Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Três horas se passaram, Alfonso já estava no quarto há um bom tempo. Dulce entrou para vê-lo, acompanhada pelo médico.

Dulce: Meu amor! – caminha apressada até ele. Alfonso acordado, parecia bem, a anestesia não era geral. -Como você está?

Poncho: Péssimo Dul! – a encarava carrancudo. – Estou sem pênis. – comenta baixo.

Dulce: Que?!

Poncho: Não literalmente, eu só... ah você entendeu! – ele bufa.

Médico: A cirurgia foi bem sucedida Alfonso, logo estará recuperado.

Poncho: Logo quando?

Médico: Daqui uma semana poderá tirar o curativo.

Poncho: Bom, ainda bem que é pouco tempo! – sorri de lado.

Médico: E não poderá ter relações por no mínimo dois meses.

Poncho: DOIS MESES?! O senhor só pode estar maluco, não é?

Médico: Não Alfonso, é sério. Antes dois meses do que para o resto da vida não acha?

Poncho: Ótimo! – sorri ironicamente.

Dulce: Ah Poncho, fique calmo!

Médico: Eu vou deixa-los a sós, com licença! – anota alguma coisa na prancheta e se retira.

Poncho: Dulce me ajude por favor! – encara suplicante a esposa.

Dulce: Ajudar como, amor? Você ouviu o que médico disse!

Poncho: Não é justo!

Dulce: A culpa é toda minha! – acaricia a cabeça dele. - Mas eu vou cuidar de você durante esse tempo!

Poncho: A culpa é sua mesmo! – diz após uns instantes, com um olhar maléfico. - Se não fosse tão tarada, eu não estaria aqui agora! – se finge de emburrado.

Dulce: Desculpa Poncho! Eu nunca ia imaginar que isso fosse acontecer.

Poncho: Pois é. – ele suspira. – Mas como punição, você terá que fazer tudo que eu pedir. – sorri.

Dulce: O médico não te disse quando você terá alta?

Poncho: Amanhã! Vou ter que passar essa noite aqui! Você fica comigo?

Dulce: Não posso amor! A Cláudia não pode passar a noite lá em casa hoje, ela tem a família dela e hoje é aniversário da sogra!

Poncho: Nem me fale em aniversário! Faltam dois dias para o seu e eu aqui, nesse estado! Não tenho mais o direito nem de transar com a minha mulher, é mole?! – diz indignado.

Dulce: É, é mole sim! – ela ri. - Ou melhor, durante dois meses vai ficar tudo “mole” mesmo!

Poncho: Isso não tem graça! – protesta.

Dulce: Ok, desculpe. – tenta segurar o riso.

Poncho: Estou com fome! Compra alguma coisa pra mim na lanchonete? – encara a esposa.

Dulce: Não sei Poncho! Acho que não pode sair de uma cirurgia e comer qualquer coisa.

Poncho: Ah Dul, meu estômago está até roncando, por favor! Eu odeio comida de hospital.

Dulce: Ok. – revira os olhos. - O que você quer?

Poncho: Pode ser uma pedaço de pizza!

Dulce: Pizza, Poncho? Ah não, outra coisa!

Poncho: Ok, então trás o que você quiser! – revira os olhos.

Mal a esposa havia se retirado, Alfonso se sentou devagar, ainda sentia dor, e levantou a camisola do hospital para ver o tamanho do estrago causado ao seu “xodozinho”. Ele olhou entre suas pernas mas não dava para ver nada, estava tudo enfaixado, Poncho não ousou tocar em nada, apenas fez uma cara feia e se cobriu.

Poncho: Definitivamente eu sou um azarado! – suspira e se encosta na cama.

Dulce voltou em poucos minutos para o quarto, com algumas sacolas em mãos.

Dulce: Aqui amor, comprei um lanche natural e um suco! – ela arrasta a pequena mesinha de comer dos pacientes e coloca próximo à ele.

Poncho: Obrigado! – responde com tristeza.

Dulce: Amor, não fique assim! Dois meses passam rápido.

Poncho: Não é isso! – ele a encara. - Pô, Dul! Isso é péssimo! Principalmente para um homem!

Dulce: Eu sei! – responde pacientemente.

Poncho: DULCE! Você precisa me prometer uma coisa! –agarra as mãos dela.

Dulce: O que?

Poncho: Por nada! Nada desse mundo comente com alguém sobre minha situação atual! Nem com o Ucker! Nem fale para Any que isso aconteceu! Senão, ela contra pro Christopher, ai já viu! Vou ser motivo de gozação pro resto da vida!

Dulce: Poncho! Que bobeira! Acidentes acontecem! – sorri.

Poncho: É sério, Dulce! Muito sério! É minha reputação que está em jogo! Vai querer acabar com a reputação do seu marido?

Dulce: Você por acaso liga para o que os outros pensam ou dizem?

Poncho: Não é isso! O caso é diferente!

Dulce: Ah é? Onde?

Poncho: Dulce! Por favor! Se você fosse homem, entenderia o que estou dizendo! Mas como graças a Deus não é, faça o que estou pedindo, por favor!

Dulce: Ok Poncho! Calma. – ela sorri beijando a cabeça do marido. - Se está me pedindo segredo, tudo bem, vai ser segredo.

Poncho: Promete?

Dulce: Prometo!

Poncho: Então tá! – ele suspira, o celular de Dulce começa a tocar.

Dulce: Alô? Oi.

Poncho: Quem é? - Dulce faz um sinal para ele esperar.

Dulce: Ah, tudo bem!

Poncho: Dulce!

Dulce: Só um minuto! – ela tampa uma das extremidades do aparelho. - Espera Poncho! Tenha educação! - ela volta a atenção ao celular. – Ok, tudo bem! Pode ser lá em casa, as oito? Ok, pode ser, tchau! – ela desliga.

Poncho: Quem era?

Dulce: Ninguém!

Poncho: Como assim ninguém? Acabou de marcar um encontro com “ninguém”? – diz sarcasticamente.

Dulce: Era só uma amiga Poncho! – ela ajeita as coisas de comer dele.

Poncho: Que amiga?

Dulce: Você não conhece...

Poncho: Ah sim claro, não conheço! – sorri ironicamente. - Vivo ao seu lado e não conheço essa sua “amiga”.

Dulce: Não a via há muito tempo Poncho!

Poncho: Interessante, não sabia que amigos que não se falam a muito tempo ainda lembrar o número do celular, e outra, matar as saudades agora é dizer...” ahn...uhum...ok”  no telefone? – a encarava.

Dulce: Poncho não estressa ok? – o encara.

Poncho: Então fala logo com quem vai se encontrar! Na nossa casa por sinal!

Dulce: Já disse que é uma amiga, caramba! Se não quiser acreditar, azar! – ela se vira apanhando a bolsa.

Poncho: Aonde vai?

Dulce: Embora. Já disse que a Cláudia não pode ficar com o Miguel a noite toda, e como você mesmo viu, tenho um compromisso.

Poncho: E vai deixar seu marido recém operado aqui?! – responde indignado.

Dulce: Você está em boas mãos.

Poncho: Bela esposa você está me saindo!

Dulce: Lá vem o vocabulário machista! – sorri.

Poncho: Fique aqui comigo! Por sua culpa estou assim!

Dulce: Nosso filho não pode ficar sozinho. Até logo. – se vira caminhando até a porta. - Boa noite meu bem! – se vira mandando um beijo para ele e se retira, batendo um pouco forte a porta.

Poncho: Dulce! – ele continua encarando a porta. – DULCE!

----------------------------------------------------------------------