Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

O marginal saiu correndo enquanto Dulce caia ao chão, levando rapidamente as mãos ao tornozelo que aos poucos começou a manchar o tapete felpudo da sala com um vermelho vivo que a assustou.

Dulce: AI! – começa a chorar, tenta se levantar, mas cai novamente, sua perna adormecia aos poucos, anestesiada pela dor. - M-Miguel! – tenta se arrastar até o corredor. - Ai. Meu Deus! –começa a entrar em desespero ao ver o rastro de sangue que deixava na sala. - O-o, telefone. – ela observa de longe o aparelho que ficava em um móvel no canto da parede. - V-vamos lá Dulce. Você consegue. – falava sozinha, respira fundo e tenta esquecer a dor. - Céus! Que dor! – ela volta a tentar se arrastar pela sala.

Alfonso: Oi Dul, desculpe ter entrado assim. Não queria ter levado a chave, mas eu não queria ir, estou preocupado. Alias, aconteceu alguma coisa, você viu a polic...DULCE! – ele vê o sangue no chão e a ex-mulher encostada na parede com o telefone nas mãos. - AI MEU DEUS, DUL! O QUE ACONTECEU?! – se aproxima as pressas. - O QUE FOI ISSO?!

Dulce: O-o M-Miguel... – ela chorava.

Alfonso: CADÊ O MIGUEL?! ELE TAMBÉM ESTÁ MACHUCADO?! – olhava envolta sem saber o que fazer. - O QUE ACONTECEU?!

Dulce: N-no banheiro. – ela se força a falar.

Alfonso: Ai meu Deus! Espere aqui! – ele pega uma almofada e coloca para apoio da cabeça dela, se inclina beijando-a na testa e sai em direção aos quarto, entrou no banheiro de Dulce e não encontrou nada. – MIGUEL! – estava com o coração apertado, entra no quarto do pequeno. - MIGUEL?!

Miguel: PAPAI?

Alfonso: MIGUEL, FILHO?! VOCÊ ESTÁ BEM?!

Miguel: PAPAI! EU NÃO QUERO FICAR AQUI! – falava entre choro. - O HOMEM MAL LEVOU A MAMÃE!

Alfonso: CAMPEÃO...SAIA DE TRÁS DA PORTA! RÁPIDO!

Miguel: Tá bom!

Alfonso: SAIU?!

Miguel: Sai! – Alfonso parou frente a porta e a chutou com força, arrebentando a fechadura. Miguel estava sentado na beira da banheira, o rosto todo molhado pelas lágrimas e o pijama todo babado. – PAPAI! – ele corre até o pai, abraçando-o.

Alfonso: Campeão! – ele abraça o filho aliviado. - O papai vai te pedir uma coisa, posso?

Miguel: Pode!

Alfonso: Feche os olhinhos, ok? Só pode abrir quando o papai mandar.

Miguel: Por que?

Alfonso: É um jogo. Você é ou não o campeão do papai?

Miguel: Sou!

Alfonso: Então vamos começar ok?

Miguel: Ok!

Alfonso: Quando eu contar até três! Um, dois, três. – Miguel fechou os olhos e Alfonso  o ajeitou em seu colo, o pequeno deitou a cabeça no ombro do pai. O rapaz caminhou até a sala onde Dulce María ainda sangrava no chão.

Dulce: P-Poncho, me ajude está doendo! – ela chorava. - Miguel! - ficou aliviada ao ver que o filho estava bem.

Alfonso: Não! Não Miguel, não abra os olhos senão você perde o jogo.

Miguel: Opa! – ele fechou os olhos com força.

Dulce: O que está fazendo? – perguntou confusa. Alfonso tentou sinalizar que não queria que o menino visse a mãe ferida.

Alfonso: Vou chamar a ambulância! – ele tateia o celular do bolso.

Miguel: Papai eu quero andar de ambulância. Deixa? – pergunta, de olhos fechados.

Alfonso: Agora estamos jogando filho.

Miguel: Esse jogo é chato!

Alfonso: Mas o prêmio é bom. Você quer o prêmio?

Miguel: Quero.

Alfonso: Ok, a segunda parte é ficar deitado na cama da mamãe...

