Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dulce acabava de chegar a sua casa, precisava de uma ducha urgente, sua cabeça fervia, eram tantas coisas para resolver, tanta burocracia, há dias corria feito louca atrás de toda papelada necessária para colocar seus futuros planos em prática, ainda bem que sua irmã Bianca a estava ajudando.

Dulce: Rosa?! – chamava pela empregada. - Rosa?!

Rosa: Sim senhora! – aparece na sala.

Dulce: Temos que conversar, sente-se. – indica o sofá.

Rosa: Sim senhora. – se senta apreensiva. - Sobre o que quer conversar? Fiz algo errado?

Dulce: Não, não. – ela sorri. - Só queria saber a resposta.

Rosa: Resposta?

Dulce: Sim. Sobre aquela proposta de emprego que lhe fiz, está lembrada? Pediu um tempo para pensar e bom, eu tentei te dar o máximo de tempo possível e ele acaba hoje. Preciso acabar de resolver tudo e...

Rosa: Ah sim! – ela sorri. – A resposta é sim, senhora, se não houver problemas de meu filho ir junto, é claro!

Dulce: Claro que não! Já lhe disse todas as vantagens. – ela sorri. - Está ocupada hoje à tarde?

Rosa: Só com a casa. O Miguel fez uma bagunça no quarto e a senhora sabe...

Dulce: Esquece isso, pode vir comigo essa tarde para acertarmos tudo?

Rosa: Sim senhora.

Dulce: Ok.  Não prepare nada para o almoço, almoçaremos fora. – a campainha toca. – Pode deixar que eu atendo Rosa.

Dulce ajeitou a roupa e foi até a porta, atendeu com o semblante sério.

Rodrigo: Bom dia!

Dulce: Bom dia. – ela abre passagem para ele. – Entre, o que faz aqui?

Rodrigo: Querida, desculpe mas cansei de esperar. Preciso de uma resposta.

Dulce: Hoje por acaso é o Dia das Resposta? – fecha a porta, revirando os olhos.

Rodrigo: O que? – ele a encara confuso.

Dulce: Esquece. Eu já te disse Rodrigo, minha resposta para sua pergunta é não.

Rodrigo: Mas Dulce, você quem disse ao Alfonso que o bebê poderia ser meu, e eu já disse que aceito esse bebê mesmo sabendo que ele é de Alfonso, assumo todas as responsabilidades e para todo mundo ele será meu filho vou te dar tudo o que quiser, vamos morar bem longe daqui. O que mais você quer? – a encara, exasperado.

Dulce: O que mais eu posso querer? Que tal um homem sincero para começar? – sorri irônica.

Rodrigo: O que quer dizer com isso?

Dulce: Eu fiquei sabendo sobre sua briga com o Alfonso aqui no condomínio.

Rodrigo: Ah. – ele desvia o olhar. - Aquilo foi uma besteira. Desculpe-me por ter agido tão mal.

Dulce: Rodrigo nós também já conversamos sobre isso.

Rodrigo: Eu sei querida, mas...

Dulce: Nada de “mas”. – o interrompe. - Não tem “mas”. Já tomei uma decisão e você já sabe qual é, isso não significa que eu não goste de você. Podemos ser amigos como sempre fomos. Fico até lisonjeada com a sua insistência em querer se casar comigo, por querer assumir responsabilidades que não são suas, mas ainda sim a minha resposta é não!

Rodrigo: Ok, você venceu. Não vou mais tocar no assunto. – ele a encara. – Mas o Alfonso vai descobrir que o filho é dele.

Dulce: Eu me preocupo com isso depois. – ela suspira. - Tenho certeza que vai encontrar uma mulher que te ame, que seja perfeita pra você e para sua filha.

Rodrigo: Hannah estava feliz com a possibilidade de você ser a mãe dela e...

Dulce: Desculpe se magoei você ou sua filha.

Rodrigo: Não se preocupe com isso. – sorri trise. - E mudança? Já está tudo pronto?

Dulce: Sim, praticamente tudo. Preciso acertar alguns detalhes com os vistos, essas coisas, você sabe, é tudo bem difícil. Estou ficando doida!

Rodrigo: Mudar sempre é difícil. Se precisar de ajuda, conheço algumas pessoas que podem facilitar as coisas pra você.

Dulce: Não precisa, posso resolver tudo sozinha. Mesmo assim obrigada. – sorri de lado.

Rodrigo: O João já sabe sobre a mudança?

Dulce: Sim e não. Ele sabe mas não entende muito bem. Acha que sairemos de férias. O que em parte é verdade, até que toda burocracia seja resolvida não estaremos oficialmente morando na Europa.

Miguel: Tia cadê a mamãe? – se sentava perto de Anahí. Na casa de Maite, todos se reuniam para um tradicional almoço na varanda, Any servia as gêmeas e Mariana, Willian e Christopher conversavam enquanto abriam uma garrafa de vinho tinto. - Ela nem vem comer com a gente?

