Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

No dia seguinte acordaram e foram ao ensaio no palco onde seria o show, ensaiaram a manha toda e almoçaram todos juntos, a consulta de Dulce estava marcada para as duas da tarde, e dali retornariam ha mais um ensaio. Dulce e Poncho chegam atrasados no consultório do médico.
Dr.: Muito bem Dulce, o que a traz novamente aqui?
Dulce: É que, bem o senhor me disse da ultima vez que estava tudo bem comigo e os exames confirmaram e que eu não teria problemas para engravidar.
Dr.: Sim. – ele sorri ternamente.
Dulce: Mas, já faz algum tempo que estamos tentando e nada ainda, eu já fiz três testes que deram negativos e não sei será que estou doente?
Poncho: Dr., acho que o problema pode estar em mim, se você tiver algum urologista bom pra me recomendar.
Dr.: Vejo que estão muito ansiosos para que engravide logo Dulce.
Dulce: É, estamos sim, muito!
Dr.: Olha Alfonso,  não acho que o problema aqui seja de saúde física.
Poncho: Então?
Dr.: É psicológico, vocês estão muito ansiosos e isso atrapalha, ansiedade demais atrapalha entendem?
Dulce: Sim mas, como pode ter tanta certeza.
Poncho: Muitas mulheres aparecem aqui com dificuldades para engravidar e 60% dos problemas são psicológicos, principalmente ansiedade.
Dulce: Então esta dizendo que deveríamos nos desligar um pouco desse assunto?
Dr.: Sim, é o que aconselho, e é bom saber que se preocupa em saber se o problema esta em você Alfonso, muitos homens acham que o problema sempre está em suas mulheres e só decidem consultar um médico quando são praticamente obrigados, bom, não vou pedir nenhum exame a você Dulce e Alfonso, vou te dar um cartão de um médico muito bom, mas peço que primeiro tentem esquecer um pouco esse assunto, as vezes é normal a demora, existem casais que levam meses e pra conseguir.
Dulce: Bom, pelo menos já estamos mais tranquilos, obrigada doutor. – ela sorri.
Depois de uma noite cansativa de shows e entrevistas Dulce e Poncho acordam tarde, tomam banho e como há muito tempo já haviam prometido a Mariano almoçariam na casa dele e de Cecília, Poncho colocou uma calça jeans, tênis, uma camiseta verde e uma blusa de moletom preta, fazia um tempo nublado, Dulce também colocou uma calça jeans escura, botas de um marrom escuro de salto fino e alto e um cardigã azul clarinho. Antes de seguirem a casa de Mariano passaram em uma padaria e compraram sobremesa, chegaram onze e meia na casa de Mariano, era uma casa bonita, grande, de paredes azuis e uma enorme varanda na entrada, tocaram a campainha e o próprio Mariano foi quem os atendeu.
Mariano: Ah! Que bom que chegaram! Entrem, sejam bem vindos, opa eu seguro isso. – ele apanha  a caixa da sobremesa das mãos de Poncho que estava deixando cair.  Dulce! Dulce! Que bonita esta! – ele dá um beijo demorado no rosto dela.
Dulce: Obrigada Mariano, bela casa. – ela sorri.
Mariano: Vamos, vamos entrar a Cecília esta terminando o almoço.
Dulce e Poncho entraram a casa por dentro não era muito chique, mas era confortável, Mariano pediu para que se sentassem.
Mariano: Ceci vem a cá!! Eles chegaram! – ele grita para a mulher que estava na cozinha.
Cecília aparece na sala com um avental na cintura, uma saia jeans um tanto quanto curta, que Dulce acha muito estranho já que fazia frio, mas cada um com seus problemas, e uma blusa branca de lã, ela era alta, bem mais alta do que Dulce, tinha os cabelos loiros e os olhos verdes, pele bem branca e boca e nariz finos, tinha um ar arrogante, mas parecia não ser tão ruim, pelo menos foi essa a primeira impressão que Dulce teve.
