Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dulce caminha até o ponto de táxi mais próximo, chorando, meia hora depois um táxi para, Dulce entra e logo estava no apartamento, na portaria lhe entregam as chaves do apartamento de Ucker e Any, Dulce entra no elevador molhando todos os lugares onde pisava, entra em casa e vai direto para o quarto se joga na cama com a roupa molhada abraçando o travesseiro, fica uma hora ali chorando, depois se levanta e vai até o closet, pega todas as roupas de Alfonso e coloca em malas, as leva até o lado de fora do apartamento e tranca a porta. Poncho chega horas depois Dulce estava dormindo, ele vê suas coisas no chão do corredor e bate na porta.
Poncho: Dulce?! – Ele bate, sem resposta, ele se lembra que estava com as chaves, abre a porta e entra, o tapete da sala estava todo molhado, Poncho caminha até o quarto a luz estava apagada, Dulce estava deitada de camisola, um lençol a cobria, ele se aproxima, senta-se na beirada da cama e se aproxima mas levando suas mãos até o rosto de Dulce, queria acaricia-la, mas recua com medo que ela acordasse e brigassem novamente, ele acende a luz do closet e acaba de pegar suas coisas, depois sai do apartamento e liga para Ucker.
Ucker: Alô? Ah oi Poncho! E ai cara?
Poncho: E ai? Já chegaram?
Ucker: Acabamos de chegar aqui! Mas aconteceu alguma coisa?
Poncho: Eu queria te pedir um favor.
Ucker: Pode pedir cara.
Poncho: Posso passar a noite no apartamento de vocês?
Ucker: Pode claro! Fique o tempo que quiser! Mas, pra que Poncho?
Poncho: Depois eu te explico direito cara, curta sua lua de mel.
Ucker: De nada Poncho, seja o que for com a Dul, vocês vão se resolver. Agora tenho que desligar porque a Any esta me enchendo aqui!
Poncho: Ok, se cuidem. - Poncho pega suas coisas e segue para o apartamento de Any e Ucker, a noite já estava chegando e havia parado completamente de chover.
Poncho entra no quarto de hospedes e deixa suas coisas ali, toma um banho e se deita, cochila durante umas duas horas, e depois não consegue mais dormir.

No dia seguinte Poncho se levanta bem cedo da cama, o tempo ainda estava nublado, e ele estava com uma dor de cabeça terrível , caminha ate a sala e se senta no sofá olhando para frente, apesar do frio estava só de shorts, estava perdido em pensamentos quando ouve um barulho de chaves na porta, se assusta e vai até o quarto pegar uma camiseta, quando volta para ver quem era encontra Dulce.
Poncho: Dulce! – ele a encara meio surpreso.
Dulce: Ah, você esta aqui! Ela assume um tom indiferente na voz.
Poncho: Ucker me emprestou o apartamento!
Dulce: Bom, então é melhor que fique com essas chaves também. – ela caminha até ele sem o olhar nos olhos e coloca as chaves em sua mão rapidamente.
Poncho: Dulce, eu... – ele a olhava, Dulce para e o encara, enquanto ele se aproximava dela, consegue chegar bem próximo, rostos frente a frente, Dulce podia sentir o hálito quente de Poncho  e seu coração dispara, Poncho segura o rosto dela mas quando tenta beijá-la, Dulce vira o rosto.
Dulce: Não! – ela o empurra devagar e se vira caminhando para a porta.
Poncho: Amor, espere. temos que conversar e... – Ele não termina de falar, Dulce sai batendo a porta atrás de si.

