Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dulce adormecia profundamente enquanto Alfonso apenas cochilava. A campainha tocou, uma, duas, três vezes, antes que Alfonso levantasse para atender a porta. Coçou os olhos e esfregou as costas da mão na boca e desceu para o térreo.

Alfonso: Já vai! – caminhava depressa, abrindo rapidamente a porta.

Miguel: Oi papai! – o encara, sério.

Alfonso: Oi campeão. – sorri, abraçando o filho. - Que cara é essa?

Miguel: A mamãe voltou?

Alfonso: Voltou.

Miguel: E ainda tem sangue?

Alfonso: Não filho, sua mãe já está bem.

Miguel: Que bom. – ele sorri. - Então vou falar pra ela brincar comigo!

Alfonso: Não campeão. Sua mamãe não pode brincar. – dá um beijo na testa do filho. – Depois o papai explica ok? Agora vá lá pra dentro que o Duke não para de pegar a bolinha querendo brincar com você.

Miguel: Tá bom! – ele sai em disparada assim que o pai o coloca no chão. - Duke cheguei!

Alfonso: Oi Mai.

Mai: Então como ela está?

Alfonso: Bem agora.

Mai: E o que o médico disse?

Alfonso: Que terá que ficar em repouso até que o bebê nasça.

Mai: Já imaginava.

Alfonso: Entre, vou pedir pra Rosa fazer um café pra gente.

Mai: Obrigada. – sorri, entrando.

...

Alfonso: Preciso conversar com você!

Mai: Sobre?

Alfonso: Uns sonhos da Dul. – ele a leva até a sala.

Mai: Sonhos? Que tipo de sonhos...

Alfonso: Ela tem sonhado com o Christian, sonhou ontem antes de tudo acontecer. Ai hoje de manhã sonhou de novo.

Mai: A Mari diz que também sonha com ele. Eu nunca sonhei. – suspira. - Me sinto tão mal por isso, será que ele não quer que eu o veja outra vez?

Alfonso: Não sei. Eu sou totalmente leigo nesses assuntos.

Mai: Mas como são esses sonhos? Como ele aparece? O que ele faz?

Alfonso: Aparece como ele sempre foi. A Dul contou que parece tão real, e está sempre tentando mostrar alguma coisa, ou diz poucas palavras e sorri. Bom, depois pede para ela te contar direito, mas estou preocupado.

Mai: Bom nos sonhos da Mari ele não parece tão real. São mais lembranças dele do que mensagens sabe? Acho que quando ela se lembra de alguma coisa fica sonhando,  vai ver pra Dulce parece mais real porque conheceu ele mais tempo.

Alfonso: Será?

Mai: Pode ser. Não se preocupe com isso.  – sorri.

Meia hora se passa, Maite e Alfonso conversam sobre os filhos até que Mai observa  o relógio.

Mai: Vou indo Poncho, a Mari me cobrando a semana inteira os biscoitos de jacaré.

Miguel: Biscoito de jacaré? – a observa, confuso.

Mai: Jacarézinhos de chocolate.

Miguel: Eu quero Jacarezinhos de chocolate.

Alfonso: Depois o papai compra pra você.

Miguel: Mas não vendem jacarés papai. Eu quero os da tia Mai.

Alfonso: Miguel, agora não, sua mamãe não está legal, o papai tem que ficar aqui e...

Miguel: E se eu ficar com minhoca na barriga?

Alfonso: Que?

Miguel: Lombriga.

Mai: Tenho uma ideia. – sorri. - Porque não volta lá pra casa comigo? E fazemos todos juntos os biscoitos?

Miguel: Eba! Posso papai?

Mai: Vai ser melhor Poncho. Assim a Dulce descansa.

Alfonso: Mesmo Mai?

Mai: Mesmo. De um beijo no papai e vamos voltar João.

Miguel: Tchau papai! – ele corre até o pai, que se abaixa e o pega no colo, dando um beijo no filho.

Alfonso: Mais tarde eu passo lá para pega-lo.

Meia hora depois Dulce acordava enquanto Alfonso a observava em silêncio.

Dulce: O que foi? – se assusta. – Pare de me olhar assim.

Alfonso: Por que? – sorri.

Dulce: Sei lá! Você está com uma cara estranha. – coça os olhos.

Alfonso: Como sabe se estava dormindo?

Dulce: Eu não estava dormindo, estava cochilando.

Alfonso: Desculpe ardilla. – sorri, beijando o rosto dela.

Dulce: Pega uma aspirina pra mim aqui na gaveta? – acaricia o rosto dele.

Alfonso: O que você tem?

Dulce: Minha cabeça vai explodir!

Alfonso: Será que você pode tomar aspirina?

Dulce: Claro que posso, sempre tomei.

Alfonso: É, mas agora é diferente!

Dulce: Poncho!

Alfonso: Sem receita médica...

Dulce: Poncho, desde quando pra tomar aspirina precisa de receita médica?

Alfonso: Desde de que sua vida e da nossa filha corre risco.

Dulce: Não exagere! – suspira, irritada.

Alfonso: Além do mais, nunca foi certo tomar remédios assim e...

Dulce: E você vai deixar eu morrer de dor de cabeça? Pegue logo a droga da aspirina, por favor?!

Alfonso: Ok! – a encara. – Calma, você não pode ficar nervosa! – ele se estica pegando a aspirina dentro da gaveta.

Dulce: Você está me deixando nervosa.

Alfonso: Vou pegar água.

Dulce: Não precisa! – ela apanha a aspirina, engolindo. - Cadê o Miguel? Na casa da Mai ainda?

Alfonso: Sim! Ele veio mas já voltou pra lá por causa de uns biscoitos, enfim, fiquei de buscá-lo, mas não quero deixá-la sozinha. Acho que vou pedir para Mai trazê-lo e...

Dulce: Não amor, a Mai já está nos fazendo um grande favor, vá buscá-lo, estamos abusando da hospitalidade dela, eu vou ficar bem.

Alfonso: Mas Dul...Eu realmente não te entendo!

Dulce: Vou tirar outro cochilo, minha cabeça está pesada. Quando você chegar é capaz que nem me encontre acordada.

Alfonso: Tudo bem, mas vou trazer seu lanche que a Rosa preparou antes de sair.

Dulce: Ótimo! – sorri, puxando as cobertas.

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