Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Alfonso saiu com dificuldade, mesmo o estacionamento estando privado de fotógrafos, eles davam um jeito de se aproximar do rapaz, por sorte, muitos dos seguranças o estavam acompanhando, evitando que ele fosse barrado.

Alfonso: Merda, merda! – procurava o carro de Christopher.

Manobrista: Algum problema senhor?

Alfonso: Todos! – ele olha para trás, um bando de repórteres vinha correndo em sua direção, quase atropelando os seguranças. – Merda! – ele aperta desesperadamente o controle do carro até que um alarme dispara próximo à ele.

Manobrista: Ei senhor, esse carro é seu? – o rapaz é deixado no vácuo, Alfonso corre na direção do automóvel e sai cantando pneus antes que seja alcançado pela mídia.

Quinze minutos se passaram e Alfonso encontrava-se preso num longo engarrafamento na avenida que dava acesso ao aeroporto internacional, os motoristas estressados buzinavam e xingavam sem parar.

Alfonso: Droga! – também buzinava, preocupado com o tempo. - Mas que diabos está acontecendo com essa cidade?!

Motorista ao lado: Algum babaca que fez burrada lá na frente! Está tudo parado!

Alfonso: O que eu faço agora?! – suspira. - EI SUAS LESMAS! ANDEM LOGO! – coloca a cabeça pra fora do carro e grita pela janela.

Alguém em algum lugar: VAI SE FERRAR IDIOTA!

Alfonso: Babaca! – ele volta ao seu posto, ligando o rádio.

Rádio: “ ...engarrafamento provocado por um acidente envolvendo um motoqueiro e um ônibus, o resgate já está no local...”

Alfonso: Mas que maldição! – irritado, ele consegue enfiar o carro entre os outros e fazer o contorno. – Me desculpe Ucker! – ele estaciona no pátio de um super mercado. -Três quarteirões até o aeroporto, quinze minutos. – ele afrouxa a gravata. – Hora da maratona! – ele respira fundo uma vez mais e sai em disparada.

Alfonso corria, de terno e sapatos, péssima combinação. Na medida que corria olhava o relógio, o tempo não estava a seu favor.

Alfonso: TÁXI! – ele dá sinal ao primeiro fusca verde que vê.

Taxista: O senhor está bem? – o motorista abre a janela, encarando-o.

Alfonso: E-eu...- ele estava sem folego. – Preciso chegar até, o aeroporto! Rápido! Urgente!

Taxista: Entra ai! –e le destrava a porta. - Vai ser meio difícil, a cidade está um caos hoje.

Alfonso: É caso de vida ou morte. – ele entra imediatamente, estava afobado, com a respiração irregular.

Taxista: Eu conheço um caminho e...

Alfonso: Me leve até, o aeroporto! Nem que seja voando!

O taxista era esperto, parecia conhecer bem a cidade, entrou em algumas ruas que Alfonso desconhecia e em poucos minutos chegou ao aeroporto. Era fim de semana e o lugar estava lotado, centenas de pessoas caminhavam pra lá e pra cá carregando imensas bagagens, filas enormes se formavam nos balcões das companhias aéreas para o check-in, embarques eram anunciados, dúzias de táxis estacionavam em busca de passageiros.

Alfonso: Muito obrigado! – ele sai do carro tateando o corpo em busca da carteira. -  Não sei como te agradecer!

Taxista: Pagar já seria um começo.

Alfonso: Eu não estou com a carteira!

Taxista: Como não tem dinheiro?! Não quero nem saber! Pode ir pagando!

Alfonso: Senhor eu...

Taxista: Ouço desculpas esfarrapadas como essa o dia todo.

Alfonso: O senhor é casado?!

Taxista: Sou.

Alfonso: Ama sua mulher?

Taxista: Amo. Mas isso não vem ao caso, eu quero meu dinheiro agora ou chamarei a policia!

Alfonso: O que faria se a mulher que o senhor ama estivesse indo embora para longe?

Taxista: Vai me pagar ou não?!

Alfonso: Desculpe, não! – ele sai correndo em direção a entrada do aeroporto.

Taxista: EI, LADRÃO! ! Volte já aqui! – ele sai do taxi, correndo atrás de Alfonso.

No meio daquele tumulto de pessoas Alfonso conseguiu despistar o homem que o seguia, livre, correu até o painel de embarque procurando... bem, ele não sabia o que procurar.

Alfonso: Ei moça! Empresta o celular?!

Moça: Meu celular?

Alfonso: É! Um minutinho! Por favor!

Moça: Você não é o...

Alfonso: Alfonso Herrera, prazer. –sorri dando um beijo no rosto dela. - Agora empresta?

Moça: Claro! – sorri, extasiada. Alfonso apanha o celular e rapidamente tecla os números.

Any: Poncho?! Encontrou a Dul?!

Alfonso: Any me ajuda!

Any: O que quiser bebê! O que foi?

Alfonso: Any eu não sei o número do voo! Aliás não sei nem o destino do voo!- andava de um lado para outro, desesperado. - O que eu faço?!

Any: Calma Poncho! Procure os voos para Madrid.

Alfonso: Madrid?! Ok! Obrigado Any! – ele desliga e entrega o celular a moça e sai em disparada em busca dos voos para Madrid.  – Madrid, cadê você? – passava pelos portões de embarque. – Achei! – sorri,  seguindo em direção ao portão de embarque.

Encontrou o corredor vazio, havia apenas uma funcionária da companhia atrás de um pequeno balcão conversando com um rapaz.

Alfonso: Ah não!  Ei senhorita! Por favor!

Funcionária: Pois não? Em que posso ajudá-lo?

Alfonso: Eu preciso entrar nesse avião!

Funcionária: Que avião?

Alfonso: Esse que vai decolar para Madrid!

Funcionária: Senhor, o voo para Madrid saiu faz cinco minutos.

Alfonso: QUE? Não, não assim saiu?! – ele olha para fora, nem sinal de avião. - Decolou?! Mas de acordo com o painel ele está saindo, agora. Eu tenho que entrar naquele avião!

Funcionária: Infelizmente não será mais possível senhor. O senhor deve saber que os passageiros devem chegar com antecedência. Posso encaminha-lo até o balcão principal da companhia para que tente resolver o problema com a passagem e...

Alfonso: Não tenho passagem. – ele coloca as mãos na cintura. - Eu só... – respira fundo. - Só estou atrás de uma pessoa.

Funcionária: Sendo assim não posso fazer nada, me desculpe!

Alfonso: Pode me informar se Dulce María Espinosa Saviñon embarcou?

Funcionária: Não posso lhe dizer senhor, realmente não sei!

Alfonso: Ok, ok.

Funcionária: Mas é provável que todos tenham embarcado, a aeronave estava lotada.

Alfonso: Certo! – ele respira fundo. – Obrigado!

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