Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Longe dali, Dulce e Rodrigo se divertiam em um tradicional restaurante da cidade, comiam a sobremesa, sorvete com bolo de frutas.

Dulce: Então ele pegou o microfone e começou a cantar qualquer coisa! – ela ria. - A sorte foi que agradou os fãs e tudo acabou dando certo.

Rodrigo: Que situação!  - ele ri, dando um gole em seu drink.

Dulce: Pois é!

Rodrigo: Sente falta da banda?

Dulce: Muita...Melhor época da minha vida! Era muito divertido! Estressante as vezes, saudade da família mas, divertido.

Rodrigo: Esse tal de Christian parecia ser um cara legal.

Dulce: Muito legal! Sinto tanta falta dele. Foi um choque para todos sabe. A partir daí decidimos não seguir com a banda.

Garçom: A conta senhor.

Rodrigo: Quer mais alguma coisa, querida?

Dulce: Não, obrigada. – sorri. - Podemos ir. - Rodrigo paga a conta e deixa uma gorda gorjeta para o garçom.

Meia hora depois de deixarem Perla com a mãe, Any e Ucker chegavam com Alfonso em casa. O rapaz ainda cantavam, agora baixinho, sobre o amor, assim que os viu a empregada correu para abrir a porta.

Any: Nos ajude aqui.

Alfonso Pai: Esse maluco aprontou de novo?!

Ucker: Pois é!

Alfonso Pai: Alfonso! - dá um tapa na cara do filho assim que o coloca no sofá. - Aqui! Vamos ter uma conversa muito séria!

Any: Vem amor, vamos deixá-los sozinhos. Vou ver as meninas.

Ucker: Vou com você.

Alfonso Pai: Foi essa a educação que recebeu?!

Alfonso: Pai? – ele ri, desorientado, olhando o pai.

Alfonso Pai: Onde está com a cabeça, filho?! Você não é mais um moleque que não tem responsabilidades, e enche a cara! Você é um homem, caramba! Tem uma carreira, um filho! O que faria se o seu filho fosse um bêbado?!

Alfonso: N-não...

Alfonso Pai: Se sentiria como estou me sentindo agora! Com vergonha do seu vexame! Jamais pensei que ainda precisasse de broncas ou de uma boa surra!

Alfonso: Pare. – ele encara o pai.

Alfonso Pai: Você vai me ouvir rapaz! Onde já se viu! Apesar de ser uma festa aquilo era também o seu trabalho! Dedicou-se durante meses nessas malditas gravações para acabar com tudo logo na estreia?! Colocar seus amigos em uma situação constrangedora?! O que deu em você?!

Alfonso: Ela não me quer p-papai.

Alfonso Pai: Quem? A Dulce? Faz muito bem em não te querer! Se eu fosse ela também não ia querer uma pessoa tão irresponsável ao meu lado!

Alfonso: M-mas...

Alfonso Pai: Vem comigo! – ajuda o filho a se levantar, vê a porta da varanda aberta e carrega Alfonso para fora .

Alfonso: Onde vai me levar? Eu não quero ir! – resmunga emburrado. Alfonso não imaginava o que o pai poderia fazer, até que sentiu algo extremamente gelado cair em suas costas, sua primeira reação foi sair correndo, mas foi detido pelo pai que o segurava embaixo do chuveiro frio, ao lado da piscina.

Alfonso: PARA COM ISSO. – tenta sair.

Alfonso Pai: Nada como um banho frio para acordar! – ele ri. - É bom, não?! Assim pensa duas vezes antes de encher a cara!

Alfonso: Sai! – resmunga bravo, empurrando o pai. – Papai! – começa a chorar. – O que eu faço? O que? – senta no chão. - O pai de Alfonso desliga o chuveiro. – Eu já fiz tudo! Tudo! – soluça. - Mandei flores, chocolates. Declarei meu amor mas ela não me quer. Está com outro. Um velho!

Alfonso Pai: Acho que está na hora de você ter um pingo de responsabilidade e deixar a Dulce em paz!

Alfonso: Mas eu amo aquela mulher!

Alfonso Pai: Eu sei que ama, filho! – ele suspira. -Mas se já tentou de tudo e ela não correspondeu é porque não te quer.

Alfonso: Ela quer! Eu sinto que ela também quer. Mas, eu não sei porque não volta.

Alfonso Pai: A Dulce é uma mulher maravilhosa filho. Lamentei muito quando vocês se separaram mas a vida é assim, não foi você mesmo quem escolheu essa situação?

Alfonso: F-foi.

Alfonso Pai: Então!

Alfonso: Mas me arrependi no mesmo instante. Eu achei que... – ele respira fundo. - Eu me distrai com outras coisas e não tinha percebido o quanto ela me faz falta. E agora que me dei conta que não posso viver sem ela.

Alfonso Pai: Ela não te quer. Já vivi experiência parecida filho. Foi difícil pra mim também quando me separei de sua mãe, duas vezes. – ele sorri. - Mas seguimos com as nossas vidas e hoje somos bons amigos.

Alfonso: E-eu não quero a amizade da Dulce, quero mais.

Alfonso Pai: Mas ela não quer filho! Entenda!