Cecília: Ah!! Olá Poncho.- ela faz questão de cumprimentar Alfonso primeiro. - Ana María não é?- ela dá um beijo rápido no rosto de Dulce.
Dulce: Dulce Maria. – Ela enfatiza o Dulce. – Muito prazer. – ela sorri.
Cecília: Ah, sentem-se e bebam alguma coisa, eu já estou terminando.
Dulce: Se quiser ajuda.
Cecília: Ah seria ótimo obrigado. - Dulce a segue até a cozinha, Poncho e Mariano ficam conversando na sala.
Mariano: Tem sorte Poncho, a Dulce esta sempre muito bonita!
Poncho: Pois é.- ele sorri mas não gostava dos comentários que Mariano fazia em relação à Dulce.
Na cozinha...
Cecília: O Poncho tirou a sorte grande sabia?
Dulce: Ah é por que? – Dulce cortava os tomates.
Cecília: Casou-se com você, tão bonita, famosa e rica.- ela sorri ironicamente e apaga o fogo.
Dulce: Não acredito que Poncho tenha se casado comigo por causa dessas qualidades, ele é tão bonito famoso e rico quanto eu. – ela comenta em tom indiferente.
Cecília: É, você tem razão, ele é. - Dulce quase assassina os tomates quando ouve o tom subliminar de Cecília. - Não sei se continua o mesmo mais.
Dulce: Como assim? – Dulce levanta o olhar para ela.
Cecília: A o Poncho sempre foi tão doce, aprontamos muito juntos, uma vez teve uma festinha na casa de um amigo nosso do colégio e meus pais não me deixavam ir, sabe o que o Poncho fez? – ela começa a rir.
Dulce: Não sei, o que? – ela tenta não transparecer o ciúmes que estava surgindo.
Cecília: Foi até a minha casa com um buquê de flores e um anel, não como esse que você esta usando, ah não, aquele era mais bonito. – ela sorri, reparando nas mãos de Dulce, em um dos dedos ela usava uma aliança bem bonita e em outro um anel que Cecília deduziu ser presente de Poncho e acertou, era de prata e diamante. - Mas era um anel que pra mim significou muito pois foi quando Poncho me pediu oficialmente em namoro, o Mariano não sabe mas eu o guardo até hoje. – ela comenta normalmente como se Dulce fosse amiga de Poncho, e não sua esposa. - Se quiser eu te mostro depois.
Dulce: Ah! Seria muito bom. – Dulce entra no modo atriz e solta seu melhor sorriso, tentando disfarçar a irritação, acabando logo de cortar os tomates.
Cecília: Bom, deixe que eu termine Dulce. – ela sorri alegremente, Dulce sai da cozinha pisando forte, Cecília abre mais o sorriso.
Dulce volta para sala e se senta ao lado de Poncho, minutos depois Cecília os chama para almoçar, todos vão para sala de jantar e se sentam, Cecília serve Poncho e mais ninguém, nem o próprio marido que fica muito sem graça, Dulce fica incomodada também, Poncho  não diz nada só tratou de fazer com que Dulce se senta-se bem longe de Mariano, mas vendo a situação Dulce se levantou e serviu o por educação, simpatia e pena, depois se serviu, apesar de não estar com um pingo de fome, e se sentou, para quebrar o clima chato que tinha se instalado na mesa, Mariano, como sempre, puxou assunto.
Mariano: Então, muito legal o show de ontem hein, e aquele beijo de vocês, eu assisti pela TV.  – ele sorri.
Dulce: Pois é, é sempre muito bom cantar e alegrar o publico. – Dulce sorri de volta.
Cecília: Ah eu não sabia que você cantava Dulce!
Mariano: Como não?! Você viu o show ontem mulher, e eu já tinha te falado!  - ele sorri fazendo uma careta.
Cecília: Ah é, puxa que cabeça, eu até comentei com você não é Dulce? É que não prestei muita atenção, e não leio muitas revistas e nem vejo TV, e como estava fora do país, bom, só vejo algumas coisas, vi algumas entrevistas suas Poncho!
Poncho: Ah é?! Legal! – Ele sorri. -  O que fazia fora do país Ceci?

