Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

No quarto de Dulce...

Mariana: Oi Miguel! – ela entra, se aproximando dele.

Miguel: Quem é? – pergunta, ainda de olhos fechados.

Mariana: É a Má seu bobo! – ela sobe na cama, sentando-se ao lado dele.

Miguel: Oi Má! – responde, ainda de olhos fechados.

Mariana: Por que está com os olhos fechados?

Miguel: É o jogo do papai. – suspira.

Mariana: Que jogo?  - coloca uma bolsa cor-de-rosa cheia de flores bordadas no chão.

Miguel: Do olho, o papai disse que eu vou ganhar!

Mariana: Ai Miguel como você é burro! – ela começa a rir.

Miguel: Burro é feio! A mamãe disse que é feio!

Mariana: Seu pai te enganou bobão! Esse jogo é mentira!

Miguel: Não é! Eu vou ganhar um prêmio e você não!

Mariana: Você é pequeno, por isso que caiu na brincadeira do padrinho!

Miguel: Cala a boca! – faz bico emburrado. Mai entra no quarto.

Mai: Oi Miguel.

Miguel: Quem é?

Mai: É a tia.

Miguel: Qual tia?

Mai: A mais bonita. – sorri. - Seu papai disse que já pode abrir os olhos.

Miguel: Eu vou ganhar prêmio?

Mai: Vai. 

Miguel: Então tá. - ele abre os olhos e olha envolta. - Cadê a mamãe?

Mai: Saiu com o papai.

Miguel: A mamãe é feia. Ela disse que era pouquinho e não era! - referindo-se a sua estada no banheiro.

Mariana: Sua mamãe machucou a perna!

Miguel: O que? – ele olha para Mai mais atento.

Mai: A Mamá está brincando com você, Miguel.

Mariana: Mas mãe eu...

Mai: Shhhi...

Miguel: Tia, estou com fome.

Mai: Vou fazer um lanchinho pra você. Você também quer filha?

Mariana: Quero.

Miguel: Má, quer brincar comigo? A mamãe comprou um carrinho de fogo, ele bate e...

Mariana: Não. Seus brinquedos são chatos. É tudo de bebê!

Miguel: Não é de bebê!

Mariana: São sim. Eu vou ajudar minha mãe. – ela se levanta e caminha atrás de Mai que acabara de sair.

Miguel: É uma boba mesmo, cagona! – resmunga sozinho, seguindo elas. - O Duke brinca! - a campainha toca novamente.

Mariana: Eu atendo! – ela sai correndo na metade do caminho. - Oi tia! - Era Anahí que entrava desesperada com as gêmeas no colo.

Anahí: Oi Linda, oi Gatinho, Mai! Como aconteceu Mai?! Quase morri do coração quando você avisou! – corre até a amiga.

Mai: Não sei como foi. Não deu tempo da Dul contar.

Miguel: Madrinha a mamãe machucou?

Anahí: Que? Não Miguel, vai brincar vai.

Miguel: E o homem mal?

Mai: Que homem mal?

Miguel: Hoje tinha uma homem mal aqui, ele falou comigo, ai depois eu e a mamãe “moramos” no banheiro, ai a mamãe sai, ai ela demorou, ai eu ouvi um BUM! Ai depois o papai quebrou a porta assim, Iháaa. – ele chuta o ar.

Na ambulância..

Alfonso: Como aconteceu? – segurava uma das mãos dela.

Dulce: N-não sei. –e la tentava controlar a respiração. - Foi rápido. Ouvi um barulho na sala e dois homens estavam com o Miguel. Não sei como entraram. A Rosa trancou a porta da frente e...

Alfonso: Fui eu!

Dulce: E-eu, o que?

Alfonso: O culpado de tudo o que aconteceu! – ele passa a mão solta no rosto.

Dulce: N-não estou entendendo.

Alfonso: Deixei a porta aberta,  sai meio nervoso. Que burrice a minha! Eu nunca saio de casa sem trancar as portas! Como pude ser tão idiota?!

Dulce: P-porque você voltou. Você não estava na sua casa? - Alfonso não responde, não estava gostando do jeito com que Dulce esclarecia a relação que existia entre os dois, a ex ficava o tempo todo lembrando, que ele não pertencia mais a família que um dia existira. -Não adianta ficar se culpando. Já foi.

Alfonso: Poderia ter acontecido alguma coisa com o Miguel! Eu me mataria!
Dulce: Pare de falar bobagens! Nosso filho está bem. - Alfonso sorriu de lado. - Que cara é essa?

Alfonso: Que cara?

Dulce: Esse sorriso.

Alfonso: Ah. Nada não.

Dulce: Alfonso.

Alfonso: É que. É legal ouvir você dizendo “nosso” filho.

Dulce: Alfonso não...

Alfonso: Eu sei! – a interrompe.

Dulce: E-eu queria falar sobre o que aconteceu ontem a noite. Olha eu não...

Alfonso: Quieta. – ele a observa, acariciando vagarosamente a mão dela. -Agora não é hora para conversarmos sobre isso. – tentava fugir do assunto, Alfonso sabia que se falasse sobre o ocorrido inventado por ele, entregaria toda sua mentira através de seus olhos, e se tinha uma coisa que Dulce sabia fazer muito bem era interpretar olhares.

Dulce foi levada na maca até o interior do hospital onde dois médicos estavam prontos para atendê-la, depois de fazerem algumas perguntas e examinarem superficialmente o ferimento.

Médico1: Prepare a sala de radiografia! – dá ordens a um enfermeiro.

Alfonso: Então doutor. Foi só de raspão?

Médico: Hum, não. Parece que a bala está alojada um pouco acima do calcanhar. Tiraremos uma radiografia para ter.

Dulce: Está doendo muito. Não tem nada que possa me dar para amenizar a dor?

Médico2: Não é recomendável no momento, senhora.

Alfonso: E vai deixa-la assim?! – encara pasmo o enfermeiro.

Enfermeiro: Doutor. Tudo pronto.

Médico2: Ótimo. O senhor se retire por favor. – olha Alfonso.

Médico1: Vou deixar o centro cirúrgico em alerta.

Dulce: Cirurgia?! Ah não!

Médico2: Pode ser necessário. Ou então podemos deixar a bala ai, até que sua perna apodreça e tenha que ser amputada. - Dulce e Alfonso ficaram calados diante da grosseria do médico.

Alfonso: Avise-me quando terminarem! - diz quando antes da ex ser levada. – Idiota. - resmunga. O celular de Alfonso toca. - Alo?

Any: Então?

Alfonso: Any? Ah. Então o que?

Any: Foi grave?

Alfonso: Ainda não temos certeza, mas eu acho que a bala ainda está lá.

Any: Que?!

Alfonso: É. acho que vai precisar de cirurgia para ser retirada.

Any: Caramba! A Dul precisa se benzer!

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