Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

O dia amanheceu ensolarado, o céu estava limpo, Alfonso acordou com o barulho do mar, estava deitado de costas prestes a se espreguiçar, mas algo o impediu, seu corpo estava preso por um braço que o envolvia pelo abdome, segurando-o seguravam com firmeza, o rapaz sorriu, e ao olhar para trás confirmou seus pensamentos, era Dulce que lhe abraçava com o rosto apoiado em suas costas. Devagar Alfonso levantou-se, caminhando até a parede de vidro que ficava de frente para sua cama e abriu a cortina, lá fora pode ver a areia da praia branquinha sendo beliscada pelas ondas do mar azul.

Alfonso: Belo dia! – ele boceja, passando as mãos no rosto, caminhou até o banheiro onde lavou o rosto e escovou os dentes, depois voltou para cama, sentando-se ao lado de Dulce que parecia dormir tranquilamente.

Alfonso: Bom dia! – ele se inclina dando um beijo no rosto de Dulce, que se mexeu um pouco logo em seguida abriu os olhos se deparando com um par de olhos verdes próximos à ela. - Bom dia.

Dulce: Bom dia.

Alfonso: Dormiu bem?

Dulce: Sim! – ela se espreguiça. -Tive bons sonhos.

Alfonso: Que bom! – ele sorri, levantando-se.

Dulce: Vou dar uma olhada no Miguel! – se levantou e sem perceber deu um selinho em Alfonso, gesto costumeiro quando eram casados, e saiu.

Alfonso: Eu preparo o café. – ele diz conforme ela caminha para fora do quarto e assim que ela sai, ele se levanta agradecendo aos céus, seu plano de reconquistar a ex mulher parecia funcionar.

No quarto de Miguel...

O garoto ainda dormia, eram nove e meia da manhã, Dulce andava pelo corredor em busca do quarto, fazia muito tempo que não colocava os pés naquela casa, a decoração era bem diferente do que se lembrava. Ao ver dois bonecos de plástico jogados em frente a uma porta entreaberta, não muito longe da suíte de Alfonso, logo deduziu que só poderia ser ali que seu menino dormia, Miguel estava deitado em sua cama, abraçado a um urso branco de pelúcia. Dulce sorriu ao vê-lo e se aproximou.

Dulce: Meu príncipe está crescendo! – sorria.  Apesar das cortinas o lugar estava iluminado pelos raios de sol. Dulce se sentou na beira da cama, acariciando o rosto do pequeno. - Meu amorzinho! - Miguel bocejou, mexendo-se ao sentir o toque e o perfume da mãe e abriu os olhos.

Miguel: M-mamãe? – a olha, com os olhos sonolentos.

Dulce: Bom dia meu amor! – ela sorri.

Miguel: MAMÃE! – ele ri, se levantando e abraçando-a. - Quero chupeta.

Dulce: Nada feito! – ela ri abraçando-o. - Esqueceu que mandamos a chupeta para o bebezinho?

Miguel: Eu sou bebezinho! – ele faz bico.

Dulce: Não, você já é um menino crescido que não precisa de chupetas.

Miguel: Eu sou grande! – ele concorda, pensativo.

Dulce: Está com fome meu amor? – apertava o filho, acariciando-o.

Miguel: Sim. – ele ri, soltando-se da mãe. - Cadê o papai? Ele disse que ia brincar na praia hoje de novo. Você também vai mamãe?

Dulce: Vou meu querido, vou. E o papai está lá embaixo só esperando você tomar seu café da manhã.

Miguel: Sucrilhos do tigre? – sorri alegremente.

Dulce: É sim. – sorri, dando um beijo demorado no filho. - Agora vamos que a mamãe vai lavar seu rostinho.

Miguel: Não, eu sou grande! Eu lavo. – ele pula da cama correndo até o banheiro.

