Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

...

Alfonso: Coloque o cinto filho!- abre a porta para o filho.

Miguel: É na casa da vovó?

Alfonso: Não vamos ver a sua avó! – arrumava o cinto para ele.

Miguel: Mas você disse pra mamãe que era.

Alfonso: Eu... menti! – sorri de lado.

Miguel: Mentir não pode papai! É feio.

Alfonso: Eu sei campeão! Mas foi por uma boa causa. – termina de por o cinto e caminha para o lado do motorista.

Miguel: Eu posso mentir também?

Alfonso: Não!

Miguel: Mas você pode.

Alfonso: Esquece isso Miguel. Nós vamos no shopping. – liga o carro.

Miguel: A vovó está lá?

Alfonso: Já disse que não vamos ver sua avó!

Miguel: Vamos no parquinho?

Alfonso: Não. Vamos comprar um presente pra sua mãe. Você já deu um presente pra ela hoje?

Miguel: Um beijo!

Alfonso: Vamos comprar presente. – sorri.

Miguel: Mas é a madrinha que me leva pra comprar.

Alfonso: É mas ela ainda não te levou, papai vai levar. Não é melhor?

Miguel: É. A madrinha só escolhe coisa feia! – faz uma careta, Alfonso ri vendo-o pelo retrovisor.

Alfonso: O que você quer comprar pra ela?

Miguel: Não sei!

Alfonso: O papai te ajuda!

Em dez minutos Alfonso e Miguel entravam no shopping que estava lotado apesar do feriado.

Miguel: Quero comprar uma boneca!

Alfonso: Boneca? – caminhava de mãos dadas com o filho.

Miguel: É!

Alfonso: Sua mãe é uma mulher, Miguel.

Miguel: A Liz e a Marcela gostam.

Alfonso: Mas elas são bebês...

Miguel: Então compra um namorado!

Alfonso: Que?! Pirou moleque? Essas coisas não se compram. – ele ri. - Ok, algumas mulheres. – comenta pensativo. - Ah esquece. Aqui vamos dar uma olhada nessa loja. – ele puxa o filho para dentro.

Vendedora: Posso ajudá-los?

Miguel: Quero um presente pra minha mamãe.

Vendedora: Ah sim claro! Alguma preferência?

Miguel: O que é preferência?

Vendedora: Quer ver os vestidos? –sorri.

Miguel: Vestido? Quero! Vem papai! Quero ver os vestidos. - segue a vendedora que os encaminhou até o departamento feminino e foi separando algumas roupas.

Vendedora: Olhe este. – mostra um vestido azul claro, com uma fita de cetim de um tom mais escuro que contornava a cintura. No momento em que Alfonso colocou os olhos naquele vestido, ele logo se lembrou do dia em que Dulce contou sobre a gravidez de Miguel, ela usava um igualzinho na noite em que foram jantar com os amigos, estava linda, radiante, Alfonso conseguia lembrar tudo com detalhes, o jeito que ela prendeu os cabelos, os sapatos, o perfume que usava o que havia dito. Lembrou-se também da camiseta que ganhará com a frase “Eu vou ser papai”, relíquia que guardava a sete chaves em uma gaveta exclusiva em seu closet.

Alfonso: Esse não Miguel.

Miguel: Mas esse é bonito, papai! A mamãe gosta de azul!

Alfonso: Esse não Miguel. – repete. - Vamos sair daqui. - puxa o filho pelas mãos, sai da loja. - Vamos entrar em outra.

Miguel: Aquela! - aponta para uma loja de brinquedos.

Alfonso: Espertinho. – sorri. - Depois o papai compra. Escolhe outra.

Miguel: Aquela ali de avião!  - apontando para uma agencia de turismo.

Alfonso: Aquilo não é loja.

Miguel: É de avião papai! Vem logo! – arrasta o pai para dentro.

Alfonso: Tá. - ri, entrando na agencia.

Atendente: Boa tarde senhor! Hoje estamos com uma promoção magnífica! Você compra duas passagens para Paris e a terceira sai pela metade do preço! - coloca uma porção de catálogos nas mãos dele.

Alfonso: Paris?

Atendente: Sim senhor! Pode ir com sua família! - Alfonso o não queria, mas não conseguia impedir que aquelas recordações aparecessem, estava se sentindo estranho, aquilo nunca acontecia, o passado para ele era morto e enterrado, mas aqueles flashs, os cheiros, as vozes invadiam seus pensamentos e ele não tinha como impedir. Estava novamente se lembrando Dela, no restaurante da Torre Eifel dizendo que amava Paris, que queria voltar outras vezes, da foto que ele bateu dela de boina francesa sorrindo de braços abertos.

