Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Logo que ela saiu, Herrera avô entrou com Miguel.

Alfonso Pai: Filho eu já vou indo.

Alfonso: Ok pai!

Miguel: Tchau vovô!

Victor: Tchau João! Depois brincamos de piratas! – sorri se despedindo do neto.

Miguel: EBA! – sorri abraçando o avô.

Alfonso Pai: Enquanto isso pede para o seu pai brincar com você! – sorri, dando dois tapinhas nas costas de Alfonso, sabia que o garoto acabaria de quebrar o pai com suas brincadeiras incessantes.

Miguel: Papai! Você vai brincar comigo?! – olha sorridente para o pai.

Alfonso: Vou campeão! – sorri de lado. – Vou! – respira fundo preparando-se para o dia ativo que teria pela frente.

Alfonso Pai: Cuide bem dele.

Alfonso: Pode deixar! – sorri dando um abraço no pai.

Alfonso Pai: Eu falei com o garoto! – sorri, saindo.

Alfonso: Então, Miguel! – sorri se abaixando na altura do filho. - Você vai escolher um filme pra assistir que o papai vai se deitar um pouquinho ok?

Miguel: Não! Filme não! Quero brincar papai!

Alfonso: O papai está com dor de cabeça filho! Eu fico lá vendo o filme com você. Podemos assistir Irmão Urso se você quiser.

Miguel: Eu quero brincar de pirata, papai...

Alfonso: Mas eu não vou brincar de pirata! – se levanta sem paciência. - Agora vamos assistir o filme!

Miguel: Tá bom! – aceita desapontado. Alfonso pegou alguns travesseiros e levou-os até a sala de TV. Colocou o primeiro filme que viu pela frente, “O Exterminador do Futuro “e se deitou. O garoto olhou para o pai, provavelmente pensando “ Ei! Esse não é o Irmão Urso! “, mas curioso com o que estava para ver ajeitou-se ao lado do pai e não reclamou.

 
Os minutos se passaram e João Miguel já estava entediado, não estava acostumado a assistir aquele tipo de filme, Dulce não permitia.

Miguel: Papai faz suco? – se vira para o pai. - Papai? – o encara, Alfonso dormia profundamente. - Quero suco, papai! – espera a resposta e nada, resolve então fazer o tão desejado suco por conta própria. Miguel caminha em silencio até a cozinha, o menino abre a geladeira procurando alguma coisa, mas não encontra, em seguida abre a porta da despensa e derruba algumas coisas da prateleira em busca de um suco de saquinho.

Miguel: Mo-ran-go! - finge para si mesmo que sabia o que estava escrito, na verdade era um suco de acerola. Jogando o saquinho em cima da mesa, Miguel caminha até o armário de copos que ficava em cima do micro-ondas. - Eu sou pequeno! Não dá! – fala sozinho, emburrado. Miguel pula na tentativa de alcançar o armário, em vão. Esperto, o garoto arrasta uma cadeira, onde, com um pouco de dificuldade devido de sua estatura, sobe. - Vem aqui copo! – ignorava as xícaras, as taças e tentando pegar um copo desenhado com alguns personagens. -Não! Copo! Vem aqui! – seus dedinhos estavam esticados o máximo que conseguia. – Eeeba! – sorri, segurando o copo. Assim que alcançou seu objetivo, sem querer João Miguel o deixou escorregar de suas pequenas mãos, e o copo que era de vidro, espatifou-se no chão. – Ops! – ele desce da cadeira. -O papai vai brigar! – olha preocupado, meteu a mão esquerda nos cacos de vidro, querendo dar um jeito na bagunça. Crianças não devem brincar, usar ou mexer em objetos cortantes. Todos sabemos disso, a não ser é claro, as próprias crianças, assim sendo. – AI! – Miguel grita quando um caco de vidro faz superficial, mas grande corte na palma de sua mão.

Miguel: AIIIIH! - Miguel começou a chorar, e ficou mais desesperado quando percebeu que sangrava. - PAPAI! – começa a gritar. - PAPAI! – ele corre até a sala de TV. - PAPAI! EU FIZ DODÓI! – já estava com o rosto todo molhado pelas lagrimas. Alfonso que dormia profundamente não acordou a princípio. - PAPAI! – ele grita no ouvido do pai. O rapaz acordou assustado, limpando a baba do canto da boca.

Alfonso: Caramba, João! Quer me matar de susto?! – se senta desorientado. - Droga!

Miguel: E-eu..f-fiz dodói! - soluçando, mostra a mão para Alfonso. - O-olha, tem sangue saindo. – ainda chorava. - Dói papai!

Alfonso: Que?! O que foi isso? Onde se machucou?! – observa o filho, assustado, olhando a mão dele.

