Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Quando Dulce saiu do banho, encontrou Any e as crianças sentadas no chão do quarto de Miguel, rodeadas de papéis coloridos, caixas e brinquedos.

Miguel: Olha esse madrinha! – diz com os olhos brilhando. - Que grandão!

Any: Abra esse.

Miguel: Esse quem deu?

Any: Seu padrinho e as meninas e eu! – sorri, entregando um envelope ao menino, que abre ansioso.

Miguel: Que isso? É uma carta? - encara o papel de cara feia.

Any: Não fofo! São passagens de avião.

Miguel: Pra quê?

Any: As férias estão chegando não estão?

Miguel: Estão! - Dulce continuava observando.

Any: Então... Quem quer ver o Mickey?! – ela grita.

Liz e Marce e Miguel: EEEEEEEEU!

Any: Então. – ela sorri. - Essa passagem é para irmos ver o Mickey nas férias lá na casa dele.

Miguel: Na casa dele?! Aquela da TV com parquinho gigante?!

Any: Isso mesmo! Aquela com castelos gigantes!

Miguel: EBA! YEAAH! – começa a pular. - Posso ver o Pateta e o Peter Pan também?!

Any: Pode ver todos que quiser! Gostou?

Miguel: GOSTEI!

Dulce: Como se diz Miguel?

Miguel: Obrigado madrinha!  - corre até ela abraçando-a.

Any: Pronta Dul? Nem te vimos ai.

Dulce: Disney, Any?

Any: Não é o máximo! Ucker e eu estávamos combinando de levar as meninas! A Mai também vai com a Mari!

Dulce: Obrigada. – ela sorri. - O Miguel vive pedindo isso, mas sempre surgem imprevistos.

Any: É claro que você também vai né?

Dulce: Não sei, ainda mais agora que...

Any: Dul! Faltam poucas semanas para nós e as crianças entrarmos de férias! Até lá sua barr...

Dulce: Já entendi! – interrompe antes que a amiga fale demais na frente das crianças. - Não sei, vou pensar!

Miguel: Vamos mamãe! O Mickey vai estar lá! A senhora gosta do Mickey não gosta?!

Dulce: Gosto filho, gosto. A mamãe vai pensar ok?

Miguel: Ah não! Você sempre diz que vai pensar! Vamos mamãe! Tem os brinquedos gingantes e os desenhos e os piratas do Capitão Gancho! E...

Dulce: Ok nós vamos!- ela sorri, se esquecendo dos problemas diante da empolgação do filho.

Miguel: Eeee eu te amo mamãe! – corre até ela, abraçando-a. - Mamãe eu quero ir na piscina!

Liz: Tchibum! – ela ri.

Dulce: Piscina agora, filho?

Miguel: É!

Dulce: Depois do almoço você vai.

Miguel: Ah não, depois você fica falando que faz mal.

Any: Por que você não vai lá pra casa com a madrinha? Comemos batata frita e depois nadamos todos na piscina?

Miguel: É! Vamos! Deixa mamãe?

Any: Dul, essa é uma ótima oportunidade para, você sabe!

Dulce: Sei o que? Não íamos ao shopping?

Any: Esqueça o shopping! Ele não vai sair de lá mesmo. Ligue para o Poncho, marque um encontro e conte tudo!

Miguel: Contar o que pro papai?

Any: Nada fofo, nada.

Dulce: Mas já?

Any: Quanto antes melhor.

Dulce: Mas eu, eu queria que... – ela coça a cabeça. - Esperar e...

Any: Acha que vai conseguir esconder uma coisa dessas? Acorda Dulce. Eu levo o Miguel, você chama o Poncho e o resto, bom é contigo.

Dulce: Ok. Não queria fazer isso sozinha, estou nervosa! – ela leva uma das mãos até a boca com a intenção de roer as unhas, Any dá um tapa na mão da amiga.

Any: Não seja boba e nem tente roer as unhas na minha frente. Vai pegar sua sunga João.

Miguel: Pode mamãe?

Dulce: Pode filho, vai. – diz, distraída.

Any: Ótimo. Meninas, deem tchau para titia.
Liz e Marce: Tchau titia! –a s duas abraçam Dulce pela cintura.

Dulce: Tchau queridas. – sorri, se abaixando e beijando-as.

