Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dulce: E a Mai? – eles caminham abraçados até a lanchonete

Christian: Não pode vir desculpe! – ele beija a cabeça de Dulce. - Mariana teve uma febre hoje à tarde e não tínhamos com quem deixa-la, nem saímos pra comemorar a virada do ano por isso.
Dulce: Que isso Christian, não tem porque se desculpar! Se quiser ir pra casa e...
Christian: Não Dul, não vou deixar você aqui sozinha de jeito nenhum.

Ao chegar na lanchonete, Christian pede um café com leite para os dois, e também um lanche natural para Dulce.

Christian: Dulce, eu não queria falar disso agora mas...porque não nos avisou que você e o Poncho estão separados?
Dulce: Não quis estragar as festas de fim de ano de vocês com nossos problemas!
Christian: Bom, vamos deixar isso pra lá então ok? Olha se quiser eu fico aqui com o Poncho, você pode ir lá pra casa , ficar com a Mai , descansar um pouco...
Dulce: Não, eu quero ficar, caso o Poncho acorde.
Christian: Poncho deve estar sob o efeito de muitos remédios agora Dul!
Dulce: Eu quero ficar.
Christian: Certo, mas descanse ok? Não vou deixar você ficar acordada a madrugada inteira!
Dulce e Christian ficaram durante muito tempo conversando, Christian parecia sem sono, Dulce estava quase caindo de cansada, mas não queria dormir, acabou não aguentando, quando se deitou no sofá para descansar as costas adormeceu no mesmo instante, Christian pediu uma coberta para cobri-la.
Pela manhã quando acordou, depois de muita insistência de Christian, Dulce foi para casa descansar em uma cama quente e tomar um banho, foi Mariano quem a levou, tinha aparecido pela madrugada quando ficou sabendo da noticia, deixou Dulce em casa e voltou para o hospital. Dulce tomou um banho bem quente e colocou um pijama de Alfonso que ela adorava e que não tinha colocado nas malas dele quando as fez, era um pijama de algodão, azul marinho e macio, Dulce se deitou sentindo o cheiro de Poncho na roupa, pegou um porta - retrato que tinha uma foto dele no casamento, em seu criado mudo e a abraçou, puxando uma coberta e fechando os olhos, ficou em casa até a hora do almoço, quando decidiu voltar para o hospital, Christian ainda estava lá, junto com os pais de Poncho e os seus, Mariano tinha ido para casa, dessa vez o médico não deixou que Dulce visse Poncho o que a deixou angustiada e com medo de que algo mais grave ainda pudesse estar acontecendo

Dois dias se passam, o médico havia tirado os aparelhos respiratórios de Poncho, que já conseguia respirar sozinho, mas ainda estava inconsciente, Dulce não o tinha visto mais, depois de ter voltado para o hospital não saiu mais de lá. Dormiu no sofá da sala de espera duas noite, tomou banho e comeu lá mesmo. Era uma tarde clara e agradável, Dulce estava sozinha lendo uma revista, quando o médico se aproximou.
Dr.: Dulce, pode entrar para vê-lo se quiser! – médico se aproxima sorridente.
Dulce: Ainda tenho que colocar máscara?
Dr.: Não, não é mais necessário!
Dulce sorri e caminha até a UTI, o médico resolveu que ainda não o transfeririam para o quarto até que acordasse. Ela entrou e caminhou depressa até a cama, se arriscou em se sentar na beirada da cama e deitou a cabeça no peito de Poncho com os olhos fechados, sentindo o peito dele ir para cima e para baixo enquanto respirava. Ele não estava mais tão pálido, parecia estar se recuperando rápido, mas Dulce ainda não estava tranquila porque ele ainda não tinha acordado, ficou durante alguns minutos na mesma posição, e foi quando sentiu uma mão sobre sua cabeça, entrelaçando os dedos em seus cabelos, era a mão de Poncho, sim ela conhecia aquelas mãos grandes e quentes, sorriu olhando para ele ainda com a cabeça apoiada no peito dele, viu quando Alfonso abriu os olhos devagar e olhou para ela, Dulce se sentiu estranha, ele estava sério, até que deslizou suas mãos dos cabelos até o rosto de Dulce e sorriu levemente, não disse nada, apenas a olhava, Dulce levantou a cabeça devagar ficando sentada de frente para ele.
Dulce: Está se sentindo bem?  - ela quebra o silêncio sorrindo, sorrindo, finalmente ele tinha acordado, que alivio ela sentia em poder ver a cor dos olhos dele novamente. Alfonso não respondeu, segurou o rosto de Dulce com um mão só, tentou se levantar. -  Poncho não...- ela o impede, Poncho continuou calado, colocou as mãos nos ombros de Dulce e a abraçou, Dulce retribui o abraço com um sorriso ainda maior e com lágrimas, não de tristeza, mas de felicidade por vê-lo bem.

