Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Uma garoa fina deu boas vindas à manhã seguinte. Alfonso estava no quarto com o filho que parecia um pouco agitado, o garoto não entendia o que acontecia e o pai tentava explicar.

Alfonso: Então eles vão tirar o dodói, entendeu? – acariciava uma das mãos do filho.

Miguel: Vai doer?

Alfonso: Nem um pouco. – força um sorriso. - Enquanto os médicos curam seu dodói você vai sonhar com os anjos.

Miguel: Por que?

Alfonso: Porque é assim que eles fazem.

Miguel: Cadê a mamãe?

Alfonso: Foi pra casa tomar um banho mais já volta.

Meia hora depois o anestesista entrava no quarto acompanhado por duas enfermeiras.

Anestesista: Bom dia Sr. Herrera! Bom dia João Miguel!

Alfonso: Bom dia.

Anestesista: Está na hora.

Alfonso: Mas já? Tudo estava marcado para daqui um hora e...

Anestesista: É um procedimento cirúrgico simples senhor. O Doutor Mendonça resolveu adiantar tudo.

Alfonso: Mas...

Anestesista: Logo estará bem para sair correndo por ai Miguel! – sorri, preparado a anestesia. 

Miguel: Papai! – ele aperta as mãos do pai de olho na agulha. - Ele vai me picar?

Alfonso: É só um beliscão, campeão. – ele acaricia as mãos do pequeno.

Miguel: Não...

Alfonso: Precisa ser na base da injeção? – olha para as enfermeiras.

Anestesista: É necessário.

Miguel: Eu quero minha mamãe. – segura o choro, fazendo bico.

Alfonso: Fique calmo filho, o papai está aqui.

Miguel: A mamãe não vai deixar ele picar; - começa a chorar.

Alfonso: Filho, só assim os médicos podem curar seu dodói.

Miguel: Então deixa o dodói aqui.

Alfonso: Miguel! – ele sorri, junto com as enfermeiras. – Olha... – ele se levanta do banquinho em que estava e se senta na cama ao lado do garoto. - Dá um abraço forte no papai, vai! - o menino pulou no colo do pai e distraído nem sentiu quando a anestesia foi aplicada e instantes depois, ele adormeceu. - Posso acompanhá-lo até o centro cirúrgico?

Enfermeira: Pode sim, coloque-o na maca por favor! – Alfonso assim o fez.

Dulce: Para onde estão o levando?! - corre até Alfonso que segurava a mão do filho com carinho.

Alfonso: Para o centro cirúrgico.

Dulce: O que aconteceu?! – ela deixa algumas mudas de roupa cair da bolsa que carregava.

Alfonso: Nada, só adiantaram a cirurgia.

Dulce: Eu pensei que... - Dulce se inclinou e beijou a testa do filho, colocando seus cabelos para o lado com ternura. - Vai dar tudo certo meu amor. – As enfermeiras se afastam com a maca, levando-o pelo corredor. Dulce cruza os braços assim que as portas do centro cirúrgico se fecharam e uma luz vermelha acendeu-se em cima delas. - Vai sim, não vai? – ela encara Alfonso, que desvia o olhar.

Alfonso: Vai. – ele se afasta, para evitar a vontade de abraça-la.

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