Fanfic: Aún Hay Algo! - Segunda Temporada

Dulce e Alfonso foram dormir cedo, queriam estar descansados para o voo, seus amigos já tinham confirmado a compra das passagens e tudo estava certo.
Acordaram as quatro da madrugada de domingo, Dulce ainda morria de sono e não queria sair da cama.
Poncho: Amor! - a luz ainda estava apagada, Poncho já havia se trocado e tomado café, só esperava Dulce, se aproximou dela acariciando o rosto dela. - Amor acorda, vamos nos atrasar. – ele falava baixo próximo dela.
Dulce: Só mais cinco minutinhos Poncho! – ela se revira na cama, enrolando as pernas na coberta.
Poncho: Não dá Dul, o voo sai daqui uma hora, e até você se trocar, tomar café...
Dulce: Eu me troco rapidinho. – ela boceja ainda de olhos fechados.
Poncho: Se! – ele revira os olhos rindo. - Vamos Dul, levanta preguiçosa. – ele dá um beijo estalado no rosto dela.
Dulce: Ok, já estou me levantando olha. – ela joga a coberta para o lado e se levanta devagar, caminhando até o banheiro, Poncho ri.
Poncho: Vou fazer um suco pra você.
Como Poncho já havia previsto, chegaram ao aeroporto, atrasadíssimos. Entregaram as passagens e embarcaram, os amigos já estavam no avião, Dulce e Alfonso se sentaram em uma poltrona perto da cabine do comandante. Assim que se sentou Dulce se virou para o lado da janela, deitou a cabeça na poltrona e fechou os olhos. Poncho pediu uma revista e se sentou também.
Any: Caramba Poncho, pensei que tinha acontecido alguma coisa! – ela se abaixa ao lado dele.
Poncho: A Dul que ficou enrolando. – ele cochicha.
Dulce: Ainda estou ouvindo ok. – ela se ajeita na poltrona, Any se retira rindo, quando ouve a aeromoça passar as instruções para decolagem.
Poncho: Desculpe amor, mas eu avisei. – ele abre a revista de esportes.
Dulce: Estamos aqui não estamos? Então cala essa boca e me deixe dormir em paz agora! – ela estava irritada.
Poncho: Calma mulher. – ele a olha segurando o riso.
Dulce: Que calma o que! Eu estou calma, boa noite Poncho! – ela vira de costas para ele.
Poncho: Ah, ok. – ele faz careta mas resolve não contrariar, se ajeita e coloca o cinto. – Dul, coloque cinto antes.
Dulce: Não, aperta a barriga.
Poncho: Eu arrumo pra você.

Dulce: Não quero.

Poncho finge que não escuta, arruma o cinto em Dulce e volta a ler a revista.

Depois de poucas horas da decolagem na Cidade do México, o avião voava sobre o oceano, um café da manhã/lanche estava sendo servido, foi quando Dulce acordou, mas ficou na mesma posição.
Poncho: Amor, não vai comer? – ele puxa a mesinha, colocando o prato.
Dulce: Não! – ela fala baixo.
Poncho: Amor você só tomou um suco hoje de manhã, precisa comer alguma coisa.
Dulce: Não quero. – ela responde, coma voz chorosa.
Poncho: Tudo bem? – ele a olha.
Dulce: Uhum. – ela ainda estava de costas pra ele, Poncho não diz mais nada, começa a comer, até que percebe que o vidro da janela do avião estava embaçado.
Poncho: Amor? - Dulce não responde. – O que foi? -  novamente sem reposta, ele se aproxima mais. Dul, está chorando meu amor? – ele larga o garfo. - O que aconteceu? Teve algum sonho esquisito?  -ele acaricia as costas dela.
Dulce: Não! – ela limpa o rosto com uma das mãos.
Poncho: O que houve então? - Dulce se vira, abraçando-o e encharcando toda camisa dele com as lágrimas, Poncho a aconchega em seu peito, passando as mãos nos cabelos dela, Mai se aproximou silenciosa.

Mai: Poncho, o Christian est...o que foi? – ela fala mais baixo, Poncho dá de ombros, mostrando que não sabia o que estava acontecendo, Mai se retira deixando os dois sozinhos novamente.
Poncho: Ardilla, me fale o que você tem meu amor!
Dulce: Nada, eu... – ela respira fundo. - Só lembrei de uma coisa.
Poncho: De que? – ele beija a cabeça dela.
Dulce: Poncho... – ela o encara e mais lágrimas escorrem pelo rosto dela. - Eu esqueci de dar água para plantinha da cozinha. – ela estava com o rosto inchado de chorar, à vontade de Alfonso naquele momento era rir, era por causa da planta que Dulce chorava?! Mas ele se conteve.
Poncho: Dul! – ele tosse pra enganar o riso. - Não chore, a empregada não vai esquecer dar água pra ela?
Dulce: Será? E se ela morrer Poncho?
Poncho: Compraremos outra.
Dulce: Mas eu gosto daquela! – ela volta a chorar.
Poncho: Ok, fique tranquila! Assim que chegarmos, eu ligo pra empregada e peço pra aguar sua planta.
Dulce: Promete? – ela o encara.
Poncho: Prometo amor! Fique mais tranquila agora ok? – ele sorri.
Dulce: Ok. – ela limpa as lágrimas.
Pouco tempo depois o avião desembarcava em Ottawa, estavam todos cansados, queriam uma cama.
Poncho: Só um minuto! – ele se afasta um pouco com um celular nas mãos, o aeroporto estava lotado e barulhento.
Ucker: Poncho! – ele se aproxima de Poncho enquanto ele se afastava, mas uma turma de pessoas entrou em sua frente, e ele perdeu o amigo de vista.
Mai: Nossa! – ela esfregava as mãos. - Que frio!

