Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Any e Ucker acordavam muito tarde quando estavam de folga, Dulce se levantou nove horas e tomou um banho, colocou uma roupa limpa e saiu sem fazer barulho, pegou o elevador e subiu até seu apartamento, a porta estava aberta, ficou confusa, ela sempre esquecia aberta, não se lembrava se havia trancado ou não.
Dulce entrou, a sala estava arrumada como sempre, as chaves do carro de Poncho ainda estavam no mesmo lugar, foi caminhando em silencio até o quarto com medo do que poderia acontecer, a cama estava arrumada, provavelmente a empregada tinha chegado cedo, e Poncho onde estaria? Foi o que Dulce pensou, caminhou até o banheiro, a porta também estava aberta, sem sinais de arrombamento, estranhou, caminhou até a pequena varanda do quarto, olhando a vista que a altura onde se encontrava o apartamento proporcionava, estava distraída, novamente perdida em pensamentos, quando sentiu o toque de duas mãos que conhecia muito bem sobre seu ombro.

Poncho: Oi amor onde você estava? – ele beija o topo da cabeça dela, Dulce se assustou e deu três passos para trás, Poncho achou estranho, mas sorriu. - Calma Dul, por que esta tão assustada? Viu o bicho papão? – ele sorri se aproximando e Dulce mais uma vez caminhou para trás com medo, sem dizer nada, apenas o encarava. - O que você tem amor?
Dulce: Ah... – ela procurava alguma palavra, mas não saia nada.

Poncho: Nossa Dul, olha só que coisa estranha...- ele se aproximou, mais uma vez Dulce se afastou, Poncho desistiu de chegar perto dela. - Acordei no chão do banheiro hoje! – ele a olha sorrindo. - Eu nem bebi demais ontem, acho que fui no banheiro de madrugada e acabei dormindo ali! Eu fazia isso quando era pequeno, e ainda tranquei a porta. – ele falava normalmente, como se realmente não se lembrasse da noite passada.
Dulce estava confusa, será que Alfonso não se lembrava de absolutamente nada? Ele lhe parecia tão sereno e alegre, aquele sim era o verdadeiro Poncho, estava com uma toalha em volta da cintura, provavelmente estava no closet se trocando depois da ducha que sempre tomava pela manhã.
Poncho: Não acha esquisito isso Dul? – ele a encara, Dulce não respondeu. - E você onde estava? Pulou cedo da cama?
Dulce: Não...
Poncho ficou olhando pra ela, sem entender nada, Dulce nunca escondia onde ia, e sempre deixava um bilhete quando saia.
Poncho: Você esta estranha hoje, o que houve? Esta se sentindo mal? Quer ir ao médico?
Dulce: Não, eu estou bem agora. – ela o olhava atentamente.
Poncho: Que cara é essa então? Por que esta se afastando assim de mim? Eu não mordo!- ele sorri. - Acabei de tomar banho, estou cheiroso e...- o olhar de Poncho cai sobre os braços de Dulce, estavam roxos depois dos apertões dele. - O que é isso? – ele aponta para o braço dela. - Você caiu? Alguém te machucou? Deixe-me ver isso! – ele mais uma vez se aproxima, dessa vez Dulce não se afasta.
Dulce: Não Poncho, foi você. – ela o encarava.
Poncho: Eu? – ele continua segurando levemente os braços dela, ergue seu rosto e a encara. - Como assim?
Dulce: Foi você que me machucou, e quase me estuprou.
Poncho: QUE?! – ele arregala os olhos, e dessa vez, ele quem se afasta dela.

Dulce: Ontem a noite você começou a me agarrar lá na boate e me arrastou de lá, então viemos para casa e tirou minha roupa e...
Poncho: Dul? Você esta brincando né? Isso é pegadinha? – ele a olhava, com pavor nos olhos.

Dulce: Eu não costumo fazer esse tipo de brincadeiras e você sabe disso Alfonso. – ela o encarava, séria.
Poncho: Mas, eu... – ele passava as mãos na cabeça.
Dulce se senta em uma cadeira estofada da mesinha da varanda e conta toda história a ele, com direito a todos os detalhes.
Dulce: Então a Any me ligou e disse para eu dormir no apartamento dela, então deixei você trancado ai, e foi isso. – ela encarava as próprias mãos que estavam sob a mesa.
Poncho: Eu... eu não me lembro de nada! – ele a encara, esticando sua mão e colocando sobre a dela.
Dulce: Percebe-se. Não acredita em mim? – ela o olha.
Poncho: Acredito mas, mesmo assim eu não me lembro. – ele a olha. – Dul, amor eu... – ele não sabia o que dizer. - Olhe aqui a pra mim.

Dulce estava com medo de encontrar nos olhos de Poncho o mesmo brilho que viu na noite passada, mas mesmo assim olhou pra ele.

