Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

A viagem foi rápida e silenciosa, as poltronas do grupo eram muito distantes e ninguém estava afim de circular pelos corredores. Eram sete da noite quando o piloto anunciou que pousariam, Dulce acordou de um cochilo e deu de cara com Miguel e Alfonso observando-a bem de perto.

Miguel: Oi mamãe!

Dulce: O que estão olhando? –os encara.

Alfonso: É que...

Dulce: O que? – ela se ajeita rapidamente. - Tem alguma coisa no meu gosto?

Alfonso: Tem sim! Tem beleza, tem serenidade, brilho. – ele sorri.

Dulce: Poncho! – ela sorri.

Alfonso: Eu estava aqui mostrando ao nosso filho como as mulheres ficam ainda mais belas quando estão grávidas. – se inclina e beija a testa dela. - Já chegamos! Coloque o cinto que vamos pousar.

Em poucos minutos estavam desembarcando com duas aeromoças agradecendo a preferência pela companhia área.

Aeromoça: Obrigada por viajar conosco!

Miguel: Chegamos! Cadê o Mickey?

Mariana: Miguel, dá para parar de falar no Mickey? – revira os olhos.

Alfonso: Campeão! –ele olha no relógio. - Já são quase nove da noite e o Mickey deve estar dormindo agora.

Miguel: Ele dorme? - Pergunta, confuso.

Alfonso : Dorme sim! Igualzinho você. – sorri. - Está com fome?

Miguel: Sim!

Alfonso: Então vamos todos para o hotel. Jantamos, dormimos cedo e amanhã acordamos bem cedo para visitar o Mickey, ok?

Miguel: E o Pateta?

Alfonso: E o Pateta.

Miguel: E o Buzz e o Wood?

Alfonso: Também!

Miguel: E o Peter Pan, a sininho?

Any: Obviamente! – comenta, rindo.

Miguel: E o Pato Donald?

Alfonso: Todos Miguel! – sorri, interrompendo o filho. – Todos eles! Agora vamos antes que meu estomago vire um monstro! – estende a mão, chamando um taxi.

Em menos de uma hora o grupo chegava ao All Star Movies Resort. As crianças ficaram encantadas com os as cores, luzes e principalmente os personagens gigantes da fachada. Miguel era só alegria no colo do pai, Dulce e Alfonso ficaram felizes de estarem todos juntos.

Dulce: Eu adoro esse lugar! – sorri.

Any: Eu então! Poderia morar aqui!

Mai: Crianças! –sorri, abraçando as amigas.

Miguel: PAPAI OLHA QUE GRANDÃO! – apontava para as coisas, com os olhos brilhando.

Alfonso: Você não viu nada campeão, espere só amanhã!

Any: Amanhã eu quero levar as meninas na parada.

Willian: Vamos todos.

Alfonso: Pessoal, vamos logo, estou faminto.

Ucker: Esse é meu amigo! Eu poderia comer um boi! Será que eles ainda tem aquelas rosquinhas de queijo?

Any: Não sei, mas não vamos ficar aqui parados, olhem estão vindo buscar as malas.

Miguel: Mamãe eu quero! – ele aponta para uma loja de souvenires onde vendiam luvas fofas semelhantes as mãos do Mickey.

Mariana: Eu também quero mãe!

Liz e Marcela: Eu quero, eu quero!

Alfonso: Agora não filho, amanhã o papai compra, ok?

Miguel: Mas o padrinho vai comprar pra Liz e pra Marce olha! – ele aponta para Ucker, que abria a carteira.

Alfonso: Ah Miguel! – revira os olhos pegando sua carteira. Mai ajudava Mariana a escolher a dela. - Aqui ele nos levará a falência! – cochicha com Dulce.

Dulce: Deixa ele amor! Está empolgado, é um sonho pra ele. – sorri.

Após conhecerem os quartos, o grupo de amigos se reuniu para o jantar em um dos restaurantes do resort. Mariana, as gêmeas e João Miguel estavam adorando as comidas “animadas” que eram servidas, todas com a forma dos personagens Disney. Os adultos comiam pratos mais sofisticados, menos Alfonso que também apreciava a comida infantil do lugar.

Ucker: Só o Poncho para pedir panquecas com a cara do Mickey.

Dulce: Shhhhiu!

Ucker: Shiu o que?

