Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Rodrigo apagou a luz e deixou o quarto pensativo, gostava de Dulce e odiava vê-la sofrer. Confiante que seu pedido de matrimonio seria aceito entrou no elevador e assim que chegou ao hall do prédio encontrou Alfonso correndo em sua direção, apressado e distraído.

Rodrigo: Olha por onde anda, moleque. – diz irritado quando Alfonso esbarra em seu ombro.

Alfonso: Ah, você! – ele se vira encarando-o. - O que faz aqui?!

Rodrigo: Eu é quem pergunto. O que você faz aqui?

Alfonso: Apesar de respeitar os mais velhos, não lhe devo satisfações.

Rodrigo: Típico! – ele sorri.

Alfonso: Agora com licença.

Rodrigo: Espere, o que quer com a Dulce? – impede a passagem dele.

Alfonso: Não te interessa, velhote! Agora saia do meu caminho! – ele tenta passar.

Rodrigo: Não vou deixar você perturba-la. Ela está dormindo agora.

Alfonso: Olha aqui, preciso falar com ela ok?  - se aproxima perigosamente do homem. - E se você não sair do meu caminho agora, vou ser obrigado a te dar um belo soco!

Rodrigo: Já disse que você não vai perturba-la. – ele dá um passo para frente, ficando cara a cara com Alfonso.

Alfonso: E quem disse que vou perturba-la?! Cai fora!

Rodrigo: É só o que você sabe fazer a Dulce.

Alfonso: O que você sabe sobre mim para chegar a essa dedução ridícula? A Dulce me ama, é disso que tem inveja? – o encara nervoso.

Rodrigo: Eu sei que você é um idiota, mimado, presunçoso, e principalmente egoísta. Agora vá embora e a deixe em paz, ou não bastou achar que o que você soube fazer mas não sabe assumir é uma mentira?

Alfonso: Agora a Dulce também conta suas intimidades para qualquer um? – sorri nervoso.

Rodrigo: Você só sabe faze-la sofrer! Não enxerga isso?! Só a magoa! Não merece o amor dela.

Alfonso: E você merece? Com todos os meus defeitos a Dulce ainda me ama, e você? Rico, elegante, educado. – ele sorri. - Mesmo assim o que ela sente por você? Pena? Carinho? Isso não basta.

Rodrigo: Só amor também não basta se não houver respeito. E acho que magoar não é respeitar.

Alfonso: Olha! – ele sorri encarando-o. - Acho que já perdi tempo demais ouvindo suas baboseiras, saia agora mesmo do meu caminho!

Rodrigo: Esquece rapaz, lá você não vai.

Alfonso: Quem é você para tentar me impedir?! – quase grita, furioso.

Rodrigo: O futuro marido da Dulce! – ele diz, no mesmo tom.

Alfonso: O que?! Ficou louco ou caducou de vez?! – ele sorri. - A Dulce jamais se casaria com você! Eu duvido muito. Está dizendo isso porque tem medo que nós dois voltemos a viver juntos.

Rodrigo: Ilusão sua garoto. Nós vamos nos casar, a Dulce vai ser minha esposa e garanto que mais feliz do que quando vivia com você.

Alfonso: Isso é coisa da sua cabeça idosa!

Rodrigo: Eu pedi e ela aceitou. – ele o encara. - E tem mais, o filho que ela espera vai ser meu. Terá meu sobrenome e será tratado como um legitimo Reyes. – o encara. - Então Alfonso, trate de esquece-la e deixa-la em paz ou vai se ver comigo!

Alfonso não esperou duas vezes para acertar em cheio o rosto de Rodrigo com um belo soco de direita. Com o impacto, o empresário chocou-se contra a porta do elevador, mas logo revidou com um gancho de esquerda no nariz do adversário, que na hora começou a sangrar. Os dois homens começaram então um show de luta livre, esmurrando-se no chão frio, o lugar estava vazio e o barulho ecoava pelo amplo hall, foi o suficiente para que dois seguranças monstruosamente altos aparecessem para separa-los.

Segurança1: O que está acontecendo aqui?! – segurava Alfonso pelo cangote.

Segurança2: Esse prédio não é lugar para violência! - puxa Rodrigo pelo terno de alta costura.

Alfonso: SOLTE-ME! VOU MATAR ESSE FILHO DA MÃE! – gritava, com o sangue escorrendo no rosto.

Rodrigo: Pode tirar suas mãos de mim, por favor? – encarava o segurança. - Obrigado. -vendo que Rodrigo estava calmo o segurança o soltou. O homem então ajeitou o terno e com um ar de superioridade disse. - Tirem esse vândalo daqui.

Alfonso: Vândalo?! Vândalo é o seu pai que deve estar querendo morrer de novo por ter um filho tão ridículo como você!

Rodrigo: Esse moleque estava querendo confusão desde a hora que entrou.

Segurança2: Isso é verdade?

Alfonso: MENTIRA!  - ele se debatia contra o segurança. - VOCÊ QUER TIRAR MEU FILHO DE MIM! NÃO VOU PERMITIR QUE FAÇA ISSO!

Segurança: Já o vi aqui algumas vezes.

Alfonso: Meu filho, João Miguel mora aqui com a mãe. – ele diz ao segurança. - ESCUTA AQUI SEU VELHO! – volta sua atenção à Rodrigo.

Rodrigo: Morava! Logo viveremos bem longe daqui.

Alfonso: OUSE SUMIR COM A DULCE E MEUS FILHOS QUE EU TE MATO OUVIU BEM?! EU TE MATO!

Rodrigo: É o suficiente não acham? Tirem-no daqui! – ele abre a carteira e entrega umas notas de alto valor a cada um dos seguranças. - E a partir de hoje não permitam que esse marginal coloque os pés dentro desse condomínio.

Sem hesitar os dois seguranças arrastaram Alfonso até a portaria onde o jogaram para fora.

Segurança1: Se o virmos aqui chamaremos a policia entendeu?!

Segurança2: E que todos aqui da portaria saibam que a entrada desse homem está proibida!

Alfonso: Não podem fazer isso comigo! Aquele velho maníaco nem mora aqui!

Segurança1: Acho melhor o senhor de retirar.

Alfonso: BANDO DE CORRUPTOS! TODOS VOCÊS! ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! – ele caminha até o carro, nervoso, aquilo não podia estar acontecendo. - Bando de manés! – falava sozinho. Ao entrar no carro ele pega o celular no porta-luvas e disca o número do apartamento de Dulce. –Atende! Atende! Droga!- desliga após cair na caixa postal. - Idiotas! – ele dá um leve soco no volante. - Pelo menos aquele velho gagá levou uma boa surra! – ele sorri sozinho. – Ai. – se lembra de seu rosto machucado ao sentir um leve formigamento na região atingida por Rodrigo.

...

 
Porteiro: Não acham que devemos avisar à senhorita Saviñon sobre o ocorrido?

Segurança1: Não! Não devemos incomodar os moradores com esse tipo de coisa.
Porteiro: Tem razão!

Segurança2: Além do mais o espanhol é gente boa! – sorri, piscando para o colega de trabalho.

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