Maite: Não lindo! Sua mãe está resolvendo algumas coisas, por que?

Miguel: Nada! – responde, cabisbaixo. - E o papai?

Maite: Já deve estar chegando. Quer suco?

Miguel: Suco de que?

Maite: Laranja.

Miguel: Laranja eu quero! - segura o copo de plástico com as duas mãos.

Any: Mai a campainha.

Mariana: Eu atendo! - sai correndo para dentro da casa em direção a porta.

Alfonso: Oi gatinha do padrinho! – ele sorri, estava sentado num canteiro de flores com uma caixa branca nas mãos, próximo a entrada da casa.

Mariana: Oi padrinho! – sorri correndo até ele e o abraçando e dando um beijo no rosto. - O que é isso? – aponta para a caixa.

Alfonso: Bolo de chocolate! O seu favorito!

Mariana: Eba! – ela sorri.

Alfonso: Posso entrar?

Mariana: Pode, vem. – ela o puxa por uma mão para dentro de casa. – João Miguel, olha quem chegou!

Miguel: Papai! – sorri deixando o copo na cadeira e correndo ao encontro do pai.

Alfonso: Oi campeão! – sorri pegando o menino no colo com um dos braços. -Trouxe a sobremesa, alguém pode colocar na geladeira? Está tão quente que achei que iria derreter no caminho.

Willian: Deixa comigo. – sorri, pegando a caixa das mãos dele.

Maite: Pensei que não apareceria, sente-se. – dá um rápido beijo no rosto do amigo.

Any: A Perla está com você? – o encara.

Alfonso: Não! – revira os olhos. - Ela vai dormir na casa da mãe hoje, amanhã vai ser o tal do Dia de Noiva.

Any: Tomara que ela torre na câmara de bronzeamento! - cochicha no ouvido de Ucker que sorri.

Alfonso: Já lavou as mãos, filho?

Miguel: Não!

Alfonso: O que está esperando então? Quer virar um porquinho?

Miguel: Não! Porquinho é feio! Eu já vou papai! – sai correndo.

Alfonso: Bom, o que temos de bom aqui? – sorri, bisbilhotando a mesa.

Maite: Eu mesma cozinhei!

Alfonso: Ah, se eu soubesse teria feito reservas num restaurante. – sorri.

Maite: Engraçadinho. – sorri, beliscando o braço dele.

Ucker: Poncho, eu preciso falar com você. – se levanta.

Any: Falar o que?! – o encara, desconfiada.

Ucker: Coisas de homem, Anahí. – dá um beijo na cabeça dela e se afasta.

Any: Anahí? Ai tem!

Alfonso: A sós?

Any: Não!

Ucker: Sim, a sós! – ele sai com o amigo para a sala de estar.

Alfonso: Aconteceu alguma coisa que eu não estou sabendo?

Ucker: Está acontecendo.

Alfonso: O que?

Ucker: É que a Dulce vai...

Alfonso: Quantas vezes vou ter que lhe dizer que não quero mais saber nada sobre a Dulce?! Não quero nem ouvir o nome dela! – se irrita.

Ucker: Calma cara! É que eu acho que você deveria saber que ela...

Alfonso: Chega! - interrompe o amigo novamente. - O que está pretendendo me falando da Dulce um dia antes do meu casamento?!

Ucker: Alfonso, vai ficar assim todas as vezes que alguém falar dela? Só acho que você precisa saber que ela vai se...

Alfonso: Eu disse chega! – ele aumenta o tom de voz. - Não vê que eu quero apagar a Dulce da minha vida?!

Ucker: Mas cara você tem um filho com ela, vai ter outro e se ela mud...

Alfonso: Isso é problema meu! E ela disse que o filho é do Rodrigo! Entendeu?! Belo amigo você! Deveria me apoiar e não me arrumar mais problemas!

Ucker: Ok! Quer saber?! Foda-se! Não falo mais nada! Mas depois não venha choramingar no meu ombro quando você acabar com a sua vida! – sai deixando-o para trás. - Any! – se aproxima da esposa. - Pegue as meninas e vamos embora!

Alfonso: Não precisa ir por minha causa! – ele aparece atrás do amigo. - Eu vou! E quer saber? Se não quiser aparecer no meu casamento amanhã, esteja à vontade!

Ucker: Pelo contrario! Quero ser o primeiro da fila para assistir a maior burrada da sua vida! Estarei lá! Vamos Any!

Maite: O que está acontecendo?

Any: Ucker você não...

Ucker: Não! Ele não quis nem saber! Agora vamos! - Lizete e Marcela começam a chorar, assustadas com os gritos do pai e de Alfonso.

Willian: Ouvi uma gritaria, aconteceu alguma coisa?

Maite: Acho que sim.

Alfonso: Eu vou! Não queria vir mesmo! Sabia que ia acabar assim! Desculpe Mai. Depois nos falamos, tchau Willian. – passa por eles apressado, batendo a porta ao sair.

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