Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Miguel: Estou bravão Duke! – se senta no chão, ao lado de sua cama. - O papai nem quis brincar comigo! Ele e a mamãe só falam na minha irmãzinha! Não quero mais irmãzinha Duke. Ela vai roubar o papai e a mamãe de mim, você viu? Eles só gostam dela agora! A mamãe nem me viu hoje! – resmunga, Duke late. - Eu sei. E se ela roubar meus brinquedos também? E meu aniversário?! Será que tem como tirar ela da barriga da mamãe e jogar fora? – Duke torna a latir. - Bobo é você! – ele cruza os braços. - Se você fosse ter uma irmãzinha eu queria ver só! – ele se levanta indo até uma de suas gavetas e abrindo-a. - Cadê meu lápis colorido? – procurava. – Aqui! Você vem comigo ou vai ficar ai? – ele abre a porta do quarto, Duke o segue, puxando-o pela camiseta com os dentes. - Larga Duke! Temos que dar uma lição nessa irmã chata! A mamãe vai ficar brava e não vai mais querer ela! – ele olha para o cachorro. - Você não é meu parceiro? Então tem que vir também! – ele anda pelo corredor como cão do lado, abre a porta da bailarina e entra no quarto.

...

Miguel: Papai! – ele abre a porta do escritório, meia hora depois.

Alfonso: Fala filho! – estava concentrado, lendo o roteiro, sentado atrás do computador, usando um óculos de armação fina.

Miguel: Me leva pra andar de bicicleta lá no parque?

Alfonso: Agora eu não posso campeão, estou trabalhando.

Miguel: Mas você já trabalhou ontem.

Alfonso: Sim, e tenho que trabalhar hoje.

Miguel: Por que?

Alfonso: Porque os adultos trabalham todos os dias. – sorri, desviando um pouco a atenção do computador.

Miguel: A mamãe não trabalha todos os dias.

Alfonso: Eu sei, mas o papai sim, agora vá brincar.

Miguel: Posso ligar pra vovó Ruth?

Alfonso: Por que você quer ligar pra ela?

Miguel: Pra ela vir me buscar.

Alfonso: Hoje não Miguel.

Miguel: Mas eu estou com saudades dela.

Alfonso: Amanhã o papai te leva.

Miguel: Leva nada, você sempre fala que vai levar e não leva.

Alfonso: Sua avó deve estar ocupada.

Miguel: Todo mundo ocupado, não!

Alfonso: Miguel, deixe o papai trabalhar.

Miguel: Então eu posso ligar pra vovó?

Alfonso: Pode, ligue. – ele suspira.

Miguel correu para sala em busca do telefone, discou rapidamente o número da avó que já lhe era conhecido para o caso de alguma emergência.

Miguel: Alô?

Empregada: Alô, quem gostaria?

Miguel: A vovó está?

Empregada: João Miguel?

Miguel: Sim. – ele sorri.

Empregada: Oi Miguel, só um minuto que vou chamá-la.

Miguel: Tá.

Ruth: Oi minha paixão! –a tende, sorridente.

Miguel: Oi vovó, tudo bem?

Ruth: Tudo lindo, e você?

Miguel: Vovó posso ir na sua casa?

Ruth: Claro que pode! Seu pai está mesmo me devendo uma visita. Fala pra ele que estou convidando todos vocês pra jantar aqui em casa.

Miguel: Você vem me buscar pra brincar ai?

Ruth: Vou querido, mas porque não pede para o seu pai te trazer?

Miguel: Ele disse que não pode.

Ruth: Não pode por que?

Miguel: Ele disse “Agora não campeão, o papai tem que trabalhar!”- ele tenta imitar a voz do pai.

Ruth: Ah! – ela ri. – Entendo! Então faz o seguinte, coloque uma roupa bem bonita que estou passando ai para irmos ao parque , o que acha?

Miguel: Eba! Você pede pro papai?

Ruth: Peço sim, até logo anjinho.

Não demorou muito para que Ruth chegasse à casa do filho, tocou a campainha e esperou impaciente alguém abrir a porta.

Rosa: Boa tarde senhora. – sorri. – O senhor Herrera está no escritório.

Ruth: E minha nora? – sorri, entrando.

Rosa: No quarto, está descansando.

Ruth: Entendo, mas não foi com eles que vim falar.

Miguel: Vovó! – sorri, correndo e abraçando-a. - Você veio!

Ruth: Claro, eu disse que viria não disse? – sorri, abraçando o neto.

Miguel: Disse! –a firma, sorrindo.

Ruth: Está pronto?

Miguel: Sim! O Duke pode ir também?

Ruth: Pode. – ela sorri. - Espere aqui que vou falar com seu pai. – caminha em direção ao escritório.

Alfonso: Miguel, o papai já disse que...

Ruth: Como vai meu único filho que já não se lembra mais da velha mãe? – sorri, entrando no escritório.

Alfonso: Mamãe? – a olha, confuso. - Oi! – sorri se levantando e indo ao encontro dela. - O que faz aqui?

Ruth: Vim sequestrar seu filho e seu cachorro.

Alfonso: Ah ele te ligou mesmo?

Ruth: Ligou!

Alfonso: Desculpe o incomodo mamãe, é que...

Ruth: Eu entendo, seu filho querendo brincar, você trabalhar.

Alfonso: Mamãe, não me faça sentir culpa.

Ruth: Não estou dizendo nada Poncho! Bom só vim avisá-lo que estou levando o menino.

Alfonso: Onde vão?

Ruth: Ao parque, o Duke vai conosco. Depois vou leva-lo para minha casa.

Alfonso: Ok, mais tarde vou busca-lo.

Ruth: Não é necessário eu o trago, se ele quiser pode dormir lá, amanhã é sábado e eu adoraria passar o dia todinho com meu neto. – sorri.

Alfonso: Como ele quiser mamãe. – sorri, beijando o rosto dela.

Ruth: Mande um beijo pra Dulce, sim? – sorri. – Tchau querido!

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