Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

No alvorecer do dia, Alfonso acordou com uma enfermeira que o cutucava, a mulher era baixa, tinha a pele clara cheia de sardas, seus cabelos eram vermelhos e seus olhos escuros, vestia o uniforme do hospital e trazia uma coberta e um travesseiro nas mãos.

Enfermeira: Senhor, acorde!

Poncho: Ontem! – ele resmunga, dormindo.

Enfermeira: Sr. Herrera.

Poncho: Dul eu... – ele abre os olhos. - O que? Desculpe. – se endireita.

Enfermeira: O senhor não pode dormir por aqui.

Poncho: Mas dormi até agora.

Enfermeira: Eu sei, mas me pediram para leva-lo a um quarto para que descanse.

Poncho: Não, não precisa, eu já acordei.- finge um sorriso. - Fui acordado. – ele murmura.

Enfermeira: O que disse?

Poncho: Alguém me procurou?

Enfermeira: Não senhor.

Poncho: Nem uma baixinha linda?

Enfermeira: Senhor, eu... – ela o encara confusa.

Dulce: Bonito.

Poncho: Bom dia Dul. - a enfermeira deixa a coberta e o travesseiro em cima do sofá e se retira.

Dulce: Bom dia! – se aproxima dele perigosamente. - Que...- começa a bater nele com algumas folhas de jornal que segurava. - História... - dando uma “jornalada” a cada palavra que dizia. - É essa de baixinha linda?!

Poncho: É você amor. – ele si, se esquivando.

Dulce: É?

Poncho: Sim!

Dulce: Eu não sou linda.

Poncho: Não se acha bonita?

Dulce: Eu sou maravilhosa. – sorri, brincando.

Poncho: Vai me desculpar Dulce, mas maravilhosa você não é...

Dulce: Ah não?

Poncho: Você é uma deusa, minha deusa, musa inspiradora. – sorri, se levantando e lhe dando um beijo.

Dulce: É, você está inspirado hoje. – sorri, abraçando-o.

Poncho: Dormiu bem?

Dulce: Deu para descansar o corpo.

Poncho: Então amor... – ele a encara. - Pensou sobre, aquilo?

Dulce: Pensei sim.

Poncho: E? Qual sua palavra final?

Dulce: Tudo bem Poncho. – ela sorri. - Pelo bem da Mari, só por ela.

Poncho: Ah! Que ótimo! – ele sorri aliviado. - Porque eu falei com a Odete e ela vai vir aqui então falar com o médico, podemos conversar com ele também. Temos que ir ao banco fazer um saque, ela disse que quer a quantia em notas. Você acha que o banco vai liberar?

Dulce: Poncho, espera. O que disse?  - ela o encara.

Poncho: Ah. Que a, ah! Nada! Eu não disse nada!

Dulce: Alfonso, o que você fez?! – ela se afasta.

Poncho: Nada Dul, só, sente-se aqui. – ele a puxa para as cadeiras.

Dulce: Alfonso, eu vou contar até três para que fale logo de uma vez.

Poncho: Ok! – ele a encara. - Eu, falei com a Odete antes.

Dulce: Antes quando?

Poncho: Essa madrugada.

Dulce: Não acredito! Seu traidor!

Poncho: Dul, ela apareceu aqui e me pediu uma resposta definitiva! Disse que sairia da cidade e que nunca mais a veríamos! O que queria que eu fizesse?!

Dulce: Queria que tivesse me consultado! Estamos juntos nessa Alfonso!

Poncho: Eu sei Dul, Desculpa! – ele a encara. – Está brava comigo não é?

Dulce: Claro que estou! Como não estaria?!

Poncho: Só fiz pelo bem da Mariana. Se a mulher fosse embora seria como se a chance da Mari também fosse, entende? Chance de levar uma vida melhor, Dul!

Dulce: Certo, certo. – ela suspira. – Mas não é porque aceitei a sua traição que deixei de estar chateada.

Poncho: Certo! – ele a encara e acaricia o rosto dela.- Está com fome?

Dulce: Não!

Poncho: Quer conversar com o médico?

Dulce: Não.