Alfonso: Isso é maldição. Maldição de família. Quando o João Miguel se casar vai se separar também. Assim c-como você se separou da mamãe e eu da Dul. E o filho dele vai crescer sem a participação do pai. É uma maldição.

Alfonso Pai: Filho. – ele ri. - Isso não tem nada a ver! Sempre estive presente na sua vida assim você está presente na vida do seu filho!

Alfonso: Pai, eu quero a Dulce. Não vou desistir. Não posso. Ela tem que terminar com o velho.

Alfonso Pai: Alfonso escute. Preste muita atenção. Se a Dulce está com outro, é porque está procurando nele algo que você não pode oferecer a ela.

Alfonso: O QUE AQUELE VELHO TEM QUE EU NÃO TENHO?!

Alfonso Pai: Eu não sei. – respira fundo. - Filho, se gosta mesmo dela deixe-a em paz! Acha que ela gosta dessa situação?! Você não vai conseguir nada desse jeito! Só o desprezo dela, quem sabe um dia até do seu menino!

Alfonso: N-não...

Alfonso Pai: Então acorde! Onde está seu orgulho?! Não se humilhe mais Miguel! Siga em frente. Busque um novo amor! Um novo amor sempre apaga o velho!

Alfonso: Quero é acabar com aquele velho. – resmunga.

Alfonso Pai: Tenha a decência de acabar com essa infantilidade! Colocou a carreira que tanto queria no cinema em risco! Já pensou se seus amigos não estivessem lá para te ajudar o que poderia acontecer?! Ninguém gosta de pessoas assim. Tome muito cuidado. Pode afastar todo mundo que você ama se continuar enchendo a cara, fazendo besteira, se humilhando.

Alfonso: Já afastei quem eu mais amo. Nada pode ser pior! – dá de ombros.

Alfonso Pai: E o João? Não o ama?!

Alfonso: Tanto quanto amo a Dulce. É um amor diferente.

Alfonso Pai: Então viva pra ele. Seja o melhor pai do mundo! Filho, tenho certeza que com o tempo você esquece a Dulce, e ainda vão rir de tudo isso juntos quando forem amigos. – Alfonso não disse nada, será que seu pai não entendia que ele não queria ser amigo da ex?! Ele queria muito mais além de amizade, queria ser o amante, o companheiro.

Alfonso: Certo. – ele respira fundo. - Agora por favor me leve para casa.  – se levanta com dificuldade. - Quero ficar sozinho.

Alfonso Pai: Tudo bem, vamos!

Any: Com licença! – ela aparece na porta da varanda.

Alfonso Pai: Oi Any!

Ucker: Quer ajuda com ele?

Alfonso Pai: Não precisa! Ele já está melhor. Nada como um banho frio pra passar a ressaca. – sorri.

Any: Pois é.

Alfonso Pai: Peço-lhes desculpas em nome do meu filho pela vergonha que passaram.
Ucker: Acontece.

Alfonso Pai: Mesmo assim. Ele está um pouco confuso e perturbado, não é Alfonso?
Alfonso: Sim!

Alfonso Pai: Desculpem toda essa bagunça na casa de vocês! Nós já vamos indo.

Any: Amigos são para essas coisas. – sorri de lado. - Se precisarem de algo...

Alfonso: Eu preciso.

Any: Diga Poncho!

Alfonso: Quero conversar com você depois, em particular. Como nos velhos tempos! - a observa.

Any: Ok! – sorri. - Quer uma roupa do Ucker?

Alfonso: Não precisa! – se aproxima beijando-a no rosto. - Amanhã conversamos. – sorri. - Valeu cara! – dá um breve abraço em Ucker. – Desculpe o transtorno.

Ucker: Sem problemas. – ele ri. – Fazia tempo que não cuidava de você bêbado!

Alfonso dormiu durante todo o caminho até seu apartamento, com a ajuda de seu pai entrou em casa e foi direto para o banheiro, estava passando muito mal, ânsia de vomito e muita dor de cabeça.

Alfonso Pai: Pronto filho, pronto! - diz enquanto Poncho vomitava. - Agora tome um banho bem quente e vá se deitar.

Alfonso: Tudo bem! – ele joga água fria no rosto, sentindo um pouco de tontura.

Alfonso Pai: Eu vou ficar aqui essa noite.

Alfonso: Obrigado pai! – sorri de lado. - Amanhã cedo a Dulce vai trazer o Miguel, não quero estar um caco para receber meu filho.

Alfonso Pai: E você pensou nisso agora?

Alfonso: Pai, chega de sermões, não sou mais uma criança.

Alfonso Pai : Não parece. Quero que pense muito bem no que anda fazendo. – ajuda o filho a entrar no box.

No apartamento de Dulce...

Dulce: Obrigada, o jantar foi maravilhoso! – sorri, abrindo a porta.

Rodrigo: Você merece!

Dulce: Quer entrar? – sorri, brincando.

Rodrigo: Não vou incomodar? – sorri, entrando na brincadeira.

Dulce: De modo algum! Além do mais, o Miguel não está em casa.

Rodrigo: Ah, que pena não? – sorri abraçando-a pela cintura, Dulce sorri e fecha a porta. 

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