Poncho senta-se novamente colocando a cabeça para trás, Dulce estava realmente muito chateada, maldita hora em que encontrou Mariano na rua e marcou o almoço! Era isso o que ele pensava, Poncho não sabia o que fazer, então começou a chorar de novo, como explicaria para Dulce que tudo foi uma bobagem, um engano? Estava certo de que dessa vez ela jamais o perdoaria, pensou em ligar para Mai e Christian para desabafar mas não queria atrapalhar os amigos que estavam curtindo a filha, ao lembrar dos amigos com a garotinha chorou ainda mais, quando viveria um momento como esse? Nunca? Sim essa seria a resposta caso ele e Dulce não se reconciliassem, não queria ter filhos com mais ninguém a não ser com ela. Alfonso olhou para os lados e foi para o quarto, fez as malas, trancou o apartamento deixando as chaves na portaria e saiu, não queria abusar da gentileza de Ucker e Any e apesar de querer ficar perto de Dulce, não queria faze-la sofrer mais, foi até a garagem pegou o carro e saiu em busca de um hotel. Horas depois sem comer nada se hospedou em um bem no centro da cidade, era um hotel grande e confortável, entrou jogou suas malas na cama e saiu para comer alguma coisa.
Depois de sair do encontro com Poncho, Dulce entrou volta ao seu apartamento com lágrimas nos olhos, fechou a porta e ali ficou, encostada na parede com uma das mãos no peito olhando para frente.
Dulce: Seja forte Dulce María! Ele te traiu! Não merece seu perdão nem suas lágrimas! – ela falava para si mesma, é interrompida pelo telefone tocando, ela olha no identificador de chamadas, era Anahí.
Dulce: Oi Any! – ela atende com a voz embargada.
Any: Oi amiga!! Que voz é essa?! O que houve? – a voz alegre de Anahí se transforma em uma voz tensa.
Dulce: Nada Any, nada!
Any: Eu te conheço Dul! Além do mais o Ucker me disse que o Poncho pediu para dormir no nosso apartamento ontem, o que houve? Vocês brigaram?
Dulce: Sim! – Dulce ainda segurava as lágrimas.
Any: O que foi dessa vez?
Dulce: Nada Any, besteira! Quando voltarem da viagem te conto tudo.
Any: Hum, ok. Deixarei essa passar, por horam. – ela sorri. – Bom, liguei pra saber se estava tudo bem. Não se esqueça de regar minhas plantinhas.
Dulce: Fora isso esta tudo bem sim Any. – Dulce sorri. – Cuidarei bem da sua mini floresta.
Any: Acho bom! Nos falamos depois, tchau amiga, beijo.
Dulce: Tchau. – Ela sorri. Assim que Dulce desliga o telefone a campainha toca. - Deus! Será que não vou ter um minuto de paz?! – ela caminha em direção a porta e ao abrir ela se depara com Blanca. - Mãe! – Dulce a abraça puxando-a para dentro.
Blanca: Oi minha filha?  - Ela corresponde o abraço forte de Dulce. - Esta tudo bem? – ela olha para Dulce percebendo as lágrimas.
Dulce: Não. – Dulce começa a chorar.
Blanca: O que houve?
Dulce: Eu e o Poncho brigamos.
Blanca: Dulce, não pode ficar assim toda vez que brigar com seu marido. – ela limpava lágrimas da filha. - Essas coisas são normais...
Dulce: Não mamãe, não dessa vez!

Dulce e Blanca conversam por longos minutos, Dulce explica tudo o que tinha acontecido desde o início até o momento atual.
Blanca: E o que pensa em fazer agora?
Dulce: Não sei, eu pedi o divorcio!
Blanca: Filha! Não tome decisões precipitadas Dulce, pense bem antes de tomá-las.
Dulce: Mas mãe ele me traiu!! Você esta do lado de quem?!
Blanca: Seu é claro! Sempre vou estar! Vou apoia-la em qualquer decisão mas acho que devia ouvir o que Alfonso tem a dizer. Por mais estranha e inacreditável que a história dele pareça, não quer dizer que não seja real.
Dulce: Já me cansei das mentiras dele. – ela se deita no colo de Blanca.
Alfonso coloca um casaco e óculos escuros para esconder as olheiras e vai até uma cafeteria que gostava muito, só ali tinha o café preferido dele, ele pede uma mesinha perto da janela e se senta olhando para rua enquanto esperava o pedido, estava mexendo no arranjo de flores da mesa, comendo biscoitos, quando sente duas mãos cobrir seus olhos...
Poncho: Dulce? – ele sorri automaticamente.
Cecilia: Poncho! Depois do que aconteceu entre a gente vai continuar me chamando de Dulce? – ela sorria, se sentando na frente dele.
Poncho: O que você pensa que faz aqui?
Cecilia: Estava passando e te vi amor! Então resolvi vir aqui te dar um beijo! – ela continuava sorrindo, passa as mãos no rosto dele, Poncho vira o rosto com violência.
Poncho: Esta maluca?! Sai de perto de mim!
Cecilia: Amor não fala assim, esta tristinho por que a tonta da Dulce María te deu um pé? Relaxa você ainda tem a mim!

