Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

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7° Mês de gestação...

Era uma manhã de quinta-feira, o dia estava quente e Alfonso chegava da escola onde meia hora atrás deixara o filho. Assim que ouviu a porta bater, Dulce desceu as escadas apressada, segurava uma bolsa transparente em uma das mãos, e no outro braços carregava um amontoado de coisas, como toalhas, roupas de banho, pente e uma boia.

Dulce: Ainda bem que você chegou! Que demora! - fala ofegante, com o rosto vermelho.

Alfonso: O trânsito está um caos. – ele se aproxima, ajudando-a. - O que são todas essas coisas?

Dulce: Você esqueceu?!

Alfonso: Esqueci o que? – sorri.

Dulce: Não acredito Poncho! Hoje tenho aula de hidroginástica lembra?!

Alfonso: Sim mas, se está atrasada porque ficou me esperando? – ele pega a bolsa das mãos dela, voltando para o carro.

Dulce: Porque você vai comigo oras!

Alfonso: Eu? Ir com você numa aula onde só tem mulheres com barrigas enormes seguindo os passos de um afeminado?

Dulce: Primeiro não fale assim do meu professor ele é ótima pessoa, depois, você queria o que? Um bando de mulheres gostosas grávidas de sete meses?

Alfonso: A minha está com sete meses e continua gostosa. – sorri, beijando o rosto dela.

Dulce: Sério Poncho. – dá um leve tapa no ombro dele. - Você vem comigo né?

Alfonso: Ah Dul, quer mesmo que eu vá?

Dulce: Quero. Você não foi um uma aula de lamaze comigo. Tive sempre que fazer todos exercícios com a professora. E sem contar que todas as mulheres lá da hidro vão junto com seus maridos, me sinto abandonada. – ela o abraça por trás enquanto ele guarda as coisas no carro. – Custa ir só uma vez?

Alfonso: Não Dul, é que...

Dulce: Não venha me dizer que você vai trabalhar porque eu sei que não vai.

Alfonso: Por que você não nada aqui em casa mesmo?

Dulce: Porque eu não quero e porque não vou nadar, vou fazer hidroginástica.

Alfonso: E não dá na mesma?

Dulce: Não. Essas aulas me fazem bem Poncho, diminuem minha dores nas costas e o médico disse que vai me ajudar na hora do parto. – o solta. - Mas ok, você não quer ir tudo bem. Quando me perguntarem “Dul, onde está seu marido? Não veio de novo?” vou responder: “Não ele é um desnaturado que não está nem ai.”, diz calmamente, pegando as chaves do carro.

Alfonso: Suas colegas de turma perguntam isso? Elas não sabem que seu marido é um galã que trabalha muito? – ele sorri.

Dulce: Sabem, mas elas acham até que dormimos em camas separadas, e os maridos até desconfiam da sua masculinidade.

Alfonso: Masculinidade que colocou esse bebê ai dentro! – a observa. -  Que gente fofoqueira, já vi que não vou gostar desse lugar!

Dulce: Então você vai? – o observa, esperançosa.

Alfonso: Vou! Está calor mesmo, e também não quero deixar minha titiquinha sozinha.

Dulce: Titiquinha? – ela ri.

Alfonso: Sim. – sorri, se aproximando segurando o rosto dela carinhosamente. - Titiquinha, pequenina, linda, ardilla. – sorri, beijando-a demoradamente. – Vamos antes que eu mude de ideia?

Dulce: Vamos! – sorri.

...

Alfonso: Essa natação é no Pacífico por acaso? – reclama da distancia do lugar depois de meia hora dentro do carro.

Dulce: É hidroginástica, e já estamos chegando. – Dulce dirigia atentamente, freando bruscamente de repente.

Alfonso: DULCE! – ele berra - Não viu que ele ia entrar na sua frente não?

Dulce: Por isso freei!

Alfonso: Deixasse o cara passar, caramba!

Dulce: Poncho, ele está errado entrando assim do nada nesse espacinho, eu nem dei passagem.

Alfonso: Mas mesmo assim!

Dulce: Alfonso, quer calar a boca? Quem está dirigindo aqui sou eu. – se irrita. Alfonso cruzou os braços e calou-se, assim ficou todo o caminho que restava, sem trocar uma palavra com a mulher. - É aqui. – ela desliga o carro. – Vamos!

...

