Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dulce saiu do consultório, distraída, caminhava até a lanchonete quando trombou em alguém.

Dulce: Desculpe. – diz sem olhar quem ela.

Poncho: Oi ardilla! – a abraça. - Com está? – dá um beijo na cabeça dela.

Dulce: Na mesma. – o abraça com força

Poncho: Sem dormir né?

Dulce: É.

Poncho: Assim não pode Dul.- ele segura o rosto dela e o vira para si.

Dulce: E o Miguel?

Poncho: Ficou com a sua mãe. E a Mari?

Dulce: O médico disse que a saúde dela piorou.

Poncho: Muito grave?

Dulce: Ah Poncho, não sei. Mas ele estava sério e até conversamos sobre transplante.

Poncho: Olha, vamos até a lanchonete, pedimos um lanche e você me conta tudo direitinho, ok?

Dulce: Ok! E a Mai? Você foi vê-la?

Poncho: Fui hoje a tarde, ela aceitou conversar comigo.

Dulce: E sobre o que falaram? – caminhava abraçada ao marido.

Poncho: Ela não disse muita coisa. E eu falei sobre a Mariana.

Dulce: Acho que as coisas seriam mais fáceis se a Mai estivesse melhor. A Mari falou dela antes de dormir.

Poncho: Isso é bom. Pelo menos na cabecinha dela a Mai ainda é a mãe, achei que ela ficaria confusa agora que está vivendo conosco e você está sempre presente! – ele puxa uma cadeira da mesa, para a esposa se senta.

Dulce: É! – ela se senta, suspirando. - Você pede?

Poncho: O que vai querer?

Dulce: Qualquer coisa.

Poncho: Então! – ele aparece segundos depois, puxando uma cadeira e sentando-se ao lado da esposa. - O que o médico disse sobre o transplante? – ele coloca um braço envolta da esposa, que se encosta nele. Dulce conta tudo o que conversou no consultório para Poncho, que acariciava o rosto dela com carinho.

Dulce: O que faremos?

Poncho: É difícil Dul, é difícil decidir assim, mas eu ainda acho que o transplante é a melhor opção. E o doutor mesmo disse que se não der certo o tratamento pode continuar então, vale a pena tentar.

Dulce: Mas existem riscos...

Poncho: Existem riscos qualquer que seja a nossa escolha!

Dulce: É, mas teremos que colocar o nome da Mari na lista de espera. E o médico disse que pode demorar anos para conseguir um doador!

Poncho: Tudo vai dar certo, você vai ver. – ele beija a testa dela.

Dulce: Promete? – o encara.

Poncho: Prometo! – sorri de lado. - Olha, o pedido está pronto. – a garçonete se aproxima servindo-os. – Dul!

Dulce: Sim? – ela dá um gole no suco.

Poncho: Sabe, teve uma pessoa que me procurou hoje.

Dulce: É? Quem? Alguma antiga namorada?

Poncho: Não! –sorri. - Nem me fale de antigas namoradas, você sabe que a última que me procurou deu um problemão!

Dulce: Nem quero falar naquela, pessoa. – ela suspira. - Quem foi?

Poncho: Quem foi o que?

Dulce: Que te procurou Poncho! – ela ri.

Poncho: Eu gosto de te ver rindo, você fica mais linda do que é! – sorri.

Dulce: Estou com saudades. De ficar com você, com o Miguel, com nossos amigos.

Poncho: É, mas isso tudo pode acabar, e logo.

Dulce: Do que está falando?

Poncho: A Odete me procurou hoje ontem.

Dulce: A Odete?! E por que não me contou antes?

Poncho: Achei melhor nem comentar nada, e também eu tinha me esquecido.

Dulce: Sobre o que conversaram?

Poncho: Sobre a Mariana! E agora que você falou sobre o transplante, lembrei que ela fez aquela proposta novamente!

Dulce: Alfonso você sabe qual é minha opinião a respeito dessa proposta ridícula!

Poncho: Eu sei Dul, mas eu pensei que agora...

Dulce: Olha, faça o que quiser!

Poncho: Você não quer o bem da Mariana?

Dulce: É o que eu mais quero.

Poncho: Então Dul! Por que simplesmente não aceitamos a proposta dela?

Dulce: Porque isso é entrar num joguinho sujo, Poncho!

Poncho: Mas é a saúde da menina que está em jogo!

Dulce: Eu sei! Acha que é fácil pensar que não devemos aceitar?! – ela larga o lanche no prato. - Droga, Poncho! É tudo tão... – sua voz embarga.

Poncho: Eu sei amor! – ele larga o lanche e a abraça. – Chore amor, você precisa descarregar um pouco o estresse! – a abraça com força, sendo retribuído pela mulher.

Dulce: Você acha que, que estou sendo egoísta? – diz entre o choro.

Poncho: Não Dul, você só está fazendo o que acha certo.

Dulce: Mas estou pensando nos meus princípios sem pensar que a menina está...

Poncho: Eu te admiro por isso! Por ser uma mulher de valores e princípios. – beija a cabeça dela. - Olha, vamos fazer assim, eu fico com a Mari agora, e você vai pra casa, pensa um pouco, descansa, ok?

Dulce: Mas...

Poncho: Nada de “mas”, isso é uma ordem do xerife Herrera. – sorri. - Vai te fazer bem, Dul.

Dulce: Tudo bem.

Poncho: Eu te levo!

Dulce: Não! Eu chamo um táxi. Você disse que ficaria com a Mari.

Poncho: Tudo bem, como quiser. Mas me ligue assim que chegar, ok?

Dulce: Ok.

Poncho: Eu te amo.

Dulce: Também te amo.- sorri e beija o rosto dele.

Poncho: Agora termine de comer!

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