Dulce: Palavra mágica Ucker! Fale baixo porque se o Miguel escutar vai ficar a noite fazendo perguntas sobre o Mickey.

Ucker: A tá! – sorri, dando uma garfada em seu prato.

Alfonso: Amor, experimente isso aqui.

Dulce: O que é isso?

Alfonso Panquecas de queijo com um creme estranho! –ele coloca um pedaço no prato dela.

Dulce: Ah amor, não quero comer nada pesado.

Alfonso: Ah ardilla, experimente vai, sei que vai gostar.

Mai: Vocês tem mel no lugar do sangue ou o que? – ela ri.

Dulce: Ok vou provar só porque você está pedindo! – revira os olhos, provando. - Isso aqui é muito bom.

Any: Tudo o que engorda é bom Dul.

Dulce: Onde você pegou?

Alfonso: Ali! – ele aponta. - Vou pegar mais. – se levanta apressado caminhando na direção das crianças, todos riem dele.

No fim da noite tomavam um delicioso sorvete de creme com frutas quando Dulce sentiu-se tonta e jogou a cabeça para trás no encosto da cadeira.

Mai: Dul? Está tudo bem?

Dulce: Sim!

Willian: Mas não parece, está pálida.

Ucker: Eu te levo para o quarto de quiser!

Dulce: Não precisa, estou bem.

Any: Vou chamar o Poncho!

Dulce: Não Any, ele foi colocar o Miguel na cama, eu posso ir sozinha.

Any: Se você está dizendo, tome cuidado.

Dulce: Boa noite gente.

Todos: Boa noite Dul!

Mai: Se precisar de algo me chame, estou no quarto ao lado do seu.

Dulce: Obrigada Mai, com licença. – se levanta, saindo.

...

Dulce chegou ao quarto com as mãos na boca, abriu a porta rapidamente e, no escuro, correu para o banheiro abrindo o vaso sanitário e vomitando.

Dulce: Ah, bem vinda ao mundo das grávidas novamente Dulce! – estava sentada no chão próxima ao vaso sanitário.

Alfonso: Dul? – ele entra no quarto, acendendo a luz.

Dulce: Aqui, banheiro! – ela avisa.

Alfonso: Está tomando ban... – ele a encara, arregalando os olhos. - Oh Dul! O que faz sentada aí? – se aproxima abaixando de lado para ela. - Você está bem?

Dulce: Estou enjoada.

Alfonso: Então é como quando estava grávida do Miguel! – sorri de lado, segurando os cabelos dela para trás.

Dulce: Sim, mas dessa vez parece muito pior. Os enjoos são mais fortes e... – ela sente ânsia de vomito. - Hoje eu devo ter comido algo que não me fez muito bem. Eu acho que foram aquelas panque...- não termina de falar e vomita, Alfonso vira o rosto, olhando para porta.

Dulce: Estou nojenta! – suspira.

Alfonso: Nojenta porque amor? Isso é normal. Além do mais a culpa é toda minha.

Dulce: Ai Poncho! Vai começar com a velha história de “eu fiz isso com você quando fizemos amor e blá blá blá” ?

Alfonso: Não Dul, estou falando das panquecas.  – ele ri, beijando a cabeça dela.

Dulce: Não foi culpa sua amor! Comi porque quis.

Alfonso: É mas se eu não tivesse oferecido!- se lamenta.

Dulce: Eu estaria enjoada do mesmo jeito. Agora pare de se culpar porque isso me irrita!

Alfonso: Ok! – segura o riso, as mudanças de humor da gravidez estavam aparecendo. - Está melhor? – acaricia as costas dela.

Dulce: Estou! – respira fundo. - Minha cabeça dói um pouco mas a ânsia passou.

Alfonso: Então vem, vamos pra cama! – a segura, ajudando-a a se levantar.

Dulce: Não amor, eu já vou. Quero escovar os dentes, lavar o rosto.

Alfonso: Então vou deixa-la sozinha, mas qualquer coisa me chame, ok?

Dulce: Ok. – sorri de lado.

Depois de se recompor, Dulce caminhou até o quarto lentamente, acendeu a luz e encontrou Alfonso deitado, vestindo apenas uma cueca preta, com os braços atrás da cabeça.

Dulce: Desculpa, não queria te acordar.

Alfonso: Eu não estava dormindo, estava esperando você.

