Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

A caminho do supermercado, Poncho dirigia atento, enquanto Dulce ouvia e cantarolava uma música, animada. Não trocaram uma palavra até Poncho parar no semáforo.

Poncho: Dul, pode baixar o tom por favor?

Dulce: Oi?

Poncho: Estou te pedindo para cantar mais baixo.

Dulce: Por que isso agora? – ela abaixa o som.

Poncho: Porque está me atrapalhando.

Dulce: Estou cantando há séculos, e você não disse nada.

Poncho: Porque não queria te ofender.

Dulce: Ok, parei! – desliga o som e se encosta no banco, fechando os olhos.

Poncho: Também não precisa ficar assim.

Dulce: Assim? Não posso tirar um cochilo?

Poncho: Claro que pode amor, só não quero que fique chateada.

Dulce: Não estou chateada!

Alfonso resolveu se calar, Dulce fez o mesmo, um clima estranho se apoderou do casal.

Poncho: Então! – ele comenta, enquanto dirigia.

Dulce: Então o que? – pergunta, de olhos ainda fechados.

Poncho: Nada, só disse “então” para iniciar um assunto.

Dulce: Ah sim!

Poncho: Então?

Dulce: Você vem sempre aqui? – ela sorri, abrindo os olhos.

Poncho: Frequentemente! – ele ri. - Que perfume gostoso.- ele inala o ar próximo à ela.

Dulce: Obrigada! – ela se aproxima do marido cheirando o pescoço dele. – O seu também!

Poncho: Sabia que você é muito linda?

Dulce: Ah é? Juro que nunca me disseram isso!

Poncho: Até parece! – ele sorri. - Sabe, que queria te pedir uma coisa, posso?

Dulce: Se estiver ao meu alcance!

Poncho: Posso te dar um beijo? – sorri, olhando-a de lado.

Dulce: Não acha que está sendo apressadinho demais com quem acabou de conhecer?

Poncho: Boba! – sorri, se inclinando no banco e dando um beijo no rosto da mulher.

Dulce: A direção Poncho! – ela sorri, empurrando-o com cuidado.

Poncho: Acho melhor seguir outro caminho mais interessante e prazeroso. – sorri, virando em uma rua sem saída e estacionando afastado. - O que me diz? – ele desliga o carro e se vira para a esposa.

Dulce: Eu te sigo confiante! – sorri, soltando seu cinto e se jogando contra o marido.

O jovem casal voltou a se beijar, Dulce estava entregue aos encantos de Alfonso com a mesma intensidade de uma adolescente apaixonada, o rapaz beijava o pescoço dela, distribuindo fortes chupões e lambidas quentes por ele. Dulce estava toda arrepiada, a blusa que vestia estava com os três primeiros botões soltos num decote que marcava seu busto, Poncho logo percebeu o detalhe e aproveitou-se disso aprofundando mais os beijos.

Dulce: Amor, espera! – ela tenta o empurrar.

Poncho: O que foi? – a encara.

Dulce: Aqui não Poncho, vamos para outro lugar?

Poncho: Certo. – ele sorri. – Vamos adiar o jantar por algumas horas, conheço um lugar que você vai gostar. – ele se vira para a direção, dando partida.

Dulce: Longe? – sorri.

Poncho: Pertinho! – sorri.  – Coloque o cinto. – Dulce, após colocar o cinto, colocou uma das mãos sobre a perna de Poncho, que dirigia um pouco mais veloz. Foi quando de repente, o carro deu um tranco que levou os dois para frente e para trás numa fração de segundos.

Dulce: O que foi isso?! Bateu?!

Poncho: Não!  Não tem ninguém nessa rua. O carro ficou pesado, acho que o problema é nos pneus. Vou dar uma olhada! – ele desliga o motor, abre a porta e sai apressado.

Deu uma volta o carro, às vezes olhando de esguelha para os lados, abaixou-se ao lado do pneu dianteiro esquerdo.

Poncho: Droga! – ele resmunga.

Dulce: Então? Descobriu?

Poncho: É um dos pneus Dul, furou.

Dulce: Do nada?

Poncho: É, do nada. – ele respira fundo, chutando o pneu.

Dulce: E agora o que vamos fazer?

Poncho: Trocar!

Dulce: Não é melhor levar a um mecânico, mais experiente.

Poncho: Acha que seu marido aqui, não sabe trocar um pneu? – sorri ironicamente para ela. - Acho que todo motorista deve saber. Além do mais é rápido e o mecânico cobra uma fortuna sem ficar do jeito que eu gosto.

Dulce: Bom, eu só troquei uma vez com a ajuda do meu pai.

Poncho: Ah que donzela.- ele sorri, caminhando para o porta malas do carro.

Dulce: Ainda acho melhor chamar o mecânico. – ela desce do carro. - Pagamos o seguro para isso, tudo o que acontecer eles mandam auxilio. – o celular de Alfonso começa a tocar, ele atende sorrindo.

Poncho: Alô? Oi! O que aconteceu? Surgiu algo novo? – o sorriso de pouco tempo antes vai se fechando. - Agora? Mas agora eu... - Alfonso olhou para Dulce, que retribuiu com um gesto de “não faça isso!”. – Ah, ok. Vou ver o que posso fazer, até logo. – ele desliga.

Dulce: Era aquele cara de novo?

Poncho: Ele tem nome, Dul.

Dulce: Tanto faz não gosto dele.

Poncho: Surgiu um imprevisto e...

Dulce: Alfonso Herrera, você não está pensando em...

Poncho: Desculpe amor, mas é urgente. – ele faz sinal para um táxi se aproximava, assim que o motorista parou, Poncho tratou de entrar com rapidez. – Ligue para o guincho! Até mais tarde! Desculpe!

Dulce: ALFONSO! – ela grita em vão. - Não acredito! Não acredito! Estou dormindo! Alguém me belisca?! – andava de um lado para o outro sozinha e furiosa. - Que maldito! Inacreditável! Abandonada, com um pneu furado! É o fim do mundo mesmo! Mas deixa! – ela sorri ironicamente. - Você não perde por esperar Alfonso! – ela cruza os braços com um olhar sombrio.

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