Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dois meses se passaram, depois de uma bateria de exames, noites em claro, discussões, medos e angustias finalmente o transplante de Mariana fora realizado, a cirurgia havia sido bem sucedida, o médico estava contente com o estado clinico de sua paciente, fazia quatro dias que a menina recebera o novo órgão e seu corpo não havia manifestado nenhum tipo de rejeição. Todos estavam no hospital, mais precisamente no quarto de Mariana, onde comemoravam sua recuperação.

Mariana: Madrinha olha esse! - mostrava mais um das dezenas de presentes que ganhou de Anahí.

Dulce: É uma graça, querida! - sorria, observando um urso de pelúcia cor de rosa que cantava músicas da Disney.

Ucker: Dul, que fim levou a Odete?

Mariana: Quem é Odete? –pergunta distraída enquanto brincava com o urso. – Odete!  - ela ri . - Nome feio.

Poncho: Não é ninguém, Mari! – sorri, trocando olhares com os amigos.

Dulce: Até onde sei, ela está bem, pediu para que pagássemos uma transferência para um hospital em sua cidade, saiu hoje de manhã.

Any: Não quis nem esperar para ver se a menina estava bem?

Poncho: Não! Pegou o dinheiro e se mandou.

Ucker: É difícil saber que existem pessoas assim.

Dulce: Existe piores Ucker, acredite.

Any: Credo. – ela suspira. - Espero que uma peste dessas não apareça na minha vida!

Dulce: E eu espero que essa mulher não volte aqui nunca mais.

Any: Estou contigo! - Any foi interrompida por suas batidas na porta que fez todos se virarem.

Dulce: Entre! - Quando a porta se abriu, os amigos não podiam acreditar, mas era Maite que entrava discretamente, como sempre, com uma sacola cor de rosa nas mãos.

Maite: Boa tarde! - Ninguém sabia o que dizer, todos estavam estáticos, ninguém esperava tamanha surpresa, nem mesmo Mariana, cujos olhos negros logo se encheram de lágrimas ao ver a mãe que a muito tempo estava ausente.

Any: MAI! - foi a primeira a conseguir se manifestar, levantou-se depressa e correu até a amiga para abraçá-la, em seguida todos fizeram o mesmo.

Poncho: Que bom que voltou! – sorri, dando um beijo no rosto da amiga.

Maite: É.

Ucker: Que surpresa! O que aconteceu?

Maite: Tive um sonho essa noite e acordei melhor. Vim ver minha filha! – sorri, com a voz embargada.

Mariana: Mamãe.

Any: O que acham de tomarmos um café, hein pessoal?  - arrumando uma desculpa para deixar Mai e Mariana sozinhas.

Dulce: ótima ideia!

Quando todos saíram, Mai aproximou-se da cama onde sua filha estava sentando-se na beirada no colchão. Mariana não disse nada, apenas segurou as mãos da mãe, que acariciou o rosto corado da filha.

Maite: Oi meu bebê.

Mariana: Oi.

Maite: Tudo bem?

Mariana: Sim. - ficaram alguns minutos em silêncio, trocando um olhar cheio de saudades, quando Mai abraçou a filha fortemente, chorando.

Maite: A mamãe está de volta.

Mariana: Sarou do dodói? – ela segura o rosto de Mai.

Maite: Sarei minha querida. – sorri, beijando o rosto da filha. – Sarei!

Na lanchonete, os amigos conversavam sobre a recuperação instantânea de Maite.

Poncho: Caramba! A Mai surgiu do nada! – sorri.

Any: Pois é. Até ontem, quando fui visitá-la, ela estava cabisbaixa, nem tomar chá queria!

Dulce: Parece que agora as coisas voltaram ao normal! Digo, vamos seguir em frente.

Poncho: Você acham que...- Poncho foi interrompido por seu celular que começou a toca, emitindo uma música irritante. - Só um minuto! – ele atende. - Alô? – ele se levanta mas não vai para muito longe.

Any: Ih Dul. É a amante! – começa a rir.

Dulce: Engraçadinha! – começa a rir, observando o marido.

Poncho: Oi! Vou bem sim, e você? Pois é! Não! – após uma pausa ele responde. - Sei. Especial? Quanto tempo? Podemos conversar amanhã cedo? Pode ser. Ok, amanhã as onze. Um abraço cara! Obrigado tchau. – ele desliga e retorna para a mesa. – Então!

Dulce: Então o que?

Poncho: Não vai me perguntar quem era?

Dulce: Não! Deveria?

Poncho: Você sempre pergunta.

Dulce: Sou do contra! – ela sorri.

Poncho: Eu sei! – ele ri beijando o rosto dela.

Dulce: Quem era?

Poncho: Besta. – ele ri, bagunçando o cabelo dela.

Ucker: Any, cuidado com as abelhas que essa mesa está cheia de mel! – sorri se levantando e puxando a esposa. - A gente se vê.

Any: até mais pombinhos

Poncho: Tchau! – sorri, abraçando a esposa.

Dulce: Até depois.  – ela sorri, se virando para o marido. - Não vai me responder?

Poncho: Era meu empresário.

Dulce: E o que ele queria?

Poncho: Dizer que recebi um convite para fazer uma participação especial naquela novela que estreou semana passada.

Dulce: Que legal amor!

Poncho: Acha que devo aceitar?

Dulce: Claro que sim! Poncho! Você sempre gostou mais de atuar do que de cantar e agora que a banda travou temos um tempo livre. Acho que deveríamos sim voltar a trabalhar.

Poncho: É verdade. Então amanhã me encontro as onze com ele, para discutir a proposta.

Dulce: Então vai almoçar fora?

Poncho: Acho que sim, por que?

Dulce: Nada, achei que, tiraríamos o dia de amanhã para descansar, não sei, almoçar juntos, namorar.

Poncho: Não posso dar certeza que amanhã na hora do almoço estarei em casa, mas o que acha de ficarmos em casa hoje à noite? Alugamos alguns filmes, faço um jantarzinho bem gostoso para nós dois! – ele sorri, abraçando a esposa.

Dulce: Fechado! – ela sorri. - Vamos alugar um romance ou um drama daqueles que me fazem chorar?

Poncho: Você escolhe o que quiser amor! – sorri beijando o rosto da esposa.

Dulce: Acho melhor um suspense, daqueles de assassinos em série. – sorri, acariciando o rosto dele.

Poncho: Ué mudou de ideia?

Dulce: Sim. – sorri. - Já chega de drama né? Tudo o que acontece já foi o bastante.

Poncho: Tem razão! Então vamos buscar nosso filho e ir as compras.

Dulce: Compras?

Poncho: Quero fazer algo diferente. – sorri se levantando e puxando a esposa pelas mãos.

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