Dulce: Pelado?

Alfonso: Não estou pelado.

Dulce: Está sim!

Alfonso: Estou de cueca!

Dulce: Para mim está! – sorri, dando de ombros.

Alfonso: Você já se cansou de me ver pelado. Que diferença faz se estou de cueca ou não? – sorri, batendo do lado da cama chamando Dulce.

Dulce: Poncho, não estou legal. Não me sinto bem para fazer nada hoje a noite e não estou com vontade.

Alfonso: Do que está falando? – a olha, confuso.

Dulce: Hoje eu não estou afim de sexo, é isso que estou dizendo.

Alfonso: Acha que estou assim de cueca porque esperava que transasse comigo?

Dulce: E não é? – procura uma camisola na mala.

Alfonso: Claro que não! – ele ri. - Que ideia amor! Sei que você não está legal, acha que eu forçaria a barra?

Dulce: Não sei. – dá de ombros. - Vocês homens são tarados até quando estão dormindo.

Alfonso: Ok confesso que sou super tarado quando estou dormindo.

Dulce: Viu! – sorri.

Alfonso: Mas tenho sonhos eróticos só com você. – a observava se trocar.

Dulce: Que sonhos eróticos?

Alfonso: Fantasias. Cada uma Dulce que você ficaria envergonhada se soubesse! – ele sorri, mordendo o lábio inferior.

Dulce: Seu besta! – ela ri, se aproximando da cama. - Não acredito que fica excitado com esse sonhos que diz ter comigo!

Alfonso: Ué você queria o que? Que eu ficasse excitado sonhando com outras mulheres?

Dulce: Claro que não!

Alfonso: Não me julgue, todo mundo tem sonhos eróticos!

Dulce: Eu não tenho! – se deita ao lado dele.

Alfonso: Não minta. – sorri, cobrindo-a.

Dulce: Ok tenho. – ela ri. -Mas não fico me...- ela cobre o rosto. - Você sabe, com os sonhos!

Alfonso: Eu também não! – ele ri. - Sou tarado mas não sou mais um garoto para me trancar no banheiro com uma revista Dul.

Dulce: Acho bom.

Alfonso: Mas o que tem de mal nisso, afinal?

Dulce: Nada! Só acho que podemos realizar suas fantasias na vida real. Não precisa ficar só nos sonhos. – sorri, apertando uma bochecha dele.

Alfonso: Agora eu gostei! – sorri, beijando a testa dela. - Só não se esqueça que temos um filho homem, que quando crescer vai gastar toda sua mesada em revistas de mulheres nuas.

Dulce: O Miguel não vai ser assim!

Alfonso: Ah vai! Eu era. Todo homem já foi. É natural que ele também seja.

Dulce: Ok! Mas não vamos falar disso agora! Isso vai demorar anos para acontecer e não quero imaginar meu filho fazendo essas coisas.

Alfonso: Então vamos ficar quietos e fazer outra coisa!- sorri, segurando o rosto dela e a beijando.

Dulce: Depois diz que estava de cueca atoa!

Alfonso: Mas eu estou! – ele sorri. - Sério Dul, está calor, e não vou ligar o ar pra você ficar doente! – ele sorri. – Acho até que vou dormir pelado. – ele tira a cueca.

Dulce: Ei! Pode ir parando!

Alfonso: Tenho o direito de dormir pelado não tenho? E se você também quiser dormir pelada, não vou ficar nem um pouco incomodado, acredite!

Dulce: Poncho, você não presta. – ela ri, puxando mais as cobertas. – E nem está calor.

Alfonso: Fique tranquila ardilla! Não vou fazer nada que não queira também.

Dulce: Ótimo, porque eu não quero nada. – coloca uma das mãos na boca.

Alfonso: Enjoo? – ele se senta. - Vem eu te levo até o banheiro.

Dulce: Não precisa já passou.

Alfonso: Quer que eu pegue alguma coisa para deixar ao seu lado essa noite?

Dulce: Não, está tudo bem. – ela se ajeita na cama. - Foi só uma ânsia.

Alfonso: Está se comportando mal hoje em minha princesinha. Olha o que está fazendo com a sua mamãe. – coloca uma mão sobre a barriga de Dulce.

Dulce: O que está fazendo?

Alfonso: Conversando com a nossa princesa. – a acaricia.

