Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dois meses de passaram, Alfonso estava cada vez mais distante de Dulce, os dois mal se viam, as gravações da novela haviam começado e o rapaz chegava tarde todos os dias, isso quando não dormia fora e voltava no alvorecer do dia sem fazer barulho. Dulce já não sabia mais o que era estar casada, passava o dia sozinha com o filho, e não conseguia parar de pensar nos motivos que levavam Alfonso a se ausentar durante tanto tempo, sabia que novelas eram cansativas e trabalhosas, mas aquilo tudo estava lhe parecia muito estranho e sua mente e coração estavam sendo tomadas por um ciúme que jamais pensou em sentir, tanto que sem consultar ninguém contratou um “detetive particular” que pudesse conseguir alguma informação, alguma pista do paradeiro de Alfonso durante a noite.

Encontrava-se com o senhor de nome Humberto duas vezes por semana, mas parecia que seu marido sabia esconder muito bem o que fazia, Dulce estava ficando louca, não conseguia se ocupar ou se preocupar com outra coisa, o aniversário de Miguel estava próximo, Any se ofereceu para cuidar de todos os preparativos da festa, Dulce não hesitou, não tinha cabeça para nada, a loira aproveitou para sugerir que o batizado do garoto fosse no mesmo dia, o que foi aceito prontamente pelos pais. O grande dia para o pequeno príncipe da família Herrera havia chegado, Any e Mai trabalhavam duro para deixar tudo como Dulce sonhava, ambas estavam preocupadas com a amiga, não sabiam como ajuda-la e nem tinham tempo para isso, a festa seria num parque ao ar livre, que ficava dentro do condomínio onde se encontrava a casa do casal, Any fez questão de contratar o melhor buffet do país. Dulce trocava o bebê em seu quarto, quando alguém bateu na porta.

Poncho: Posso entrar? – coloca a cabeça para dentro do quarto.

Dulce: Claro. – responde sem encará-lo. Alfonso entrou e fechou a porta, caminhou a te Dulce e a abraçou por trás.

Poncho: Você está unicamente linda hoje! – beija carinhosamente a cabeça dela. - A cada dia que passa ele fica mais parecido com você. - observava o filho por cima dos ombros da esposa, o pequeno Miguel balançava as perninhas impedindo a mãe de vesti-lo. - Posso tentar? - Dulce entregou a calça do bebê nas mãos dele. Alfonso com facilidade acabou de vestir o filho que usava uma roupa toda branca para ser batizado. - Vamos andando? Todos nos esperam lá no parque!

Dulce: Vou sozinha!

Poncho: Dul, vamos juntos. Hoje é um dia especial, muito especial.

Dulce: Só em dias especiais você esta junto da sua família? – ela o encara, Alfonso fica sem resposta, apenas pega o filho no colo e abre a porta para a esposa, que sai sem olhar para trás.

Quando chegaram ao parque, foram recebidos por uma chuva de aplausos dos familiares e amigos que ali estavam reunidos, todos sorriam, felizes, vendo a bonita família que chegava. O lugar estava maravilhoso, Any realmente não poupava esforços quando o assunto era festa, havia mesas espalhadas pelo gramado, cobertas por toalhas coloridas, cadeiras com palhacinhos pendurados, alias, o que não faltavam eram palhaços, vários tinham sido contratados para animar e brincar com os convidados, alguns pintavam os rostos das crianças, distribuíam doces, faziam esculturas em balões, outros, cuidavam das inúmeras atrações como, pula-pula, brinquedos, carrossel, roda gigante. Em um canto mais afastado um picadeiro havia sido montado, e um mágico de cartola negra encantava um grupo de meninos que se admiravam com seus truques, alguns malabaristas divertiam os adultos e os garçons já serviam algumas guloseimas.

Poncho: Circo? – ele olhava ao redor.

Dulce: Você não estava em casa para dar palpite então não reclame.

Poncho: Não estou dizendo que não gostei! Está lindo, a Any sabe organizar um evento.

Any: Amiga! – se aproxima com sorriso de orelha a orelha. - Então?! Gostou?!

Dulce: Eu adorei Any, está maravilhoso. – sorri.

Any: Cadê meu afilhado mais lindo desse mundo?! – ela pega o bebe no colo. - É hoje que vamos oficializar nossa união bebê! – Any conversava com Miguel. Dulce ri. O padre se aproxima.

Padre Moisés: Boa tarde! – se aproxima sorrindo.

Dulce: Boa tarde Padre! Obrigada por vir até aqui.

Padre: É um prazer abençoar sua criança.

Dulce: Fique a vontade Padre.

Padre: Obrigada.

Poncho: Dul, posso... - Dulce caminha em direção aos pais e Poncho não consegue terminar de falar.

Uma hora depois a cerimônia do batizado terminava de ser realizada, o padre não que não poderia ficar para o aniversário, abençoou a todos e se despediu, Mai ofereceu-se para trocar Miguel, e Dulce aproveitou para comer alguma coisa, puxou uma cadeira em uma das mesas mais afastadas e se sentou com uma bandeja de docinhos nas mãos. Observava o movimento quando sentiu a presença de alguém, era Alfonso que se sentava atrás dela, com a cabeça apoiada no encosto da cadeira.

Dulce: O que quer aqui?

Poncho: Ficar com você! – se aproximava dela.

Dulce: Mas eu não quero ficar com você.

Poncho: Você vive reclamando que estou ausente, agora estou aqui e não me quer por perto?! - brincava com uma das mechas dos cabelos dela.

Dulce: Alfonso, por favor.

Poncho: Vamos conversar, precisamos.

Dulce: Acho que não temos nada para conversar hoje, é aniversário do nosso filho.

Poncho: Mas eu preciso! – ele aproxima mais sua cadeira da cela e a beija no rosto, deslizando os lábios até a orelha dela.

Dulce: Pare com isso, Poncho! Não estamos num motel!

Poncho: Poderíamos ir para um mais tarde. – sorri de lado.

Dulce: Claro, ai seu celular toca e você me deixa na mão, como sempre.

Poncho: Para com isso Dul. Só estou trabalhando! – ele se levanta, retira a bandeja de doces das mãos dela e a segura pelas mãos. - Vem aqui.

Dulce: Não.

Poncho: Essa não é uma alternativa! – ele quase a arrasta.

Dulce: Poncho me larga! As pessoas vão notar nossa ausência! Hoje é o dia do Miguel! – continua a protestar.

Poncho: Você não sai daqui enquanto não me disser o que está acontecendo. – ele a encosta atrás de um dos brinquedos grandes.

Dulce: Eu não tenho nada para dizer! Quem me deve explicações é você, mas não estou afim de ouvi-las agora! Licença. – ela tenta sair, mas ele a impede, abraçando-a pela cintura.

Poncho: Você tem razão, vamos discutir isso depois, mas antes eu preciso fazer uma coisa! – a encara, segura o rosto da esposa e a surpreende com um beijo demorado. Um beijo cheio de saudade, com direito a um abraço forte. – Pronto! – diz minutos depois, acariciando o rosto dela. -Só quero que saiba que eu te amo. Agora vamos, vou brincar no pula-pula! – a olha, decidido.

Dulce: Pula - Pula? – ela ri, pela primeira vez em meses ela ri verdadeiramente para ele e sai, sendo puxada mais uma vez pelo marido.

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