Todos estavam encolhidos, menos Christian que usava uma touca de lã e um casaco de couro marrom e Mariana que dormia no colo dele vestida em um poncho cor de rosa e luvinhas brancas, Any dava pulinhos para esquentar o corpo, era inverno no país.

Mai: Se eu soubesse tinha deixado um casaco fora da mala. – ela sorri.
Any: Onde será que foi o Poncho?!
Christian: Aqui amor! – ele entrega Mariana a Ucker e tira o casaco entregando a Mai.
Ucker: Não sei, só falta ter se perdido de nós. – ele sorri aconchegando Mariana em seu colo.
Mai: Nem brinca!- ela ri colocando o casaco.
Os amigos conversavam, Dulce estava um pouco aérea, olhava para os lados, distraída, provavelmente procurando por Poncho.

Ucker: Ei Dul, acorda! – ele sorri, cutucando-a.
Dulce: O que? – ela sorri encarando-o.
Ucker: Acho que você viajou pra mas longe que nós. – ele sorri. - Tudo bem?
Dulce: Tudo sim, só estava procurando o Poncho.
Ucker: Onde será que ele foi?
Dulce: Não sei, mas se ele não voltar em cinco minutos eu juro que eu faço picadinho de Alfonso! – Ucker ri e resolve ficar calado.
Poncho: Com molho de pimenta? – ele ri se aproximando por trás de Dulce.
Any: Que susto hein Poncho, pensei que fosse deixar a gente plantado aqui. - Ela sorri.
Dulce: Não entendi. – ela o encara.
Poncho: O picadinho, vai ter molho de pimenta? – ele ri colocando um dos braços em volta do ombro dela quando percebe que Dulce estava com frio.

Dulce: Há, há, há, muito engraçado! – ela cruza os braços emburrada. - Pensei que seu avô ou sua avó estariam no aeroporto nos esperando.
Poncho: É que, aconteceu um probleminha na estrada e...
Dulce: Que problema? Que estrada? – ela o encara.
Poncho: Amor estamos na capital, meus avós moram em Winchester, não puderam vir porque esta nevando por lá e a estrada esta fechada.
Any: E agora?
Poncho: Vamos ficar em um hotel da cidade por hoje e amanhã se tudo já estiver melhor iremos pra lá.
Ucker: Vejam pelo lado positivo, vamos passear pela cidade. – ele sorri abraçado a Any.
Poncho: Boatos de que é a cidade fica linda a noite nesse inverno. – ele sorri. - Eu chamei dois táxis para nos levar até o hotel, estão esperando ali na frente!
Mai: Ok.
Any, Ucker, Mai e Christian seguiram em frente até o táxi, Dulce pegou uma mochila pequena no chão e já ia saindo quando Poncho a segurou pelo braço, ela se virou encarando-o.
Dulce: O que foi? Nós não vamos com eles?
Poncho: Vamos mas, eu queria conversar com você antes.
Dulce: Sobre?
Poncho: Sobre você. – ele a encara.
Dulce: O que quer conversar sobre mim?
Poncho: O que há com você Dul? Esta com essa cara emburrada, não comeu quase nada no avião, não falou comigo, e dormiu a maior parte da viagem, o que esta acontecendo?
Dulce: Nada Poncho! – ela desvia o olhar.
Poncho: Se não é nada porque está assim?
Dulce: Sei lá. – ela dá de ombros.
Poncho: Sei lá não é uma resposta muito esclarecedora, você estava tão empolgada pra vir, sorridente, e agora esta assim. Se arrependeu de ter vindo? Ou ainda está preocupada com a plantinha? – ele solta um tom irônico na ultima frase.
Dulce: Já disse que não é nada. – ela se aproxima dele. – Bebê ardilla! – ela sorri segurando o rosto dele, Poncho ri revirando os olhos.

Poncho: Ah! Assim está melhor! – ele sorri dando um, rápido beijo nela. - Eu já disse que te amo hoje?
Dulce: Não, diga! – ela sorri ajeitando os cabelos dele para trás.
Poncho: Eu te amo, emburradinha. – ele sorri beijando o nariz dela.
Dulce: Não sou emburradinha. – ela aperta o rosto dele.
Poncho: Não, eu que sou emburradinho. – ele revira os olhos e a abraça de lado caminhando para fora do aeroporto.
Dulce: A casa dos seus avós é muito longe daqui?
Poncho: Mais ou menos uma hora de viagem!
Dulce: Você vai patinar comigo no gelo? – ela sorri abraçada a ele.
Poncho: O que você quiser fazer, eu farei. – ele sorri beijando o rosto dela.
Ucker: Ei Poncho! - ele grita.
Any: Calma Ucker! Não precisa dar esse berro, esta todo mundo olhando! - Mai e Christian riem, Mariana acorda.
Poncho: Estamos indo! – ele sorri, tomando a mochila de Dulce e caminhando mais rápido ao encontro dos amigos.