Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Era fim de tarde e o dia ainda estava claro e quente, após um passeio agitado, enquanto os amigos descansavam, Dulce, Alfonso e Miguel, que resolveram aproveitar a claridade nas áreas de lazer oferecidas pelo resort. Caminharam direto para as piscinas que estavam cheia de hóspedes, Alfonso olhou a multidão com visível impaciência, vestia uma camiseta de algodão azul e uma sunga preta, em um dos braços carregava uma bolsa transparente e na outra uma boia verde e amarela.

Alfonso: Parece que todos resolveram usar as piscinas!

Dulce: Relaxe amor! Que graça tem se estivéssemos aqui sozinhos?

Alfonso: Muita graça. – sorri, malicioso.

Dulce: Alfonso! Respeite nosso filho. – dá um tapa na cabeça dele.

Miguel: Mamãe posso ir brincar ali? - aponta para um tobogã fechado, todo colorido. não muito alto, onde crianças que aparentavam ter a idade de Miguel brincavam.

Dulce: Claro meu amor, mas não fique longe da mamãe.

Miguel: Esta! – ele sai correndo até o grupo de crianças.

Alfonso: Vou pegar um drinque você quer alguma coisa?

Dulce: Suco de laranja.

Alfonso: Já volto. – sorri, dando um beijo nela e saindo.

Alguns minutos se passaram e Dulce lia uma revista para gestantes, deitada numa espreguiçadeira larga que acomodava tranquilamente um casal, olhava a cada cinco minutos para o filho que parecia ter feito novas amizades.

Miguel: Mamãe! Compra salgadinho?! – grita, enquanto subia a escada do tobogã.

Dulce: Quando seu pai voltar eu compro. – continua a ler a revista.

Meia hora depois Alfonso ainda não tinha voltado e Dulce cochilava serenamente em meio a todo barulho, quando sentiu um cutucão em seu ombro esquerdo. Abriu os olhos assustada e viu uma garotinha loira que devia ter uns quatro anos, parada observando-a.

Dulce: Oi! – Dulce sorri, cumprimentando-a.

Garotinha: Você é mãe do João Miguel?

Dulce: Sou sim! Por que?

Garotinha: Ele está chorando.

Dulce: Chorando? Onde?! – se levanta olhando para os lados. - Onde? Não estou vendo!

Garotinha: Ele ficou preso no pato.

Dulce: Preso? Pato? Que pato?

Garotinha: Ali ó! – ela aponta pra um dos brinquedos. - Ficou preso. Pediu pra eu chamar a mamãe delem ali é alto.

Dulce: Ok! Obrigada! – ela sai em disparada para o local indicado, passando pelo meio da piscina infantil. - Que água quentinha!- se aproxima do brinquedo. – João Miguel? – ela abre caminho entre as crianças que olhavam para cima.

Miguel: Aqui mamãe! Me salva! – ele chorava.

Dulce: Já vou meu amor! – ela começa a subir a escada que dava acesso ao brinquedo. Miguel estava sentado com pernas de índio na beira de um tobogã que jorrava água em sua extensão, nervoso, puxava os cordões da sunga vermelha. - O que está fazendo ai?

Miguel: Fiquei com medo, é altão esse mamãe.

Dulce: Estou vendo! – ela sorri. - Quer que a mamãe escorregue com você?

Miguel: Não! Esse é grande, eu não quero.

Dulce: Ok, então vem, me de a mão e vamos descer.

Miguel: No colo?

Dulce: No colo não dá meu príncipe, mas estarei com você para que não caia ok?

Miguel: Ok! – ele respira fundo, limpando o rosto.

Miguel foi o primeiro a colocar os pés no chão, esperava a mãe que descia os últimos degraus. Alfonso voltava para espreguiçadeira.

Alfonso: Dulce? – ele olha ao redor até avistá-la na piscina infantil, sorri e caminha até lá. – Ardilla, você já está bem grandinha para brincar no espaço para crianças!

 
Dulce acabava de descer o penúltimo degrau quando seu pé molhado deslizou sobre a estrutura fazendo-a tombar para trás e cair de bunda no chão.

Alfonso: Dulce! – sai correndo até ela com dois copos nas mãos. Um senhor adiantou-se oferecendo ajuda para que ela se levantasse. Dulce começou a rir, não conseguia se mexer.

Senhor: Machucou senhora?

Dulce: Não! – ela ria, se levantando. - Estou bem!

Alfonso: DULCE! AMOR! – se aproxima desesperado entregando os copos de suco pra qualquer pessoa na frente. 

Dulce: Oi Poncho! – ela ainda ria.

Alfonso: Calma amor! Não se mova! Eu vou te levar para o quarto e...

Miguel: Vou ali no outro tobogã legal. – ele sai correndo.

Dulce: Poncho!

Alfonso: Vou chamar um médico! Não se preocupe! Se precisar voltamos para casa e...- ele a pega no colo.

Dulce: Alfonso ! – o interrompe.

Alfonso: O que?

Dulce: Estou bem amor! – ela sorri.

