Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dulce e Alfonso saiam da cozinha com bandejas nas mãos, ajudando Blanca a arrumar a mesa para o café da tarde, quando Bruna entrou fazendo o maior berreiro, abraçando a avó. 

Bruna: VOVÓ! – ela aparece chorando. - O PÉPE SUMIU! – soluça. - E-ELE FUGIU DA GAIOLINHA. EU NÃO ACHO! 

Blanca: Não chore, querida! Nós vamos encontra-lo, ok? – acaricia a cabeça da neta. 

Bruna: MAS EU QUERO AGORA! – chorava ainda mais. - ELE FUGIU! NÃO GOSTA MAIS DE MIM! - Cláudia desceu as escadas correndo, seguida por Mariana. - MAMÃE! ! – ela corre até Cláudia e a abraça. - O PÉPE! FUGIU! 

Cláudia: Calma filhota, as vezes saiu para brincar. 

Bruna: NÃO! ELE FUGIU! – ainda chorava, Cláudia não sabia o que fazer com a filha pequena que chorava sem parar. 

Bruna: PEDE PRO VOVÔ PROCURAR.! EU QUERO O PÉPE! 

Dulce: Calma Bruna, todos vamos procurar meu anjo, mas pare de chorar, ok? 

Bruna: OK! – ela limpa o rosto tentando controlar o choro. 

Poncho: Procurar o que? Quem é Pépe? – cochicha para Dulce. 

Dulce: É um hamster marrom, ela ganhou do Rodrigo. - No momento em que ouviu a palavra “ratinho”, Alfonso travou, sem reação. 

Poncho: Ah um, um rato? – ele a encara. 

Dulce: É! Você o viu? 

Poncho: Não! – ele responde rápido. – Mas, vamos procura-lo! 

Dulce: O que foi? 

Poncho: Nada, vamos procurar. – força um sorriso. - Eu procuro nos quartos! 

Dulce: Eu vou com você! 

Todos ajudaram a procurar o bendito hamster, reviravam a casa em busca do pequeno, mas nada encontraram. Bruna estava inconsolável, Cláudia não sabia que dizer, a não ser prometer que compraria outro ratinho, mas a menina gritava “NÃO QUERO OUTRO!EU QUERO O PÉPE!”. Para que a neta ficasse mais calma, Fernando inventou uma história engraçada de que o rato teria viajado para outro país e estava de férias, mais que logo voltaria. Alfonso estava cansado e chamou Dulce para ir embora, despediram-se de todos prometendo voltarem mais vezes e partiram. Chegaram a casa as oito da noite, Mariana dormia no banco de trás, ao lado da cadeirinha onde Miguel não largava o mordedor. 

Dulce: Nossa, estou cansada! – ela boceja. - Acordei tão cedo hoje, demorou tanto o médico da Mari! – Poncho carregava Mariana no colo, enquanto Dulce segurava Miguel. 

Poncho: Vou colocá-la na cama, amanhã tudo começa novamente! 

Dulce: Ok, vou dar mama ao Miguel e coloca-lo para dormir também. 

Quinze minutos depois, Alfonso entrava no quarto do filho. Dulce ainda o amamentava, Poncho se aproximou, sentando-se no braço da poltrona azul, observando a cena. 

Poncho: É sempre tão lindo! – sorri. 

Dulce: E agora doloroso também. – sorri de lado. - Acredita que ele mesmo com esse projeto de dente que está saindo me deu uma mordida dolorida? 

Poncho: Safado! Morder não pode, deixe isso para mim. – acaricia a cabeça do filho. 

Dulce: Seu tarado! Já disse para não dizer essas coisas na frente do nosso filho! – sorri fazendo uma careta em seguida. - AI! Mordeu de novo! – Miguel, não faz assim que machuca a mamãe! 

Poncho: Dul! - Dulce ajeitava o filho que estava sonolento. – Tenho uma confissão a fazer! 

Dulce: O que você fez dessa vez? – ajeita a blusa. 

Poncho: Eu meio que acabei com uma vida inocente hoje. 

Dulce: Do que está falando? – o encara. 

Poncho: Dul, eu matei o rato da Bruna! 

Dulce: Está brincando não é? Diz que está brincando e que você não seria capaz de tal ato! – se levanta colocando cuidadosamente Miguel no berço. 

Poncho: Não sabia que era um hamster, ele era escuro e muito parecido com aqueles ratos maus que comem as coisas. – Dulce o encarou seria. - EU SEI! Eu sei. - fala mais ao lembrar que o filho acabara de pegar no sono. – Joguei ele na privada e dei descarga. 

Dulce: Poncho! Que crueldade! Você partiu o coraçãozinho de uma criança. Matou o amiguinho de uma criança! 

Poncho: Eu sei Dul, não faça eu me sentir pior. 

Dulce: Mas você é cruel, primeiro por matar o hamster da Bruna, segundo por causa da forma que matou. Nem uma barata eu teria coragem de matar desse jeito. 

Poncho: Você não rela em baratas! 

Dulce: Mesmo assim! 

Poncho: O que eu faço? Me senti muito mal quando vi a Bruna chorando. 

Dulce: Você tem que contar pra ela! 

Poncho: Não vou contar nada! 

Dulce: E o Pepe ficará eternamente de férias? 

Poncho: Bom, achei que poderia comprar outro igual e talvez ela nem perceberia. 

Dulce: É uma ideia mas, ainda sim foi cruel. Imagino o que você fazia com seus bichinhos. 

Poncho: Dulce María! Você sabe que eu sou um homem que sempre luta pelos direito dos animais! 

Dulce: Eu sei mas... – ela respira. – Você precisa contar à ela!