Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Cinco minutos depois a ambulância chegou, levando Dulce direto ao hospital, uma equipe de médicos que estavam de plantão a levaram para uma sala fechada onde não era permitida a entrada de ninguém.

Alfonso andava de uma lado para outro enquanto Miguel dormia no sofá, ninguém lhe trazia noticias e o desespero começa a tomar conta de seu corpo.

Mai: Oi Poncho! – entra rapidamente na sala de espera. -Vim assim que me ligou! Como ela está?

Alfonso: Não sei Mai, estou com medo.

Mai: Fique tranquilo Poncho, não vai ser nada.

Alfonso: Tinha sangue Mai, e se ela perdeu nossa filha? – olha assustado para a amiga, com lágrimas nos olhos.

Mai: Poncho, a Dulce está de oito meses, não vai abortar agora, fique tranquilo ok? – ela o abraça.

Alfonso: Obrigado por vir. – ele beija o rosto dela.

Mai: Que isso. – ela força um sorriso.

Alfonso: Mai, se incomodaria de levar o Miguel pra sua casa? Não gosto que ele fique nesse ambiente, ele ficou assustado com tudo o que aconteceu lá em casa.

Mai: Claro Poncho, amanhã o Will vai levar a Mariana ao clube, o Miguel pode ir junto ai ele se distrai e esquece o que viu.

Alfonso: Aqui... – ele remexe no bolso da calça. - Fique com as chaves lá de casa caso precise de alguma coisa. – ele desvia o olhar rapidamente. - Ai vem o médico! – ele corre até o médico. - Então?! Como ela está?

Médico: Está bem!

Alfonso: Graças a Deus. – suspira aliviado. - O que aconteceu?

Médico: Bom é grave Sr. Herrera! Dulce está com a placenta baixa.

Alfonso: Como assim?

Médico: Com o crescimento do útero a placenta de afastou do colo, isso gerou o sangramento.

Alfonso: Mas...Elas vão ficar bem não é? A Dulce e nossa filha?

Médico: Não vou mentir Sr. Herrera, se sua mulher não se cuidar, ela e o bebê correm grande risco.

Alfonso: O que temos que fazer?

Médico: Primeiro vamos segurar a Dulce aqui essa noite e se ela estiver melhor amanhã, darei alta.

Alfonso: Só isso?

Médico: Não! É extremamente necessário que até o último mês de gestação ela permaneça em repouso absoluto, literalmente absoluto.

Alfonso: Então o senhor acha melhor que ela fique aqui?

Médico: Não, não é necessário. Dulce poderá descansar em casa, mas sem tirar os pés da cama, a não ser para tomar banho, ir ao banheiro, enfim, vou receitar alguns remédios e uma solicitar uma nova dieta.

Alfonso: Obrigado! Posso vê-la agora doutor?

Médico: Pode, me siga. – ele sai caminhando.

Mai: Poncho, eu vou indo. – ela apanha Miguel que dormia no bando no colo.

Alfonso: Obrigado Mai, qualquer coisa ligue no meu celular!

Alfonso seguiu o médico que lhe indicou a porta do quarto. A luz estava acesa, mas Dulce dormia profundamente, Alfonso aproximou-se segurando uma das mãos dela.

Alfonso: Oi amor. – ele dá um terno beijo na mão dela. - Fiquei com tanto medo.

Dulce: Poncho? – abre lentamente os olhos.

Alfonso: Oi amor. – acaricia o rosto dela. - Como está se sentindo?

Dulce: Melhor! Só um pouco dolorida. – suspira. - Cadê o Miguel?

Alfonso: Foi pra casa da Mai.

Dulce: O que aconteceu? Está tudo bem com a nossa filha?

Alfonso: Agora sim.

Dulce: Graças a Deus! – respira fundo.

Alfonso: O Médico recomendou repouso absoluto.

Dulce: Quantos dias vou ter que ficar aqui?

Alfonso: Aqui, só até amanhã se estiver bem, agora na cama, um mês.

Dulce: Como assim?

Alfonso: Foi o que o médico disse, acho que ele pode te explicar melhor depois.

Dulce: Quero ir pra casa.

Alfonso: Ei sei amor, amanhã vamos!

Dulce: Vai dormir aqui comigo? – aperta devagar a mão dele.

Alfonso: Primeiro tenho que ligar para o meu produtor, amanhã cedo temos uma reunião e...

Dulce: Ah não Poncho! Nem eu estando doente você fica ao meu lado?!

Alfonso: Eu sempre estou do seu lado amor.

Dulce: Não da forma que eu gostaria. – solta da mão dele, cruzando os braços.

Alfonso: Dul, não começa, nós já conversamos sobre isso.

Dulce: Eu sei! – ela se vira de lado. - Agora me deixe sozinha porque estou cansada.

