!

Poncho: Ardilla, não vamos brigar!

Dulce: Certo!

Poncho: Então me dê um beijo! – ele sorri. Dulce coloca as mãos no peito dele, retribuindo o sorriso e o beija, Alfonso envolve os braços em torno da cintura dela.

Cláudia: Com licença pombinhos! – sorri, entrando.

Poncho: Desculpa! – ele sorri.

Cláudia: Que isso! Se peguem à vontade! – ela ri dando de ombros. - Só não deixe o papai ver, você sabe que ele é seu puxa saco, caçulinha.

Dulce: Tonta. O papai já viu de tudo! – começa a rir.

Cláudia: Como assim?

Dulce: Esquece. O que você quer aqui?

Cláudia: Primeiro conte o “tudo” que o papai já viu! – ela ri.

Dulce: Essa aí é mais criança do que eu.

Cláudia: Sou! Agora conte!

Dulce: Bom, lembra a alguns meses, quando Poncho e eu ficamos aqui depois de voltar da Índia?

Cláudia: Sim, a mamãe me falou...

Dulce: O papai ficava de olho o tempo todo em mim!

Poncho: Olho não! Era de tocaia mesmo! - ele ri.

Dulce: O Poncho e eu estávamos na seca! – ela ri. - Um dia resolvemos que ficaríamos quietinhos no quarto, mas esse cabeçudo deixou a porta aberta.

Poncho: Foi você ! – ri, apontando para ela.

Cláudia: O papai pegou vocês? – começa a rir, tapando a boca com as mãos.

Dulce: No instante crucial no ato! Foi horrível. – ela ri.

Cláudia: Essa eu pagava para ver! Digo, ver a cara que o papai fez, óbvio.

Dulce: Achei que ia enfartar. – ela ri. – Bem, mas o que você quer nos dizer?

Cláudia: Nada, só perguntar se você deixa a Mariana ir ao parque da pracinha comigo e a Bruna. Essas pentelhas vão destruir a casa se ficarem aqui. A Mari quebrou aquele bibelô que era o xodó da mamãe, que estava na copa.

Dulce: Não! Mamãe adorava aquilo.

Cláudia: Bom estou indo. – sorri dando de ombros.

Dulce: Fique de olho nela e não a deixe comer besteiras!

Cláudia: Essa menina virou filha de vocês! – sorri saindo.

Poncho: Como padrinhos, devemos cuidar dela, sem pai, e a mãe não quer vê-la de jeito nenhum, e ainda por cima com esse problema de saúde.

Cláudia: Ah é! Falando nisso, como vão as coisas? – ela para na porta.

Poncho: O tratamento começou, mas sabemos que se não houver o transplante.

Cláudia: Devem estar loucos com isso! Quero dizer, com tudo. O Christian, a doença da menina, um bebê em casa.

Dulce: Pois é, mas se nossa missão é ajudar essa menina, o que faremos!

Cláudia: Qualquer coisa não hesitem em me chamar! – sorri saindo e fechando a porta.