Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

No estacionamento...

Dulce: Abra logo essa merda! - diz, impaciente.

Alfonso: Dulce! Calma ok, assim não vamos resolver nada. – abre o carro.

Dulce: Olha aqui seu canalha... – ela entra no carro. - Se você não está nem ai para o desaparecimento do nosso filho, eu estou, ok?!

Alfonso: Não diga isso! É claro que estou preocupado! Agora fecha essa boca e põe logo esse cinto! – ele entra, batendo a porta com força.

Dulce: Alfonso... – ela diz minutos depois. - Quem pode ter pego ele?

Alfonso: Não faço ideia. – ele dirigia atento.

Dulce: Só não culpo aquela cobra da Cecília porque para o bem da humanidade ela está morta, enterrada e os vermes estão comendo a carcaça podre dela!

Alfonso: DULCE!

Dulce: O que?

Alfonso: Pare de falar besteiras.

Dulce: Ok, desculpe, que Deus a tenha...

Alfonso: Não acha melhor ligarmos para os seus pais, minha mãe, vai ver...

Dulce: Não, eles me avisariam, e a sua mãe?

Alfonso: Também! – suspira.

Dulce: Alfonso?

Alfonso: Fala! – ainda estava concentrado no trânsito.

Dulce: Estou com medo. – olhava vagamente pela janela.

Alfonso: Eu também! – suspira, olhando-a de lado e colocando uma de suas mãos sobre a dela. - Tudo vai dar certo. Ele está bem, eu sei! - tentava passar um pouco de confiança para Dulce.

Dulce: Você promete?

Alfonso: Prometo.

Dulce: Obrigada.

Alfonso: Pelo o que?

Dulce: Por estar aqui! Depois de tudo o que conversamos.

Alfonso: O Miguel é nosso filho independente do que acontece entre nós. – ele afasta a mão da dela e volta a atenção ao trânsito.

Dulce: Eu sei. Mesmo assim.

Meia hora depois, Dulce e Alfonso chegavam ao colégio, era meio dia e meio e as crianças do segundo período acabavam de entrar.

Dulce: Você falou com quem?

Alfonso: Uma senhora. Inspetora! – olhava envolta. - Mas não estou vendo ela aqui!

Dulce: Com licença! – ela para uma mulher mais nova que fechava a porta de entrada.

Mulher: Sim?

Dulce: Eu preciso falar com a inspetora do turno da manhã, ela está?

Mulher: Não, a Henriqueta não está! É o horário de almoço dela.

Alfonso: E quando acaba esse horário de almoço?

Mulher: Às duas.

Dulce: Ah duas?! É por isso que esse país não vai pra frente!

Alfonso: Calma Dul. – ele observa a ex mulher. - Desculpe senhorita, mas é muito importante.

Mulher: O que querem com ela?

Alfonso: Nosso filho estuda aqui no período da manhã.

Mulher: Ah sim, os alunos do diurno saíram mais cedo hoje. É eu sei. Mas quando vim buscá-lo, me disseram que ele não estava. Que outra pessoa veio buscá-lo.

Mulher: Bom então...

Dulce: ENTÃO QUE MEU FILHO SUMIU POR CULPA DESSA PORCARIA DE COLÉGIO! EU QUERO FALAR COM A DIREÇÃO! – ela fazia o maior escândalo, alguns pais de alunos olhavam.

Mulher: Senhora, não grite.

Dulce: EU GRITO SIM! GRITO MESMO! ESCUTEM! ESSE COLÉGIO ENTREGA OS SEUS FILHOS NAS MÃOS DE ESTRANHOS! SÃO UM BANDO DE IRRESPONSÁVEIS! MEU FILHO SUMIU! SE NÃO QUEREM QUE ACONTEÇA O MESMO COM OS DE VOCÊS, SUGIRO QUE OS TIREM DESSA ESPELUNCA!

Diretor: O que está acontecendo aqui?! - Um homem alto, pele alva, cabelos ruivos e um largo e penteado bigode que lhe cobria metade da boca, interrompia a confusão que já começava a se formar na entrada do Instituto.

Inspetora2: Essa senhora afirma que o colégio entregou o filho dela nas mãos de um estranho, senhor.

Diretor: Como assim? Expliquem essa história direito! Na minha sala, por favor. Acompanhem-me. - Dulce e Alfonso seguiram o diretor, enquanto a inspetora tentava controlar alguns pais que começavam a querer entrar para pegar seus filhos.