Alfonso: CHEGA! – ele quase grita.

Miguel: Papai?

Atendente: Senhor?

Alfonso: Vamos Miguel!

Atendente: Senhor, essa promoção é limitada! Acaba no dia dez e...

Alfonso: Não quero porcaria de promoção nenhuma! - pega Miguel no colo e sai da agencia. - Vamos embora!

Miguel: E o presente?

Alfonso: Sua madrinha compra.

Miguel: Mas você disse que ia ajudar, papai!

Alfonso: Vamos embora Miguel! Depois você compra!

Miguel: Mas, mas, EU QUERO COMPRAR HOJE! - começa a fazer drama.

Alfonso: Filho, por favor.

Miguel: A MAMÃE VAI FICAR TRISTE SEM PRESENTE! E-E A LIZ E A MARCELA COMPRARAM PRA MADRINHA E... – começa a chorar.

Alfonso: Tudo bem! Tudo bem. Mas vamos dar uma volta antes, o papai não está legal.

Miguel: Compra um dinossauro também? – limpa o rosto com uma das mãozinhas.

Alfonso: Compro. – sorri colocando o filho no cão e segurando-o peça mão. - Vem.

 
Depois de comprarem o dinossauro e almoçarem, Alfonso e Miguel vagaram durante horas dentro do shopping, a maior parte delas gasta dentro do fliperama. Na casa de Anahí, Dulce andava de um lado para outro, nervosa, revoltada com a irresponsabilidade de Alfonso.

Dulce: Cachorro! “Depois do almoço eu o trago” – o imitava. - Uma ova! Desgraçado!

Ucker: Calma Dulce, daqui a pouquinho ele parece.

Dulce: Você me disse isso há quatro horas atrás! – ela fala alto. - Onde já seu viu! E nem pra me ligar mandando notícia! E se aconteceu alguma coisa?!

Any: Noticia ruim chega rápido. Fique tranquila.

Dulce: Eu vou pra casa.

Ucker: Assim, nesse estado, sozinha? De jeito nenhum.

Dulce: Não me diga o que fazer! – responde com a voz embargada, estava preocupada, pega o celular e vai até a cozinha. - Alo?

Rodrigo: Oi Dul! – sorri. - Que bom ouvir sua voz.

Dulce: Posso te pedir um favorzão?

Rodrigo: O que quiser!

Dulce: Pode me pegar aqui em frente ao condomínio Sta. Soledad? É urgente...

Rodrigo: Claro, claro, só me passar o endereço. - Dulce passou o endereço ao “ficante” que anotou com atenção. - Então eu vou der táxi, é melhor.

Dulce: Tudo bem. Obrigado. Beijo. – desliga.

 
Uma hora depois, Dulce continuava a andar pra lá e pra cá, dessa vez em seu apartamento, na companhia de Rodrigo. O empresário tentava acalma-la mas não conseguia, Dulce estava realmente nervosa.

Rodrigo: Você vai vê, já devem estar chegando.

Dulce: NÃO ESTÃO! – ela volta a chorar. - Deve ter acontecido alguma coisa! SÓ PODE SER!

Rodrigo: Calma Candy.

Dulce: Desculpe Rodrigo. – ela suspira. - Você não tem culpa de nada e, e, deve estar me achando uma maluca!

Rodrigo: Eu entendo, de verdade. – se aproxima puxando-a para um abraço que Dulce aceitou prontamente, deitando a cabeça no peito dele.

No mesmo instante, Alfonso estacionava o carro em frente ao edifício.

Miguel: A mamãe está na madrinha, papai!

Alfonso: Não campeão, ela veio para casa.

Miguel: Cadê o presente?

Alfonso: Aqui. - entrega um uma caixinha pequena e comprida, embrulhada num papel dourado com uma vida vermelha e um cartão trabalhado. - Papai vai ter lavar até o elevador. – abre a porta para o filho.

Miguel: Sobe, papai!

Alfonso: Não Miguel. Outro dia.

Miguel: Você sempre diz isso!

Alfonso: O papai precisa ir.

Miguel: Rapidinho papai! Por favor.

Alfonso: Sua mãe não vai gostar. - E ele não estava afim de ouvir um sermão e nem queria ver a ex, ou queria?.

Miguel: Papai, vem. Por favor! Por favor! Por favor! – começa a pedir, aos pulos.