Poncho: Amor, você sabe que, em sã consciência eu jamais te machucaria. – ele acariciava as mãos dela, e as puxa para seus lábios, dando um beijo em cada, ele não conseguia nem olhar para o hematoma roxo que ele tinha feito no braço dela, e pensar que ele tinha feito tudo aquilo. - Nossa Dul, me desculpe, por favor me perdoa. – ele se ajoelhando em frente dela, segurando o rosto dela olhando-a nos olhos. - Eu não quis fazer isso, não sei nem como fiz. A única coisa que me lembro é de quando você foi ao banheiro e da cerveja que o Ucker me ofereceu. Desculpe, não fique com medo de mim por favor.

Dulce: Tudo bem Poncho, tudo bem. – ela o encara. - Eu só queria saber o porquê!
Poncho: Eu também. – ele se levanta e puxa as cadeira sentando-se ao lado dela. – Olha, esse aqui é o Alfonso! – ele aponta para si mesmo. - Eu sei que sou meio tarado às vezes mas, chegar a te obrigar a fazer uma coisa que não quer, só estando mesmo louco. – ele a encara. – Dul?
Dulce: Hum?
Poncho: Eu, quero te pedir um abraço!

Ela o encara e ele estava sério, seus olhos verdes apreensivos sustentando o olhar dela, Dulce sorriu e colocou as mãos no rosto dele, deu um leve beijo nos lábios de Poncho e o abraçou forte, deitando a cabeça no ombro dele.

Poncho: Eu te amo Dul.
Dulce: Eu também te amo Poncho, que bom que esta de volta. – ela o aperta, Poncho afagava os cabelos dela.
Poncho: Só queria saber o porque de tudo isso, eu não bebi tanto assim pra perder a consciência e ter esse apagão que tive.
Dulce: Eu também! Certeza que não bebeu demais sem perceber?
Poncho: Eu prometi pra você que não beberia demais. Só tomei uma lata long neck cerveja depois que você saiu e mais nada eu juro.
Dulce: Ok, mas então o que te fez ficar daquele jeito?!
Poncho: Eu vou dar uma investigada nisso, é muito estranho. – ele encarava o vazio. - Eu acho que... – ele faz uma pausa. - Não deixa pra lá!
Dulce: Acha o que?
Poncho: Esquece Dul! – ele beija a testa dela. - Que tal tomar café comigo? – ele sorri.
Dulce: Sim, por favor! Estou com fome. – ela sorri.
Poncho: Você e nosso bebê! – ele sorri acariciando a barriga dela.
Dulce: Sim! – ela sorri. - Vai ser um comilão, esfomeado que nem você.
Poncho: Você adora me provocar hein?
Dulce: Amo. – ela aperta as bochechas dele.

Alfonso e Dulce caminham até a sala de jantar e tomam o café da manhã. Dulce estava comendo cerais quando o telefone tocou.
Dulce: Eu atendo! – ela se levanta indo até o telefone. - Alô quem fala? –ela limpa a boca com um guardanapo.

Mariano: Oi Dulce! É o Mariano.
Dulce: Nossa! Que chá de sumiço você deu hein!
Poncho: Quem é Dul? – ele comia uma torrada.

Dulce: Mariano! - Assim que ouve o nome Poncho faz cara feia.
Mariano: Ah, Dulce eu só liguei pra saber se esta tudo bem com você e com o Poncho.
Dulce: Está tudo ótimo e você?
Mariano: Bem. Me separei definitivamente da Cecilia, e assumi o que sou. – ele sorri.
Dulce: Fico feliz por você Mariano. – ela sorri, Poncho se levanta e caminha até Dulce, a abraça por trás e coloca o ouvido no telefone também. - Que xereta você! – ela cochicha para Poncho.
Mariano: Ah, então esta tudo bem mesmo Dulce?
Dulce: Está! – ela estranha a pergunta repetida. - Por que não estaria?
Mariano: Nada Dul!

Alfonso começa a beijar o pescoço de Dulce e a fazer cócegas na cintura dela.
Dulce: Para! –ela começa a rir.
Mariano: Algum problema?
Dulce: Não, é o Poncho! – ela ri.
Mariano: Fala pra ele que eu mandei um abraço e, olha Dulce, eu tenho que desligar agora, se cuide ok? Você e o Poncho!
Dulce: Ok, você também!
Mariano: Tchau, beijo. – ele desliga.
Poncho: O que ele queria?
Dulce: Saber se estava tudo bem, o achei meio estranho.
Poncho: O Mariano é estranho! – ele ri.

Dulce: Poncho, não fale assim. Mariano é uma boa pessoa.
Poncho: Vai ficar defendendo ele agora é?
Dulce: Não, ciumento. – ela ri.
Poncho: Hum, apesar de você dizer que não existe possibilidade nenhuma do Mariano estar interessado em você, eu não acredito.
Dulce: Olha Poncho, eu não deveria te contar, mas como não tenho segredos com você eu vou falar, o Mariano é gay.
Poncho: Gay? – ele arregala os olhos e começa a rir, Dulce tampa a boca dele com as mãos.

Dulce: Não ria! É a escolha dele e nós e nem ninguém temos nada haver com isso.