Diretor: Entrem e sentem-se! – abre a porta da direção. Um cômodo espaçoso, decorado no estilo vitoriano, tudo era impecavelmente limpo, todos os móveis eram de madeira escura com o emblema do colégio, nas paredes centenas de livros alinhados em estantes altas e atrás da mesa do diretor alguns troféus e certificados. Alfonso se manteve em pé, enquanto Dulce e o Diretor se sentaram. - Muito bem, expliquem tudo o que aconteceu.

Alfonso: Nosso filho, Miguel, estuda aqui nos período da manhã.

Diretor: Sim, sei! Rapazinho notável. – alisava seu bigode.

Alfonso: Pois bem, hoje ele sairia as onze, mas quando vim buscá-lo a inspetora, hum, Henriqueta me disse que alguém já tinha o levado.

Diretor: E esse alguém era um parente, amigo?

Alfonso: Eu não sei! Ninguém o busca no colégio a não ser eu ou a Dulce. - olha para ela.

Dulce: E a Rosa Maria. Mas eu assino uma autorização nos dias em que ela vem buscar o Miguel.

Alfonso: E se ela veio hoje?

Dulce: Não. Ela o leva direto para o estúdio ou para a natação, mas hoje é segunda, ele tem a tarde livre! E também teria me avisado!

Diretor: Hum. Sei.- ele suspira. – Realmente é um grande problema.

Dulce: Que o senhor tem que resolver! Onde já se viu entregarem os alunos nas mãos de qualquer um! O senhor não vê televisão? Não sabe a quantidade de crianças que são levadas por maníacos! Marginais! O senhor tem filhos?!

Diretor: Filhos e netos.

Dulce: Então sabe como eles são importantes! Agora pegue esse telefone e ligue para tal Henriqueta, AGORA! – se levanta, batendo as mãos na mesa.

Diretor: Não será possível. Não temos o telefone pessoal de nenhum dos nosso funcionários.

Alfonso: Como não?! E se acontece algo como o que está acontecendo?! – o olha incrédula.

Diretor: Isso nunca aconteceu em nossa instituição!

Dulce: Sempre tem uma primeira vez!

Diretor: Não posso fazer nada a não ser esperar que a Sra. Henriqueta volte.

Dulce: Eu não vou esperar essa velha burra voltar!

Diretor: Senhora respeite os meus funcionários!

Dulce: Eu não respeito ninguém que se propõe a cuidar do meu filho e o entrega nas mãos de qualquer um! – fuzilava o velho com o olhar. - Hoje mesmo vou falar com meu advogado! Processaremos esse lixo que chamam de colégio e todos que trabalham nele! Inclusive o senhor! Agora com licença que eu preciso encontrar meu filho! – ela dá as costas e sai.

Alfonso: Desculpe senhor! Ela só está nervosa!

Diretor: Entendo perfeitamente.

Alfonso: Aqui... – ele retira um cartão. - Meu o número do meu celular caso a inspetora volte! Por favor, me ligue.

Diretor: Ok! – ele apanha o cartão. Alfonso saiu apressado, andando depressa para alcançar Dulce que saia em disparada para fora do colégio.

Alfonso: Dulce! Espere! – corre atrás dela.

Dulce: Hoje mesmo que vou pedir transferência para o Miguel! – falava sozinha. - Ah vou!

Alfonso: Dul, o que foi aquilo? Não precisava ser tão mal educada com o homem.

Dulce: É a vida do nosso filho que está em jogo! Achou que eu ia ficar calada?! Você é um bunda mole Alfonso!

Alfonso: Não me ofenda. Vamos manter a calma.

Dulce: O que faremos agora?! – não consegue evitar e volta a chorar.

Alfonso: Vamos esperar que o diretor me ligue! Deixei meu número caso a Henriqueta apareça!

Dulce: Poncho eu quero meu filho! – ela coloca as mãos no rosto chorando. - Se acontecer alguma coisa com ele, eu vou morrer, eu me mato.

Alfonso: Pare com isso Dulce! – se aproxima, abraçando-a forte. - Ele vai aparecer! Não pode ter evaporado!

Dulce: E se foi um daqueles sequestradores que vendem crianças no exterior que o pegou?!

Alfonso: E nem comece com esses “e se..”! Vem, vamos para o meu apartamento. Eu vou ligar para todos que conhecemos.

----------------------------------------------------------------------------------------------------

Comentários:

Maria Clara: Será? kkkkk no próximo capítulo vamos descobrir!