Poncho se levanta furioso indo em direção dela, bate as duas mãos na mesa com força olhando bem nos olhos de Cecilia.
Poncho: Cala essa boca!! Cala!!!  - ele gritava, todos na cafeteria olharam para eles, Poncho se controlou pra não dar um tapa na cara de Cecilia, apesar da mulher ter acabado com sua vida ele era homem e jamais bateria em mulher nenhuma. - Limpe essa sua boca nojenta antes de falar da Dulce! Você jamais será um terço da mulher que a Dulce é! Escuta bem o que vou te dize, nunca, NUNCA, ouviu bem, nunca mais ouse me procurar, ou não respondo por mim!  - Poncho coloca uma nota de dinheiro na mesa. -  A conta! - ele diz antes de sair, Cecilia ainda sai atrás dele mais Poncho entra no carro batendo a porta e volta para o hotel.
Mais um dia se passa, monótono tanto para Dulce como para Poncho, que ficaram praticamente toda à tarde e a noite no quarto sem vontade de fazer absolutamente nada. A manhã seguinte estava clara e o sol raia de trás das nuvens deixando seus raios penetrarem pelas janelas da cidade. Dulce acordou, sua mãe que havia passado a noite com ela já tinha ido embora, Dulce estava de baby doll amarelo bem claro, colocou pantufas e foi até a cozinha beber um copo de água, estava toda descabelada, não tinha dormido direito, teve insônia e pesadelos nas poucas horas em que conseguiu cochilar, o interfone tocou.
Porteiro: Senhora? Tem uma pessoa aqui em baixo querendo falar com você posso mandar subir?
Dulce: Pode sim Ramon. – Ela nem se importa em perguntar quem era, achando que era sua mãe novamente, em poucos minutos a campainha toca, Dulce não se dá ao trabalho nem de colocar um robe abre a porta e da de cara com Poncho com uma rosa vermelha nas mãos, ele entrega a rosa a ela e entra.
Dulce: O que esta fazendo aqui?
Poncho: Vim para conversarmos – ele caminha até o sofá e se senta.
Dulce: Conversar o que? Eu já disse que não quero ouvir nada que venha de você.
Poncho: Dulce! Sente-se por favor, sabe que precisamos ter essa conversa!
Dulce resmunga mas resolve ouvir o que ele tem a dizer, mas se senta bem longe dele.
Poncho não sabia como começar, Dulce estava inquieta e incomodada, olhava para frente olhando de esguelha as vezes para Poncho, que não tirava os olhos dela, adorava quando Dulce colocava um baby doll e só de pensar que poderia nunca mais vê-la assim resolveu falar.
Poncho: Dulce, olha já somos bem grandinhos e acho que devemos ter uma conversa civilizada!
Dulce: Esta querendo insinuar que eu não tenho educação é isso?!
Poncho: Não! Dul, eu não quis dizer isso!
Dulce: Dulce María por favor!
Poncho: Ok Dulce María! – ele diz num tom irônico. Me chame então de Alfonso Herrera Rodríguez por favor. – ele sorri.
Dulce: Então Alfonso Herrera Rodríguez. – ela retribui o tom de ironia. - Sou toda ouvidos. – ela cruza os braços esfregando as mãos nos mesmos.
Poncho: Esta com frio? Quer minha blusa? Quer que eu pegue uma coberta pra você?
Dulce: Não Alfonso eu estou bem! Mantenha a distância por favor!
Poncho: Bom, então, olha Dulce eu queria que você me escutasse... – ele a encarava, estava envergonhado, era estranho se sentir assim perto de Dulce a quem conhecia mais do que bem. - Aquele dia na casa do Mariano eu bebi muito e, você sabe que se eu bebo muito eu fico meio idiota, e bom o caso é que quando você foi até a cozinha a eu perguntei ao Mariano aonde era o banheiro mas ele estava mais chapado que eu então Cecília disse que me lavaria até lá, acabou que ela me levou foi pro quarto...

