Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Em seu carro Dulce dirigia um pouco distraída, ainda chorava como Alfonso podia ser tão cretino? Não que ela quisesse voltar pra ele. Imagine! Mas, antes tinha certeza que Alfonso ainda a amava, os beijos e caricias sutis e apaixonados dele não negavam, mas tudo isso tinha ido por água abaixo em menos de cinco minutos. Míseros cinco minutos! O tempo máximo para qualquer homem cometer tamanha idiotice!

Dulce: Você é a maior burra já existente na face da Terra, Dulce María! – dava socos no volante, fazendo a buzina tocar. - Droga. – ainda chorava. O estomago de Dulce deu um salto, era fome, ela sempre ficava faminta quando estava nervosa, parou o carro na loja de conveniências de um posto de gasolina no caminho de casa.

Em frente ao salão de festa...

Alfonso: Perla, eu vou indo!

Perla: Calma. Será que dá pra me levar até o hotel?

Alfonso: Eu não vou poder, eu, fiquei de pegar o Miguel na casa dos avós.

Perla: Você me disse que não ficaria com ele esse fim de semana. E não estava agora mesmo dizendo que quer ficar sozinho?

Alfonso: Sim, mas mudei de ideia! Bateu uma saudade sabe? – acena para um taxi que passava. - Amanhã nos falamos, gata.

Perla: Ok. – responde chateada. – Beijo. – dá um breve beijo nele e adentra no taxi.

Assim que o táxi virou a esquina, Alfonso entrou em seu automóvel e pisou fundo.
Quinze minutos depois Dulce nervosa com o trânsito, não parava de buzinar.

Dulce: Mais que saco! Ah essa hora da noite?! Essa cidade é um caos mesmo!

Anônimo do carro ao lado: OH! DÁ PRA PARAR COM ESSA PORCARIA?! ESTÁ ACHANDO QUE O CARRO VAI SAIR VOANDO SE FIZER ISSO?! SE TOCA! – gritava. – Domingueiro do caramba! Hoje ainda é sábado! - faz um gesto obsceno com a mão, não conseguia ver quem estava no veiculo ao lado pois o vidro era escuro.

Dulce: Quem é esse idiota?! Era só o que me faltava! – ela abre o vidro.

Anônimo: SÓ PODIA SER MULHER!

Dulce: VAI SE FERRAR! A RUA É PUBLICA, O CARRO É MEU E BUZINO O QUANTO EU QUISER!

Anônimo: DEVE TER TIRADO A CARTA ONTEM! VACA!

Dulce: VACA É A SENHORA SUA MÃE! - fecha o vidro. - Eu mereço. – respira fundo.

Era uma e meia da manhã quando Dulce finalmente chegou ao condomínio, estava prestes a entrar na garagem quando de longe viu uma silhueta conhecida, era Alfonso que estava encostado em seu carro em frente à portaria.

Dulce: Hoje não é o meu dia.- ela bufa. Alfonso, graças aos faróis do carro, pode perceber que era Dulce quem chegava. - Ele me viu, e agora? – falava sozinha, observando ex que caminhava com as mãos no bolso em sua direção. Fazendo a primeira coisa que lhe veio à cabeça, Dulce acelerou seguindo em frente como se não morasse ali.

Alfonso: Mas o que, ei Dulce! – ele bate na janela. - Espera! ESPERA! – se joga na frente do carro. Dulce deu uma brecada seca fez os pneus cantarem.

Dulce: FICOU MALUCO?! SEU IDIOTA! QUER SE MATAR?! OU MELHOR, QUER ME COLOCAR ATRÁS DAS GRADES?! – abre o vidro colocando a cabeça para fora.

Alfonso: Quero conversar. – a observa.

Dulce: Não temos nada para conversar. - aperta o botão para novamente fechar o vidro. Alfonso sem pensar, segurou o vidro com as duas mãos. - Larga essa droga que você vai se machucar!

Alfonso: Não fuja de mim! – ele continuava com a mão nos vidros. – AAAH! – o vidro prende os dedos dele.

Dulce: Eu avisei!

Alfonso: ABRA ISSO!AAAH!

Dulce: Não.

Alfonso: DULCE SUA DOENTE! ESTÁ ME MACHUCANDO!

Dulce: Não Alfonso, você está...

Alfonso: MERDA! ABRE LOGO ESSA DROGA! MEU SANGUE ESTA PRESO! -
Com certa pena de Poncho, Dulce abriu o vidro.

Dulce: Pronto. Machucou?

Alfonso: Claro! – ele massageava os dedos.

Dulce: Procure um médico. Agora, boa noite.

Alfonso: Dulce espera! Temos que conversar!

Dulce: Eu já disse que não vou conversar com você. Agora dá licença ou eu chamo a segurança. – responde impaciente.

Alfonso: Dul, por favor. É sério. Eu sai da festa só pra falar com você.

Dulce: Ah, e largou sua namoradinha sozinha? Que pena! – sorri irônica.

Alfonso: Isso não vem ao caso. Abra a porta e vamos conversar lá no seu apartamento.

Dulce: Nem pensar! Não depois do que fez.

Alfonso: O que fiz?

Dulce: Não se faça de bobo! Você sabe como odeio isso! – responde séria.

Alfonso: Certo, tudo bem. Olha vamos subir, conversar com calma. Não dá pra ficar batendo boca aqui na rua.

Dulce: Você não vai mais sujar minha casa com sua presença.

Alfonso: Está com medo que eu te agarre de novo? Fique despreocupada, isso não vai acontecer.