Ansioso o garoto lavou o rosto rapidamente, molhando toda a parte de cima do pijama, depois correu para o quarto e puxando a mãe pelas mãos, desceu até a cozinha onde Alfonso arrumava a mesa para três, havia pão, leite, suco, frutas, torradas, geleia e queijo.

Miguel: Papai! – ele entra sorridente e pulando nas pernas de Poncho. - Olha! A mamãe chegou!

Alfonso: Eu sei campeão. – sorri, pegando-o no colo. - Dispensei os empregados, então coloquei o café aqui na cozinha mesmo. Espero que não se importe! – com uma das mãos ele puxa uma cadeira para Dulce.

Dulce: Não se preocupe comigo! – ela se senta.

Miguel: Cadê o cereal do tigre, papai?

Alfonso: Acabou, filhão! Não tem.

Miguel: Não? Você comeu tudo, gulosão? – ele olha feio para o pai.

Alfonso: Comi! – ele ri, colocando o filho no chão. – Desculpe.

Miguel: Não tem problema papai, eu deixo você comer, mas a mamãe vai te colocar te castigo porque você não vai querer comida depois. Né mamãe? – ele se vira para a mãe.

Alfonso: Certo! – ele caminha até um armário e retira a caixa de cereal mostrando para o filho.- Te peguei campeão. Aqui estão seus cereais. – ele sorri.

Miguel: TIGRE. – ele sorri, correndo até o pai e pegando a caixa.

Alfonso: Vou pegar sua tigelinha. – sorri bagunçando os cabelos do filho. - E você? – se vira para Dulce. - Não vai comer nada?

Dulce: Vou sim, obrigada! – diz, cordialmente.

Alfonso: Eu estava aqui pensando. – ele entrega a tigela ao filho e se senta próximo a ele, de frente para Dulce.

Dulce: Em? – ela apanha a jarra de suco servindo-se.

Alfonso: Não é justo prende-la aqui! Se quiser pode ir. - ele as chaves da porta em cima da mesa. - Miguel está perdendo aula e, bom, Faça o que quiser! – ele ajuda o filho a colocar os cereais.

Miguel: Papai você faz castelinho pra mim?! -interrompe contente a conversa dos pais. - Daqueles bem gingantes?

Alfonso: Faço. – sorri para o filho. - Coloco até crocodilos no calabouço!

Miguel: “Trolocodilos” não! Eu quero pinguins.

Alfonso: Ok, pinguins! – ele sorri, revirando os olhos.

Miguel: Você me leva no fundão da praia? – falava com a boca cheia de cereais.

Dulce: Miguel, o que a mamãe te ensinou?

Miguel: Desculpa mamãe! – ele engole.

Alfonso: Levo filho, levo! - concorda com as ideias do garoto mesmo sabendo que em algumas horas ele estaria longe dali. – Dul, se quiser ligar para o aeroporto meu celular es...

Dulce: Não será preciso. – ela dá um gole no suco.

Alfonso: Mas está sem carro, e a viagem é longa. Miguel vai se irritar e...

Dulce: Vou ficar.

Alfonso: Ah, certo! Quer que eu chame um táxi para levar você ao hotel?

Dulce: Vou ficar aqui. – ela o encara.

Alfonso: Se quiser o meu carro eu... – ele faz uma pausa. - O que disse?

Dulce: Vou ficar aqui, com vocês. Se você não se importar claro! – ela apanha uma torrada, mordendo-a.

Alfonso: Aqui? – ele sorri.

Dulce: Aqui! – ela o encara, sorrindo.

Alfonso: Será um prazer hospedá-la aqui!

Dulce: Ótimo, então não se fala mais nisso! – volta a beber seu suco. Se preocupava com os três dias de aula que Miguel perderia, mas achou mais importante o filho se divertir na companhia dos pais, juntos, não queria estragar a alegria do menino e nem a sua já que precisava descansar um pouco, ficar longe de casa, e nada como aquele belo lugar. Sorriu sozinha, sentindo-se contente, também queria ver como Alfonso se saia como pai, nunca passava muito tempo junto com os dois. Só estava fazendo o que seu coração desejava no momento, será que era errado?!

