Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dulce saiu correndo pela praia com o coração apertado, as lágrimas molhavam seu rosto embaçando a visão, aquilo não podia estar acontecendo! Não agora que estavam tão bem.

Dulce: Droga! – ela se senta na areia. - Sou tão idiota! - apanha um punhado de areia com as mãos e apertando. -Como eu fui cair em uma armadilha tão suja! Como?! E pensar que me entreguei de corpo e alma e...- ela começa a chorar, soluçando. Abaixou a cabeça entre os joelhos quando alguém tocou em seu ombro.

Alfonso: O que está fazendo aqui? Está chorando? – ele a observa.

Dulce: N-não!- responde ainda de cabeça baixa.

Alfonso: Está sim! O que aconteceu? O que você tem? – se ajoelha de frente para ela, levantando o rosto da mesma.

Dulce: Eu só quero ficar sozinha.

Alfonso: Dul, olha pra mim. – ele a encara. - Eu preciso que me conte o que tem para ajudá-la.

Dulce: Não quero ajuda.

Alfonso: Dulce! – ele suspira. – Fale comigo!

Dulce: Por favor Alfonso, me deixe sozinha. – ela o encara.

Alfonso: Ok. – ele responde após alguns segundos. - Não vou discutir, mas não demore por favor, está começando a esfriar e você pode ficar doente. – ele retira o moletom que usava. - Fique com isso! – ele coloca sobre os ombros dela, dando um beijo demorado na cabeça da ex e se levantando. – Não demore ou venho te buscar, e te arrasto daqui!

...

Dulce: Chega, não vou mais chorar! – ela limpa as lágrimas, levantando-se. Realmente o tempo estava esfriando, o vento começa a soprar vindo do mar, levantando nuvens de areia. - Não vou chorar. Nem gritar! – se levanta. - Dessa vez não terá esse gostinho, Alfonso! – ela caminha de volta para casa. Quando entrou no quarto, Alfonso estava tomando o remédio.

Alfonso: Está melhor? – a encara, ajeitando a cama. - Olha eu peguei esse travesseiro de pena que você adora!

Dulce: Eu vou dormir no quarto de hóspedes.

Alfonso: O que? – a encara. - Por que?

Dulce: Porque eu quero dormir sozinha. – responde, grossa.

Alfonso: O que deu em você? Fiz alguma coisa?

Dulce: Não! – ela mente. - Você não fez nada. Eu fiz. – o encara com lágrimas nos olhos. - Quero ficar sozinha...

Alfonso: Já te deixei sozinha lá na praia! Agora você vai me contar o que está acontecendo! – se aproxima dela.

Dulce: Alfonso, por favor! – ela coloca as mãos na cabeça. - Vou tomar uma aspirina. – ela se retira. Alfonso não foi atrás, preferiu não incomodar Dulce, não queria estragar a nova relação pacifica que a muito custo tinha conseguido construir com ela mas, mesmo com remédios em seu organismo, não conseguiu pegar no sono cedo, ficara pensando no que poderia ter acontecido com Dulce, e sabia que tinha algo a ver com o telefonema, olhou o celular em busca de respostas mas a última ligação que recebera, estava com número privado.

No dia seguinte quando acordou, desceu até a cozinha, mas parou no meio do caminho, ao ver malas prontas paradas na porta.

Alfonso: Mas o que...

Dulce: Já fez as suas?

Alfonso: Ainda não, pensei que iríamos mais tarde.

Dulce: Se não fizer as suas agora eu vou sozinha com o Miguel!

Alfonso: Não, não eu, vou arrumar minhas coisas! – a encarou tentando achar alguma resposta no olhar duro de Dulce. Cauteloso se aproximou com carinho. - Dormiu bem? – tenta beijá-la, Dulce virou o rosto permitindo que Alfonso toca-se poucos segundos em seus lábios.

Dulce: Vou colocar essas malas no carro! – ela se afasta.

Alfonso: Dulce! – ele a observa apanhar uma das malas e sumir porta afora.

Algumas horas depois chegavam a Capital, estavam exaustos da viagem, Miguel dormia preso ao cinto no banco de trás, Dulce estava quieta, com cabeça apoiada no vidro embaço por seu hálito quente, olhava para o vazio e esfregava os braços para se aquecer do frio que fazia na cidade. Alfonso dirigia atento, tentando achar, sem sucesso, puxar assunto e descobrir o que estava acontecendo com Dulce.

Alfonso: Quer que eu ligue o aquecedor?

Dulce: Seria bom. - Alfonso ajustou o aquecedor e parou em uma padaria de esquina. - Assim não chegaremos nunca! – diz, mal humorada. Sem responder ele saiu batendo a porta. – Cretino! – Miguel acordou bocejando.

Miguel: Mamãe tá calor. – murmura.

Dulce: É o aquecedor meu anjo, está frio lá fora. – se vira para o filho. - Está com fome?

Miguel: N-não! Minha barriguinha dói! – passa as pequenas mãos no abdômen. Dulce tirou o cinto e se esgueirou para o banco de trás.

Dulce: Onde dói?

Miguel: Aqui! – ele mostra. - Dói muito mamãe. - choraminga. Dulce colocou as mãos no rosto do filho.

Dulce: Está com febre! - preocupada, pegou o celular e discou o número de Alfonso.

Alfonso: Diga!

Dulce: Volte pro carro.

Alfonso: Agora não dá, estou entrando no banheiro.

Dulce: O Miguel não está bem. Volte pro carro, por favor? – desliga.

Alfonso: O que ele tem?! – aparece, entrando no carro dois minutos depois ajeitando as calças.

Dulce: Não sei, está com febre. Disse que a barriga dói.

Alfonso: Será que foi alguma coisa que comeu? – olhava para eles preocupado.

Dulce: Eu não sei. Ele já teve dores de barriga, mas nunca ficou assim! – acariciava o rosto do pequeno.

Alfonso: Ainda dói campeão?

Miguel: Dói! – diz com voz de choro.

Alfonso: Calma meu amor, o papai vai te levar ao médico. – ele coloca apressado o cinto e dá partida.

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