Uma hora depois Dulce andava de um lado para outro da sala de estar, olhando de esguelha para o telefone, não se sentia preparada para dar uma noticia tão importante naquele momento, ainda mais para Alfonso. E se ele não acreditasse nela? Se achasse que aquele filho era de Rodrigo ou de qualquer outro que não fosse ele? Ou poderia ser ainda pior, e se ele não quisesse aquele bebê? Se pedisse que ela tirasse a criança? Não. Alfonso podia ser qualquer coisa, menos um assassino sangue-frio, ele não seria capaz. Não seria. Dulce agarrou o telefone e discou o número rapidamente, esperou um, dois, três toques, estava quase desistindo quando ouviu aquela voz grave o rouca do outro lado da linha.

Alfonso: Alo? – respondeu, sonolento.

Dulce: Oi!

Alfonso: Dulce? – reconhece a voz da ex, estranhando ela ter ligado.

Dulce: Sim!

Alfonso: Tudo bem?  - pergunta depois de um breve momento de silêncio. – Miguel está bem?

Dulce: Precisamos conversar.

Alfonso: Eu ia dizer a mesma coisa.

Dulce: É importante.

Alfonso: O eu tenho a dizer também é.

Dulce: Ótimo, podemos nos ver agora à tarde?

Alfonso: Hoje? – ela o ouve bocejar.

Dulce: Não amanhã! – diz, irônica.

Alfonso: Amanhã está bem.

Dulce: Claro que é hoje!

Alfonso: Ok, hoje então. Onde?

Dulce: Pode vir aqui em casa mesmo?

Alfonso: Posso, nos vemos em meia hora?

Dulce: Meia hora, estarei esperando. – ela desliga.

Vinte minutos depois a campainha tocou, Dulce que almoçava correu para atender.

Dulce: Deixa comigo Rosa! – ale ajeita a roupa, abriu a porta antes que o “ ding dong” soasse mais uma vez. Lá estava ele, de jeans escuro, óculos de sol e uma camiseta amarela, o coração de Dulce disparou. – Oi!

Alfonso: Oi. – se aproxima beijando o rosto dela espontaneamente. - Posso entrar?

Dulce: Entre! – ela dá passagem.

Alfonso: Demorei?

Dulce: Não, eu estava almoçando e...

Alfonso: Ah então termine de almoçar, não quero te atrapalhar.

Dulce: Já almoçou?

Alfonso: Na verdade não. – sorri de lado.

Dulce: Então almoce comigo...

Alfonso: Tem certeza que não vou atrapalhar?

Dulce: Tenho! E não me trate como se eu fosse alguém que acabou de conhecer! – o encara.

Alfonso: Desculpe...! – sorri. - Ok! O que tem de bom aí?! - esfrega a palma das mãos e a segue até a cozinha.

Dulce: Rosa, coloque mais um prato na mesa, por favor?

Rosa: Sim senhora.

Dulce: Pode ir embora depois se quiser.

Rosa: Obrigada senhora!

...

Alfonso: Estava uma delicia Dul! – ele termina a última garfada.

Dulce: Quer mais suco?

Alfonso: Não obrigado!

Dulce: Certeza?

Alfonso: Absoluta.- encara Dulce, estranhando-a.

Dulce: Hum ok. – ela deixa a jarra sobre a mesa. - O que tem para me dizer?

Alfonso: Você primeiro, disse que era importante.

Dulce: Você também disse isso. Primeiro você.

Alfonso: Como estou na sua casa vou seguir suas regras! – ele sorri. -  Eu queria falar com você porque eu acho que...

Dulce: O que? – o encarava atentamente.

Alfonso: Bom essa noite eu estive pensando nos últimos acontecimentos e cheguei a uma conclusão...

Dulce: Que conclusão? – tamborilava os dedos na mesa para esconder o nervosismo.

Alfonso: Não somos mais crianças, você não acha?

Dulce: Claro, prossiga!

Alfonso: Pois bem, queria tentar ficar em paz com você.

Dulce: O que quer dizer com isso?

Alfonso: Que já que nossa história acabou. Deveríamos pelo menos tentar ser amigos, já conseguimos uma vez, não acha? Não só porque temos um filho e isso muda tudo. Mas bom, não quero brigar, ou te evitar ou sei lá, não ter uma relação no mínimo cordial com você. Acho que se não demos certo como casal, deveríamos ser amigo, o que acha?

Dulce: O que, o que eu acho?

Alfonso: Sim! Não concorda comigo? – a observava.

Dulce: Bem, eu...

Alfonso: Você sabe que vou me casar, não quero que tenhamos que agir sem naturalidade quando nos encontrarmos, porque isso sempre vai acontecer, estamos ligados para o resto da vida e você sabe, filhos mudam toda trajetória.

Dulce: Sim!

