Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

No carro.

Poncho: Já foi no C.O.F?

Dulce: Não! – responde enquanto lia uma revista.

Poncho: Você vai gostar! É muito bom o lugar! – sorri animado. - Tem um drink chamado X², que nossa! A Mai quase desmaiou quando bebeu a primeira vez!

Dulce: Legal.- comenta, sem dar atenção.

Poncho: O que foi? Não quer ir no C.O.F?

Dulce: Tanto faz.

Poncho: Está assim só porque te apressei lá em casa?

Dulce: É Poncho! – ela mente. – É.

Poncho: Desculpe, estava ansioso. Já estamos chegando, mude essa carinha vai. – retira uma das mãos do volante e acaricia de leve o rosto da esposa.

 
Em menos de cinco minutos o casal chegava à boate, o lugar estava abarrotado de gente, a rua era interditada pelos carros que se amontoavam na porta, uma fila enorme de jovens se estendia na calçada.

Dulce: Está lotado!

Poncho: Pois é! – sorri, observando o local. - Como diz a Any, essa é “pop”!

Dulce: Poncho, aposto que esse é mais um daqueles lugares abafados por uma nuvem de fumaça com cheiro de maconha, onde pirralhos drogados te abraçam e começam a dizer besteiras! – cruza os braços.

Poncho: Esse lugar é demais, Dul! Vamos entrar!

Dulce: Sem contar que... – ela o ignora. -Olhe o tamanho dessa fila!

Poncho: Você sabe que nunca precisamos ficar em fila! – a encara. – Vem! – ele segura uma das mãos dela.

Dulce: Alfonso espere.

Poncho: O que foi agora?

Dulce: Pensei que me levaria num lugar mais romântico!

Poncho: Aqui não é romântico? Não basta estarmos juntos para ser romântico?

Dulce: É Poncho, mas olhe só para isso, faz quanto tempo que não frequentamos lugares assim? Poncho nós crescemos.

Poncho: Nada a ver, Dul! Quer dizer agora que não podemos curtir lugares badalados?

Dulce: Podemos! – ela suspira. - Mas quando você disse que queria dançar não pensei que seria num lugar assim.

Poncho: Ok Dulce! – ele solta a mão dela. - Vamos para onde quiser, satisfeita?
Dulce: Não quero te chatear.

Poncho: Você não me chateia! – ele diz após uns segundos. - Desculpe por não reparar em você lá em casa, eu só estava com pressa. – ele sorri, se aproximando e acariciando o rosto dela. - Você está muito linda, como sempre! – sorri, beijando o rosto dela demoradamente. - Agora vamos fazer algo romântico.

Uma hora depois Dulce e Alfonso dançavam em uma pista de madeira no meio de um restaurante calmo, cheio de casais apaixonados jantando a luz de velas. Estavam com os rosto colados, Alfonso envolvia a cintura da esposa com seus braços, ela, com os olhos fechados, acariciava os lábios dele com sua boca.

Dulce: Faz tempo que não ficávamos assim.

Poncho: Muito tempo! – mordisca os lábios dela.

Dulce: Adoro o seu perfume. – sorri, dando uma leve cheirada no pescoço dele.

Poncho: Não me provoque! – sorri, apertando-a mais contra si.  Dulce discretamente enfia uma das mãos por baixo da camisa dele, Alfonso a repreende com o olhar e volta a beijá-la, sorrindo.

Estavam envolvidos pelo beijo, já não ouviam mais a música que tocava, nem ligavam para as pessoas a sua volta, quando um celular tocou.

Poncho: É o meu! – ele se afasta gentilmente da esposa para apanhar o celular no bolso.

Dulce: Não ouse interromper esse momento.

Poncho: Eu preciso ardilla, e se for importante?

Dulce: O que é mais importante agora do que nós dois?

Poncho: E se for a babá, Daniela, pra falar do nosso filho?

Dulce: Atenda logo!

Poncho: Alô? Ah oi...

Dulce: É ela?

Poncho: Pode falar! – ele faz uma pausa. - Agora? De jeito nenhum.

Dulce: Quem é?

Poncho: Agora não dá. Como assim? Sei! Quebra essa. – outra pausa. - Cacete, custa tentar?! Ok! Quero paz. Eu sei disso! Claro que sei! Trabalha comigo há anos! Ok. – ele desliga.

Dulce: Quem era?

Poncho: Dul, vamos ter que voltar mais cedo pra casa.

Dulce: Mas nós nem chegamos!

Poncho: Eu sei. É que vou ter que dar uma saída! É importante, sobre um novo projeto, sabe como é!

Dulce: Não, não sei. – ela cruza os braços, encarando-os.

Poncho: É muito importante Dul, você acha que se não fosse eu acabaria com a nossa noite assim?

Dulce: Então minha noite já acabou. Boa noite. – se afasta dele e caminha até a mesa dos dois, apanhando sua bolsa.

Poncho: Espere, vou te levar em casa antes. – elevai atrás dela.