Alfonso: Tudo bem. Mas só um minutinho.

Miguel: Eeeeee! A mamãe vai gostar do presente?

Alfonso: Vai sim. Não se preocupe. E vamos subir que já, já o papai precisa ir. - aperta o botão do elevador.

Dulce estava envolvida no abraço de Rodrigo, ele era gentil, cavalheiro e muito carinhoso com ela apesar de não se conhecerem a muito tempo, o homem afagava os cabelos da moça enquanto ela chorava, quando foram interrompidos pela campainha que tocou duas vezes seguida.

Dulce: Devem ser eles!- o solta e sai correndo para atender, escancarou a porta e viu Miguel com embrulho nas mãos e Alfonso parado de lado, sem olhar para ela. A primeira reação que Dulce teve foi a de abraçar o filho com todas as forças que tinha. - Ai meu príncipe! Graças a Deus! – o enchia de beijos. Alfonso não disse nada, estava prestes a dar a meia volta quando Miguel disse algo.

Miguel: O papai subiu! – diz sorridente apontando para o pai. A segunda, e mais provável reação de Dulce, foi.

Dulce: IDIOTA! – se aproxima segurando-o pelo colarinho da camisa. - Quer me matar do coração?! Por que não avisou que ia demorar?! Seu, seu... AH! – o larga. - Nunca, mas faça isso! Ai meu Deus por que estou pedindo?! Claro que não vai fazer! Não terá outra oportunidade! Além de tudo é um mentiroso egoísta! Visitar sua mãe o cacete! – começava a ficar ofegante por falar sem respirar.

Alfonso: Pronto? – pergunta calmo. Dulce olhava pra ele com raiva. Miguel assustado olhava para mãe. - Miguel, o embrulho filho. – Se abaixa, entregando a caixa para ele.

Miguel: Mamãe é pra você. – pega o pacote do pai e entrega para ela.

Dulce: O que?

Miguel: O presente. – sorri. - Parabéns mamãe! – Dulce se abaixa da altura dele, que a abraça.

Dulce: P-presente? P-pra mim? – segura o embrulho, limpando as lágrimas.

Miguel: É, mas para de chorar. – sorri. 

Dulce: Tá filho. Já parei! – acaricia o rosto dele e se levanta.

Miguel: Abre mamãe! – sorri empolgado. - Foi o papai que escolheu... - Dulce olhou para Alfonso enquanto tirava a fita do embrulho, rasgou o papel e abriu uma caixinha de veludo azul, dentro dela havia uma corrente fina de prata com um pingente em forma de menininho. - O papai disse que sou e! – explica para ela. - Gostou?

Dulce: Ah. – sorri sem saber o que dizer. - Eu, eu adorei meu amor.- se abaixa abraçando novamente o filho. - É lindo, obrigada. – sorri beijando o rosto dele. - O que é isso? – segura o cartão.

Miguel: Um papel que eu fiz.

Dulce: Um papel? Sei. – sorri abrindo o cartão. Haviam alguns desenhos feitos por Miguel. Dois palitos com cabeça de bola, um deles mais alto com cabelos compridos e de mãos dadas com o palito menor, ao lado uma tentativa de coração vermelho que mais parecia uma bota.

Miguel: Eu e você. – sorri apontando pro cartão. - Ficou bonito?

Dulce: Ficou maravilhoso! – sorri segurando as lágrimas.  Junto com os desenhos havia uma mensagem, mas estava escrita a tinta preta com uma letra de mão que ela conhecia muito bem.

“Você um dia sonhou comigo. E me amou antes que eu existisse, você se alegrou com a minha chegada ao mundo, como alguém que recebe um lindo presente. Você é minha mamãe querida a quem amo com todo coração. Mamãe esteja sempre em minha vida assim como quero estar sempre na sua.
Feliz Dia das Mães!!”
MAMÃE AMO MUITO VOCÊ,
VOCÊ É A MELHOR MÃE DO MUNDO!
Ass: João Miguel Saviñon Herrera

Como eu sempre disse que seria!
Ass: Alfonso!
Feliz dia das mães Dulce.

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Comentários:

Trendy": Ta nervosa tadinha!

Marcela Castro: kkkkkkkkkkkkkk olha que coincidência, seu nome em uma das filhas da Any *-* ... em breve tem muita Dul e Rô pra dar e vender!!!

Maria Clara: Acertou na mosca kkkkk presentinho de dia das mães pra Dul ♥ Não fique com inveja nãooooo, foi pura coincidência hahaha ♥