Dulce que já estava trocada ficou esperando Alfonso sair do vestiário antes de se juntar as colegas.

Dulce: Poncho? – o chama sem obter resposta. - Vai demorar? – olhava o relógio. Alfonso saiu logo em seguida de sunga preta e touca. - Essa sunga nova ficou linda em você.- ela sorri. Alfonso se manteve calado. - O que você tem? Está quieto a um tempão!

Alfonso: Estou “calando minha boca”. – responde, indiferente.

Dulce: Poncho! – ela revira os olhos. - Sem essa vai. Você me deixou irritada, ninguém gosta de copiloto quando está dirigindo.

Alfonso: Vamos logo.- respira fundo, saindo na frente dela.

Dulce: Não, espere. – o segura pelo braço, Alfonso se vira para ela. - Desculpa? Não quis chateá-lo.

Alfonso: Eu sei. – ele respira fundo e sorri em seguida. – Vamos. – estende uma mão para ela que a segura e caminham juntos para a piscina.

Professor: Dulce! Querida! – diz, com uma voz fina. - Só faltava você!

Dulce: Desculpe o atraso Pierre, estava esperando o Poncho!

Professor: Ah! Trouxe seu bofe?! - Sorri. - Prazer Poncho, eu sou Pierre.

Alfonso: Prazer. – sorri, apertando a mão dele.

Professor: Todos para piscina, vamos começar logo essa aula!

A aula se inicia com alguns exercícios de aquecimento. Todas as mulheres estavam acompanhadas por seus maridos, mas não tiravam os olhos de Alfonso, que parecia se divertir ajudando Dulce.

Dulce: Me abrace assim! – ela o ajuda a seguir os passos indicados, Alfonso a envolve com os braços todo carinhoso.

Mulher1: Eles foram um casal tão lindo. – comenta com uma colega sorrindo.

Mulher2: Sempre formaram. – observava. - E o Alfonso é tão lindo.

Mulher1: E tão fofo com ela, queria que o Rubens fosse fofo assim comigo.

Marido1: E eu não sou?

Mulher1: Mais ou menos.

 
O professor continua com a aula até que uma hora depois ele bate palmas dando um intervalo para turma.

Mulher2: Ei Dulce.

Dulce: Oi?

Mulher: Não vai nos apresentar seu marido?

Dulce: Ah, desculpe. – ela sorri. - Meninas esse é o Alfonso, Alfonso essas são as meninas.

Alfonso: Oi! – sorri, cumprimentando-as.

Mulheres: Prazer. – todas sorriam.

Marido2: E ai cara, decidiu acompanhar a esposa hoje?

Alfonso: Pois é! – se lembra dos comentários feitos por Dulce em casa. - Consegui me desafogar do trabalho.

Marido1: Ah mas o trabalho de vocês deve ser muito bom! Se divertem e ainda ganham uma grana alta!

Alfonso: Nem sempre é assim.

Marido2: Eu que queria essa vida. Cansei de fazer plantão naquele hospital...

Marido1: E eu de cozinhar naquele restaurante! Até engordei! – sorri, batendo na barriga exageradamente saliente. - Vida de famoso deve ser boa demais!

Alfonso: É boa sim, mas só me sinto amado mesmo quando estou em casa com a Dul e nossos filhos.

Mulher1: Contente com o bebê?

Alfonso: Muito. – sorri. - Nossa menininha vai completar a família.

Marido1: Nós temos três garotos e agora vem mais um.

Mulher2: O meu é o primeiro.

Alfonso: Pra quando?

Mulher2: Daqui quatro meses.

Alfonso: Pertinho da gente né amor? – sorri, abraçando a esposa.

Dulce: Sim. – responde, sorridente.

Pierre: Chega de conversa turminha! Vamos continuar nossa aula? – ele retorna acompanhado de um rapaz que trazia várias boias dentro de um saco. - Muito bem! Cada papai pegue uma e ajude a colocar no pezinho da mamãe assim! – ele demonstra. – Isso, agora meninas confiem nos seus bofes. Quero todas boiando. Meninos vocês fiquem onde estão.

As mulheres atenderam e começaram a boiar, deitadas sobre a água como uma folha na superfície de um rio.

Pierre: Agora maridões puxem suas mulheres pelos pés fazendo-as deslizar na água!

Dulce: Isso é bom. – ela sorria.