Alfonso: Não, sou seu protetor e ficarei aqui. – ele se levanta e se acomoda na cama com ela, abraçando-a.

Como esperado, no dia seguinte Dulce recebeu alta e pode ir para casa com a ajuda de Alfonso que lhe era todo cuidados.

Dulce: Poncho, eu sou um ser humano não um bibelô de vidro! - diz irritada por ouvir pela centésima vez em menos de uma hora a frase “Vai com calma ardilla.”.

Alfonso: É tudo para o seu bem Dul! – diz, segurando-a enquanto andava.

Dulce: Eu sei! Posso pelo menos entrar dentro de casa sozinha?

Alfonso: De jeito nenhum! Vai que você tropeça no desnível da sala?!

Dulce: Falando assim você acaba gorando.

Alfonso: Nem fale uma coisa dessas. Vamos pro quarto.

Dulce: Espere um minuto caramba! – reclama. - Quero dar uma olhada no Duke.

Alfonso: Duke está ótimo. Seu lugar agora é deitada, na nossa cama, sem fazer nem um esforço, entendeu?

Dulce: Usar o controle remoto da TV eu posso, doutor?

Alfonso: É sério Dul. Sua vida e da nossa filha está em jogo aqui, percebeu? – a encara. - Deixe de ser pirracenta e teimosa e me obedeça pelo menos enquanto estiver assim.

Dulce: Sim senhor! – revira os olhos.

Alfonso subiu até a suíte onde deitou a mulher na cama com cuidado, ajeitando os travesseiros. Dulce o observava com um sorrisinho nos lábios.

Alfonso: O que foi? – ele sorri. - Por que está me olhando com essa cara?

Dulce: Nada! – sorri, ainda observando-o. Alfonso volta ao que estava fazendo, não por muito tempo, parando novamente quando percebe que ela ainda o olhava e sorria.

Alfonso: Está me deixando sem graça. – ele sorri. – Pare com isso! – cobre delicadamente o rosto dela.

Dulce: E se eu não quiser? – sorri, destampando o rosto.

Alfonso: Ah Dul! Por favor vai! Eu fico sem graça quando me olham assim!

Dulce: Deixe de ser bobo amor. É que só acho que você fica bonitinho assim.

Alfonso: Assim como?

Dulce: Todo dedicado.

Alfonso: E eu não sou sempre assim?

Dulce: Não!

Alfonso: É, não sou. – sorri, admitindo. - Queria ser mas...

Dulce: Fique aqui comigo.

Alfonso: Está querendo demais hein! – sorri, deitando-se ao lado dela. - Faltei na reunião hoje pra ficar com você, contrabandeei chocolates de madrugada no hospital só porque você estava com vontade, contei histórinha, fiz naninha antes de dormir e ainda quer mais?

Dulce: Histórinha? Naninha? – ela ri, encarando-o. - Eu hein.

Alfonso: O que?  - ele ri.

Dulce: Poncho? – o encara.

Alfonso: O que? – sorri, deitado de lado, acariciando a barriga dela.

Dulce: O que você faria se eu morresse?

Alfonso: Que?

Dulce: Se eu morresse. O que você faria? Casaria de novo para dar uma nova mãe ao nossos filhos?

Alfonso: Dulce! – a encara. - Eu não fico pensando nessas coisas.

Dulce: Mas eu sim. O que você faria?

Alfonso: Eu... – ele faz uma pausa. - Eu não sei! Chega dessas conversas Dul. Se quiser que eu fique contigo, não fique falando essas besteiras.

Dulce: Não precisa ficar assim. – o observa.

Alfonso: Então pare com isso!

Dulce: Já parei nervosinho! – se vira de costas pra ele. Alfonso se aproxima e a abraça por trás.

Alfonso: Desculpe! – ele beija a cabeça dela. - Mas é que eu tenho muito medo de te perder.

Dulce: Não vou falar mais disso. – fecha os olhos, colocando as mãos sobre as dele.

Alfonso: Promete?

Dulce: Só se você me prometer outra coisa.

Alfonso: O que?

Dulce: Se um dia...

Alfonso: Dul!

Dulce: Calma, posso terminar de falar?

Alfonso: Pode.

Dulce: Se um dia acontecer alguma coisa comigo. Você promete, você jura que não vai virar um homem amargurado e deixar nossos filhos de lado?

Alfonso: Jamais os deixaria de lado.

Dulce: E promete que nunca vai se esquecer de mim? Mesmo que por ventura voltasse a se casar com outra pessoa?

Alfonso: Eu nunca vou te esquecer Dul, sabe por que?

Dulce: Por que?

Alfonso: Porque vamos morrer juntos, bem velhinhos, andando feito tartarugas e com cabelos brancos e se possível tataravôs de dez. – sorri, abraçando-a carinhosamente.

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