Miguel: Papai! Junto com a mamãe eu posso andar de barco? Deixa? Eu nunca fui...

Alfonso: Nós vamos, todos nós, mas amanhã, está bem?

Miguel: Tá bem! – ele fuçava na caixa de cereais em busca do brinquedo.

Dulce: Eu vou desfazer a mala dele e arrumar as coisas para passearmos, com licença! – ela se levanta.

Miguel: Papai olha o aviãozinho! – ele leva uma colher com cereal até a boca do pai. - Tá gostoso? – ele sorri.

Alfonso: Está uma delícia! – sorri mastigando com os olhos por onde Dulce havia saído. – Filho, fique aqui e coma direitinho ok? O papai já volta!

Miguel: Tá bom!

No quarto do garoto, Dulce vasculhava as roupas que Alfonso havia trazido para o filho, estava de costas para porta e não viu quando Alfonso entrou.

Alfonso: Dul?

Dulce: AH! – ela se vira assustada. - Caramba me assustou! – coloca uma mão na testa.

Alfonso: Desculpe! – ele ri dela.

Dulce: Tudo bem. – sorri, voltando a atenção para a mala.

Alfonso: Eu queria te agradecer.

Dulce: Por?

Alfonso: Por não levar o Miguel! Desculpe-me por não ter te avisado.

Dulce: Eu não sou boba, Alfonso. Já entendi e você já me disse que era tudo um plano. – tirava umas mudas de roupa da mala.

Alfonso: Sim mas, eu já disse que se quiser ir...

Dulce: Está me expulsando? – se vira para ele, com um par de meias infantis nas mãos.

Alfonso: Claro que não! Quero muito que você fique! Só não quero que você pense que estou te pressionando.

Dulce: Não está. – o encara. - Eu QUERO ficar.

Alfonso: Certo. – ele não consegue evitar e sorri. - Eu vou ficar um pouquinho com o Miguel na praia, você vem?

Dulce: Sim.

Alfonso: Isso é um sonho! – sorri observando-a.

Dulce: O que?

Alfonso: Estarmos reunidos como uma família! – se aproxima dela.

Dulce: Ah! – ela continuava a mexer na mala do filho.

Alfonso: O que foi?

Dulce: Não é nada.

Alfonso: Eu te conheço.

Dulce: Só um sonho que tive. – ela suspira.

Alfonso: Quer me contar? – chega próximo a ela, virando o rosto da ex para si.

Dulce: Não. – ela o encara.

Alfonso: Tudo bem! Mas caso mude de ideia...- ele a encarava. Dulce se calou, o simples contato das mãos de Alfonso fazia seu coração disparar. Ele sabia que provocava esse efeito e sorriu, ela fechou os olhos esperando que ele a beijasse, Alfonso fez o mesmo, os rostos dos dois foram se aproximando lentamente até que seu lábios se encontrassem. Dulce abriu a boca e Alfonso sentiu o hálito doce dela bater contra seu rosto, carinhoso a abraçou pela cintura, enquanto roçava seus lábios no rosto da ex. Logo iniciaram um beijo quente e suave, suas línguas se moviam rápido buscando o gosto um do outro até que...

Miguel: PAPAI! – a voz de João Miguel ecoou pelo corredor seguida de um “DINDON”. – A CAMPAINHA TÁ TOCANDO!

Alfonso: Eu...- ele sorri dando vários selinhos nos lábios dela. - Vou ver quem é!

Dulce: Sim! – ela sorri se afastando dele. - E-eu... Eu vou tomar um banho e... – ela respira fundo. - Coloca a sunga no Miguel?

Alfonso: Sim! – ele sai.

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Comentários:

Maria Clara: Continuando com um cap grandinhooo, aquele cap do Chris, um dos meus favoritos de escrever ♥