Dulce quase pirou quando o ouviu chamar aquela mulher vulgar assim.
Cecília: Ah, estive a trabalho, abri aquela loja que eu sonhava se lembra?
Poncho: Me lembro sim! Aquela que você ficava desenhando não é? – Poncho se anima no assunto, Dulce havia parado de comer e Mariano estava prestando atenção na conversa.

Cecilia e Poncho conversaram sozinhos sobre assuntos que Dulce não gostou nem um pouco, durante todo o almoço, Mariano comentava e às vezes conversava também, quando terminaram saíram da mesa indo para sala.
Cecilia: Marianinho, pode me ajudar a levar essas coisas pra cozinha?
Mariano: Claro meu amor. Com licença, fiquem a vontade. – ele sorri se levantando, deixando Dulce e Poncho sozinhos.
Poncho: Por que esta calada hoje Dul?
Dulce: Nada Poncho, só não gostei muito dessa Cecilia.
Poncho: Por que? Ela é tão simpática.
Dulce: Olha Poncho.... – Dulce é interrompida por seu celular que começa a vibrar. - Ah! Oi Ucker!
Ucker: Oi Dul, olha liguei pra dar boas noticias.
Dulce: Quais?
Ucker: O Pedro liberou a gente mais cedo! Eu e a Any já estamos saindo de viagem, vou deixar as chaves do nosso apartamento com o porteiro pra você pegar ok?
Dulce: Ok, boa viagem viu! E juízo!
Ucker: Você também DulDul! – ele sorri. - Não se esqueçam do nosso acampamento hein!
Dulce: Pode deixar, tchau beijo.
Ucker: Outro!
Minutos depois só Mariano volta para sala.
Poncho: E Ceci?
Mariano: Deixou cair molho na saia, foi se trocar. – ele sorri. – Ah, Dulce!
Dulce: O que foi?
Mariano: O Poncho me disse que você gosta fadas é verdade?
Dulce: É, é sim, faço coleção já faz um bom tempo.
Mariano: A que ótimo, vem aqui comigo no jardim quero te mostrar uma coisa. – ele puxa Dulce pelas mãos, coloca um dos braços em volta da cintura dela a levando para o jardim, Poncho se levanta furioso, já estava achando Mariano muito petulante, não aguentava mais as gentilezas dele com Dulce, sua vontade era dar um belo soco na cara dele e dizer “Larga ela patife é minha mulher!”, mas se controlou, foi atrás deles com os punhos fechados, o céu estava meio escuro e o vento soprava forte, parecia que ia chover, Mariano acendeu uma luz na varanda e fadinhas penduradas no teto começaram a brilhar.
Dulce: Ah que legal! – ela sorri olhando encantada ao redor.
Mariano: Também gosto de fadas, minha avó contava muitas histórias sobre elas!
Dulce: Sério! E você acredita mesmo que existam?!- Dulce se estica tentando alcançar uma fadinha.
Mariano: Claro! Você não?! – ele puxa um banco para Dulce subir.
Dulce: Sim, claro, pra mim fadas são como anjos que estão escondidas, nunca a vemos, mas sabemos que elas estão do nosso lado, realizando alguns desejos com suas mágicas. - Poncho se mantinha de braços cruzados observando tudo.
Mariano: Também penso assim, mas minha avó dizia que existe algumas que são más, e que aprontam algumas travessuras de vez em quando. - Dulce consegue tirar uma fada de um gancho que as prendia, descendo do banquinho pisa em falso e quase cai.
Mariano: Opa! – ele abraça Dulce pela cintura antes que ela caia. - Eu não disse! Talvez seja obra de uma fada!  - ele começa a rir endireitando-a, mas ainda com os braços em volta dela.
Dulce: Provavelmente. – ela sorri também, tentando se soltar gentilmente dele.

Aquilo já era demais para Poncho, tudo bem Mariano ser simpático e ajudar Dulce, mas já deveria ter soltado ela não? Ele se aproximou segurando Dulce pelo braço e a puxando para si.
Poncho: Acho que ouvi Cecilia te chamando Mariano.- Poncho o encara.
Mariano: Oi? Ah sim! Já estou indo amor! – ele sorri e caminha para a sala.
Poncho: O que foi aquilo Dulce?! – Poncho comenta com sua voz alterada, mas ainda falando baixo.
Dulce: Aquilo o que? – Ela olha para a mão de Poncho  em seu braço, apertando-a com força.
Poncho: Esse chamego todo com o Mariano! – ele ainda a segurava.

Dulce: Dá pra me soltar primeiro?! – ela tenta se livrar dele.
Poncho: Não até você me explicar direitinho o que foi isso! – Poncho a segura um pouco mais forte.
Dulce: Me solta Alfonso! Você esta me machucando seu estúpido!! – Dulce o fuzila com o olhar.
Poncho: Desculpe. – ele a solta.  – Me desculpe amor, não medi a força. – ele acaricia o braço dela, Dulce da um passo para trás afastando-se dele. - É que não gostei de ver o Mariano assim tão perto de você.
Nesse momento Mariano volta para varanda.
Mariano: Estão falando de mim? – ele sorri, apagando as fadas.
Poncho: Não!- Poncho responde com firmeza.
Mariano: Ah, pensei ter ouvido meu nome.- ele sorri. -  Ah Dulce pode ficar com esta se quiser. – ele aponta para a fada nas mãos de Dulce.
Dulce: Ah muito obrigada.- ela sorri.
Dulce e Poncho entram novamente seguidos de Mariano, Cecilia já estava da sala com duas garrafas de tequila nas mãos.