Dulce: Não insista! Que teimoso!

Alfonso: Dulce! Depois do que aconteceu acha mesmo que dá para ficar assim?! E...

Dulce: TÁ! CHEGA! Você pode subir. Só porque quero uma boa explicação. – ela destrava o carro. – Entre.

Alfonso: Certo. – ele dá a volta e entra no carro. - De carro novo, bem legal esse, grande. – falava sozinho. - É automático? Gostei da cor. Estou pensando em trocar o meu também.- Dulce ignorava todos os comentários dele, entrou na garagem do prédio com pressa.

Dulce: Vamos, saia! – ela sai do carro.

Alfonso: Ué vai deixar no meio do caminho? Quer que eu guarde?

Dulce: Não! Tem manobrista.

Alfonso: Puxa, que chique. – sorri seguindo-a. Dulce entrou no elevador apertando o botão de número 22, a porta se fechou e ela cruzou os braços, encostando-se na parede de metal.

Alfonso: Elevadores. – coçava o pescoço. Dulce revirou os olhos.

Dulce: Não! – ela sussurra.

Alfonso: Que?

Dulce: NÃO! NÃO FOI SÓ TESÃO! – ela grita.

Alfonso: C-como assim?

Dulce: AQUI DENTRO! – ela bate no peito. - MEU CORAÇÃO NÃO ESTAVA ACELERADO SÓ PELA EUFORIA! TINHA...T-TINHA SENTIMENTO ENVOLVENDO MEU CORPO COM O SEU! – ela o encara, com os olhos cheios de lágrimas.

Alfonso: Espere, vá com calma Dul, você, não está dizendo que...

Dulce: Que o que?! Que ainda sinto, a-algo por você?! – tentava segurar as lágrimas.

Alfonso: Sim! – a encara.

Dulce: SIM! EU. APESAR DE TUDO!AINDA SENTIA ALGO MUITO FORTE POR VOCÊ! - Sem conseguir conter as lágrimas que começavam molhar seu rosto. - NUNCA NEGUEI! – ela sai do elevador caminhando as pressas até sua porta e abrindo-a rapidamente, Alfonso a seguia.

Alfonso: S-sentia? – ele ainda assustado com o desabafo de Dulce, imaginava que a ex-mulher havia fechado em seu coração, todas as portas que ele tivesse a chave.

Dulce: Quero te esquecer. Totalmente. Já estava disposta a isso, mas agora estou decidida. – o encara.

Alfonso: Depois do que aconteceu?

Dulce: Por que está me perguntando isso se foi você mesmo quem disse que não passou de um momento de excitação? – enxuga as lágrimas.

Alfonso: É, disse. Eu não sabia que você...

Dulce: Pois é. – ela o interrompe. - Preferi me afastar o máximo, e agora que estou com o Rodrigo, e, depois de hoje, de tudo o que você disse, já me decidi.

Alfonso: Se é assim que você quer. – responde, encarando-a parado com as mãos no bolso.

Dulce: Que eu quero? E você não? Porque você já me esqueceu faz tempo Alfonso! Quero me libertar sabe? Entregar-me a outros relacionamentos sem você perturbando meus pensamentos. Cansei.

Alfonso: Tudo bem. – ele suspira. - Eu vou sair totalmente da sua vida.

Dulce: Ótimo. – o encara.

Alfonso: Então estou saindo agora mesmo. – se vira para voltar ao elevador. - Trataremos apenas se assuntos relacionados ao Miguel.

Dulce: Certo.

Alfonso: Então adeus. – a encara.

Dulce: A-adeus.

Alfonso: Posso, posso te dar um abraço? - Dulce fica calada por alguns minutos, pensativa.

Dulce: Pode! – ela se aproxima dele. Alfonso a puxou para si, abraçando-a fortemente com seus largos braços.

Alfonso: Espero que consiga ser feliz. Quero que seja feliz! – beija demoradamente a cabeça dela. - Segunda eu busco o Miguel e vou na reunião.

Dulce: Ok.

Alfonso: Tchau! – ele se afasta,

Dulce: Tchau.- caminha abrindo novamente a porta. Trocaram mais um olhar e Alfonso virou as costas, saindo de cabeça baixa e sentindo algo apertar seu coração. Dulce correu para o quarto e se jogou em cima dos travesseiros, molhando toda fronha com suas lágrimas, aquilo era difícil, mas ela precisava tentar.

Alfonso: Ainda sente algo por mim. – falava sozinho, apertando o botão do elevador. - Que mancada a minha.- estava sem vontade de ir para casa, sai correndo do prédio até seu carro, uma garoa fina começava a cair. - Droga. - liga o ar quente do automóvel e deitando a cabeça para trás, a imagem de Dulce, nua, entregando-se a ele o fez sentir um calafrio na espinha. - Deus, por que estou tão confuso? – dá um soco no volante. - Afaste esses pensamentos, afaste. CARAMBA! – toma um susto quando um homem corpulento bateu no vidro do carro. Alfonso limpou o vidro embaçado com uma das mãos e fez um aceno com a cabeça.

Vigia: Tudo bem com o senhor?  - diz quando rapaz abre um palmo do vidro.

Alfonso: Tudo sim!

Vigia: Mora em algum deles? – aponta para os prédios.

Alfonso: Não, não, sou uma visita, já estava indo embora. Tenha uma boa noite. - intimamente agradecido pelo susto que o fez esquecer por alguns segundos das palavras decididas de Dulce.

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Comentários:

Maria Clara: Acho que sua pergunta foi respondida kkkkk sim, ele foi atrás dela!