Alfonso: Faz em mim em casa depois? – sorri, puxando-a delicadamente pela água.

Dulce: Faço! – sorri, relaxando.

Mais uma hora depois o professor encerra a aula passando algumas instruções, Alfonso ajudou Dulce a sair da piscina e foi requisitado pelas outras mulheres a fazer o mesmo, deixando os outros homens com ciúmes.

Dulce: Vou tomar banho!

Alfonso: Vai lá, eu já vou! – conversava com os dois maridos anteriores. - Te espero aqui.

Dulce: Ok. – sorri, se retirando.

Marido1: Sua mulher é uma simpatia Alfonso! E eu que sempre a achei meio antipática assim vendo pela tv.

Alfonso: A Dulce é meio desligada, as vezes pode parecer antipatia. – responde, incomodado pelo comentário do homem.

Pierre: Poncho, depois posso dar uma palavrinha com você?! – sorri, passando por eles.

Alfonso: Como quiser.

Marido1: Cuidado com esse ai hein.

Alfonso: Por que?

Marido2: Esse cara é uma biba!

Alfonso: E daí?

Marido1: Até ai tudo bem se ele não desse em cima de todos os caras que passam por aqui.

Alfonso: Sério?

Marido2: Sérissimo. Pior, ele passa a mão nos caras viu. É sempre assim chama num canto, diz que quer conversar sobre sua esposa, e créu! Mete a mão em você. Digo por experiência própria e olha que nem atraente eu sou.

Alfonso: Eu hein!

Marido1: Se eu fosse você correria agora mesmo para o vestiário, tomava seu banho e saia fora.

Alfonso: Bom, talvez ele tenha achado que vocês deram algum tipo de liberdade. – encara os homens.

Marido2: Bem, se você quer se arriscar boa sorte. – se retira junto ao marido 1.

Pierre: Ei bofe!

Alfonso: Oi Pierre. – o encara. – O que deseja?

Pierre: Preciso conversar sobre sua mulher.

Alfonso: O que tem a Dul?

Professor: Além de maravilhosa ela está indo bem com as aulas acho que vai ser benéfico pra ela. Me disse que sentiu muita dor da primeira gravidez.

Alfonso: É, ela passou por umas poucas e boas na primeira gestação.

Pierre: Você deveria vir mais vezes, Dulce é sempre tão quietinha nas aulas, e hoje ela estava tão contente.

Alfonso: Ah, virei sim. – sorri.

Pierre: Ótimo. – sorri. - Continue sendo essa gracinha, hein? – pisca para ele e sai, beliscando o bumbum de Alfonso que deu um pulo assustado. - Bye.

Alfonso entrou no vestiário indignado. Sai meia hora depois e Dulce o esperava.

Dulce: Ah ai está você. – sorri, indo ao encontro dele. - Que carinha é essa?

Alfonso: Dulce, meu amor, não voltarei mais aqui.

Dulce: Por que? Aconteceu alguma coisa? Não gostou?

Alfonso: Não Dul. – ele sorri. - A aula é muito boa, adorei estar com você assim, mas seu querido professor beslicou minha bunda! Na maior cara de pau!

Dulce: Ah Poncho, ele faz isso com todos, deixe de ser bobo. – ela sorri.

Alfonso: Bobo nada! Não vou sair por ai deixando homens beliscarem minha bunda! Aqui não volto mais, e acho que não deveria vir também.

Dulce: Eu virei sim senhor.

Alfonso: Então virá sozinha.

Dulce: Você que sabe – o encara, chateada. - Se acha mais importante preservar seu traseiro do que estar junto com sua mulher o problema é seu!

Alfonso: Não amor. Eu me diverti muito aqui com você, só não esperava por essa, desculpe.

Dulce: Aposto como esses machistas já encheram sua cabeça de merda. Alfonso não dê ouvidos a esses caras, são todos machões de primeira!

Alfonso: Ei, você sabe muito bem que não ligo pra orientação sexual de ninguém, mas ele passou dos limites. – respira fundo. - Vamos esquecer ok? Preciso comprar umas calça sociais pra mim. Podemos ir ao shopping ai depois pegamos o Miguel no colégio e vamos almoçar em algum lugar, o que acha?

Dulce: Adorei a ideia! – sorri, beliscando o bumbum dele. - Eu posso?

Alfonso: Você deve. – sorri, abraçando-a de lado.

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