Miguel: Ah, tá bom.

Depois de deixar o garoto no quarto de Dulce, Alfonso ligou para emergência e em seguida fez outra ligação.

Dulce: Para quem está ligando?

Alfonso: Para Mai.

Dulce: Não quero preocupar nossos amigos.

Alfonso: É preciso. Quem vai ficar com o Miguel?

Dulce: Você. – ela tentava parecer forte. - Eu posso ir sozinha com os paramédicos
Alfonso: De jeito nenhum! Sem pirraça numa hora dessa, Dulce! Alô, Mai? – ele começa a caminhar pela sala. - Escuta Mai, será que você pode correr aqui para o apartamento da Dulce? Hum, é, aconteceu sim, ela levou um tiro na perna. Calma Mai, calma, é, sim! Dez minutos? Ok. Se a emergência chegar eu vou deixar o Duke solto e trancar a porta, você pega na portaria e sobe. O Miguel está no quarto. Ok. Obrigado. Pode deixar, até. – ele desliga, se abaixando ao lado de Dulce. - Ainda dói?

Dulce: O que você acha?! – o encara, irônica.

Alfonso: Desculpe! – se senta atrás dela, ajeitando-a em seu colo.

Dulce: Vai sujar toda roupa. - Alfonso balançou a cabeça e mesmo contra a vontade dela, aconchegou-a em seu colo.

Alfonso: Deixe-me ver como está.

Dulce: Não. Não quero ver. – Dulce segurava o local do tiro com as mãos.

Alfonso: Quero ver se só raspou ou a bala entrou. 

Dulce: Só tiro minhas mãos daqui quando os médicos chegarem!

Alfonso: Como aconteceu?

Dulce: Não sei! Foi tudo tão estranho! Não quero falar sobre isso agora! Quero ir ao médico!

Alfonso: Então, é melhor que eu a leve.

Dulce: Não. A ambulância já vai chegar!

Alfonso: Dulce pelo amor de Deus! Deixe de ser orgulhosa! Olha como você está! – diz enérgico. A campainha toca e Alfonso se levanta cuidadosamente, caminhando até a porta .

Policial: Bom dia. Recebemos uma denúncia de que estaria ocorrendo um assalto nesta residência. Podemos entrar.

Alfonso: Chegaram tarde demais! Parece que os filhos da mãe fugiram!

Policial2: Devem estar nas redondezas. Vou informar a viatura! – ele sai rapidamente.

Policial: Algum ferido?

Alfonso: Sim.

Policial: Eu gostaria de entrar e verificar a situação com meus próprios olhos, senhor! –ele entra.

Policial: A senhora é a proprietária?

Dulce: Sim sou eu.

Policial: Creio que não poderá me acompanhar à delegacia.

Dulce: Parece que não! – o encara.

Alfonso: Sim?

Porteiro: Senhor a ambulância chegou. Peço que subam?

Alfonso: É óbvio, não? – desliga, indignado com a lerdeza das pessoas.

Mai: Dulce! – ela entra com Mariana e os paramédicos . - Ai meu Deus! O Poncho ligou, vim correndo!

Dulce: Oi Mai. Oi Mari.- ela tenta forçar um sorriso, Mariana arregala os olhos ao ver o sofá todos vermelho.

Mai: Mariana o Miguel está lá no quarto da madrinha. Porque não vai lá brincar com ele?

Mariana: Tá. – ela some correndo pelo corredor.

Mai: Não tive com quem deixa-la.

Paramédico1: Senhora, com licença. - um dos rapazes pega Dulce no colo e a coloca na maca.

Dulce: É necessário tudo isso?

Mai: Claro que é! Não quer ir pulando até o hospital, quer?! Poncho você vai com ela?

Alfonso: Vou. Mai diga ao Miguel que ele ganhou o prêmio e que já pode abrir os olhos.

Mai: Ok, eu acho! – ela diz, sem entender.

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Comentários:

Maria Clara: Esse Miguel só faz proeza kkkkkkkkkkkkk Poncho descuidado, saiu bravo coitado!

Marcela Castro: Dulce precisa se benzer urgente kkk coitada só se ferra ;/