Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Pai e filho seguiram para o carro, Miguel ainda chorava. Alfonso abriu a porta e colocou o menino no banco traseiro, depois sentou-se ao lado de Dulce que estava com a cabeça encostada no banco e olhos fechados, ele aproximou-se de apertou-lhe a mão carinhosamente.

Meia hora depois a família chegava em casa no mesmo silêncio que mantiveram no caminho.

Alfonso: Dul, vamos jantar?

Dulce: Não estou com fome! – suspira. - Vou me deitar, estou com dor de cabeça. – acaricia o rosto dele. – Poncho, faz o leite dele e depois o coloque pra dormir. - sai sem dizer mais nada e sem olhar para o pequeno que já não chorava e seguia o pai.

Alfonso: Ok, te encontro lá em cima.

Miguel: A mamãe tá triste? – entra na cozinha com o pai.

Alfonso: Está.

Miguel: Por causa da bagunça?

Alfonso: Isso. – respira fundo. - Vem filho, vamos conversar. – apanha o filho e o coloca em cima da mesa sentado.

Miguel: Você também está bravo?

Alfonso: Estou chateado. – encara o pequeno. - Não bravo. O que você fez foi muito feio!

Miguel: Eu sei. – responde, de cabeça baixa. - É que não quero mais irmãzinha.

Alfonso: Não quer mais?

Miguel: Não.

Alfonso: Por que?

Miguel: Porque ela vai roubar você e a mamãe de mim. - Alfonso parou alguns segundos refletindo e abriu um sorriso para o garoto.

Alfonso: Campeão! Ninguém nunca vai nos roubar de você. – bagunça os cabelos do filho. - Você é nosso garoto não é?

Miguel: Sim, mas ela também vai ser filha, e se a mamãe gostar mais dela porque ela é menina?- encara o pai.

Alfonso: Impossível Miguel! Sua mãe vai gostar dos dois do mesmo jeito e eu também.

Miguel: Eu pensei que a mamãe fosse achar que a irmãzinha tinha feito bagunça e não ia mais querer ela.

Alfonso: Foi errado o que você fez filho. Sua mãe trabalhou tanto naquele quarto.

Miguel: Mas ela não quis pintar de verde que nem eu falei.

Alfonso: Podemos pintar o seu se você quiser.

Miguel: Eu quero! – ele sorri.

Alfonso: Então vamos pintar!

Miguel: A mamãe me bateu.

Alfonso: Eu sei.

Miguel: E doeu.

Alfonso: Imagino. – segura o riso. - Também já levei umas palmadas da sua avó!

Miguel: Ela não gosta mais de mim?

Alfonso: Claro que gosta. Até uma palmada as vezes no bumbum é uma forma de dizer te amo filho.

Miguel: Não quero que a mamãe diga que me ama assim. – encara o pai. -  Se eu for no quarto dela ela vai ficar brava?

Alfonso: Tenho certeza que não.

Miguel: Então posso ir?

Alfonso: Pode. – sorri. - Vamos os dois.

Miguel: Você ai me amar pra sempre?

Alfonso: Sempre campeão. – sorri, colocando o filho no chão.

Encontraram a luz do quarto apagada e a do banheiro acesa. Dulce estava deitada na cama, de costas para a porta com um lençol branco que a cobria até a cintura. Alfonso  e Miguel entraram devagar tentando não fazer barulho, em vão, o menino logo tropeçou em um tênis jogado no chão, e protestou alto.

Miguel: Shiiiu! - fez para si mesmo. Subiu na cama engatinhando até a mãe e beijou-lhe o rosto. Dulce acordou sentindo o cheiro do filho e logo o reconheceu. -Desculpa mamãe? -pediu abraçando-a. Dulce retribuiu o abraço, puxando-o para mais perto e apertando o menino em seus braços. - Prometo que não faço mais bagunça.

Dulce: Por que fez aquilo? – coloca os cabelos dele para trás enquanto lhe acariciava o rosto.

Miguel: Pra você ficar brava e não querer mais a irmãzinha.  – ele segura o rosto da mãe com suas pequenas mãos. - Ela vai roubar você de mim?

Dulce: Roubar? Não meu amor! – ela sorri. - Claro que não sua irmãzinha nunca vai roubar meu amor por você, sabe por que?

Miguel: Por que?

Dulce: Porque a mamãe tem um coração gingante.

Miguel: Igual um elefante?

Dulce: Isso. – ela ri. - Ele é tão grande que nunca vai faltar amor nem pra você nem para sua irmã.

Miguel: E quem vai ficar com o pedaço maior?

Dulce: Não existe pedaço maior! É tudo para os dois. – ela beija a testa dele. - O que quero dizer é que não vou deixar de amar, você é meu anjinho não é? – ele concorda com a cabeça – Nunca vai deixar de ser.

Miguel: Entendi. – ele sorri.

Dulce: Te amo!

Miguel: Também te amo. – a abraça com força.

Dulce: E você amor? Vai ficar escondido ai no escuro? Acende a luz e vem pra cá. – Alfonso sorriu e acendeu a luz, caminhando até eles. – Miguel?

Miguel: Que?

Dulce: Quer sentir sua irmãzinha chutar?

Miguel: Quero! – ele sorri. - Onde? - Dulce pegou a mão do filho, colocando-a em sua barriga. - Não estou sentindo nada! – ele faz uma careta, esperando. - Sua barriga só pula!

Dulce: Essa é sua irmãzinha chutando.

Miguel: O chute dói? – ele coloca a outra mão na barriga da mãe.

Dulce: Nem um pouco!

Miguel: Oi Maria Júlia. – ele sussurra.

Dulce: Maria Júlia? – ela o encara, Alfonso também.

Miguel: Sim! – ele olha para os pais. – São as letras do meu nome só que ao contrário. – ele ri. – João Miguel, Maria Júlia. – ele diz como se fosse obvio. - Pode chamar ela Maria Júlia? – Dulce e Alfonso trocaram um olhar.

Alfonso: Pode. – ele sorri. - Você encontrou um bom nome para sua irmãzinha campeão!

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Meus queridos leitores, me perdoem pela demora pra postar, estava viajando, tá uma correria no trabalho e a web já está quase no fim :(

 não desanimem nem me abandonem, vou dar uma caprichada pra postar mais rápido pra vocês ♥