Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dulce entrou no quarto, colocou João Miguel na cama e colocou uma camisola. Olhou para o lugar de Poncho e ficou com medo, não gostava de passar a noite sozinha, provavelmente não conseguiria dormir, já estava acostumada a ter alguém ao seu lado da cama para se sentir protegida. Suspirando , ligou a TV procurando algo para assistir e deitou-se ao lado de Miguel, fazendo carinho na cabeça do filho. - Será que fui grossa demais? Não tenho porque esconder isso dele. sempre dá em briga, sempre! Droga! - Dulce pegou o telefone e ligou direto para o quarto de Poncho no hospital. - Alo?

Poncho: Alo?- atende com voz de sono.

Dulce: Boa noite ardilla, te amo! – sorri e desliga.

Era madrugada e Dulce ainda estava acordada, depois de colocar João Miguel em seu berço, pegava leite na geladeira na esperança de que conseguisse dormir, estava sem sono apesar de todo o cansaço do dia.

Dulce: Eu mereço! –coloca o copo na pia e caminha para o quarto.

Dulce rolou na cama por várias horas até pegar no sono.

No dia seguinte acordou depois do almoço, com o choro de Miguel na babá eletrônica.

Dulce: Deus! Perdi a hora! – se levanta rapidamente, assustada, coçou os olhos e foi até o quarto do filho. – Miguel! – se aproximou do berço e pegou o filho no colo e sentando-se na poltrona. - A mamãe é uma dorminhoca mesmo, desculpe! - Dulce acariciava os pezinhos de Miguel, pensativa. - Seu papai vai dar cria hoje! – ela ri sozinha. - Você é lindo sabia? – encara o bebê, que sorria brincando com os cabelos dela. - Eu te amo! – beija a cabeça dele. - Vamos ver o papai? Ele vai adorar ver você! – sorri. - Mas antes, banho!

Dulce chegou ao hospital as duas da tarde, Alfonso acabava de almoçar quando ela entrou no quarto.

Dulce: Boa tarde amor!

Poncho: Nossa! Pensei que não viria! – limpava a boca com um guardanapo.

Dulce: Acordei tarde!

Poncho: O que ficou fazendo ontem à noite?

Dulce: Sem interrogatórios Poncho! Não quero brigar com você. Olhe só quem veio ver o papai! – sorri mostrando o filho.

Poncho: Oi campeão! – sorri. - Dá um abraço aqui no seu velho! – estica os braços pegando o filho.

Dulce: Cuidado Poncho!

Poncho: Estou bem, daqui a pouco o médico vai me dar alta.

Dulce: É mas não abusa.

Poncho: Está preocupada comigo? – sorri, encarando-a.

Dulce: Claro que estou!

Poncho: Eu gosto disso.

Dulce: Disso o que? De me ver preocupada?

Poncho: Não, não é assim. – sorri beijando o filho. - É que eu gosto de saber que se preocupa comigo, me sinto amado!

Dulce: Bobo! – sorri revirando os olhos. - Já almoçou? – aponta pro prato próximo da cama.

Poncho: Já e você?

Dulce: Comi um lanche antes de sair! – suspira. – Poncho?!

Poncho: Sim? – estava distraído brincando com o filho.

Dulce: Eu fiquei essa noite inteira pensando...

Poncho: Em mim? – sorri.

Dulce: Em nós dois!

Poncho: Do que está falando?- a encara, tirando um dos fios do controle dos batimentos cardíacos das mãos do filho.

Dulce: Poncho, estamos cada vez mais distantes!

Poncho: Eu não acho.

Dulce: Mas eu acho! Brigamos por coisas idiotas, isso distancia um casal. Depois podemos perder o caminho da volta.

Poncho: Amor, casais brigam o tempo todo. – ele sorri. - Moramos debaixo do mesmo teto, passamos 24 horas juntos! Você sabe que não dá pra ficar sempre em harmonia. Nos amamos Dul, não importa o que aconteça.

Dulce: Ama mesmo? – sorri, se aproximando e sentando na beira da cama próxima à ele.

Poncho: Muito! – sorri se inclinando e beijando demoradamente o rosto dela. - Amamos a mamãe não é filho? Olha o que ele está fazendo Dul! – observava o filho morder o seu braço. - Babando no braço do papai, né?

Dulce: Deve estar coçando a gengiva! Ele não largou o mordedor ontem a noite! – sorri, observando os dois. – Falando nisso, ontem a noite...

Poncho: Tudo bem Dul! Se você não quer dizer quem estava lá me casa não precisa. Não vou mais forçar nada.

Dulce: Mas eu quero contar. – o encara. - Olha Poncho! Só não te contei porque você não acredita e sempre acha que tudo é besteira.

Poncho: Do que está falando?

Dulce: Sobre a Odete!

Poncho: Quem é Odete?

Dulce: A suposta mãe da Mari!

Poncho: Ah Dul! Ainda com isso?!

Dulce: Viu só?! É por isso que não te contei nada. Sabia que falaria isso!

Poncho: Não Dul, é que fico muito furioso em ver as pessoas fazendo você acreditar em algo que não existe!