Dulce: Que princesa?

Alfonso: A nossa Dul! Nossa menininha.

Dulce: Ou menininho.

Alfonso: É uma menina. Eu sei que é. – sorri. - Vai ser minha princesinha e vou comprar tudo o que ela quiser, vestidos, bonecas e até um castelo se ela me pedir.

Dulce: Como pode ter tanta certeza que vai ser uma menina? – ela ri, colocando uma mão sobre a dele.

Alfonso: Instinto de pai nunca se engana.

Dulce: De mãe você quer dizer!

Alfonso: Não, é de pai mesmo! – sorri, acariciando o ventre dela. - Sei que dessa vez vai ser uma garota.

Dulce: E se for outro garoto?

Alfonso: Não vai ser. Eu quero uma menina, você também quer que eu sei. Então será uma menina.

Dulce: E se for um garoto? - pergunta novamente mas Alfonso não responde.

Alfonso: Então como a minha princesinha vai se chamar? Vai ter o nome da mamãe? Ou da vovó?

Dulce: Poncho! Não quero que se apegue tanto a ideia de ter uma menina.

Alfonso: Não vai ser lindo nós dois com um casal Dul?

Dulce: Vai Poncho, vai. – ela sorri.

Alfonso: Você não quer uma garotinha que nem as gêmeas ou a Mari?

Dulce: Quero Poncho, mas...

Alfonso: Então como vai se chamar? Podemos colocar o nome da minha mãe?

Dulce: Por que não da minha?

Alfonso: Porque o nome da sua mãe não combina com um bebê.

Dulce: Ah não? E ela nasceu adulta por acaso? Nem o da sua combina.

Alfonso: Não. – ele ri. - Ok esquece isso. O que importa é que nossa menina tenha um nome! – ele se abaixa dando um beijo no ventre dela por cima da coberta. - Né princesa? - Alfonso continua a conversar com o bebê. Dulce sorri, mas se preocupa com a convicção de Alfonso de que dali nasceria uma menina e não um menino.

Dulce: E o Miguel?

Alfonso: Dormindo! Coitado, estava tão empolgado que esqueceu o cansaço da viagem, mas quando eu o deitei na cama ele adormeceu em menos de cinco minutos.

Dulce: Está ansioso. Bom eu também estou, faz tanto tempo que não venho pra cá.

Alfonso: Ah, falando nisso Dul, amanhã nós vamos no parque né?

Dulce: Sim, por? – acariciava os cabelos dele.

Alfonso: Não quero que ande nos brinquedos!

Dulce: Por que não?

Alfonso: Nossa filha Dul. Não quero que acontece nada de mau a você e nem a ela.

Dulce: E o que isso tem a ver?

Alfonso: Você não pode ficar andando de montanha russa, ou desses brinquedos perigosos. Não é recomendável.

Dulce: Eu sei disso.

Alfonso: Eu preferiria que você ficasse aqui amanhã.

Dulce: Aqui no hotel? E perder de ver meu filho realizado brincando e conhecendo o maldito Mickey?! – diz, irritada. - Nem morta.

Alfonso: Mas Dul...

Dulce: Sem “mas”. – o interrompe. - Eu vou e pronto, não tem nada de mal em passear Alfonso.

Alfonso: Ok, como você quiser, Dulce María. – se ajeita de seu lado na cama, cruzando os braços.

Dulce: Vamos começar a brigar é?

Alfonso: Não! – bufa. - Agora não posso me preocupar com você?!

Dulce: Pode, sem ser chato. Boa noite. - puxa a coberta e dando as costas a ele. Alfonso suspira olhando para o teto.

Alfonso: Desculpe. Desculpe amor. – se vira para ela. - Não queria chateá-la. – acaricia o ombro dela. 

Dulce: Alfonso, não precisa me proteger de tudo.

Alfonso: Eu sei. – ele beija o ombro dela. - É que, bem, depois de tanto tempo separados, tenho medo que algo aconteça com você e faça com que eu a perca. Desculpe.

Dulce: Está desculpado. Prometo que vou me cuidar. Agora vamos dormir senão amanhã não conseguiremos acordar cedo. – ela se vira, abraçando-o. Alfonso retribui o abraço e a puxou para si.

Alfonso: Boa noite ardilla.

Dulce: Boa noite amor.

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