Dulce: O quarto claro, e você foi de livre e espontânea vontade. – ela sorri ironicamente.
Poncho: É Dulce, eu idiota acabei indo, estava bêbado, e quando chegamos lá ela começou a relembrar algumas coisas do passado e quis me beijar, eu não estava bem, estava tonto e quase caindo e a última coisa que lembro é de você, você me beijando, quando percebi já estava na cama...

Dulce: Poupe-me dos detalhes sórdidos. – ela o interrompe.
Poncho: Já estava na cama e vi você na porta, minha visão estava embaçada e eu...
Dulce: Chega! Chega Alfonso! – ela o interrompe, colocando as mãos no rosto para evitar as lágrimas.

Poncho: Ok, a questão Dulce, é que eu te amo e eu não consigo ficar longe de você.  – ele se levanta caminhando até ela, senta-se no chão aos pés de Dulce.
Dulce: Você, você, acha que ...- Dulce não consegue mais segurar e suas lágrimas escapam. – Acha que pra mim é fácil te perdoar depois do que vi? E se fosse comigo Alfonso o que teria feito?
Poncho: Eu...eu não sei! Eu te amo Dulce e eu te perdoaria.
Dulce: Esta mentindo! Não mente pra mim ok? Poncho começou a limpar as lágrimas dela desesperado, odiava vê-la chorar.
Poncho: Ok Dul. Eu ficaria chateado, possesso sim mas eu te amo e não jogaria tudo que vivi com você no lixo.
Dulce: Poncho... – ela respira fundo , tentando controlar as lágrimas.
Poncho: O que meu amor? – Poncho acaricia o rosto dela.
Dulce: Acabou! Eu. – ela o encara, mas desvia o olhar e respira fundo mais uma vez. - Quero me divorciar, eu falei sério da primeira vez!
Poncho: O que?! Não! – Poncho  a encara com os olhos marejados. - Não Dul, eu não quero. Você não pode fazer isso!  - ele se ajoelha na frente dela, abraça os joelhos de Dulce, apoiando a cabeça no colo dela. Não Dul, perdoe-me por favor! Eu vou morrer se ficar longe de você. – Poncho dizia entre o choro.
Dulce: Não dá Poncho. – Dulce também chorava, acaricia devagar a cabeça dele. -  Não dá, acabou!
Poncho: Você não me ama mais? – ele levanta o rosto encarando-a.
Dulce: Não! – ela tira as mãos dele. - Eu ainda te amo Alfonso, mas eu não quero sofrer. Preciso esquecer que você existe isso sim!
Poncho: MAS VOCÊ NÃO PODE DULCE!!! Não, não pode esquecer! Eu não quero que esqueça! – Poncho se ajoelha de frente para ela segurando seu rosto.
Dulce: Vai embora Poncho. – ela coloca as mãos sobre as dele, tentando movê-las.
Poncho: Me perdoa. Me perdoa, por favor. – ele roça seus lábios aos dela.
Dulce: Poncho, não faz isso! Vai embora por favor. – ela desvia os lábios dos dele.
Poncho: Tudo bem! – Poncho respira fundo tentando controlar o choro. - Eu vou. Mas não vou deixar que se esqueça do que vivemos. Eu não quero o divorcio e não vou assinar nada! – ele se levanta e dá passos para trás caminhando até a porta. – Não vou te dar o divórcio sem antes lutar pelo nosso casamento Dulce. – ele sai sem que ela possa dizer mais alguma coisa, Dulce volta a chorar.