Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

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Any: Dulce?

Poncho: Não Any, Poncho!

Any: Ah! Oi Poncho sumido!

Poncho: Desculpa Any, temos andado na correria e, eu acho que a Dulce pirou! Está jogando fora toda comida de casa! Gritando feito louca, nunca a vi assim! – fala aos sussurros no telefone.

Any: O que aconteceu pra tal show?

Poncho: A Mari passou mal e teve que ir ao médico e a Dulce ficou histérica quando eu dei um salgadinho para garota. Ela estava com fome, foi pro médico sem comer nada e...

Any: Mas você é muito burro, hein? Salgadinho Poncho? No almoço? Com a menina doente? Além do mais, ISSO ENGORDA!

Poncho: É eu errei! Mas se você ver o escândalo que a Dulce está fazendo!

Any: Estou indo até ai! Ucker e eu temos algumas novidades! Já chegamos ai! – ela desliga.

Quando voltou a cozinha, Poncho viu Dulce e Mariana brigando por causa de um saco de balas.

Mariana: DEVOLVE! – gritava.

Dulce: NÃO VOU DEVOLVER NADA! VOCÊ NÃO VAI COMER MAIS ESSAS BESTEIRAS!

Mariana: É MEU! DEVOLVE! – puxava o saco das mãos de Dulce, o plástico estoura e as balas caem no chão.

Dulce: PRONTO! AGORA NÃO COME MAIS!

Mariana: EU QUERO OUTRO!

Dulce: VOCÊ VAI ME OBEDECER OUVIU BEM! – encarava a menina.

Mariana: SÓ SE VOCÊ COMPRAR OUTRO! – pegava as balas do chão.

Dulce: NÃO VOU COMPRAR NADA, MENINA! VOCÊ VAI ME OBEDECER E PONTO FINAL! QUEM MANDA AQUI SOU EU! QUEM MANDA EM VOCÊ AGORA SOU EU! PORTANTO VAI SEGUIR AS MINHAS REGRAS! MIMADA! – ela dá um tapa nas mãos da menina que estavam cheias de balas.

Mariana: NÃO VOU OBEDECER! VOCÊ NÃO MANDA EM MIM! VOCÊ NÃO É A MINHA MAMÃE! - Dulce paralisou ao ouvir os berros da criança. - EU QUERO MORRER E FICAR COM O PAPAI! – a garota estapeava Dulce. - VOCÊ NÃO É MAIS MINHA MADRINHA! EU ODEIO VOCÊ! – sai correndo e mancando da cozinha.

Dulce observava o caminho que Mariana havia acabado de fazer. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, que logo desceram molhando sua face. Alfonso, que ainda segurava Miguel, aproximou-se, colocando uma das mãos no ombro dela, que se abaixava para recolher as balas.

Poncho: Dul?

Dulce: E-eu... – ela começa a chorar. - Eu fui, uma estúpida! Ela é só uma criança e eu...

Poncho: Ela precisa entender que agora que mora conosco, vai ter que nos respeitar quando brigamos também!

Dulce: Você não entende, ela disse que me odeia! – respira fundo. - As pessoas se afastam de mim!

Poncho: Não ardilla, eu estou aqui não estou? E temos um filho lindo juntos, não temos? Nós nunca vamos nos afastar de você, nós te amamos e tenho certeza que a Mari também te ama.

Dulce: Não Poncho! – ela senta no chão. - Crianças são verdadeiras, quando se trata de sentimentos. Eu só quero que ela fique bem, só isso!

Poncho: Eu sei amor! Me desculpe, o culpado disso tudo sou eu! Não deveria ter dado o salgadinho.  – se abaixa ao lado dela.

Dulce: Temos que ajuda-la Poncho!

Poncho: Eu sei, e nós vamos! Mas precisamos ter calma! – acaricia o rosto dela. - E paciência!

Dulce: Eu vou até lá falar com ela!

Poncho: Não! Deixe-a um pouco sozinha. Any e Ucker estão vindo aqui para casa. Vamos almoçar todos juntos, eu não comi nada também, estava esperando você.

Dulce: Você chamou a Any?

Poncho: Fiquei assustado com o modo como estava agindo!

Dulce: Desculpa pelo show! – se levanta, colocando as balas em cima da mesa. – Vou dar de mamar ao Miguel! – estende os braços pegando o filho.

Poncho: Hora de papar filhão. – sorri entregando o filho à ela.

Alfonso admirava o filho se alimentando no seio da mãe, quando a campainha tocou!

Poncho: Vou atender, deve ser a Any! – se endireita dando um beijo na cabeça da esposa e saindo do quarto.

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Any: OI! – sorri animada abraçando rapidamente Poncho e entrando seguida por Ucker, que sorria. - Esqueceram-se dos amigos?!

Ucker: E ai cara! – dá um breve abraço em Poncho . – E a Dulce?