Miguel: O copo fez dodói. EU Q-QUERO A MAMÃE!

Alfonso: Calma filho, calma! O papai vai cuidar disso.

Miguel: Você não! Eu quero a mamãe! Você não sabe nada! - protesta. Era Dulce quem sempre cuidava do garoto quando este se machucava.

Alfonso: A mamãe não está! Quem vai cuidar disso é o papai, ok? – tentava manter a calma.

Miguel: NÃO! EU Q-QUERO A MAMÃE! VOCÊ NÃO SABE CUIDAR! - empurra o pai. - EU NÃO G-GOSTO DE VOCÊ! VOCÊ NÃO B-BRINCA! NÃO F-FAZ SUCO! SEU BOBÃO!

Alfonso: Ei! Ei mocinho! Eu sou seu pai por isso me respeite! Sua mãe não está! Quem está cuidando de você sou eu e ponto final! – fala sério, porém não bravo. O filho acabava de dar uma apunhalada em seu peito.

Miguel: S-sai! – olhava para o pai com raiva, volta para cozinha. Alfonso passou as mãos no rosto, “Por que aquilo estava acontecendo?”, sempre se dera tão bem com o filho, estavam sempre rindo, brincando.

Alfonso: Campeão! – ele caminha atrás do filho. - Vem cá! - Miguel estava sentado em um canto do chão, com a cabeça entre os joelhos. – Campeão?

Miguel: N-não sou Campeão. – resmunga.

Alfonso: É sim! – se aproxima, abaixando-se na frente do garoto. - É o Campeão do papai, sempre vai ser! – sorri de lado. - Vem meu amor, vamos cuidar do seu dodói.

Miguel: Mas você n-não sabe papai! – levanta o rosto, mais calmo.

Alfonso: Sei sim! Faço diferente da mamãe porque minha organização secreta não permite que eu revele o segredo!

Miguel: Qual segredo? – pergunta curioso, esquecendo um pouco do ferimento.

Alfonso: A poção mágica que o papai usa para curar dodóis!

Miguel: Do Harry Potter?

Alfonso: Não. – ele ri. - Não do Harry Potter. Do mago poderoso que luta contra a bruxa!

Miguel: Cadê?! – o encara, empolgado.

Alfonso: Vem com o papai! – ele ajuda o menino a se levantar e o leva até seu quarto, entrando rapidamente na suíte e voltando com uma caixa de primeiros socorros.

Miguel: Mas esse a mamãe também tem. – o observa.

Alfonso: É porque a mamãe também fazia parte da organização secreta do mago! Foi lá que eu a conheci. – sorri.

Miguel: Verdade? – sorri, fascinado. - Mas ela saiu?

Alfonso: Saiu. – sorri, cuidando do ferimento do filho.

Miguel: Por que a mamãe saiu? O mago expulsou ela?

Alfonso: Não, a mamãe decidiu sair.

Miguel: Ah! – entretido com a história, nem percebeu quando Alfonso limpou o ferimento e passou o remédio.

Alfonso: Escolhe sua medalha! – sorri mostrando um curativo normal, um azul, e um azul desenhado.

Miguel: Essa! – escolhe o normal.

Alfonso: Ótima escolha filho! Essa é a dos campeões! – sorri, colocando o curativo nele. - Como você fez o dodói filho?

Miguel: Eu queria suco, ai o copo caiu! – ele faz bico. - Ai eu fiz o dodói.

Alfonso: Por que não pediu pro papai fazer?

Miguel: Eu pedi papai. Mas você parecia o monstrão dormindo! - Alfonso se sente culpado, daquela vez tinha sido apenas um corte, mas se fosse algo mais grave não sabia se conseguiria se perdoar.

Alfonso: Eu vou fazer seu suco, e depois... – sorri tirando o filho da cama e colocando-o no chão. - Quem quer brincar de pirata?!

Miguel: Eu! – sorri.

Alfonso estava quebrado, brincou com Miguel durante todo o dia, eram oito da noite quando finalmente o garotinho adormeceu.

Alfonso: Sonhe com os anjos campeão! – beija a testa dele, cobrindo-o, apaga a luz e vai para sala, olhava no relógio ansioso, estava a espera de alguém. - O atraso viu! – bufa quando a campainha toca. - Finalmente! – abre rapidamente a porta.

Any: Desculpe o atraso Ponchito! – sorri entrando . – Ucker e eu levamos as meninas para cortarem o cabelo, ai já viu o inferno né? – ela adentra o apartamento.

Alfonso: Tudo bem! – sorri de lado.

Any: Sobre o que quer conversar?

Alfonso: Sobre a Dulce. – fecha a porta.

Any: Ah! Sobre a Dulce! – revira os olhos. - Já imaginava. – ela o segue até a sala. – Então, diga! – se senta.