Alfonso: Não minta pra mim! Você está até chorando!

Dulce: De rir do mico que paguei!

Alfonso: Ardilla, eu te conheço. Não finja que está tudo bem! Eu vou chamar um médico para que te examine. Pode ter acontecido alguma coisa interna com o bebe.

Dulce: Poncho, me põe no chão? – ela ri, do jeito dele. - Estou bem já disse, foi só um tombo, cai de bunda!

Alfonso: Tem certeza?

Dulce: Tenho!

Alfonso: Absoluta? – segurava o rosto dela, analisando-a.

Dulce: Absoluta.

Alfonso: Não está sentindo nada, nada mesmo? Não está me escondendo nada? Porque por favor Dulce você sabe que...

Dulce: Não estou escondendo nada. – ela ri, segurando o rosto dele. - Relaxa amor, que paranoia. – ela sorri. - Cadê meu suco?

Alfonso: Sei lá! Nem vi onde coloquei. – caminha com ela até a espreguiçadeira. - Tomei um susto quando te vi caindo!

Dulce: Que exagero amor!

Alfonso: Exagero nada! Você está grávida Dul! Que imprudência ficar brincando nesses tobogãs perigosos e...

Dulce: Perigosos? Poncho, aquilo não tem nem dois metros.  – revira os olhos.

Alfonso: Mesmo assim. O que foi fazer lá?

Dulce: Buscar o Miguel. Ele subiu e não queria descer. – ela sorri, pegando novamente a revista que deixara para trás, Alfonso arrancou das mãos dela. - Ei! Devolve, estou lendo!

Alfonso: Deixa isso pra lá amor. Não seremos pais de primeira viagem. – sorri, se deitando de lado ao lado dela.

Dulce: Eu sei, mas pensa que já não me esqueci de como agir quando o bebê fica...

Alfonso: Fica nada – a interrompe. - Esquece isso! – sorri, roçando os lábios nos dela. – Quero um beijo.

Dulce: Vai ficar querendo. – sorri, se afastando.

Alfonso: Oh Dul, sou tão bonzinho. Até suco eu trouxe pra você! – sorri, beijando o rosto dela.

Dulce: Trouxe nada. Não vi nem a cor daquele suco. – acaricia os cabelos dele.

Alfonso: Me de um beijo e eu busco outro pra você. – sorri, acariciando uma das pernas dela. - O que acha de subirmos e...

Miguel: Papai!

Alfonso: Fala campeão!- sorri, olhando para o filho.

Miguel: Escorrega comigo ali? - aponta para o tobogã que há minutos atrás estava empacado.

Dulce: Mas filho, a mamãe acabou de te tirar de lá porque você estava com medo!

Miguel: Sim mas, o papai é fortão! Eu não tenho medo com ele! – ele sorri.

Alfonso: Ouviu essa Dul? – sorri, olhando-a. - Eu sou fortão! Quem é mais forte campeão? O papai ou o Super-Homem?

Miguel: O papai! – sorri.

Alfonso: É isso ai! E a mamãe? É mais bonita que a Mulher Maravilha?

Miguel: Sim. – sorri. - Bastantão! Assim! – ele abre os braços.

Dulce: Obrigada meu amor. – sorri, mandando beijo para o filho.

Miguel: De nada!

Alfonso: Então? Quem vai escorregar nesse monstro com o papai?! – sorri, se levantando.

Miguel: Eu! – sorri, pulando no colo do pai.

Dulce: Tomem cuidado.

Alfonso: Pode deixar! – sorri, caminhando em direção ao brinquedo com o filho no colo.

Miguel: Devagar papai! – ele olha para os lados, em busca da garotinha loira que foi chamar Dulce mais cedo.

Alfonso Está procurando alguma coisa?

Miguel: Minha namorada! – fala calmamente.

Alfonso Namorada?! – ele ri.

Miguel: Sim!

Alfonso: Agora você tem namorada?

Miguel: Tenho.

Alfonso: E você não acha que ainda é pequeno para ter uma namorada senhor João Miguel?

Miguel: Não! Eu sou grande papai. Todos os meninos da escola tem namoradas, só eu que não.

Alfonso: Agora você tem! – ele ri, colocando o filho no chão.

Miguel: Sim! – ele sorri.

Alfonso: E como ela se chama?

Miguel: Não sei.

Alfonso: Não sei? Que nome bonito! – ele ri.

Miguel: Não. – ele ri. - Não é não sei, eu não sei papai!

Alfonso: Você não sabe o nome da sua namorada? – sorri, fingindo surpresa. - E ela é bonita?

Miguel: Sim! É loira que nem a madrinha.

Alfonso: E você gosta de loiras?

Miguel: Gosto! – sorri, subindo as escadas.

Alfonso: Não conta pra sua mãe campeão, mas você puxou a mim. – ele ri. - E quando vai me apresentar sua namoradinha?

Miguel: Não sei, ela sumiu. – ele dá de ombros. - Vem logo molengão!

Alfonso: Sua mãe vai adorar a novidade! – sorri, se lembrando do ciúme que Dulce tinha com o filho.

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