Alfonso: Então o que acha da minha proposta? Aceita?

Dulce: Aceitar?

Alfonso: Sim, e como prova de que quero ser seu amigo, e quero que as coisas deem certo para nós dois, te convido para o meu casamento.

Dulce: Que? – o encara.

Alfonso: Só se você quiser ir. Vou deixar o convite em aberto. Se você for me avise, ok? – a observa por longos segundos esperando-a dizer algo. - O que tinha de tão importante para me dizer?

Dulce se levantou pálida, sentia a garganta apertada, o ar parando no meio do caminho, ir ao casamento? Então ele ia mesmo se casar? Por um momento acreditou que Alfonso quisesse voltar para ela, e que isso era o que tinha de tão sério para falar, então ela contaria sobre o bebê e tudo voltaria a ser como antes, mas não ele apenas queria sua amizade? E pior a presença dela no casamento com outra?! Não podia acreditar. E agora o que faria? Não poderia contar sobre aquele bebê. Estava tão esperançosa, já se imaginava acordando todos os dias ao lado daquele homem novamente. Tomariam café juntos, compartilhariam dos momentos da vida de Miguel e da criança que estava por vir. De repente sua visão escureceu e ela cambaleou para os lados apoiando-se em uma cadeira, zonza, duas mãos grandes e fortes a agarraram pela cintura, fazendo-a voltar a dura realidade.

Alfonso: Dulce? – ele segura o rosto dela com uma das mãos. - Tudo bem? – a observa preocupado. - Está se sentindo mal? - Os olhos de Dulce encheram-se de lágrimas e ela não conseguiu controlar a vontade de chorar, seu peito estava cada vez mais apertado, o coração sufocando, então a primeira gota escapou, molhando seu rosto, seguido por outra e outra, até que afundou a cabeça no peito de Alfonso e o abraçou com força, este por sua vez sem saber o que acontecia retribuiu, envolvendo-a com seus braços carinhosamente e lhe acariciando as costas com as pontas dos dedos.

Alfonso: Dul! – fazia cafuné na cabeça dela . - O que aconteceu? O que deu em você? Está se sentindo mal? Quer que eu a leve no médico?

Dulce: N-não! – ela soluça.

Alfonso: Dulce ninguém chora assim do nada. – segura o rosto dela, forçando-a a encará-lo.

Dulce: Eu choro. – ela se afasta dele.

Alfonso: O que tinha de tão importante para me dizer? – continua a observá-la. É por isso que está chorando?

Dulce: Nada, esquece.

Alfonso: Mas você disse que era importante.

Dulce: Eu menti. – ela desvia o olhar.

Alfonso: Ok Dulce. Se não quer me dizer não vou forçar a barra. – continua encarando-a. - Mas agora eu tenho que ir, tenho alguns assuntos de trabalho para resolver. Se mudar de ideia e resolver me contar o que você têm me avise. E pense no que eu disse sobre sermos amigos. – se aproxima beijando a testa dela. - Cuide-se!

Dulce: NÃO SE CASE! – ela grita diz sem pensar. Alfonso parou apoiando as mãos no batente da porta ainda de costas.

Alfonso: Desculpe, o que disse? – ele pergunta, sem se virar.

Dulce: Não se case! – repetiu coma voz embargada. Alfonso suspirou sem acreditar que aquelas palavras saiam da boca de Dulce.

Alfonso: O que deu em você?! – se vira para ela. - Ouvi direito o que disse ou estou ficando louco?

Dulce: Poncho, não se case!- ela se aproxima.

Alfonso: Não me casar? P-por que isso agora? – a encarava confuso. - Não estou entendendo Dulce.

Dulce: Droga! – ela coloca as mãos no rosto.

Alfonso: Era isso o que tinha de tão importante para me dizer? Pedir que eu não me case Não te entendo Dulce, realmente não te entendo. – falava rápido atropelando as palavras.  - Por que você sempre complica tudo?! Por quê?!

Dulce: Porque eu te amo Alfonso Herrera! E eu preciso de você. - as lágrimas novamente lhe enchiam os olhos. - Ainda mais agora que, por que eu estou...

Alfonso: Está o quê? Doente?  - a interrompe tentando adivinhar o porquê daquele pedido tão explicito.

Dulce: Estou grávida. – o encara com os olhos inundados. 

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Dafiniaskim postando um bem grande por não ter postado nenhum ontem, prepar ao heart pro próximo kkkkk 

dulce_herrera o que será que ele vai fazer agora hein?! ferrou! kkkkkkkkk