Alfonso: Any você precisa me ajudar! –senda de frente para ela, agarrando com desespero as mãos da amiga.

Any: Ajudar com o que? – o encara, assustada.

Alfonso: Com a Dulce! Por favor? – a olha suplicante.

Any: Tem como dizer não quando você faz essa carinha? – ela ri. - O que quer que eu faça? Poncho, sabe que sempre torci pela união de vocês. Eu vivo falando isso pra Dulce, mas...

Alfonso: Agora vai dar certo!

Any: Tem mais uma coisa que precisa saber!

Alfonso: O que?

Any: Uma noticia boa outra ruim. – o encara. - Qual eu conto primeiro?

Alfonso: Ah ruim! Claro!

Any: Hoje cedo a Dulce foi lá em casa!

Alfonso: Aconteceu alguma coisa com ela?

Any: Aconteceu! – ela suspira. - Ela contou pra Mai e pra mim que...

Alfonso: Que me odeia? Já sei disso. – suspira.

Any: Não. Que ela passou essa última noite com o Rodrigo.

Alfonso: Não acredito! – ele a encara. - Eu disse a ela que... Ah! – se levanta exasperado. - Como esse cara ousa tocar em um fio de cabelo dela?! O que mais ela disse? Gostou?! – encara a amiga.

Any: Ah Poncho! –r evira os olhos. - Não gosto de comentar os detalhes sórdidos! Dulce me mataria se soubesse que te contei.

Alfonso: Any! De que lado você está?!

Any: Do seu mas...

Alfonso: Então!

Any: Ok. – ela o encara. - Mas bico calado hein! E nem pense em tirar satisfações com a Dul, porque ela é bem grandinha e deve saber o que faz!

Alfonso: Ok. – ele volta a se sentar.

Any: Ela disse que foi legal, que foi bom.

Alfonso: Eu odeio esse velho desgraçado! – resmunga.

Any: Confesso que também não gosto muito dele, muito cavalheiro pro meu gosto.

Alfonso: E o que pode ter de bom nisso tudo?!

Any: O lado bom é que eu, muito esperta, é claro, perguntei se foi melhor do que era com você! – ela ri.

Alfonso: E o que ela disse?!

Any: Primeiro diga: Any você é demais! – ela ri.

Alfonso: Any você é demais! – revira os olhos.

Any: Ótimo! – ela ri. - Ela disse que...

Alfonso: Pare de fazer mistério, caramba!

Any: Ela disse que com quem se ama é sempre melhor.

Alfonso: Ela disse?

Any: Disse! – sorri piscando pra ele. Alfonso sorriu, colocou os braços atrás da cabeça encostando-se no sofá. - E parece que você gostou.

Alfonso: Muito.

Any: Ok, agora fale como quer que eu te ajude?

Alfonso: Está disposta a tudo?

Any: Tudo para que a Dulce volte pra você, apesar da sua burrice.

Alfonso: Burrice?

Any: Lembre-se que foi você quem pediu o...

Alfonso: Divórcio! – ele a interrompe. - Não precisa me lembrar...

Any: Só pra te irritar. – sorri.

Alfonso: Estou pensando em viajar com o Miguel!

Any: Viajar? Quando?

Alfonso: Amanhã...

Any: Bate e volta?

Alfonso: Não, estou pensando em ficar uns três dias na praia!

Any: Mas segunda ele tem aula Poncho!

Alfonso: Eu sei, mas serão só dois dias.

Any: Já pediu a permissão da Dulce?

Alfonso: Não preciso!

Any: Claro que precisa!

Alfonso: É ai que você entra!

Any: Não estou entendendo nada!

Alfonso: Vou explicar tudo direitinho! – sorri, começando a contar todo o plano para Anahí, ouvia atentamente.

Any: Não acho isso legal! E se ela concordar?

Alfonso: É claro que a Dulce não vai concordar! Ainda mais sem avisá-la! Ai você faz o que te falei. – sorri.

Any: Não quero meu nome envolvido nessa história, hein? Fico off ok?

Alfonso: Fechado.

Any: E as roupas dele?

Alfonso: Tem algumas aqui em casa.

Any: Tudo bem! – concorda relutante. – Poncho, só não faça nenhuma besteira! Por tudo que é mais sagrado!

Alfonso: Relaxa loira. –sorri. - Só quero um momento com, minha família.

Any: Certo. – se levanta. -Eu já vou indo.

Alfonso: Não quer jantar comigo?

Any: Eu já jantei. – sorri abraçando-o e lhe dando um beijo de despedida. - Amanhã eu te ligo pra saber se está tudo ok.

Alfonso: Tudo bem. – a acompanha até a porta. - Boa noite Any! Manda um abraço pro Ucker!

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