Poncho sentiu seu coração bater novamente, forte e acelerado quando abriu os olhos e viu Dulce bem diante de seus olhos e de seu alcance, Dulce sem pensar em mais nada o beijou, Poncho a abraçou bem forte contra si, era um beijo cheio de saudade , ternura e amor!
Dulce: Poncho! – ela diz rompendo o beijo. - Olha eu sei que não é a hora mas, eu queria te pedir desculpas! Eu nunca tive nada com o Mariano, nunca, olha eu não posso te contar o que não me diz respeito em relação ao Mariano mas, você sabe que eu jamais trocaria você por ninguém e...- Poncho colocou as pontas dos dedos nos lábios dela, impedindo Dulce de falar, a puxou para um novo beijo, e depois encostou seu rosto no dela.
Poncho: Dulce... – ele pronuncia com a voz completamente rouca. Dulce se arrepiou quando o ouviu pronunciar seu nome, e sorri. - Você não tem que, pedir-me desculpas! Eu que fui idiota. Eu, que errei e te fiz sofrer de novo e, quando te vi com Mariano, não sei...estava triste, fiquei nervoso e não sei o que deu em mim! Achei que ficando com raiva de você, achando que você era a culpada, que tinha me traído, eu conseguiria esquece-la e, me desculpe Dulce! – ele faz uma pausa acariciando o rosto dela. - Quando você me pediu o divorcio eu sabia que nunca, jamais conseguiria te tirar daqui... – ele apanha uma das mãos dela e descansa em seu próprio coração. - Eu prefiro morrer se não puder ficar mais ao seu lado!
Dulce: Poncho! Não diga mais isso por favor. Eu te amo e, mesmo magoada com o que houve, meu amor por você não mudou. Eu continuo te amando como antes, até mais. – ela sorri beijando a testa dele. - Sempre mais! Quando eu vi você machucado e, sangrando...- os olhos dela enchem de lágrimas. - ...pensei que ia te perder pra sempre. Eu não quero te perder pra sempre, quero estar com você sempre.
Poncho: Não sabe como senti fala de você perto de mim! – ele sorri encarando-a, seus olhos ainda estavam pesados. - Não sei nem quantas vezes ouvi os seus CD’s pra matar as saudades de sua voz!
Dulce: Poncho, eu preciso te propor uma coisa. – ela segura as mãos dele e as encara por uns segundos.
Poncho: Já te disse que não te darei o divórcio ardilla! – ele sorri beijando a cabeça dela.
Dulce: Não seu bobo! Pare de pensar nisso, quero vê-lo feliz! – ela sorri olhando para ele. - Minha proposta é que deixemos para trás todos esses problemas e vamos seguir em frente com vida nova, afinal, você nasceu de novo naquela sala de emergência e quero que tudo de certo daqui pra frente!
Poncho: Hum, e já que nasci de novo, vou ter que te conquistar de novo também. – ele sorri.
Dulce: Hum, isso depende. – ela sorri.
Poncho: De que?
Dulce: De como será essa conquista! – ela sorri e Poncho a abraça rindo. Nesse instante Dr. Galganno aparece no quarto.
Dr.: Ah! Que bom que acordou Alfonso!  - ele sorri aproximando-se, Dulce que estava sentada na cama de Poncho se afasta, o médico se aproxima verificando os aparelhos. - Terá que sair um pouco Dulce, Alfonso precisa ser examinado!

Dulce sai, não sem antes dar leve beijo no rosto de Poncho .

Dr.: Vejo que esta se recuperando muito rápido. – ele segurava o rosto de Poncho e o analisava.
Poncho: É o amor doutor, amor é o melhor remédio que existe. – o médico sorri.
Dr. Galganno: Já vai poder ir para um quarto mais confortável sem essa montoeira de aparelhos. – ele começa a medir a pressão de Poncho.
Poncho: Doutor, como foi que tudo aconteceu?
Dr.: Acho melhor não se preocupar com isso agora! Precisa de repouso absoluto. Depois eu retorno para mais alguns exames.
Poncho: Ok.