Dulce: Não sou ingênua como pensa, Alfonso! É sério. Olha ontem conversamos, e ela disse que faria o teste de compatibilidade para transplante.

Poncho: E porque faria isso?

Dulce: Ela quer provar que é a mãe da menina Poncho! E bom, quem sabe, acho que...

Poncho: O que?

Dulce: Caso ela seja mesmo a mãe, não negaria doar um órgão para filha, negaria?

Poncho: Claro que pode se negar! Abandonou a garota num orfanato! Existe algo pior do que isso? Acho que essa mulher é capaz de qualquer coisa se você quer saber!

Dulce: Mas não custa nada ver o que os exames dizem, custa?

Poncho: É não custa, quem sabe. – ele dá de ombros. - Só acho que isso não deve passar nem perto dos ouvidos da Mai!

Dulce: Claro!

Poncho: E eu quero sair daqui! – suspira.

Dulce: Acha que pode andar normalmente? Digo... – ela ri.

Poncho: O médico disse que sim. – sorri repreendendo-a. Vou ter que usar uma cueca esquisita até tirar o curativo.

Dulce: Pelo menos vai pra casa!

Poncho: Sim! Você vai me mimar?

Dulce: Depende do seu comportamento!

Poncho: Eu sou bonzinho.

Dulce: Oh se é, muito! – ela ri beijando a cabeça dele. – Amor, com toda essa confusão nos últimos meses, esquecemos de uma coisa!

Poncho: De que?

Dulce: Não fizemos o batizado do Miguel!

Poncho: Nossa! Que cabeça! Tinha me esquecido completamente! Acha que a Any e o Ucker ainda querem?

Dulce: Claro que querem! O Ucker até se ofereceu pra ver logo uma data na igreja.

Poncho: É melhor aproveitar agora que a poeira está baixa.

Dulce: Por que está dizendo isso?

Poncho: Dul, estou aqui pensando! Se essa tal Odete for a mãe, como será daqui para frente?

Dulce: Como sempre foi. A garota já foi adotada, ela não tem mais direitos, tem?

Poncho: Não sei! – a encara. - Vamos pensar em outras coisas! A mamãe me ligou hoje pela manhã, quer que almocemos com ela amanhã!

Dulce: Poncho! Amanhã é o meu aniversário! Esqueceu? Você esqueceu, sabia!

Poncho: Dul! – ele ri. – Pela primeira vez em todos esses anos que nos conhecemos que esqueço seu aniversário! Sorte que ainda não passou!

Dulce: Pensei que faríamos alguma coisa juntos, só nós dois! Três. – sorri olhando pra Miguel.

Poncho: Também pensei, mas olhe só pra mim, Dul!

Dulce: Poncho! – dá um tapa no braço dele. -Um momento juntos não significa que tem que ter sexo.

Poncho: Você tem razão! – ele sorri.  - Mas seria melhor!

Dulce: Então, o que faremos amanhã?

Poncho: Bom, queria que você fosse comigo na casa da mamãe mas...

Dulce: Ok Poncho! No meu aniversario almoçarei com você, querido, na casa da minha sogra! Que comemoração!

Poncho: Credo Dul, é tão ruim assim?

Dulce: Não Poncho é que...

Poncho: Prometo que a noite faremos um programa de família, só você, eu, Miguel e Duke! – sorri. - O que acha? Podemos convidar a Any e o Ucker se quiser. Aproveitamos e combinamos o batizado!

Dulce: Certo!

Poncho: Não vai ficar chateada né?

Dulce: Não amor! Está tudo bem. – sorri.

Poncho: Ótimo porque hoje Miguel e eu vamos em busca do seu presente.

Dulce: Oba onde vamos?! –sorri.

Poncho: Onde vamos? Miguel e eu vamos a sós.

Dulce: Porque?

Poncho: Vamos ter uma conversa de homem para homem, não é filhão? – sorri olhando para o filho.

Dulce: Falta muito pra você chegar a ter essas conversas com nosso filho.

Poncho: Não vejo a hora! –sorri.

Dulce: Tudo bem, eu fico de fora dessa. Mas será que você já pode sair assim?

Poncho: O médico disse que sim, a coisa não foi tão grave, ele disse que teve casos bem piores que o meu! É só não mexer muito!

Dulce: E eu faço o que sozinha em casa?

Poncho: Hum, termine de ver o filme que estávamos vendo ontem? – sorri, piscando para ela.

Dulce: Engraçadinho! Bom, já que vocês vão fazer um programa para meninos, a menina aqui vai sair também!

Poncho: Vai?

Dulce: Sim! – sorri. - Vou ver se a Any não quer ir no shopping comigo, Miguel perdeu algumas roupinhas, outras sumiram, vou comprar coisas novas pra ele!

Poncho: Pra que? O garoto não tem nem um ano e tem mais roupas do que eu! – ele ri.

Dulce: Porque ele é meu bebê lindo e cheiroso, e essa mamãe aqui quer torrar o bolso com coisas pra ele!

Poncho: Tudo bem! – revira os olhos.

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