Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Cinco dias depois Dulce abria a porta de seu apartamento, exausta da viagem. Eram três da manhã e Miguel dormia nos braços de Alfonso enquanto o porteiro do condomínio ajudava com as malas.

Alfonso: Dul, por que não vamos para o meu apartamento? Não tínhamos combinado de ficar lá até acharmos um casa legal?

Dulce: Sim, mas o Miguel está morrendo de saudades do Duke. Se ele acordar e não ver o cachorro aqui hoje de manhã...

Alfonso: Podemos leva-lo! – sorri.

Dulce: Poncho, são três da manhã. No seu prédio é proibida a entrada de cães.

Alfonso: Ah eu dou um jeito e...

Dulce: Poncho, por favor, todos estamos exaustos.

Alfonso: Verdade, me desculpe! É que...

Dulce: Que o que? – ela procura as chaves na bolsa.

Alfonso: Não quero dormir longe de você!

Dulce: E quem disse que precisa fazer isso?

Alfonso: Vai me deixar dormir aqui? Na sua cama?

Dulce: Não! Você vai dormir lá fora na casinha do Duke. – sorri, revirando os olhos. - Seu bobo! – beija o rosto dele. – Pode deixar as malas ali no canto Arthur. – sorri, dando uma gorjeta ao porteiro após ele deixar as malas.

Alfonso: Bom, vou por o Miguel na cama.

Dulce: Vou tomar um banho, minhas costas estão me matando. – caminha até o quarto, fuçando sua bolsa. -A Any esqueceu o celular comigo. – ela sorri. - Amanhã eu entrego pra ela lá no estúdio.

Alfonso: Estúdio? – caminha atrás dela, com o filho no colo.

Dulce: Sim, faz mais de um mês que não dou as caras naquele lugar. A folga acabou meu bem, tenho que pegar no batente. – sorri.

Alfonso: Pensei que não voltaria mais lá.

Dulce: Alguém tem que trabalhar!- suspira entrando no quarto. Alfonso não gosta do comentário, e entra pensativo no quarto do filho.

Quinze minutos depois Alfonso entrava no quarto de cara amarrada. Dulce acabava de vestir um pijama azul e ajeitava os travesseiros.

Dulce: Quer dormir de que lado?

Alfonso: Do de sempre. – entra sem olhá-la.  Vou escovar os dentes, cadê minha mala?

Dulce: Ali no canto. – aponta, observando-o.

Alfonso: Obrigado. – caminha até a mala e começa a vasculha-la. -Merda!

Dulce: O que foi? – se deita.

Alfonso: Esqueci aquela bosta no hotel!

Dulce: Não tem problema. Segunda gaveta no armário da direita, tem escovas novas ali.

Alfonso: Ok. – chuta a mala pra um canto.

Dulce: Vai ficar nervoso por causa de uma escova?

Alfonso: Se fosse só pela escova!- murmura para si.

Dulce: O que disse?

Alfonso: Se fosse só pela escova! – fala grosseiramente.

Dulce: Não entendi.

Alfonso: Não se faça de boba Dulce.

Dulce: Do que está falando?

Alfonso: Do seu comentário maldoso agora pouco! – a encara.

Dulce: Que comentário? – o encara, confusa.

Alfonso: “Alguém tem que trabalhar”. – diz, imitando-a.

Dulce: O que tem demais nisso? 

Alfonso: Como assim o que tem demais?! Você me ofendeu!

Dulce: Não vejo motivos para ficar ofendido! – diz, calmamente.

Alfonso: Não foi os eu ego que foi ferido.

Dulce: Poncho, não fale besteira.

Alfonso: Besteira? Como se sentiria se eu dissesse pra você exatamente a mesma coisa? Você me ofendeu Dul. Disse aquilo como se eu fosse um vagabundo e você tivesse que me sustentar!

Dulce: Você está viajando Alfonso!

Alfonso: Por que pelo menos uma vez na vida você não admite que errou? Só porque meu filme não deu certo não quer dizer que fico coçando o dia todo, ok?!

Dulce: Alfonso! – ela o encara. - Falei sem pensar, ok? Nem lembrei que seu filme não tinha dado certo, é uma frase comum quando, se diz quando acabam as férias!

Alfonso: Pode não ter tido a intenção de me magoar, mas magoou.

Dulce: Me desculpe então. Não precisa ficar nervoso poxa.

Alfonso: Nada convincente essa desculpa.

Dulce: Quer o que? – ela senta ereta na cama. - Que eu me ajoelhe aos seus pés e te peça perdão?

Alfonso: Não! Mas que admita que errou com esse seu comentário infeliz.

Dulce: Alfonso, já não pedi desculpas? Então pronto, não enche o saco.

Alfonso: Você não muda.

Dulce: O que?

Alfonso: Você não muda Dulce. Já percebeu que quem sempre acaba pedindo desculpas ou perdão sou eu? Mesmo você estando errada?

Dulce: E a culpa é minha? Nunca coloquei um revolver na sua cabeça para te obrigar a fazer alguma coisa. Coloquei?

Alfonso: Não. Eu sempre fiz isso porque te amo, mas você nem dá valor. Sempre acha que tem razão em tudo.

Dulce: Isso não é verdade.

Alfonso: Dul! – a encara.

Dulce: Ok. – ela revira os olhos. - As vezes eu exagero.

Alfonso: E?

Dulce: Me desculpe Alfonso, - o encara. - Não queria te magoar, vou pensar antes de dizer essas coisas, ok? Satisfeito?

Alfonso: Ainda não. – respira fundo.

Dulce: Está brincando?

Alfonso: Não aceitarei suas desculpas se não me der um beijo! – se aproxima dela, ainda fingindo estar bravo.

Dulce: Vai sonhando. – ela deita puxando a coberta para si.

Alfonso: Não se esconda ou lhe torturarei. – ele sorri, puxando a coberta dela e enchendo-a de beijos.

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