Dulce: Não precisa, eu chamo um táxi.

Poncho: Eu te levo Dul! – ele a segura pelo braço.

Dulce: Eu não quero ir com você! Vá logo resolver seu, seu...- ela respira fundo, tentando evitar o choro. - Problema de trabalho.

Poncho: Dulce!

Dulce: Até mais tarde. – ela se afasta as pressas dele.

Dulce chegou em casa furiosa, jogou a bolsa contra a parede da sala com força, fazendo seus pertences se espalharem pelo chão, grossas lágrimas rolavam por seu rosto deixando um rastro molhado. Subiu as escadas correndo, escancarando a porta do quarto do seu filho, o lugar estava escuro, as janelas estavam abertas e não havia ninguém ali.

Dulce: Daniela? – se aproxima, sem obter resposta. -  Maldição! – ela se aproxima do berço, Miguel dormia com um macacão de verão, e ao seu lado havia um bilhete.

 “Meus ídolos,
Foi um prazer cuidar do filho de vocês, ele é chorão mas eu amei essa noite, meu namorado ligou e tive que ir embora, espero que não se importem. O bebê está bem e dorme quietinho no berço.
ps: ele não quis a mamadeira
ps2: estou levando um bichinho de pelúcia como lembrança e uma foto das pessoas que mais amo no mundo!
Beijos.
Daniela, fã número 1.”

Dulce amassou o bilhete, cerrando os punhos, furiosa. Pegou o bebê no colo, verificando se estava tudo bem, beijou e abraçou seu filho, devolvendo-o ao berço e o cobrindo, ligou a babá eletrônica, e em seguida dirigiu-se a suíte, colocou a primeira camisola que viu no closet, apagou as luzes, e jogou-se na cama, ainda maquiada, agarrando o travesseiro.

No dia seguinte quando chegou ao lar, Alfonso encontrou sua esposa sentada no sofá da sala, de braços cruzados, olhando seriamente pra ele, vestia um robe de seda branco, e pantufas de pelúcia da mesma cor.

Poncho: Bom dia amor. – ele adentra a sala e se aproxima dela.

Dulce: Bom dia!

Poncho: Hum, eu demorei porque....

Dulce: Saiu para resolver um problema de trabalho e passa a noite fora de casa? – o encara. - Você não precisa me explicar nada. Já entendi tudo.- os olhos dela estavam vermelhos.

Poncho: Dulce, tente entender meu amor, é trabalho novo, estamos parados com a banda, alias, acho que definitivamente agora, e você sabe o quanto é importante para mim estar atuando novamente.

Dulce: Claro que entendo. – ela suspira e lágrimas escorrem de seus olhos, ela limpa rapidamente. - Só não acho justo você deixar de lado sua família por isso! Não estamos passando fome Alfonso!

Poncho: Eu não trabalho só pelo dinheiro!

Dulce: Ultimamente você está muito distante. Já não é mais o mesmo. O que está acontecendo? É outra pessoa? Outra mulher?

Poncho: Claro que não! De onde tirou isso?!

Dulce: Poncho você passou a noite fora. – ela se levanta, furiosa.

Poncho: E só por isso já acha que estou com outra?! – a encara.

Dulce: O que quer que eu pense?!

Poncho: Ah! Quer saber? Vou tomar um banho! Não quero brigar com você! –s e afasta, subindo as escadas.

Dulce: Pode ir parando! Acha o que?! Que fez a cagada e agora vai pular fora?!

Poncho: Dulce, não quero discutir, não quero brigar, não quero, esta bem? – continua a subir.

Dulce: Alfonso, como acha que estou me sentindo?

Poncho: Sei que essas coisas te magoam! Mas, poxa! Você quer o que?! Não posso chutar tudo assim também! Já assinei contrato! Tenho que respeita-lo!

Dulce: Ah. Estou mesmo desinformada. Não sabia que os contratos hoje em dia obrigavam os maridos abandonarem as esposas para tratar de assuntos importantes no sábado a noite. Nossa, realmente. – sorri, nervosa.

Poncho: Ah! Sem drama, ok?! – ele para no meio dos degraus e se vira para ela. - Sabe muito bem como tudo acontece! Alias, quantas vezes você abriu mão de algo que fosse muito importante por causa do trabalho?! Ou sua família era menos importante que o RBD?!

Dulce: Está misturando as coisas Alfonso!

Poncho: Não, não estou. Vou tomar meu banho, estou cansado e... – ele olha o relógio. - Acho que você deveria ir se deitar também, é cedo ainda.

Dulce: Meu Deus eu não acredito! – ela coloca as mãos no rosto. - Você é muito tapado Alfonso! Não finja que nada aconteceu! Eu deixei passar aquela história do pneu, mas essa...

Poncho: AH DULCE! QUER SABER?! VÁ RECLAMAR COM O PAPA E ME DEIXE EM PAZ! – ele sobe as escadas.

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