Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

8° Mês de gestação.  

Noite de sábado, e como qualquer pai de família, Alfonso assistia um filme com a mulher e os filhos. Estavam todos debaixo das cobertas e edredons, protegidos do frio congelante que fazia lá fora, esperando a pizza que já demorava a chegar.

Miguel: Mamãe e a pizza? – perguntava pela milésima vez.

Dulce: Já vai chegar príncipe. – sorri abraçando o filho. - Ursinho fofo da mamãe.

Miguel: Minha barriguinha está nervosa mamãe.

Dulce: A minha também. – sorri, acariciando o rosto do filho. – Poncho, liga lá na pizzaria.

Alfonso: Já liguei Dul, duas vezes!

Dulce: Liga de novo. – faz bico, nesse instante a campainha toca.

Alfonso: Chegou. – sorri, se levantando e saindo as pressas do quarto.

Miguel: Aleluia! – se levanta feliz, fazendo menção de ir atrás do pai.

Dulce: Coloque o chinelinho Miguel, e trás um pedaço pra mamãe?

Alfonso: Vamos comer aqui mesmo! – volta, com uma caixa enorme de pizza. - Quentinha, gigante e de bacon com frango e catupiry como nós gostamos. – sorri.

Dulce: Quero três pedações!

Miguel: Como você é gulosa mamãe! – ele ri.

Dulce: Sua irmãzinha também está com fome.

Miguel: E por que ela não sai daí logo pra comer?

Dulce: Porque ainda não está na hora. – sorri.

Miguel: E quando vai ser a hora? – coloca as mãos na barriga da mãe.

Dulce: Logo!

Miguel: Como ela entrou ai? Você teve que cortar a barriguinha?

Dulce: Não meu amor. – ela ri.

Miguel: Então como foi?

Dulce: Bom...

Alfonso: Fui eu quem colocou ela ai. – morde um pedaço da pizza, fala sem pensar.

Miguel: Você? – o encara confuso. - Como?

Alfonso: Bem... – ele olha para Dulce, pedindo socorro.

Dulce: Você começou você termine. – sorri, pegando um pedaço da pizza.

Alfonso: É difícil filho, você só vai realmente entender quando for adulto.

Migue: Mas eu quero entender agora!

Alfonso: Olha...- ele encara o filho sorrindo. - Como o papai vai te explicar?! – coça a cabeça. - Quando duas pessoas se amam como eu e sua mãe essas coisas acontecem. – sorri achando que o filho se contentaria com a resposta.

Miguel: Acontecem como?

Alfonso: A mamãe e o papai namoram e o papai rega a sementinha da mamãe com sua mangueira e...

Dulce: Semente? Mangueira?

Miguel: Qual mangueira?

Alfonso: A do pipi...

Dulce: PONCHO!

Miguel: A do pipi? Mas fazer xixi nos outros não é feio?

Alfonso: É! – ele cai na gargalhada. - Muito feio campeão. – sorri encarando Dulce. – Mas quando mamãe e papais namoram as sementinhas do papai saem pela mangueira e se encontram com as sementinhas da mamãe, então essas sementinhas crescem e o bebê nasce.

Miguel: Eu era uma semente?

Alfonso: Era. Todos éramos.

Miguel: Que nem de árvore?

Alfonso: Mais ou menos...

Miguel: Se eu regar a Maria Júlia ela nasce mais rápido?

Dulce: Se for de carinho sim.

Miguel: E com água? – abre um sorriso.

Alfonso: Água não.

Miguel: A vovó Blanca rega as plantinhas com água, você também mamãe.

Alfonso: Mas as sementes de bebês são especiais e só podem ser regadas com amor filho!

Miguel: Entendi. – ele pega u pedaço de pizza. - Então a Júlia vai nascer rapidinho! – sorri.

Dulce: Por que?

Miguel: Porque eu já amo ela bastantão! – sorri, dando um beijo a barriga de Dulce.

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