Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Eram onze da noite quando o segundo filme acabou, somente Alfonso estava acordado vendo, Miguel dormia entre os pais segurando a mão da mãe que virava de um lado para o outro, inquieta.

Dulce: N-não...não...

Alfonso: Dul? – a observa, chamando-a em voz baixa.

Dulce: Não! – ela se remexe na cama.

Alfonso: Amor, acorde! – a chacoalha de leve. –Dulce? – chama com a voz um pouco mais grave.

Dulce: Ãh? – abre os olhos, encarando-o.

Alfonso: Você está bem?

Dulce: N-não! – olha envolta assustada, meio pálida.

Alfonso: O que você tem? Começou a falar “não, não”. - a observa, preocupado. -Pesadelo?

Dulce: Eu, eu sonhei com o Christian. – ela se senta. -De novo.

Alfonso: Sonhou?

Dulce: Sim.

Alfonso: O que sonhou? – ele acaricia o rosto dela. – Está com febre!

Dulce: Sonhei com a nossa antiga casa. Eu estava lá, você não...

Alfonso: E?

Dulce: Não queria me machucar. – conta, confusa. - Só queria machucar nossa Júlinha!

Alfonso: Quem?

Dulce: Eu!

Alfonso: Você? – faz uma careta, estranhando.

Dulce: Sim. Eu sentia ódio, inveja, de todos, deixei nosso bebê cair no chão. – lágrimas começam a escorrer dos olhos dela.

Alfonso: Foi só pesadelo ardilla.

Dulce: Mas foi tão forte o que eu senti. Como se sempre tivesse algo querendo nos fazer mal. – ela respira fundo. - Então o Christian apareceu e me deu a mão e eisse que eu teria que tomar cuidado.

Alfonso: Cuidado com o que?

Dulce: Não sei. – o encara. – Ele disse que algo negativo nos persegue a muito tempo.

Alfonso: O que será que significa tudo isso?

Dulce: Eu não sei. – suspira. - Apesar das coisas estarem caminhando bem, eu sempre... – ela faz uma pausa. - Faz anos Poncho, que sinto que algo ruim caminha ao nosso lado.

Alfonso: Tipo o que? Fantasma?

Dulce: Pode ser!

Alfonso: Dul. – ele se inclina para o lado acendendo o abajur.

Dulce: O que?

Alfonso: Eu, não me lembro se te contei mas, aconteceram coisas estranhas na nossa casa antigamente.

Dulce: Coisas estranhas?

Alfonso: Sim! Na época acho que você achou graça, mas juro que tinha alguma coisa por lá que tentou fazer mal a mim e ao Miguel!

Dulce: Nunca acreditei muito nessas coisas mas, você acha que, não sei, estamos amaldiçoados?

Alfonso: Não! – ele sorri, apanhando uma das mãos dela.- Amaldiçoados não, mas que precisamos nos livrar dessas energias ruins, ah isso sim.

Dulce: Minha mãe sempre diz que assombrações são pessoas que morreram deixando algo inacabado na Terra.

Alfonso: Acha que é o Christian?

Dulce: Não, claro que não .Ele parecia tão real no meu sonho, e nunca nos faria mal. Pelo contrário, acho que aquilo foi um alerta.

Alfonso: Nunca mais volto naquela casa onde morávamos, vai saber o que tinha lá.

Dulce: Prefiro nem saber.

Alfonso: Eu tenho uma teoria, absurda mas...

Dulce: Qual teoria?

Alfonso: Alguém que realmente sempre nos quis fazer mal nunca nos deixou em paz completamente.

Dulce: Do que você está falando?

Alfonso: Esquece. – ele respira fundo. - Amanhã vamos a Basílica rezar pra espantar essas coisas ruins o que acha?

Dulce: Acho bom! – sorri de lado.

Alfonso: Ótimo! – sorri. - Então iremos amanhã, agora vamos dormir.
Dulce: Certo, eu vou ao banheiro!

Quando Dulce se levantou que Alfonso notou uma mancha de sangue no lençol.

Alfonso: Dul, o que é isso? – ele aponta para a mancha.

Dulce: Isso o que?

Alfonso: Você está sangrando. – ele se levanta rapidamente.

Dulce olhou para Alfonso assustada, ainda sem entender o motivo daquelas palavras, seu coração começou a bater tão rápido e forte que o peito doía.

Dulce: Ah meu Deus! - ela puxa a parte de trás da camisola que estava toda ensanguentada. – Poncho? – ela começa a se sentir tonta. - O que significa isso? – o encara, assustada.

Alfonso: Não sei! – ele se aproxima dela. – Vem, calma! – a segura delicadamente pelos braços. - Sente-se aqui, eu vou chamar uma ambulância. – ele apanha rapidamente o telefone. Com toda aquela agitação, Miguel acabou acordando, coçou os olhinhos bocejando preguiçosamente.

Miguel: Mamãe? – ele olha sonolento ao redor, notando o sangue na cama. - Machucou mamãe?

Dulce: E-eu... - as imagens se embaralharam diante da vista de Dulce e ela tombou o tronco para o lado, no colo do filho, desmaiando.

Miguel: Mamãe?! - Alfonso correu até ela, deixando o telefone cair no chão. - MAMÃE! O que aconteceu?! Por que a mamãe não acorda?! – a chamava assustado.

Alfonso: Campeão, corre lá no seu quarto e se troque, rápido filho!

Miguel: Tá! – ele sai correndo para o quarto.

Alfonso: Dul? – ele a segura, chacoalhando-a devagar. – Dulce, fique comigo, acorde! – ele apanha o telefone com a outra mão e retorna a ligação.

Miguel: Pronto papai! – ele retorna ao quarto com uma calça de moletom e uma blusa no avesso, Alfonso não ligou, estava preocupado demais com Dulce parar reparar nas roupas do filho.

Dulce: O que... –ela começa a tossir.

Alfonso: Dulce? Amor?!

Dulce: Onde estou? – tenta se levantar.

Alfonso: Calma meu amor.  –ele a deita novamente. - Você está em casa, a ambulância já vem. – acaricia o rosto dela.

Dulce: Nossa filha...

Alfonso: Tenho certeza que tudo vai ficar bem, se acalme!

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