Poncho: Quer me dar um beijo bem gostoso, quente e molhado na boca?

Dulce: Vou ver a Mari. – ela revira os olhos.

Poncho: Vou com você.

Dulce: Não, você fica.

Poncho: Por que?

Dulce: Caso a Odete apareça. – ela se vira para sair mas Alfonso a puxa e segura o rosto da esposa, beijando-a.

Poncho: Agora pode ir! – ele beija a testa dela, soltando-a.

Dulce: Palhaço! – sorri dando um leve tapa no peito dele e sai.

Assim que Dulce saiu, Any e Ucker chegaram com algumas sacolas nas mãos.

Any: Oi garanhão! – sorri se aproximando.

Poncho: Oi Any! Como vai minha loira preferida e seus dois pimpolhos? – sorri, beijando a amiga no rosto e abraçando-a.

Any: Muito bem, e você?

Poncho: Levando! – sorri. - E ai cara? – dá um abraço em Ucker.

Ucker: Então Poncho, como ficou seu lance com a Odete? – Alfonso olhou para Any.

Any: Já sei de tudo.

Poncho: A Dul ficou chateada comigo, mas já estamos bem.

Ucker: Então já está tudo certo?

Poncho: Acho que sim. Hoje a Odete vira conversar com o médico e ver quais os exames pré- transplante deverão ser feitos. Falando nela ai vem a dondoca. – ele olhava pelo corredor. Odete acabava de chegar, trazia consigo uma outra mulher que devia ter a mesma idade.

Odete: Bom dia!

Poncho: Any, Ucker, essa é a Odete.

Odete: Prazer.

Any: Já nos conhecemos. – ela responde.

Ucker: Oi,

Odete: Então Sr. Herrera, aqui estou.

Poncho: E quem é essa?

Odete: Uma amiga.

Amiga: Consuelo, prazer! Sou testemunha de que não enganaram a minha amiga.

Any: Ah é? E como vamos ter certeza que vai cumprir sua parte no acordo?

Odete: Confiando em mim.

Any: Nossa, ótima alternativa. – sorri ironicamente.

Odete: Muito bem Onde está o dinheiro?

Poncho: Aqui! – ele apanha um cheque da carteira.

Odete: Eu pedi dinheiro vivo.

Poncho: Não é possível sacar uma quantia tão exorbitante do banco...

Odete: Ah! – ela olha para o cheque. - Ei! Mas isso não foi o que combinamos!

Poncho: Essa é minha garantia. Darei parte do dinheiro agora, parte depois que o transplante for realizado.

Any: Boa Poncho!

Odete: Ok! Então vamos resolver logo tudo isso?

Poncho: Vou chamar a Dulce.

Ucker: Vamos ver a Mariana, trouxemos presentes pra ela.

Após uma longa conversa entre Dr. Saldaña, Dulce, Alfonso e Odete, o médico reuniu-se com sua equipe para analisar o estado clinico de Mariana.

Odete: Bom, virei amanhã para iniciar os exames.

Poncho: Mantenha-nos informados.

Odete: Claro, até breve.- ela se retira.

Dulce: Só espero que tudo isso de certo!

Poncho: Vai dar amor, não se preocupe.- abraça a esposa de lado. - Vamos pra casa?

Dulce: Mas a...

Poncho: O Ucker disse que ele e a Any passariam a tarde aqui!

Dulce: Certeza?

Poncho: Sim.

Dulce: Então vamos. Precisamos passar na casa dos meus pais e pegar o Miguel.

Poncho: Pensei que o pegaria antes de vir.

Dulce: Achei melhor buscar depois, não gosto de trazer ele em hospitais.

Poncho: Estou com fome!

Dulce: Não tomou café? – o abraça de lado, caminhando com ele.

Poncho: Não deu nem tempo. – sorri de lado.

Dulce: Então vamos logo que vou pedir para Dora preparar um prato especial pra você!

Poncho: Especial?  - sorri, parando de frente para ela. - Mereço esse agrado por qual motivo?

Dulce: Por eu te amar? – Alfonso sorri e abraça a esposa, beijando-a rapidamente. 

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------