O médico saiu apagando a luz, era verdade, Poncho precisava de muito descanso até se recuperar totalmente, se deitou esperando Dulce voltar , mas acabou adormecendo, iria para um quarto à noite.
Três dias se passaram, Alfonso se recuperava cada vez mais rápido e já podia se levantar durante alguns minutos para caminhar devagar, ainda estava com o rosto machucado e com o abdômen enfaixado, era noite, Dulce estava, todo tempo que lhe era permitido, com ele, por isso aproveitava cada segundo, seus pais também não saiam de perto, mas precisaram voltar pra casa por causa de fortes dores nas costas do pai de Poncho.

Dulce e Poncho conversavam e riam quando uma enfermeira entrou no quarto com uma bandeja, era o jantar de Poncho, Dulce o ajudava a comer, depois saia para buscar uma sobremesa pra ele, voltou e se sentou na cama.
Poncho: Me dá na boca? – ele sorri, fazendo bico.
Dulce: Você esta ficando muito mimado sabia?! – ela sorri.
Poncho: A culpa é toda sua! Você não me deixou comer sozinho nenhum dia, acho que desaprendi!
Dulce: Ok, então abra a boca! – ela pega uma colher de gelatina de morango.
Poncho: Ah não, gelatina de novo não! Não aguento mais comer gelatina, não tem outra coisa?
Dulce: Tem frutas e hoje é mamão e como você odeia mamão eu...
Poncho: Hum, tem um doce que estou morrendo de vontade de provar! – ele sorri encarando-a.
Dulce: Qual? Chocolate? Bolo? Bala? –ela segura a colher cheia de gelatina.
Poncho: Você é péssima em adivinhar. – ele sorri.
Dulce: Você sabe que sim. – ela sorri – Mas me fala que doce é você eu busco pra você!
Poncho: Não precisa porque o que eu quero esta aqui! – ele segura Dulce queixo e a beija.
Alfonso agora segurava Dulce pela cintura, a puxou para mais perto, fazendo ela se sentar na cama, Dulce estava com as mãos no rosto dele, o segurando levemente com medo de apertar algum machucado de Poncho. Continuaram e Poncho levou as mãos até os botões da blusa dela e foi interrompido!
Dulce: Não Poncho, tire as mãos daí. – ela sorri segurando as mãos dele.
Poncho: Ah, por quê? – ele sorri.
Dulce: Você não esta em condições pra fazer essas coisas e se olhar ao redor verá que isso é um hospital.
Poncho: Ah Dul corta essa, eu já estou ótimo.
Dulce: Você está dodói,  precisa repousar. – ela coloca um dedo nos lábios dele.
Poncho: Se você continuar falando desse jeito eu não respondo por mim...
Dulce: Então vou ter que sair!
Poncho: Não!! Ok, eu me controlo! Mas já estou de saco cheio, não posso fazer nada deitado nessa cama idiota.
Dulce: Calma amor, logo o médico te dará alta e vamos para casa!
Poncho: Dulce falando em casa... – ele a encara.
Dulce: O que?
Poncho: Acho que deveríamos mudar do apartamento!
Dulce: Porque? Não faz nem um ano que moramos lá...
Poncho: É porque, sei que vivemos momentos especiais lá mas, estou de vida nova e quero casa nova! – ele sorri. - Não apartamento, casa!
Dulce: Hum não sei Poncho, acho tão sossegado o condomínio e...
Poncho: Promete que vai pensar?
Dulce: Prometo! Mas agora deite-se e descanse! – ela o segura pelos ombros deitando-o na cama, e o cobrindo em seguida.
Poncho: Você vai pra casa?
Dulce: Sim! Eu preciso ver como esta tudo por lá, e tomar um banho, trocar de roupa. – ela sorri.
Poncho: Não vá, fique aqui comigo Dul, por favor! – ele sorri segurando-a pelas mãos.
Dulce: Está bem. – ela revira os olhos e sentando na beira da cama. - Eu fico! Mas você tem que dormir ok?
Poncho: Ok! – ele sorri. - Cante pra mim?
Dulce: Cantar? O que?
Poncho: O que você quiser! Quero dormir pensando no som na sua voz... – ele sorri, Dulce começa a cantar pra ele llevame, composição dos dois a alguns anos atrás, conheciam, e depois de breves minutos Poncho adormece, Dulce beija o rosto dele e caminha até um sofá do quarto se deitando, demorou a dormir, ficou debaixo da coberta olhando para Poncho.