Poncho: Lá encima, dando mama pro Miguel! Venham! – ele fecha a porta e sobem para o quarto.

Any: Dul! – entra rapidamente, Dulce já havia terminado de alimentar Miguel. – O Poncho me ligou dizendo que você tinha pirado, o que aconteceu?

Ucker: É Dul, que carinha de choro é essa? – encosta na parede atento à ela, cruzando os braços.

Dulce: Foi horrível gente!

Any: Horrível o que?

Dulce: Hoje eu fui acordar a Mariana e vi que ela tinha vomitado sangue!

Ucker: Sangue?

Dulce: É, e os pés dela estavam inchados mas ela não reclamou de nada e ontem a noite não disse que estava passando mal. Resumindo, levei-a ao hospital, ouvi várias do médico, ele disse inclusive que não tratávamos bem a menina e que estamos sendo desleixados!

Ucker: Que absurdo!

Dulce: Em parte ele tinha razão! Não estávamos cuidando da dieta dela direito Ucker!

Ucker: Mas então, e o que aconteceu?

Dulce: Cheguei em casa decidida a mudar tudo, fazer o melhor possível para que ela tenha um bom tratamento só que o Poncho já estava dando porcarias a ela e eu fiquei louca quando vi! – ela suspira. – Gritei, joguei todos os doces dessa casa fora e pior, briguei com a Mari e quase dei uns tapas nela, tive que me segurar!

Any: Nossa!

Dulce: Pois é, e então ela começou a dizer que me odeia, que não sou a mãe dela! Nunca me senti tão horrível.

Any: Ela é criança Dul, não sabe o que diz!

Dulce: Como uma criança consegue tirar um adulto do sério desse jeito? Ela estava tão diferente comigo, tão mimada!

Ucker: Acho que ela sente falta da Mai! Achou que passaria alguns dias com vocês mas viu que não era isso!

Any: Dul, não fique chateada com ela, falou da boca pra fora!

Dulce: É, mas é difícil sabe Any, não está sendo nada fácil!

Any: Eu sei amiga! – ela a abraça de lado. - Olha eu preciso te pedir desculpas!

Ucker: Nós precisamos!

Poncho: Do que estão falando?

Ucker: Vocês estão aguentando essa barra sozinhos, e Any e eu de braços cruzados sem ajudar em nada!

Dulce: Vocês tem seus próprios problemas!

Any: Mas somos amigos! E mesmo que o sangue não seja o mesmo, somos tios dessa menina, temos o dever de ajudar!

Ucker: A Any tem razão! A partir de hoje estaremos mais presentes na situação.

Any: É que aconteceram algumas coisas! – sorri de lado olhando para Ucker.

Poncho: Que coisas?

Ucker: Hoje a Any fez a inseminação! Não é tão bom quanto o natural mas foi emocionante saber que nossa chance de ter um filho está ali! – sorri.

Dulce: Que legal, gente! – sorri. – Desejo sorte.

Poncho: Parabéns! Espero que de tudo certo e que daqui nove meses possamos ver uma nova cabeleira loira no pedaço! – sorri.

Any: Estou tão contente! Sei que ainda não é nada certo mas, mesmo assim estou feliz! – sorri dando de ombros.

Dulce: Imagino! Vou torcer por vocês. Com licença pessoal, vou colocar trocar a fralda do Miguel, esse porquinho não perdoa uma tarde sequer! – sorri.

Any: Vou com você! Sabe, pra ir treinando! – sorri, se levantando e seguindo a amiga, deixando Alfonso e Christopher sozinhos.

Poncho: A Any está bem empolgada!

Ucker: É, e eu tenho medo disso!

Poncho: Medo de que?

Ucker: Sei lá cara, e se não der certo?

Poncho: Vai dar, relaxa. – sorri dando um tapa nas costas do amigo.

Ucker: Há grandes chances de não dar! Não quero decepcioná-la!

Poncho: Se ficar com esse pensamento não vai dar mesmo!

Ucker: Você tem razão! – sorri. - Mas então cara, a Dul está mal hein, estressada, nunca a vi assim!

Poncho: Nem eu cara! Ela ficou super chateada com esse negocio da Mariana. Estou vendo a hora que vai ficar doente por causa desse estresse.

Ucker: Credo cara!

Poncho: E a Mai? Continua a querer ver só a Any?

Ucker: Sim! E a Any disse que ela está falando cada coisa.

Poncho: Que coisa?

Ucker: Que a vida já não vale mais a pena, essas coisas macabras que pessoas depressivas dizem. O médico mandou a Any ficar de olho enquanto elas conversam, você sabe né, pessoas nesse estado estão vulneráveis ao suicídio!

Poncho: Credo! Nem pense nisso! A Mai vai sair dessa, tenho certeza!

Ucker: Se Deus quiser! – Suspira.

Poncho: Mas vem, vamos tomar alguma coisa. – sorri caminhando pra fora do quarto.